EDIÇÃO

ESPECIAL

Terror
 SEJA BEM-VINDO AO CALABOUÇO DA THEXUGA!

Lok’tar. Eu me chamo Iracema Doge, conhecida como Thexuga e sou mestra veterana
de RPG. Já narro há algum tempo em mesas presenciais e online. Em minha jornada
de vida sempre busco trazer diversos conteúdos para a mesa e solucionar o problema
de quem tenta iniciar nesse universo que é o RPG de mesa. Também apresento um
canal chamado Calabouço da Thexuga na qual abordo temas como Star Trek, RPG,
Gameplay & Ciência. O link se encontra no final do texto!

Agora vamos falar sobre essa revista: tenho com fundamento espalhar o conteúdo
sobre RPG, tirar dúvidas, trazer novidades, compartilhar experiência & divulgar o
trabalho de outras pessoas que também se dedicam diariamente para estar presente
na mesa. Mas não estou sozinha nessa jornada! Em cada revista tenho a colaboração
de pessoas com o mesmo propósito de compartilhar informações a todos e ajudar
com esse projeto. Ao final de toda revista terá o nome de cada colaborador e aliado
que aceitou de bom grado participar dessa aventura, levando até você conteúdos
novos sobre RPG de mesa.

Esta é a edição especial do calabouço da Thexuga, onde você pode encontrar

campanhas prontas, cenários, sistemas e até mesmo um mundo completo de RPG
para usar livremente em suas mesas. Todo material encontrado aqui é criado livremente
pelos autores do grupo Revista Calabouço da Thexuga e cedemos acesso gratuito.
Visamos sempre contribuir para a expansão do espaço chamado RPG de mesa.

AUDACIOSAMENTE INDO ONDE NENHUM NERD JAMAIS ESTEVE!

Acesse nosso canal: YOUTUBE.COM/C/THEXUGADUQUESA

ACESSE NOSSO SITE: THEXUGA.WIXSITE.COM/CALABOUCODATHEXUGA

PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL

DIREITOS RESERVADOS AO CALABOUÇO DA THEXUGA

 ÍNDICE

4 TERROR, HORROR, PÂNICO E... SANIDADE!

6 CONHEÇA ARQUIVOS PARANORMAIS

10 REFERÊNCIAS LITERÁRIAS PARA SUA MESA

12 RAUL DIAS - DAEMONUM REVELARE

14 O JOBLIWOOD E A MULHER

17 DICAS DE COMO NARRAR UM TERROR

19 NYX BISCUIT
TERROR, HORROR, PÂNICO... E SANIDADE!
Jean “Jaguar” Ricieri – Teatro de mesa
Ao consultar o Dungeon Master’s Guide da 5ª edição de
Dungeons & Dragons, encontrei no capítulo nove o “Valor
de Sanidade”. Em minha mente veio inúmeras lembranças
de jogos do gênero terror.
O Terror ou Horror é um gênero que está sempre muito
ligado à fantasia e à ficção científica, e é criado com intuito
de causar medo, aterrorizar. A abstrata ideia de terror ou
horror pode ser verificado em todas as formas de arte.
A sua principal característica do gênero é o mesmo que
provocar uma resposta emocional, psicológica ou física nas
personagens que faz com que os mesmos reajam com medo.
Uma das citações mais famosas em relação ao gênero é: “A
emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo,
e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do
desconhecido” de H. P. Lovecraft.
O podcast Assuntos Aleatórios gravou um programa sobre
o tema “Terror e Horror” e você pode escutar AQUI ou em
qualquer aplicativo de podcast que você usar, simplesmente
buscando por O Teatro de Mesa.
O jogo Eternal Darkness: Sanity’s Requiem - lançado no
ano de 2002 para a plataforma Nintendo GameCube - conta
com uma história que abrange gerações e você revive a
história com muito sangue enquanto invoca feitiços, soluciona
diversos enigmas e combate criaturas sobrenaturais.
O elemento que atraiu a minha atenção e até se destacou
[no jogo] é o sistema de sanidade, uma sanidade baixa
causa mudanças sutis no ambiente e eventos aleatórios e
incomuns ocorrem refletindo a perda gradual da noção da
realidade do personagem (e, por conseguinte, do jogador).
Alguns efeitos menores incluem um ângulo de câmera
distorcida, cabeças de estátuas seguindo o personagem
e ruídos inquietantes, até efeitos como de anomalias do
4
GameCube; enquanto este último não afeta a jogabilidade,
eles podem ser mal interpretados pelo jogador como um
mau funcionamento técnico, por exemplo, mensagens de
erros do console, este pode iniciar a tela de reinicialização.
Em Dungeons & Dragons não é comum se utilizar valor (ou
regra) de Sanidade, porque, a maioria dos jogadores querem
caçar monstros e serem heróis, ou não (haha). Cenários
baseados em Call of Cthulhu ou Ravenloft são mais
suscetíveis a utilização da Sanidade em campanhas que
giram em torno de entidades profundamente alienígenas e
de natureza inarrável, onde os poderes podem despedaçar
a mente de uma personagem.
Valor de Sanidade
Esta é uma regra opcional para o Dungeons & Dragons e
pode ser adaptada para outros jogos que utilizam o mesmo
sistema como base. A Sanidade representa a saúde mental
do seu personagem.
O Valor da Sanidade é a soma de dois Atributos - Inteligência
e Sabedoria - dividido por dois, sempre arredondado para
baixo. Sendo representado pela equação abaixo:
(INT+SAB)
_________
2
Exemplo: Mike é um conjurador de nível 3 com Inteligência
17 e Sabedoria 12. Então, o seu Valor de Sanidade será 14,
sendo, (17+12):2 = 14,5 arredondado para baixo 14.
Perdendo Sanidade
O teste de Sanidade é feito a partir da rolagem de o resultado
no dado de 1 a 10 se representa em falha e resultado no dado
de 11 a 20 se representa em sucesso. Caso a personagem
possuir modificador negativo em Inteligência (geralmente,
valor de atributo de 1 a 9 possui modificador negativo ao
invés de positivo) a cada -1 acrescentar +1 para falha. O Abaixo você pode rolar um 1d10 para determinar uma
oposto não acontece e o modificador negativo no atributo insanidade temporária.
Sabedoria também não.
01. Grita sem parar e fica imobilizado.
Exemplo: Bravo é um Bárbaro de nível 2 com Inteligência 9 e 02. Foge em pânico.
Sabedoria 10. Então, o seu Valor de Sanidade será 9, sendo, 03. Começa a gargalhar de desespero.
(9+10):2 = 9,5 arredondado para baixo 9. Ao efetuar um teste 04. Medo incontrolável e paralisia.
de Sanidade o resultado no dado entre 1 a 11 se representa 05. Delírio, acha que existem coisas devorando o próprio corpo.
em falha e 12 a 20 se representa em sucesso no teste. 06. Chora compulsivamente em desespero.
07. Sem ação e totalmente sugestionável, faz o que os
CHANCE BASE VALOR MODIFI- FALHA SUCESSO outros mandam, perde vontade própria.
ATRIBUTO CADOR
75% 15 1 -5 1 a 15 16 a 20 08. Sente que tem milhares de insetos por baixo de sua pele.
70% 14 2a3 -4 1 a 14 15 a 20 09. Abraça a si mesmo, fecha os olhos e grita sem parar que
65% 13 4a5 -3 1 13 14 a 20
tudo é apenas um pesadelo e que ele vai acordar a qualquer hora.
60% 12 6a7 -2 1 a 12 13 a 20
55% 11 8a9 -1 1 a 11 12 a 20
10. Cai no chão de joelhos e levanta as mãos para o céu
50% 10 10 a 11 0 1 a 10 11 a 20 pedindo perdão.
50% 10 12 a 13 +1 1 a 10 11 a 20
50% 10 14 a 15 +2 1 a 10 11 a 20
Lembrando que é sempre adaptar a insanidade ao que está
50% 10 16 a 17 +3 1 a 10 11 a 20
50% 10 18 a 19 +4 1 a 10 11 a 20
acontecendo no momento.
50% 10 20 a 21 +5 1 a 10 11 a 20

Recuperando Sanidade
Um fracasso em um teste de Sanidade pode resultar
em uma loucura de curta duração, de longa duração ou A personagem pode recuperar o seu Valor de Sanidade ao
permanente. A qualquer momento que um personagem receber a magia Restauração Maior, ou semelhante.
sofrer de uma loucura de longa duração ou permanente, o
Valor de Sanidade do personagem é reduzido em 1.
FACEBOOK.COM/TEATRODEMESA
Caso o Valor da Sanidade chegue a zero o personagem é INSTAGRAM.COM/TEATRODEMESA
considerado como insano, onde não efetuará mais nenhuma TWITTER.COM/TEATRODEMESA
ação e consequentemente a perda da personagem. TEATRODEMESA.COM.BR

Efeitos de Insanidade

Com a perda de sanidade a personagem começa a adquirir

complicações, você pode utilizar a tabela abaixo ou criar a
sua própria:

VALOR DA COMPLICAÇÃO
SANIDADE
0 Perda de personagem
1 Suicida - A personagem tenta se matar ou se jogar
no perigo que causou a insanidade.
2 Atitude homicida - A personagem tenta matar um
aliado que vê como a causa do que está acontecendo
3 Alucinação horrenda relacionada com a situação
CONHEÇA ARQUIVOS PARANORMAIS
Jorge Valpaços
Você curte histórias de investigação sobrenatural? Então já
deve ter ouvido falar em Arquivo X, MiB, Hellblazer, Caça-
Fantasmas, Supernatural e Yuyu Hakusho. Agora imagine um
rpg de mesa focado nesse tipo de história. Seja bem-vindo à
Agência de Arquivos Paranormais.
Prepare-se para lidar com os Fenômenos!
O CONCEITO
Sempre curti histórias de fantasia urbana, com lendas
urbanas, intrigas e conspirações. Não é em vão que até hoje
tenho o hábito de ler quadrinhos com esse tipo de tema, bem
como livros. Filmes e séries em torno da resolução de casos
sempre me chamam a atenção, e é claro que curtia jogar RPG
com essa abordagem.
6
Conversando com amigos, e sobretudo com Bruno Prosaiko,
que já ilustrou Déloyal, outro rpg de minha autoria, publicado
pela editora Pensamento Coletivo, pensei em alguns pontos
que poderia desenvolver em um jogo totalmente novo, que
fosse divertido de jogar e bem focado no mistério. E foi
assim que há algum tempo comecei a desenvolver Arquivos
Paranormais.
Todos nós queremos acreditar!
A AGÊNCIA
O primeiro ponto que merece destaque em Arquivos
Paranormais é que há uma instituição que contrata os
Investigadores: a Agência. Você é seus amigos, antes mesmo de
criar os personagens, vão definir o cenário de jogo e o clima das
partidas criando uma Agência. E esse elemento não é apenas
um enfeite. A Agência é como uma personagem coletiva com
mecânicas próprias para o jogo. Mas… como assim?
Em primeiro lugar, a Agência define a relação dos
Investigadores com o governo do cenário. Pode ser uma
Agência financiada pelo governo, como o FBI de Arquivo X ou
mesmo a MiB, ou uma agência privada, como Caça-Fantasmas
ou Nightwalker.
Após isso, é definido o tom do jogo. Vocês podem jogar
investigando seitas de cultistas sombrios com o tom profundo
e intenso ou tentar prevenir uma invasão alienígena no tom
conspiratório e místico. Aos escolher o tom, você é seus
amigos já sabem bem o estilo de enredo que jogarão.

Hora de criar personagens incríveis!

Mas o que faz um detetive, um investigador, um agente em

Fichas exclusivas para os percalços dos
investigadores.
A Agência possui atributos para as diferentes divisões.
Pode haver um laboratório forense, uma biblioteca mística,
servidores computacionais potentes, até mesmo um setor de
contrainformação, para apagar as ações da Agência do mapa.
Ainda na Agência há procedimentos para manter as partidas
sempre seguras e divertidas. Os Protocolos de Segurança
servem a isso, colocando o papo prévio, o que é acordado
entre os jogadores, literalmente nas regras do jogo.
Há outros detalhes da Agência, mas quero destacar o Dado
do Prestígio, um atributo muito bacana, que indica o posto
da equipe de jogo. No início ele começa em d4, mas a cada
Caso solucionado, o grupo ganha mais prestígio e pode ter
acesso a novos equipamentos e status. Ou seja, para ter mais
recursos no jogo, vocês devem encarar os mistérios de frente!
Arquivos Paranormais alguém diferente? Em primeiro lugar,
ele possui um Perfil focado, como um hacker ou mesmo
uma feiticeira urbana poderosa. Além disso, ele possui uma
Motivação própria para investigar e seus Dramas Pessoais,
ou seja, os problemas da vida que ele carrega. Mas o que ele
tem de melhor são as Perícias, um grupo de 9 verbos focados
para colher os indícios que revelam as Pistas. E todas as
vezes que ele se põe à prova buscando um indício, são essas
Perícias que serão testadas. Cada uma possui um valor de
um dado (d4, d6, d8, d10 ou d12) que é lançado todas as
vezes que o agente deseja obter um indício ou se livrar de
uma Complicação na cena.
Além das Perícias, o Investigador também possui Minúcias,
que são especialidades, treinamentos focados em uma
Perícia. Mas o que vai mexer com a partida mesmo são os
Benefícios, verdadeiros trunfos nas mangas dos jogadores.

OS INVESTIGADORES

Em Arquivos Paranormais, os personagens dos jogadores são

operativos, detetives treinados para investigar diferentes
fenômenos, que podem ser desde um fantasma que ronda
o bairro até demônios que convivem com humanos e foram
acometidos por uma doença. A chave por aqui é que o Design das fichas por Bruno Prosaiko.
fantástico não está em uma dimensão fora da rotina da
humanidade, mas faz parte dela. É por isso que o conceito Há 3 tipos de Benefícios. O primeiro é uma Vantagem, que
paranormal foi escolhido para o nome do jogo. concede o acesso a algo exclusivo, como “acesso ao portal

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dimensional”, por exemplo. Já os Equipamentos Aprimorados
são itens criados com tecnologia avançada, como o
neuralizador de MiB, vocês lembram? E por fim há o Poder,
que é um Benefício que entra em jogo quando você usa sua
Energia (um atributo do sistema) para fazer coisas incríveis.
Alguém disse Rei Gun ou Rose Whip?
Um Investigador em Arquivos Paranormais também possui
em sua ficha os Marcos e Representações, que em resumo são
sua história de vida. Mas por aqui isso não é apenas acessório.
Se você usar esses elementos em jogo há mecânicas que
ajudam você durante a investigação. Isso mesmo, o seu
histórico importa no sistema!
Um outro detalhe do Investigador são suas interfaces, ou
seja, as relações dentro da Divisão. Aqui você vai jogar com
a visão de seu colega sobre você. Isso mesmo, os laços são
mais do que apenas de parceiros nos Casos, e você sabe que
as histórias ficam mais intensas quando as relações são um
mero detalhe.
Witch Hunter Robin é uma das referências centrais de
Arquivos Paranormais.
O SISTEMA
Ok, falamos sobre a Agência, sobre os Investigadores. Mas
como as coisas funcionam em Arquivos Paranormais? Tome
nota, agente, hora de falarmos sobre o Sistema L’Aventure
focado na investigação.
Há 3 ações possíveis a uma personagem. Se o jogador optar por
uma Ação Livre, temos uma conversa, um planejamento, uma
8
ação focada na interpretação da personagem. Aqui entram
diálogos, monólogos e descrições. Caso haja algum desafio,
um pequeno obstáculo à uma ação, termos uma Tarefa. Em
uma Tarefa não temos lance de dados; o agente consegue
sucesso ao acionar uma Minúcia (uma das suas diferentes
características). Mas se ele quiser tirar uma Complicação
como um inimigo de cena, ou se estiver buscando uma Pista,
terá de jogar o seu dado da Perícia apropriada.
Essa Consulta de Perícia não possui um simples sucesso ou
falha. De acordo com os resultados obtidos o jogador pode
ter uma Falha, um Problema, um Sucesso ou ainda um Crítico.
O que isso significa? Que uma mesma jogada de dados pode
tirar um problema do caminho e fornecer uma Pista ou atrair
a atenção de conspiradores. Se você gosta de emoção e
suspense, esse é o seu sistema!
Um trunfo que o sistema tem é que não há apenas esses
testes. A Energia e o Prestígio também entram em jogo, e
cada um desses atributos tem regras próprias que podem te
colocar mais próximo da solução do Caso!
O manual é repleto de exemplos e diagramas
explicativos.
Mas se tem uma coisa que faz a diferença em Arquivos
Paranormais é como a investigação é atrelada às regras. Cada partida funciona como um episódio de uma série, e cada objetivo
atingido pelo grupo de jogadores vai aproximar os agentes da solução do Caso. Em outros termos, o Diretor do jogo, aquele que
vai conduzir a partida, vai fazer algo como quebrar o Caso sobrenatural em pedaços menores, fazendo com que seja necessário
focar na investigação para seguir em frente. E o que isso muda no jogo?

No início da partida a investigação tem o dado de solução do Caso com o valor d4. Cada Minúcia cumprida pelos investigadores
faz com que o dado aumente em 1 passo, indo para d6, por exemplo. Mas todas as vezes que algo dá errado e eles perdem o
fio da meada – não se preocupe, o manual explica bem quando tudo isso acontece e está cheio de exemplos! – o dado cai em
um passo. No final da partida esse dado é jogado. O resultado dessa jogada vai indicar o que vai acontecer daí em diante na
série. Por exemplo, se os agentes investigam os alienígenas plantados no governo, com um sucesso na jogada da solução do
Caso, os alienígenas são rastreados e capturados pela força tarefa da Agência. Mas isso não foi aleatório, o sucesso de toda
a investigação ocorreu porque os agentes colheram todas as pistas! Em outros termos, tudo que rolar durante as partidas é
traduzido pelas mecânicas na hora de narrar a conclusão do Caso!

Arquivos Paranormais possui 2 Agências completas com investigadores prontos, contos para cada uma delas e
ilustrações que te colocam no clima do jogo. Ilustrações assinadas por Lucas Marques.

OK, COMO EU POSSO SABER MAIS?

Fique ligado pois Arquivos Paranormais é um lançamento Lampião Game Studio e Avec Editora. Acesse as páginas para
saber mais e garantir o seu jogo! Ah, e não precisa se preocupar pois o preço do manual não é de outro mundo! ;)

Siga as Pistas, pois a Verdade está na Agência!

LAMPIÃO GAME STUDIO

AVEC EDITORA

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 DE FRENTE COM A MESTRA

REFERÊNCIAS LITERÁRIAS
PARA SUA MESA
Iracema “Mestra Thexuga” Doge

AUDACIOSAMENTE ONDE NENHUM NERD JAMAIS ESTEVE!

N est a e d i ç ão es pecial de terror h or ror eu p en sei CURIOSIDADE

seri ament e no assunto e chegu ei à con clu são d e Após o divórcio, Lovecraft se envolveu profundamente na
q ue nad a m el hor pa ra o momento d o q u e m i n h a li st a literatura. Ele se correspondia por cartas com frequência
com autores de terror e horror no país, entre eles Robert
d e li vro s favoritos que inspirou m i n h as m esas.
E. Howard, que mais tarde ficou conhecido por ter escrito
“Conan, O Bárbaro”.
Vamo s co meçar o tour pel os quer i d i n h os d a est ant e
d e q ualq uer fã de terror, ninguém m en os e n i n g u ém
O segundo favorito da lista é Rei de Amarelo (The King in
mai s q ue el e, s im el e o ma ravil h oso H . P Lovecraft
Yellow no original) um livro de 1895 escrito por Robert
e c laro não poderia começar a falar sob re t er ror se
W. Chambers e que consiste em uma coletânea de contos
não fo sse pel o cha mado do c’thul h u , p orem g ost ar i a
baseados em uma fictícia peça de teatro que enlouquece
d e traze r a atençã o ta mbém pa ra ou t ras ob ras d o
todos que a leem até o fim. Foi publicado no Brasil em 2014
autor co mo A Cida de Sem Nom e u m a h i stór i a d e
editora Intrínseca em uma edição comentada pelo escritor
t e rror q ue muita s vezes é consi d erad a a p r i m ei ra
e jornalista Carlos Orsi.
hi stóri a de Cthul hu M ythos e N ecron om i con
Ori g i nalmente escrito pa ra as rev i st as d e celu lose
CURIOSIDADE
d o s anos 1920 e 1930, mistu ram elem entos d e
O livro foi uma das inspirações do escritor H. P. Lovecraft.
ho rror, fi cção científica e ter ror cósm i co que
são tão p o deros os hoje como e ram q u an d o foram
O terceiro dessa listinha é o cara que conquista o coração de
p ub li c ad os pel a primeira vez . Est e li v ro reú n e tod as
qualquer gótico de plantão, Edgar Allan Poe conhecido por
as hi stóri as a ngustiantes de Lovecraft , i n clu i n d o o
seu mais celebre conto o corvo, contempla o mundo obscuro
c i c lo co mp leto de Cthul hu M ythos, exat am ent e com o
das formas mais perplexas já vistas pela humanidade,
fo ram lanç adas. El e irá introduz i r tod a u m a n ova
explorando o lado do terror psicológico, gostaria de dar
ge raç ão d e l eitores à ficçã o de Lovecraft , assi m
destaque para outras de suas obras, como O Gato Preto é um
co mo atrai r os fã s que querem tod o o seu t rab alh o
estudo da psicologia da culpa, muitas vezes emparelhado
e m um volu me único e definitivo.

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em análise com “ The Tell-Tale Heart “, de Poe. Em ambos,
um assassino cuidadosamente esconde seu crime e acredita
estar inatacável, mas eventualmente se quebra e se revela,
impelido por uma lembrança incômoda de sua culpa.
CURIOSIDADE
O uso da palavra ‘Gato Preto’ evocou várias superstições,
incluindo a ideia dita pela esposa do personagem de
Allan Poe que eles todos são bruxas em disfarce. O
gato na história de Edgar Allan Poe chama-se Pluto em
referência ao deus romano.
acaba de testemunhar uma situação estranha. Um homem
identificado como Edward Hyde atropelou uma garota,
apenas para pagar sua família mais tarde com um cheque
do Dr. Jekyll. A situação é ainda mais estranha porque o
testamento de Jekyll foi alterado recentemente. Mr. Hyde
agora está para herdar tudo.
CURIOSIDADE
E m o I n c r í v e l H u l k , St a n L e e e J a c k K i r by
af i r m a ra m q u e s e i n s p i ra ra m fo r t e m e nt e n o
c l á s s i c o l i v ro O M é d i c o e o M o n s t ro .

O quarto item da minha lista é um clássico também, inspirou

Espero que minha lista possa servir como indicação de
diversas mesas de vampiro e acabou gerando contos
leitura e inspiração na mesa de rpg, já utilizei diversas
modernizados, sim estou falando do nosso monstro favorito
referencias dos clássicos livros de terror para não só inserir
Frankenstein, um romance escrito pela escritora inglesa
em meio das histórias dos meus npcs , quanto também ser
Mary Shelley (1797–1851) que conta a história de Victor
referência interna em alguns mistérios.
Frankenstein, um jovem cientista que cria uma criatura
grotesca e sapiente em um experimento científico pouco
ortodoxo. Shelley começou a escrever a história quando
tinha 18 anos, e a primeira edição do romance foi publicada
anonimamente em Londres. Frankenstein é infundido com
elementos do romance gótico e do movimento romântico.
Ao mesmo tempo, é um dos primeiros exemplos de ficção
científica. Brian Aldiss argumentou que esta deveria
ser considerada a primeira verdadeira história de ficção
científica porque, em contraste com histórias anteriores
com elementos fantásticos parecidos com os da ficção
científica posterior, o personagem central “toma uma
decisão deliberada” e “vira-se para experimentos modernos
em laboratório”. “para alcançar resultados fantásticos.

CURIOSIDADE
Embora o monstro seja popularmente conhecido como
“Frankenstein”, Mary Shelley não lhe atribui qualquer
nome no romance. Não o descreve sequer como “monstro”.
Na história, Victor Frankenstein refere-se a ele com
designações tão simpáticas como “demónio”, “ogre” ou
“coisa”, mas nunca “monstro”. A criatura alega, a certa
altura, que devia ser Adão, aludindo ao primeiro homem

de acordo com a Bíblia, mas que é antes um anjo caído.

E por último para fechar com chave de ouro, o mais celebre

das sombras do terror o médico e o monstro, Strange Case
of Dr. Jekyll e Mr. Hyde se concentra em John Utterson,
advogado e amigo do Dr. Jekyll. O romance começa com
John Utterson conversando com seu outro amigo, que

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 DICA DE LEITURA
DAEMONUM REVELARE
Raul Dias
RAUL DIAS, FALA EXCLUSIVAMENTE AO CALABOUÇO DA THEXUGA
SEUS NOVOS PACTOS E SEGREDOS ENVOLVENDO O NOVO PROJETO
“DAEMONUM REVELARE” UM LIVRO SPIN-OFF PARA 2019.
Gostaria de agradecer em primeiro lugar á nossa querida
thexuga, por me permitir fazer parte dessa edição
maravilhosa de horror.
Como todos sabem, o mercado editorial nacional está
caminhando aos pouquinhos e com esses passos de
formiguinha, acredito que estamos fazendo algo surreal:
motivar o consumo da literatura horror/terror que hoje em
dia é tão apedrejada.
Ainda há um preconceito da parte de algumas pessoas, mas
somente nossa união pode quebrar esses tabus.
Nosso primeiro projeto de antologia chamado Daemonum
Sigillum, foi destaque na bienal. Contanto com um trabalho
visual impecável, a antologia abordou os notáveis 72
demônios da goécia. Zeramos todas as tiragens de livros na
bienal de São paulo, e por fim, estamos de volta, trocando
as cores litúrgicas, para toalhas negras.
É a primeira vez que falo aqui, sobre o nosso novo e
audacioso projeto, intitulado Daemonum Revelare.
O projeto é uma antologia fechada, com autores especiais
escolhidos á dedo. A historia dessa vez é ambientado no
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rio de Janeiro, e contará a historia de um convento que foi
corrompido por a força dos daemons ancestrais da arte negra.
Estou muito ansioso com as futuras revelações e com
todo o material que estamos preparando. Enquanto isso
estou trabalhando como Ghost Writer e focando em outros
projetos colaborativos, como a antologia NOITE MACABRA
organizada por mim, na agencia Mufasa Cloud!
Conforme as novidades forem surgindo, postaremos nas
redes sociais! Um grande beijo para todos os seguidores do
canal e da revista e aos amantes do terror nacional!
Biografia
Escritor de terror, Dark Fantasy e Ghost Writer. Raul Dias
começou sua vida na escrita desde muito cedo, mas nunca
imaginou um dia publicar algo. Apaixonado por lendas que
serpenteiam entre o real e desconhecido, Raul cresceu em
um mundo imerso de historias e contos sussurrados em
volta das chamas de uma fogueira em noites de lua cheia.
Agora em fase adulta, o autor não hesita em falar sobre o
sagrado e o profano. Este se tornou o seu maior legado.
 Antologia
Bibliografia
III HORA MORTA
Antologia

Sinopse
ARQUIVOS DO MAL
Ninguém sabe ao certo a origem das maldições ligadas às
3h; tampouco se tem o conhecimento de como nasce uma.
Sinopse
Desde um homem que, ao tirar a própria vida, amaldiçoa
Pelas ruas escuras de uma cidade que nunca dorme, algo
aquela que não correspondeu ao seu amor e, junto com ela,
caminha invisível. Nos locais históricos que compõem uma
todas as filhas de sua geração. Ou um casa que, outrora, fora
metrópole, algo se esconde inquieto. Por trás das janelas
palco de uma chacina e ainda hoje enlouquece todo aquele
sem luz de construções conhecidas, algo – ou alguém
que nela se arrisca a morar. Até o revólver que pertenceu
– observa. Entre contos e casos, os espíritos e demônios
ao maior e mais frio assassino da história brasileira e que,
transitam pelas avenidas de São Paulo, junto dos passantes,
depois de sua morte, passou a roubar a alma de todo o que
misturando-se aos viventes. Suas histórias, terríveis,
o utilizar. Não faltam histórias – dentre tantas diferentes
perduram e viajam no sopro da noite e forçam a cidade a
crenças e versões – para relatar uma maldição que assombra
nunca se esquecer de quem foram, ou talvez de quem ainda
algo, ou alguém, ou algum lugar.
são: apenas almas perdidas, torturadas pelo inferno, tendo
o mapa turístico de uma selva de pedra como único registro
de onde, um dia, costumavam passar. Quando o terror e a
loucura se misturam com a realidade, somente os arquivos
das tenebrosas histórias poderão revelar ao mundo os
fatos como ocorreram, e não como foram imaginados. Uma
investigação que busca respostas, mas que no fim chegará
a apenas uma assombrosa conclusão: seja em um velho
teatro, em um antigo cemitério ou em uma praça que um
dia fora palco de execuções, o mal existe, e está à espreita
de qualquer um que ouse desafiá-lo.

Antologia

ERA UMA VEZ

Sinopse
Era uma vez… um livro sobre princesas…Tudo começou
com os contos de fadas, com o modelo de princesas a ser
seguido. Sempre bem-educadas, com pele alva, um castelo
e um príncipe em um cavalo branco. Mas e se a história
real, aquela que as pessoas escondem, não for bem assim?
Embrenhadas em florestas, envoltas por livros espessos de
encantamentos, vivendo entre nós e também em mundos
paralelos, nossas princesas trazem segredos que prometem
revolucionar os contos de fadas em que eram submetidas.
Bem-vindo à verdadeira realeza.

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 TAVERNA DO BARDO
O JOBLIWOOD E A MULHER
Chanfle Papaco
Um amigo de um amigo meu...” “Ouvi dizer por aí...” sempre
que se fala em jobliwoods, é assim que a história começa.
Ninguém de fato havia um dia visto um naquele pacato
vilarejo. Ainda assim todos ali os temiam pelas histórias
que ouviam aqui e acolá. E foi esse temor ignorante que
levou ao ocorrido daquela manhã enevoada.
Nossa protagonista não passava de uma camponesa
simplória, sem grandes histórias a contar. Toda manhã ela
saía para colher lenha, água e negociar suas costuras em
troca de alimento e matéria prima. Naquela manhã ela não
fizera diferente, porém, ao chegar ao centro do vilarejo,
deparou-se com um tumulto. Uma roda de pessoas exaltadas
bloqueava a visão, ela apenas podia ouvir os guinchos de
algum animal a ser atacado. Curiosa ela decidiu tentar se
aproximar para ver.
Passando pelas pessoas com certa dificuldade, ela chegou
ao centro da roda e de fato, como imaginara, as pessoas
atacavam um animal, que se encolhia no chão para proteger
o rosto e o estômago. Todos pareciam assustados, mas os
quatro ou cinco homens que se aproximavam para chutar
o ser encolhido tinham ódio o suficiente no coração para
superar o medo. A criatura que guinchava de dor ao ser
agredida poderia muito bem ser um goblin deformado e
acinzentado, era magro, de orelhas pontudas e tinha olhos
redondos, pequenos, fundos e tomados pelo medo.
Em outra ocasião poderia ser que a camponesa não
simpatizasse e até temesse aquela criatura, mas naquela
posição em que se encontrava, indefesa e com o sangue a
escorrer, vermelho como o seu, ela não pode evitar sentir
um aperto no peito. Olhou desesperada a sua volta, havia
14
muitas expressões tão horrorizadas quanto a sua, mas
ninguém parecia impelido a impedir que aquilo continuasse.
Algumas pessoas viravam o rosto e se retiravam, mas isso
não ajudaria em nada. Ela não soube bem que força a
tomara, mas cerrou os punhos e se lançou em direção ao
animal. Antes que pudesse dar por si, encontrava-se entre
a criatura e seus agressores, que suspendiam os golpes.
- Vocês não têm vergonha de uma covardia dessas?! – Ela os
indagava.
A multidão, antes exaltada, agora via-se em silêncio. Os
homens que antes atacavam o ser agora se entreolhavam,
surpresos. Um deles fechou o rosto e respondeu:
- Você não sabe o que é isso? É um jobliwood! Não podemos
deixá-lo livre assim.
A camponesa fitou o jobliwood e pensou um pouco enquanto
o contemplava. Sim, as histórias sobre os jobliwoods são
horríveis, mas ela nunca de fato havia visto um. E havia
a antiga aliança entre jobliwoods e demônios, mas nos
tempos da Guerra, até mesmo humanos serviram demônios.
Porém, talvez o mais importante e nem mesmo ela saberia
explicar em palavras, os olhinhos miúdos daquele ser feioso
lhe imploravam socorro.
- Ora, e por que não? O que foi afinal que ele fez? Ele feriu
alguém ou sequer roubou algo? – Ela estufava o peito e
olhava os homens nos olhos enquanto ajudava o jobliwood
a se levantar.
- Não, mas é só uma questão de tempo, você sabe como
esses aí são... – um dos homens respondia, com um pouco
de dúvida na voz.
- Sei? Eu nunca cheguei a conhecer um jobliwood antes e
duvido que vocês o tenham feito também.
A resposta foi o silêncio do consentimento, pois ela estava
certa. A multidão se acalmava, alguns aliviados porque
de fato não aprovavam o que viam, outros simplesmente
perdiam interesse na cena. Os homens que agrediam o
jobliwood também já perdiam a motivação, mas antes de
dispersarem, um deles ainda disse:
- Se você faz questão de ficar do lado desse bicho, que
seja... mas não diga que não avisamos.
A camponesa soltou um bufo de desprezo e deu as costas
aos homens, voltando-se para o jobliwood ferido. Este
pusera-se em pé, não chegava à altura da mulher devida
coluna arqueada, e a fitava sem dizer nada, segurando os
próprios braços.
- Você fala a minha língua? – Ela perguntou.
A falta de resposta respondia a pergunta. Devagar, para
que ele não se assustasse, ela segurou sua mão e o guiou
em direção a própria casa. Ele já não tinha medo, arregalara
os olhos curioso com a súbita mudança de ambiente
enquanto acompanhava a mulher. As pessoas do vilarejo
observavam enquanto distraidamente seguiam com seus
afazeres. Ao chegar em casa, a mulher limpou e colocou
atataduras sobre os cortes do jobliwood. Depois disso lhe
vestiu com as poucas roupas masculinas que ainda tinha em
casa, pois antes ele só vestia uma tanga de trapos. Ambos
permaneceram em silêncio o tempo todo, mas diziam muito
com seus olhares. Só agora a mulher conseguia pensar na
loucura que fizera. Ela não só salvara o jobliwood, como o
levara para dentro de sua casa, confiando totalmente sua
vida a ele. Não, ela não queria pensar dessa forma, como
se ele fosse um assassino por natureza e quanto mais o
observava, menos via isso nele.
Por algumas semanas a mulher alimentou, ainda que ele não
comesse muito, e cuidou do jobliwood, que na verdade se
recuperou rápido dos ferimentos. Ele não parecia entender
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o conceito de gratidão, tudo naquele lugar era estranho
para ele. Ele mantinha os olhos arregalados quase o tempo
todo, pois tudo lhe despertava a curiosidade. Ela começou
a achar esse traço dele fascinante e vê-lo assim já era
gratificante o bastante.
Às vezes alguns curiosos se aproximavam do casal. Muitas
vezes, porém, ela reagia agressivamente, principalmente
quando o tratavam como se fosse algum tipo de animal
selvagem. Ela se convencera de que ele não era nada disso.
Houve um incidente em que ele matara a dentadas e comera
cru um frango, ainda com as penas, mas apesar de um tanto
chocante, a situação foi compreensível e o rapaz pareceu
entender que não devia fazer aquilo. Cerca de uma semana
depois até riam do ocorrido. Claro que nem todos sentiam-
se confortáveis com aquele ser vivendo entre eles. Era
difícil deixar de lado as ideias pré concebidas sobre aquela
raça, sem falar que sua aparência e seu silêncio eram um
tanto desconfortáveis. A mulher tentou lhe ensinar a falar
sua língua, mas em vão. Suas línguas eram tão distantes
que não conseguiam sequer pronunciar as palavras um do
outro. Mas isso não chegou a ser um problema, a mulher
achava até melhor, pois incapaz de falar o jobliwood era
também incapaz de mentir.
O jobliwood, antes fraco e ferido, agora demonstrava
grande disposição. Parecia ver tudo, até a simples tarefa
de carregar um balde d’água por aí, como uma brincadeira.
Essa jovialidade não era comum por ali. Até mesmo sua
aparência já não parecia tão macabra, o acinzentado de
sua pele, agora bem cuidada, refletia as luzes a sua volta,
fazendo-o parecer mais colorido ao andar entre as flores ou
à margem do rio. Ele também ganhara peso sob os cuidados
da camponesa e tornara-se um homem vigoroso do início
do dia ao fim da noite. Ela adorava tudo sobre aquele rapaz
e abandonava de vez as antigas crenças sobre a natureza
da espécie. Pensou em escrever sobre ele, para que todos
soubessem a verdade sobre os jobliwoods. Na verdade ela
chegou mesmo a esboçar um texto, mas não teve tempo de
terminá-lo.
Uma certa manhã ensolarada todos deram falta do jobliwood
e da mulher que o acompanhava. Ele não perderia um dia
daqueles por nada, a menos que estivesse doente, é o que
todos pensaram. Preocupados, os vizinhos da mulher e
outros curiosos resolveram se precipitar e levar a sua casa aguardente, pão, ovos e frango, que eles acreditavam ser o
prato favorito do rapaz. Ao bater na porta, não obtiveram resposta uma, duas, três vezes. Teriam os dois saído no meio
da noite? Que os dois se tornaram próximos talvez até demais em pouco tempo, todos notaram, mas fugir assim seria um
pouco precipitado.

Dias depois o vilarejo finalmente encontrou a mulher, ainda em casa. Foi possível encontrá-la pelo cheiro de podre do que
sobrara dela, isto é, ossos e algumas entranhas, pois o resto havia sido devorado dias antes. Houve uma certa comoção, ainda
que a mulher não tivesse nenhum amigo próximo, mas o que todos pensavam, ainda que não pudessem dizer era: eu avisei.

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 DICA DE MESTRE

DICAS DE COMO NARRAR UM TERROR

Bruno Eduardo

“ESTA NOITE TIVE UM SONHO... NÃO, NÃO SEI SE FOI UM SONHO, PARECIA TÃO REAL PRA MIM.
COMO SE ALGO ESTIVESSE E PUXANDO PRO ESCURO E GRITOS ECOARAM ACORDEI SUADO E
HORRORIZADO COM ARREPIOS COMO SE ALGO ESTIVESSE ALI NO MOMENTO PASSANDO POR
MIM. SERÁ QUE DEVO PROCURAR ALGUÉM QUE ENTENDE DESSE TIPO DE COISA??”

Algumas mestres sempre se pergunta sobre o tema “terror”
e como deveria narrar? E qual o melhor sistema para o
tema? E como é? Então aqui vai algumas dicas sobre o
gênero terror e o qual seria melhor sistema para usar em
suas mesas.
#Clima: Diferente das mesas medievais ou qualquer outra
sempre temos o momento de descontração e piadas.
Nas mesas tentamos acha um clima certo para diferente
momentos da mesa, assim criando uma real sensação de
terror, fazendo os jogadores ficarem com calafrios e arrepios.

TEMA #Musicas/Sons: a música é útil naqueles momento de tensão e

Para podermos narrar ou pelo menos entender precisamos
ter uma noção ou alguma ideia, recomendo que você
narrador tenha uma inspiração para poder trabalhar em
suas mesas. Ideias e historias vem de leituras, por isso
recomendo que pesquisem; livros, filmes, contos até
mesmo escritores do gênero.
Sistema
Nossos queridos narradores até mesmo jogadores procuram
sempre em sites e blogs um sistema para utilizar nas mesas
do gênero. Eu recomendo e mestro o sistema Call of Chulhu
baseado no próprio livro de H.P Lovecraft que é lembrado e
respeitado por seus gênero de terror até hoje. Que escreveu
diversos contos sobre o gênero encontrado na internet em
pdf ou até mesmo físicos
suspense que Pj estão preste a de descobrir algo de relevância.
Alguns sons/barulhos de fundo também pode ajudar criando
assim um temor e terror nós jogadores da mesa.
#Narração: Algo que devemos focar como mestre, é a descrição
dos mínimos detalhes no jogo de terror, o cheiro/odor que
o lugar está exalando no momento que o PJ está no local, a
descrição do local ou qualquer coisa que ele está vendo.
#Local: Procure um local em silencioso com pouca
iluminação, use aquela velinhas que sua vovó usa para
acender quando falta energia. Coloque aquela música de
fundo e aproveite.
Jogadores
Nesses sistema os personagens nunca vão se safar de algo
ou algum trauma durante o decorrer da mesa, então vai

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ficar marcado em sus PJ até o final não tem como os PJ ganharem ou serem melhores que os horrores que irão aparecer,
assim fazendo eles mais fugirem e se esconder do que lutar.

A dica das dicas

Se você leu alguns livro ou já assistiu filmes você tem uma ideia de como será sua mesa. Então pense em mistérios, enigmas
um bom enredo e personagem pra sua história com background bem trabalhado, para não ficar em branco na hora do PJ
tiverem pressionando ou investigando o passado dele.

P.S.: nem todo jogador vai entrar no clima vai ter a mesma reação que o outro, por isso não precisa se preocupar caso ache
que não esteja fazendo uma boa narração cada jogador tem um jeito de lidar com o terror, horror e o suspense.
 ITENS MÁGICOS

NYX BISCUIT

A Nyx Biscuit é uma loja voltada para o universo gore/horror. As peças são feitas artesanalmente e vão desde capinhas de
celular, canecas e cinzeiros até esculturas e objetos decorativos. Tudo para deixar sua casa com aquele toque macabro que
nos amantes do terror tanto gostamos.

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19
 E X P E D I E N T E E CO L A B O R AÇ ÃO

EDITORA CHEFE PARCEIROS DE DIVULGAÇÃO

IRACEMA “MESTRA THEXUGA” DOGE
De frente com a Mestra
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DICAS DE COMO NARRAR UM TERROR

BRUNO EDUARDO

ANTALOGIA DO RAUL DIAS

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