‘Acordgo do Supremo Tribunal Administrative Page 1 of 9 Acéndtos ST Date de Entradas Recorente {egg Nacional urispradéla Nacional: Retertacia a Parecees: Retertela«Doutie “Texto Integra Acérdo do Supremo Tribunal Administrative 2SECCAO nanbao oe ristio TAXA MUNICIPAL. INCONSTIVUCTONALIDADE |= Sao elementos essenciais do conceito de axa: prestagao pecuniaria imposta, coactiva ou autortariamente, pelo Estado ou outro ente publco; solctada ou nao; de bens piblicos ou semi-publicos; com contrapartida numa actividade do credor especialmente dirigida ao mesmo contrbuinte Il As ‘taxas" cobradas pelo Municipio da Trefa, pela fixagdo de publcidade, em propriedade privada, devem ualficar-se como impostos. |il—Pela respectiva criagao viola 0 preceituado nos artigos 103°, n° 2, € 165°, n® 4, alinea i), da Constituigdo da Reptilia SrAvonsont Shanotaoans ease FAZENDA PUBLICA JUNTO DA CM DE-TROFA UNANIMIDADE, RECJURISDICIONAL SENT TA PENAPIEL PER SALTUM. NEGA PROVIMENTO, GTN ARTA ND. CCONSTO? ARTIIS N2 ARIES A. Lone DE 1o8g0817 ART L298 DE 19980806 ‘AC TC 47803 DE 200509730; AC TC 45303 DE 2001014; AC TC 3406 DE atounniT4; AC'TC 10904 DE 200UNRI; AC STAPLENO PROCIIZ604 DE ‘ACSTA PROCII6714 DE 200801726; AC STA PLOCT39106 DE ACSTA IN AD N257 PAGS. AC TC DE 20020312 IN DRIIS DE amoas08} AC TC 20847 IN DR MS DE 19870703: AC TC GOS IN DRS DE, [sog203 ACTE 58898 IN ACTC Nal PAGS: ACSTA PROCTIONG DE dora PPGR DE 1991/2158 DRILS DE 19310604. ‘TEIXEIA RIBEIRO IN RL NU PAG234. [ALBERTO XAVIER MANUAL DE DIREITO FISCAL PAG PAGS. ‘SOUSA FRANCO FINANGAS PUBLICAS EDIREITO FINANCEIRO PAGSS Pace : PEREZ DE AYALA E OUTRO CURSO DE DERECHO TRIBUTARIOT Pacaoe ‘CASALTA NABAIS 0 DEVER FUNDAMENTAL DE PAGAR IMPOSTOS Pacasa PAGS PACIGE Acordam na Seceao do Contencioso Tributario do Supremo Tribunal Administrativo: Inpho dps puta nst7351Hbbf22e bb e680256FB003ea951/17524054 Teac... 25-09-2014Acontto do Supremo Tribunal Administrativo Page 2 of 9 ‘A Camara Municipal da Trofa vem recorrer da sentenga do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, que julgou procedente a impugnacao judicial deduzida por A..., contra a liquidaco e cobranga de taxas adicionais de publicidade, no montante de € 2.686,57, consequentemente a anulando, Fundamentou-se a decisao em que, ora, esta jurisprudencialmente assente que “as taxas cobradas pelos municipios, a titulo de concessao de licenga de publicidade, mediante reciamos instalados na fachada e cobertura de um imével so, a face da Constituicao, de qualificar como impostos", sendo que, no caso, “nao foi feita utilizagaio de aniincios num espago publico nem foi prestada qualquer ccontrapartida por parte da Camara Municipal da Trofa’ nem “se verifica uma oneragao especial de um se-vigo publica ‘nem qualquer utlizacao de um bem publico ou semi-publico, dado que o local pertence a particulares, no caso & impugnante" ‘A. Camara recorrente formulou as seguintes conclusées. 1 - Néo é correcto 0 entendimento sustentado na decisao recomvida, segundo o qual, a taxa de publicidade questionada nos autos, cobrada pela Camara Municipal da Trofa, relativamente & instalacéo de publicidede em prédio urbano particular, °é de qualificar como imposto, estando a sua criago, através de diploma néo legislativo, ferida de inconstitucionalidade orgénica por violar o disposto nos art. 103°, n° 2, 165°, n°, alinea i) @ 198°, n*|, alinea b), todos da ORP.” 2 O tributo previsto no Capitulo V, do Regulamento ‘Municipal de Liquiciagao e Cobranga de Taxas pela Concessao de Licengas e Prestagao de Servicos ‘Municipais, do Municipio da Trofa, traduz-se numa verdadeira taxa, 3 Cuja contraprestagéo ou sinalagma corresponde a remogéo de um obstéculo juridico ao comportamento dos particulares. 4- Assente no facto de a actividade publicitéia consistir numa actividad relativamente proibida, 5- Considerando que os municipios se encontram Iegalmente habiltados a proceder a definigdc dos critérios, de licenciamento (e ao proprio licenciamento}, da afixagao, ‘ou inscrigao de mensagens publicitérias de natureza ‘comercial, bem como, a gestao e fiscalizacao da mesma actividade, 6- Ou seja, & remogao de um obstaculo juriaico. 7- Que constitui o elemento de correspectividade da taxa em causa. 8 - Remogao essa, que visa possibilitar a0 otrigado tributario, no sé a pratica de uma actividade - actividade hitps/www.dasi pst nsf/3SfBbb!22e 1b 1e6802S6ABEO03ea93 /47S240S4Teade98... 25-09-2014do Supremo Tribunal Administrative Page 3 0f9 ublicitéria - como, ainda, a utilzagéo do bem piblico "ambiente". 9- Venificando-se, assim, a existéncia da cortraprestagao necesséiria a qualificagao como taxa, do tributo impugnado, 10 E ndo padecendo, por isso, de ilegalidace © inconstitucionalidade, as normas do Regulamento Municipal de Liquidagdo e Cobranga de Taxas pela Concesséio de Licengas Prestagéo de Servigos Municipais, do Municipio da Trofa, que prevéem a taxa de publicidade pela afixacso ‘ou inscrigéo de mensagens publicitérias em bens do dominio ptilico, ou dele perceptiveis. 11 - Termos em que deveré o presente Recurso ser julgado procedente, com a consequente revogagéo da sentenga recorrida. © Exmo, Magistrado do Ministério Piblico emitiu parecer no sentido do nao provimento do recurso, uma vez que “a questo decidenda foi objecto de apreciagao pela jurisprudéncia do Tribunal Constitucional ¢ do STA — ‘Sec¢o de Contencioso Tributario, a qual se pronunciou sem divergéncia no sentido de que: a) o tribuio cobrado pela afixago de publicidade em propriedade priveda (designadamente edificios privados) tem a netureza de imposto (e nao de taxa); b) as normas regulamentares, plasmadas nos Regulamentos de Publicidade ou nos Regulamentos de Liquidacao e Cobranca de Taxas aprovadas pelas Assembleias Municipals nos diversos municipios que estabelecem o tributo e prevéem 0 seu pagamento enfermam de inconstitucionalidade material © ‘organica (art. 103°, n.°2, e 165°, n.°1, al. i),da CRP, numeragao da RCI97)’. E, corridos os vistos legais, nada obsta a decisto. Em sede factual, vem apurado que: a) Em 18/606/2003, a impugnante requereu ros servigos do ‘Municipio da Trofa, 0 licenciamento para a cclocagao de publicidade nas suas instalagées no B...- Avto Estrada Porto/Braga, km 11, S. Mamede do Coronado, concelho da Trofa (ctr. doc. de fis. 3, 5 e 25 do processo administrativo ‘apenso aos autos, doravante apenas PA) ') O pedido foi deferido por despacho de 31/07/2003, do Vereador Dr... (ff. doc. de fis. 26 a 30 do PA). @) Pelo oficio n.? 016411 de 13/12/2004, referenciado como "Renovacao das licengas de publicidade @ ocypacéo da via publica” foi a impugnante notificada para *.. proceder ao agamento, até ao ultimo dia do més de Fevereiro préximo, das taxas pela renovagao das licencas em epigrafe, para 0 ano de 2005" (cfr. doc. de fis. 62 do PA). d) As taxas em apreco, no montante de € 2.686,57 foram pagas em 25 de Fevereiro de 2005 (cfr. doc. ve fis. 63 ¢ 64 09-2014 Intpfwww dps pista nsf fobbI22eT bb 2680256 B003ea931/47524054TeaMeC98... 2: