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Contabilidade Gerencial

Tema: Custeio ABC

Profa. Me. Tatiane Antonovz


Olá! Seja bem-vindo!

Assista ao vídeo a seguir para conhecer os assuntos que serão


trabalhados nesta aula.

Introdução

Neste encontro tentaremos entender a evolução que houve dentro da


Contabilidade de Custos, o que consequentemente permitiu um grande avanço
na Contabilidade Gerencial.

Bons estudos!

Custeio ABC

Desde os anos 1980 as empresas, graças à competição, vêm modificando


a sua estrutura operacional para melhor adequação às constantes mudanças.
Megliorini (2011) cita que, para essa melhoria, foram desenvolvidas novas
tecnologias de produção e de gestão.

Até a década de 1980, os principais fatores de produção eram somente


a matéria-prima e a mão de obra direta. Esse raciocínio era válido até o momento
em que os custos indiretos de produção não afetavam de forma significativa o
custo dos produtos, sendo rateados e atribuídos de forma mais simples por serem
menos representativos em comparação com os custos diretos de produção.

Além disso, a grande diversidade de produtos e modelos fabricados na


mesma planta também é um fator que exige melhor alocação dos custos indiretos
de fabricação.

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Entretanto, com a utilização da tecnologia e a diversificação das técnicas
de produção, houve um aumento dos custos indiretos de produção e
diminuição da mão de obra direta, fazendo com que esses custos indiretos de
produção passassem a ter participação cada vez maior nos produtos.

A inversão da representatividade dos custos indiretos de fabricação, se


comparados aos custos diretos de fabricação, tem impacto no custo dos
produtos, quando se considera que os custos indiretos de fabricação são
apropriados aos produtos por meio de rateios que carregam a subjetividade da
escolha do critério para a alocação dos custos. Assim, os métodos mais
tradicionais de custeio já não atendem às necessidades de informação dos
gestores (MEGLIORINI, 2011). Desse modo, foram desenvolvidos novos
métodos de apuração dos custos.

Para saber mais sobre o custeio ABC e o seu surgimento, assista ao vídeo
a seguir. Confira!

Martins (2003) afirma que o custeio baseado em atividade, conhecido


como ABC (activity-based costing), é uma metodologia de custeio criada para
reduzir de forma sensível as distorções provocadas pelos rateios feitos de
forma arbitrária pela subjetividade dos critérios estabelecidos.

Já Megliorini (2011) afirma que o ABC permite a apuração dos custos


partindo da filosofia de que os recursos utilizados pelas empresas são
consumidos pelas atividades executadas e os produtos ou serviços resultam das
atividades que requerem esses recursos. Dessa forma, os custos indiretos de
fabricação são apropriados, inicialmente, às atividades e, em uma etapa
seguinte, aos produtos e serviços ou a outros objetos de custeio que
demandaram tais atividades.

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O ABC pode ser definido como um método de custeamento que
identifica um conjunto de eventos para cada acontecimento ou transação
dentro da atividade. Essas transações podem ser definidas por atividades que
ocorrem dentro da empresa, com os custos indiretos sendo alocados aos
produtos e serviços na base do número desses eventos ou transações que o
produto ou serviço gera ou consome com recurso (PADOVEZE, 2004).

Entenda um pouco mais sobre o custeio ABC assistindo ao vídeo a seguir.


Não deixe de conferir!

Etapas do Custeio ABC

A base utilizada para o ABC é apropriar os custos indiretos às


atividades, uma vez que estas são as geradoras dos custos. Dessa forma,
cada um dos custos indiretos de fabricação deverá ser relacionado às suas
respectivas atividades, por meio de direcionadores de custos que melhor
representam as formas de consumo desses recursos, e depois apropriados aos
produtos, de acordo com os direcionadores de atividade adequados.

Para que seja possível o entendimento de como funciona o ABC,


inicialmente é preciso entender alguns conceitos envolvidos com esse tipo de
custeio.

Martins (2003) afirma que o primeiro conceito é o de direcionador de


custos, que é o fator responsável por determinar o custo de uma atividade. Como
as atividades exigem recursos para serem realizadas, pode-se afirmar que
direcionador é a verdadeira causa dos seus custos.

Assim, para o custeio de produtos, um direcionador deve ser o fator que


irá determinar ou ainda influenciar a maneira como os produtos “consomem” as
atividades. Dessa forma, um direcionador é uma base utilizada para atribuir

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custos das atividades aos produtos. Em um segundo momento, é preciso
definir como os produtos “consomem” as atividades, o que serve para custeá-
los, indicando a relação entre as atividades e os produtos (MARTINS, 2003).

Veja, no vídeo a seguir, as atividades relacionadas aos custos indiretos.


Não deixe de assistir!

Alguns exemplos de direcionadores podem ser vistos a seguir:


Departamentos Atividades Direcionadores
Compras Comprar materiais Número de pedidos
Desenvolver fornecedores Número de fornecedores
Almoxarifado Receber materiais Número de recebimentos
Movimentar materiais Número de requisições
Montagem Preparar máquinas Tempo de preparação
Montar conjuntos Tempo de montagem
Pintura Preparar máquinas Tempo de preparação
Pintar conjuntos montados Tempo de pintura
Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).

O Departamento de Compras, por exemplo, é responsável pela compra de


materiais e o desenvolvimento de fornecedores, ou seja, pesquisa de melhores
preços, prazos, descontos entre outros, e essas atividades deverão ser valoradas
– seu custo deverá ser reconhecido, por exemplo, pelo número de pedidos que
o departamento de compras faz e o número de fornecedores pesquisados e
cadastrados.

O ABC tenta, dentro dos departamentos, alocar os valores e, dentro disso,


mostrar uma forma de como esses valores podem ser mensurados de forma
concreta. O almoxarifado, por sua vez, recebe e movimenta os materiais, e isso
gera custos que podem ser mensurados pelo número de recebimentos de
materiais e requisições de materiais pelos outros departamentos das empresas.
Esse raciocínio pode ser empregado em todos os departamentos,

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sempre lembrando que os custos deverão ser baseados em atividades e essas
atividades em direcionadores.

Na montagem, por sua vez, as principais atividades são as de preparar


as máquinas para o trabalho e de montar os conjuntos de produtos. Dessa forma,
possíveis direcionadores podem ser o tempo de preparação e o tempo de
montagem dos produtos que passam por esse departamento. O departamento
de pintura, por exemplo, congrega a preparação das máquinas e a pintura dos
conjuntos montados, medidos pela preparação dessas máquinas em horas e pelo
tempo de pintura que levam.

Megliorini (2011, p. 190) afirma que o ABC deve ser realizado na


seguinte ordem:

1. Apropriação direta, quando é possível identificar o recurso como uma atividade


específica;

2. Rastreamento por meio de direcionadores que melhor representam a


relação entre o recurso e a atividade;

3. Rateio quando não houver condições de apropriação direta nem por


rastreamento. Efetua-se o rateio considerando uma base que seja
adequada.
O autor ainda evidencia de forma gráfica um modelo de custeio ABC de
dois estágios para a determinação do custo dos produtos:

Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).

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Nota-se, com a figura, que é possível entender que tanto os materiais
diretos quanto a mão de obra direta deverão ser apropriados de forma direta
pelos produtos. Já um custo indireto que já esteja identificado e outro possível
custo indireto deverão ser apropriados por meio de direcionadores de
atividades, que serão medidos por meio de direcionadores de recursos e, após
essa identificação e distribuição, é necessário alocar os valores aos produtos.

No vídeo a seguir, a professora Tatiane falará sobre a ordem do custeio


ABC. Confira!

A seguir, veja um exemplo de uma empresa que possui dois produtos X


e Y e faz a aplicação do custeio ABC demonstrando como funcionam os
direcionadores para a alocação dos custos:

Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).

A matéria-prima, assim como a mão de obra direta, é alocada aos produtos


diretamente. Já os custos indiretos de produção são apropriados aos
departamentos, depois às atividades e, por fim, aos produtos. Desse modo, a
apropriação dos custos indiretos de produção pelos departamentos ocorre da
seguinte forma:

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COMPRAS ALMOXARIFADO MONTAGEM PINTURA TOTAL
DEPRECIAÇÃO 20.000,00 15.000,00 85.000,00 30.000,00 150.000,00
ALUGUEL 5.000,00 10.000,00 50.000,00 25.000,00 90.000,00
MÃO-DE-OBRA 40.000,00 25.000,00 105.000,00 30.000,00 200.000,00
MATERIAIS DIVERSOS 5.000,00 5.000,00 70.000,00 40.000,00 120.000,00
MANUTENÇÃO - - 40.000,00 40.000,00 80.000,00
TOTAL 70.000,00 55.000,00 350.000,00 165.000,00 640.000,00

Seguindo ainda o raciocínio do ABC, é preciso que sejam identificadas


atividades dentro dos departamentos que possuem os custos elencados.

 Departamento de compras: comprar materiais e desenvolver fornecedores;

 Almoxarifado: receber materiais, movimentar materiais;

 Montagem: preparar máquinas, montar conjuntos;

 Pintura: preparar máquinas, pintar conjuntos montados.

O primeiro passo nesse caso foi atribuir os custos de cada departamento


às respectivas atividades, rastreadas por meio de direcionadores ou rateios.
Dessa forma, os consumos foram assim identificados:
COMPRAS ALMOXARI FADO MONTAGEM PI NTURA
COMPRAR DESENVOLVER RECEBER DESENVOLVER PREPARAR MONTAR PREPARAR PI NTAR
RECURSOS
MATERI AI S FORNECEDORES MATERI AI S MATERI AI S MÁQUI NAS CONJUNTOS MÁQUI NAS CONJUNTOS
DEPRECI AÇÃO 0,90 0,10 0,30 0,70 0,10 0,90 0,10 0,90
ALUGUEL 0,50 0,50 0,80 0,20 - 1,00 - 1,00
MÃO-DE-OBRA 0,70 0,30 0,40 0,60 0,50 0,50 0,50 0,50
MATERI AI S DIVERSOS 0,60 0,40 0,50 0,50 0,20 0,80 0,30 0,70
MANUTENÇÃO 0,20 0,80 0,20 0,80
Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).
Assim, os custos dos departamentos foram apropriados de acordo com
as atividades. Desse modo, no departamento de compras a depreciação foi
atribuída, com taxa de 90%, à atividade de comprar materiais; e, com 10%,
para o desenvolvimento de fornecedores.
COMPRAS ALMOXARI FADO MONTAGEM PI NTURA
COMPRAR DESENVOLVER RECEBER DESENVOLVER PREPARAR MONTAR PREPARAR PI NTAR
ATI VI DADES/RECURSOS
MATERI AI S FORNECEDORES MATERI AI S MATERI AI S MÁQUI NAS CONJUNTOS MÁQUI NAS CONJUNTOS
DEPRECI AÇÃO 18.000,00 2.000,00 4.500,00 10.500,00 8.500,00 76.500,00 3.000,00 27.000,00
ALUGUEL 2.500,00 2.500,00 8.000,00 2.000,00 - 50.000,00 - 25.000,00
MÃO-DE-OBRA 28.000,00 12.000,00 10.000,00 15.000,00 52.500,00 52.500,00 15.000,00 15.000,00
MATERI AI S DI VERSOS 3.000,00 2.000,00 2.500,00 2.500,00 14.000,00 56.000,00 12.000,00 28.000,00
MANUTENÇÃO - - - - 8.000,00 32.000,00 8.000,00 32.000,00
TOTAL 51.500,00 18.500,00 25.000,00 30.000,00 83.000,00 267.000,00 38.000,00 127.000,00
Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).

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Agora, em um segundo momento, é necessário estabelecer os custos
aos produtos conforme o consumo de atividades requerido por eles. Dessa
forma, os direcionadores foram apresentados da seguinte forma:
ATI VI DADES PRODUTO X PRODUTO Y TOTAL
COMPRAR MATERI AI S 33.475,00 18.025,00 51.500,00
DESENVOLVER FORNECEDORES 7.400,00 11.100,00 18.500,00
RECEBER MATERI AI S 15.625,00 9.375,00 25.000,00
DESENVOLVER MATERI AI S 18.750,00 11.250,00 30.000,00
PREPARAR MÁQUI NAS 49.800,00 33.200,00 83.000,00
MONTAR CONJUNTOS 149.520,00 117.480,00 267.000,00
PREPARAR MÁQUI NAS 21.375,00 16.625,00 38.000,00
PI NTAR CONJUNTOS 80.000,00 47.000,00 127.000,00
TOTAL 375.945,00 264.055,00 640.000,00

Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).

Sendo assim, os custos que, inicialmente, foram distribuídos por


departamento, depois passaram pela distribuição por nível de atividade nesses
departamentos e, por fim, foram distribuídos aos produtos. No entanto, ainda é
preciso demonstrar o valor final do custo total dos dois produtos, lembrando
que ele é formado por custos diretos e indiretos.
CUSTOS PRODUTO X PRODUTO Y TOTAL
DIRETOS 95.000,00 120.000,00 215.000,00
INDIRETOS 375.945,00 264.055,00 640.000,00
TOTAL 470.945,00 384.055,00 855.000,00
Fonte: Adaptado de Megliorini (2011).

Desse modo, os custos identificados ou diretos de A montam um total de


R$ 95.000,00, e os indiretos encontrados pelo custeio ABC totalizam R$
375.945,00. Isso faz com que o custo total do produto A seja de R$ 470.945,00,
já o produto B consumiu R$120.000,00 de custos diretos e R$ 264.055,00 de
custos indiretos atribuídos pelo custeio ABC, totalizando um montante de R$
384.055,00.

O ABC apresenta, como uma de suas principais vantagens, uma


distribuição dos custos indiretos de fabricação de forma mais acurada
(PADOVEZE, 2004). O autor citado ainda evidencia que outra vantagem é
auxiliar no processo de controle de custos.

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Você pode entender mais sobre o custeio ABC lendo o artigo disponível no link a
seguir:
<http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/download/Artguilacongbra02.pdf>

Síntese

No vídeo a seguir, a professora Tatiane fará uma retomada dos pontos


mais importantes estudados nesta aula. Não perca!

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1. Megliorini (2011) afirma que o ABC tem uma ordem para ser realizado.
Marque a seguir a ordem correta:

a. Apropriação indireta e rateio.

b. Rastreamento e rateio.

c. Apropriação direta, rastreamento por meio de direcionadores e rateio.

d. Rastreamento com direcionadores e apropriação indireta.

2. Partindo da seguinte afirmação: “um direcionador é uma base utilizada para


atribuir custos das atividades aos produtos”, localize a atividade que está
corretamente alinhada com um direcionador:

a. Compras – horas máquina.

b. Energia – ordens de compra.

c. Manutenção – quantidade de itens estocados.

d. Depreciação – horas máquina.

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Referências

MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de


informação contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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