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Ecthos Consultoria e Desenvolvimento LTDA

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SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES.

Apresentação: .......................................................................................................................................... 3
Recomendações:...................................................................................................................................... 4
2 – Organização do Sistema Elétrico de Potencia – SEP .................................................................... 7
2.1 – Definição do SEP.......................................................................................................................... 7
2.2 – Abordagem Legal.......................................................................................................................... 7
2.3 – Abordagem Organizacional .......................................................................................................... 7
2.4 – Abordagem Técnica...................................................................................................................... 7
2.5 – Avaliação do Glossário da NR10................................................................................................ 13
3 – Elementos do Trabalho ................................................................................................................... 14
3.1 – Recursos Humanos .................................................................................................................... 14
3.2 – Cadastro e Prontuário de Equipamentos ................................................................................... 17
3.3 – Ferramentas e Equipamentos de Ensaios ................................................................................. 17
3.4 – Procedimento de Trabalho ......................................................................................................... 17
3.5 – Treinamento................................................................................................................................ 20
3.6 – Inspeção da área de trabalho ..................................................................................................... 20
4 – Avaliações das Condições de Segurança – (Impeditiva e de Acesso) ...................................... 21
4.1 – Introdução ................................................................................................................................... 21
4.2 – Abordagem Técnica.................................................................................................................... 21
4.3 – Abordagem de Segurança do Trabalho ..................................................................................... 21
4.4 - Normas e Procedimentos da Organização ................................................................................. 21
4.5 – Avaliação das condições de Segurança..................................................................................... 22
4.6 – Resultados e Documentos.......................................................................................................... 22
5 – Análise de Risco .............................................................................................................................. 23
5.1 – Introdução ................................................................................................................................... 23
5.2 - Características do Trabalho ........................................................................................................ 24
5.3 - Técnicas e Ferramentas.............................................................................................................. 24
5. 4 - Resultados e Documentos ......................................................................................................... 26
6 – Sinalização, Proteção de Equipe e Isolamento............................................................................. 28
6.1 – Introdução ................................................................................................................................... 28
6.2 – Características do Trabalho – Sinalização ................................................................................. 28
6.4 - Características do Trabalho – Proteção da Equipe..................................................................... 28
6.5 - Características do Trabalho – Isolamento................................................................................... 29
6.6 – Resultados e Documentos.......................................................................................................... 29
7 – Liberação de Instalações para Serviços e Operação................................................................... 30
7.1 – Introdução ................................................................................................................................... 30
7.2 – Procedimentos de Trabalho........................................................................................................ 32
Filosofia................................................................................................................................................ 32
8 –Responsabilidades e Acidentes ...................................................................................................... 35
8.1 – Responsabilidades sobre o trabalho...................................................................................... 35
8.2 – Código Penal e Civil ................................................................................................................. 35
8.3 – O acidente do trabalho............................................................................................................. 35

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Apresentação:

Esta primeira edição da apostila do Curso complementar de Segurança no sistema


elétrico de potência (SEP) e em suas proximidades, elaborada pelo Eng. Marcus
Possi, é um verdadeiro guia de segurança no SEP, que será útil ao aluno do curso
nas suas reflexões futuras. Também será muito útil para aquele aluno que pretende
ser um multiplicador dos conhecimentos adquiridos.

O treinamento de segurança em sistema elétrico de potencia (SEP) e em suas pro-


ximidades foi instituído pela Norma Regulamentadora No 10, publicada em dezembro
de 2004 pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A publicação deste regulamento de
segurança no trabalho, trará com certeza, um grande impacto na forma de se proje-
tar, construir e manter as instalações elétricas no Brasil. Mas quem de fato realizará
as mudanças são as pessoas – os profissionais da área – e esta mudança só será
feita se estes profissionais forem treinados adequadamente. Neste contexto pode-se
verificar a grande importância que terá este trabalho na formação dos profissionais
que atuam no SEP ou em suas proximidades.

Esta apostila representa uma grande contribuição para o treinamento de segurança


em instalações e trabalho em eletricidade proposto pela NR-10, pela sua forma a a-
presentar os assuntos como eles são, mas questiona – como é o espírito do seu au-
tor – e leva o leitor pensar e formar os seus próprios conceitos.

O texto é apresentado de forma clara e útil, com a experiência de quem atuou mui-
tos anos no trabalho de campo em sistema elétrico de potência e na normalização
das instalações elétricas de média e alta tensão e com a didática de quem dedica
boa parte do seu tempo a atividades de treinamento.

Esta primeira edição da apostila é com certeza o embrião de um livro, talvez o pri-
meiro tratando do assunto, que servirá como livro texto para cursos semelhantes.

João Cunha
Coordenador da Comissão de Instalações de Média e Alta Tensão do CB03/ABNT
Diretor da Miomega Engenharia

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Recomendações:
PRAZOS PARA CUMPRIMENTO DOS ITENS DA NORMA REGULAMENTADORA Nº 10 de 08-12-2004
1. prazo de seis meses: 10.3.1; 10.3.6 e 10.9.2; - até Junho-2005
10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desli-
gamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinaliza-
ção de advertência com indicação da condição operativa.
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em
instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avali-
ados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
2. prazo de nove meses: 10.2.3; 10.7.3; 10.7.8 e 10.12.3; - até outubro-2005
10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações
elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais
equipamentos e dispositivos de proteção.
10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados
no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente.
10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais iso-
lantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou en-
saios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimen-
tos da empresa e na ausência desses, anualmente.
10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas ativi-
dades, disponibilizando os meios para a sua aplicação.
3. prazo de doze meses: 10.2.9.2 e 10.3.9; - até dezembro-2005
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a
condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de seguran-
ça:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras
e outros riscos adicionais;
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos:
(Verde – “D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado);
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo disposi-
tivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios
equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos
componentes das instalações;
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes
das instalações;
e) precauções aplicáveis em face das influências externas;
f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto,
destinados à segurança das pessoas; e
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.
4. prazo de dezoito meses: subitens 10.2.4; 10.2.5; 10.2.5.1 e 10.2.6; - até Junho-2006
10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o
Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, im-
plantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle1 existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosfé-
ricas e aterramentos elétricos;
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis
conforme determina esta NR;
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos tra-
balhadores e dos treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual
e coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e g) relatório téc-
nico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contem-
plando as alíneas de “a” a “f”.

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Medidas de Segurança e Controle substituirão por conta deste autor o texto que se segue quando não dentro de citações de
norma ou documentos originais.
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10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétri-
co de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao
prontuário os documentos a seguir listados:
a) descrição dos procedimentos para emergências; e
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual; 10.2.5.1 As empresas que
realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário
contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5.
10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo em-
pregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição
dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.
5. prazo de vinte e quatro meses: subitens 10.6.1.1; 10.7.2; 10.8.8 e 10.11.1. - até dezembro-2006
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança
para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e
demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança,
específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com
currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treina-
mento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais
medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no
Anexo II desta NR.
10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados
ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aprovei-
tamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR.
10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma
das situações a seguir:
a) troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organi-
zação do trabalho.
10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados
ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da si-
tuação que o motivou.
10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico
de acordo com risco envolvido.
10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas
em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruí-
dos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e
adotar as precauções cabíveis.
10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformida-
de com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada
tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 des-
ta NR.

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1 – Introdução
O treinamento dos profissionais para o trabalho em áreas de risco por conta de condições elé-
tricas de media e alta tensão prevê que seja feito um estudo particular e individual dos requisi-
tos necessários para a composição e ementa do conteúdo desse treinamento e possivelmente
a realização de procedimentos de trabalho que são específicos do sistema elétrico afetado. A
diversidade dos serviços possíveis de serem realizados no campo das instalações elétricas
permite que sejam elencado um numero imenso de condições e requisitos específicos fazendo
cada treinamento SEP único em sua elaboração e aplicação. Um dos entendimentos, no inicio
ainda da aplicação dessa Norma regulamentadora, permite verificar a preocupação da equipe
formadora da comissão de estudos quanto à especificidade do treinamento e sua eficácia e
posterior comprovação. Acreditamos que o melhor indicador de desempenho não sejam as no-
tas dos testes aplicados de conhecimento dos envolvidos nos treinamentos, mas sim a mudan-
ça de comportamento dos profissionais no que diz respeito a consideração da vida humana
própria e de seus companheiros no dia a dia do trabalho. Não deixando de preservar os equi-
pamentos e instalações, essa Norma Regulamentadora se detém no bem mais precioso de
uma organização: a vida e saúde de seus empregados e prestadores de serviço.
Esse trabalho deve ser um guia de estudo para permitir aos participantes definir as linhas bási-
cas de ação para desenvolver, sempre à luz da NR e das condições especificas encontradas
na organização, um procedimento de treinamento de segurança focado nas suas reais neces-
sidades e características sistêmicas.

Esse trabalho é dividido em 7 partes principais que devem servir como um guia para o
fim já descrito anteriormente:

1 - Entendimento do Sistema Elétrico Envolvido.


2 – Entendimento dos Elementos Necessários aos Trabalhos
3 – Elementos necessários a avaliação das condições de segurança
4 – Técnicas e Ferramentas para a analise dos Riscos do trabalho
5 – Elementos para a sinalização e isolamento físico da área de trabalho
6 – Elementos e Documentos para as Garantias de Liberação e entrega para o trabalho
7 – Responsabilidades e Acidentes e Emergência

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A matriz de responsabilidade:
Toda a equipe de trabalho, por conta das melhores práticas deve ser montada e caracteri-
zada com a indicação do perfil anterior e com a definição clara de papeis dentro do traba-
lho que vai ser executado. Diferentemente da abordagem tradicional de descrição de ativi-
dades de funcionários, ou folha de atribuição da função a qual ocupa o profissional de atu-
ação em área de risco para classificação trabalhista, o conceito de equipe se torna mais
forte a partir do momento que para cada trabalho as atribuições especificas de cada um se-
ja ratificadas ou acertadas em função das condições que se encontram equipamentos, sis-
tema e recursos humanos. A matriz de responsabilidade é uma ferramenta eficaz que traz
a clara responsabilidade de cada elemento no serviço especifico a ser desenvolvido.

Participante/Atribuição

Apóia na área

Apóia fora da
área de risco

Responsável
Executa

de risco

Planeja
Profissional 1 X X
Profissional 2 X X
Profissional 3 X X
Profissional 4 X
Profissional ... X
Profissional n X

3.2 – Cadastro e Prontuário de Equipamentos

Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações


pertinentes às instalações e aos trabalhadores.
A diferença básica entre o cadastro de um equipamento e o seu prontuário reside no ele-
mento adicionado a esse último para controle. O tempo. O prontuário é o cadastro dinâmi-
co que contém as informações do presente e do passado do equipamento e dos trabalha-
dores. Isso significa que as alterações em particular dos equipamentos devem ficar regis-
tradas. As Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV já definem esse pron-
tuário como necessário e essencial nos seus capítulos 6 - Seleção e Instalação de Compo-
nentes, 7 – Verificação Final e 9 – Subestações, sendo clara que esse material deve servir
aos propósitos de registros e trabalhos nessas instalações. O registro das mudanças den-
tro das instalações atende agora também a demanda das equipes de manutenção e ope-
ração que vierem a trabalhar no local. É muito importante registrar que o passado e o pre-
sente são essenciais para a projeção das tendências de comportamento e estado das ins-
talações elétricas e seus equipamentos. Esses prontuários são relevantes ate para a deci-
são de substituição de equipamentos ou de mudanças de paradigmas nas instalações.

3.3 – Ferramentas e Equipamentos de Ensaios


Como um dos elementos de trabalho para as equipes que vem a atuar dentro dos sistema elé-
tricos de potencia pode-se com segurança lembrar a importância das ferramentas e equipa-
mentos de ensaios. Ainda que sejam obrigatórios dentro das normas NBR14039 no seu capitu-
lo 7, e sejam ate os elementos básicos para a elaboração do laudo de conformidade final, es-
ses elementos são relevantes na garantia da segurança final das instalações antes de sua fase
de re-energização e entrega ao sistema. São os equipamentos de ensaio de verificação de
tensão que garantem a ausência de tensão perigosa ao trabalho, os equipamentos de teste de
isolamento elétrico que garantem o nível adequado de isolamento antes da entrega final dos
serviços, e são os elementos de travamento e bloqueio que garantem o isolamento mecânico e
físico necessários e permanentes durante a realização dos serviços.

3.4 – Procedimento de Trabalho


Esse elemento é fundamental para a garantia da segurança nos serviços em sistema elétrico
der potencia, é a parte primeira da definição de segurança do glossário da NR10. Porém é ne-
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5 – Análise de Risco

5.1 – Introdução
O conceito de risco é mais abrangente que apenas ameaça, ele tem também a conotação
de oportunidade. Mesmo na avaliação dos riscos de segurança e do trabalho a ser execu-
tado é possível verificar novas oportunidades de melhoria operacional ou de instalações.
Essas melhorias quando estudadas à luz do custo beneficio podem trazer resultados muito
positivos no desempenho das instalações ou da capacidade de produção. Embora esse
conceito seja mujito difundido fora do Brasil, esse trabalho não estará contemplando essa
abordagem na redução do perigo dos serviços, ficando para uma próxima oportunidade ou
foco de abrangência essa discussão.
Existem algumas técnicas de mapeamento de risco que ajudam em muito na sua identifi-
cação e posterior classificação. O mapa de riscos é uma delas e talvez seu elemento mais
comum. Esse mapa de riscos é um instrumento que ao longo do tempo classifica os ris-
cos de forma a facilitar as suas condições de controle e monitoramento.

Mapa de Riscos

Categoria Risco Identificado Atributos


Riscos da Eletricidade Trabalho nas alturas e o risco da queda;
Choques elétricos
Descargas Elétricas
Raios e Tempestades
Riscos dos Meios de Colisão
Transporte
Atropelamento
Riscos dos Equipamentos Incêndios e de explosões;
elétricos
Contaminação e Toxidade
Esmagamento
Riscos do Ambiente Colisão
Violência
Enchentes
Avalanche

Existe também uma corrente de pensamento que analisando os diversos os acidentes, e-


feitos das condições de risco não mapeadas e controladas, mostraram que existem causas
comuns em dois pontos: a falta de outro profissional nas atividades e no excesso de envol-
vimento da mente com a atividade em desprendimento do próprio corpo e seus limites.
A definição mais apropriada no momento para PERIGO pode ser obtida através da repre-
sentação matemática a seguir de fácil entendimento.

PERIGO = RISCO
_______________________
MEDIDAS DE SEGURANÇA E CONTROLE

A expressão acima promove o seguinte pensamento: não havendo medidas de seguran-


ça e controle, o perigo é muito alto, ou seja, as chances de acidente são altas. Havendo
alguma medida de controle eficaz esse perigo é muito reduzido embora o fator que promo-
ve o acidente continue existindo. A análise de risco é conhecida e passa necessariamente
pelos processos de identificação dos Riscos possíveis, qualificação e quantificação dos
Riscos e das medidas de contingenciamento, redução e controle. Esse processo será a-
presentado mais a frente detalhado dentre outras técnicas de avaliação do risco do traba-
lho.

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5.3.3 – ANÁLISE DE ISHIKAWA

A Análise das Causas e Conseqüências (AAC) de falhas. Essa analise foi desenvolvida em
1943 por Kaorn Ishikawa da Universidade de Tóquio e também é conhecida como diagra-
ma de espinha de peixe. É normalmente montado a partir do trabalho de uma equipe e
mantém uma relação hierárquica clara entre as causas e o efeito, garantindo o sucesso da
ferramenta. As “espinhas” possuem o a identificação dos grupos mais prováveis, muitas
vezes chamados de primários, que são os geradores de problemas. No caso da avaliação
dos riscos do trabalho pode-se enumerar dentre outras as seguintes causas: Humanas,
Equipamentos (incluindo as ferramentas, equipamentos de ensaio e trabalho e materiais),
metodologia, Local do Trabalho, Sistema Elétrico, Ambiente.

5. 4 - Resultados e Documentos
O resultado dessa etapa é um mapa de riscos identificado, classificado por critérios nunca
inferior aos mínimos legais que trazem junto em anexo o conjunto de ações corretivas ou
preventivas, ainda que temporárias para a redução das condições de perigo através da in-
clusão de medidas de controle e segurança aos trabalhadores, sistema e patrimônio. Esse
mapa é um documento legal que assinado pelo responsável que conduziu a analise de ris-
co do trabalho, deve compor o conjunto de documentos que respalda a OS – Ordem de
Serviço ou OP – Ordem de Operação de Equipamento.
Ao formulário de Avaliação das condições de segurança é então anexado o Mapa da Ris-
cos Identificados.
É importante lembrar que um dos elementos de combate ao acidente, de prevenção ao a-
cidente ou ainda de garantia de segurança é o EPI e o EPC. Nesse caso dentro das carac-
terísticas do trabalho no SEP – Sistema Elétrico de Potencia temos:

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL (EPI)7


· Capacete de segurança com isolamento para eletricidade
. Meia bota isolada
· Óculos de segurança incolor e com proteção contra raios ultravioletas
. Roupas de algodão
· Luvas de borracha isolantes BT e AT
· Luvas de pelica para proteção das luvas de borracha
· Luvas de raspa para trabalhos rústicos
· Cinturão de segurança com talabarte para trabalhos em grandes alturas

7
Esses equipamentos de Proteção serão abordados no Capitulo 6 desse trabalho mais adiante.
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7 – Liberação de Instalações para Serviços e Operação
7.1 – Introdução
Nesse capitulo será abordado o modo como os trabalhos devem ser realizados na área defini-
da pelo SEP, não o modo técnico e sim o procedimento administrativo dessa técnica visando a
segurança. Para acerto de conceitos deve ser esclarecida a zona de ação: o conceito de Zona
de Risco e de Zona Controlada.
A NR10 define como zona de risco (ZR) a região em torno de parte condutora energizadas,
não segregada, acessível inclusive involuntariamente, cuja aproximação só é permitida a pro-
fissionais autorizados e com a adoção de técnicas e ins-
trumentos apropriados de trabalho. Nessa zona sem os
devidos cuidados mencionados é possível o aparecimento
de um campo elétrico tal que propicia a descarga de um
arco elétrico danoso.
A NR10 define como zona controlada (ZC), a distância
que começa na iminência da zona de risco cuja apro-
ximação só é permitida a profissionais autorizados e
que não propicia o aparecimento de um arco elétrico
danoso. Na figura ao lado a região que fica externa a
barreira (SI) isolante é considera livre e desimpedida
para acesso.
Tomando-se então o exemplo acima, apenas profis-
sionais que fossem dotados de EPI especifico para
trabalho com linhas energizadas poderiam estar trabalhando nessa região (ZR) e os traba-
lhadores que estivessem devidamente informados e capacitados poderiam estar traba-
lhando nas proximidades das instalações energizadas (ZC) respeitando as distancias de
segurança.

Exemplo 1:
• Utilizando a manta (cor alaranjada) de isolamento so-
bre o condutor. Nesse caso a manta estando sobre a
parte energizada, atuaria como uma barreira isolante
permitindo que a região controlada (ZC) e a zona de
Risco (ZR) se estendessem até a superfície interna da
capa isolante, transformando a figura na seguinte
condição.

Exemplo 2:
• Realizando um trabalho em uma linha de ener-
gia ao lado de uma linha energizada. Uma vez
que as linhas estão separadas por uma grade
(cor alaranjada) de separação física entre eles a
região de trabalho estaria dentro da zona con-
trolada. Se a grade estiver então aterrada ga-
rantindo a equipontecialidade, então ela também
estará classificada como Zona Livre (ZL).O tra-
balho ainda que à esquerda da grade nesse ca-
so está dentro da área controlada.

É importante notar a palavra involuntária na definição dada pela NR10 em Zona de Risco. Isso
significa que o fato de ser delimitada uma área em torno da parte energizada, é relevante du-
rante a analise de risco verificar a área realmente necessária para a instalação de materiais e
equipamentos de porte e de alta condução elétrica como vergalhões e varas de acesso. Isso
requer que nesse caso a área de risco seja acrescida do comprimento conhecido e possível e
passível de classificação como involuntário.

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