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Putativo é, na ciência jurídica, aquilo que embora ilegítimo, é objeto de

suposição de legitimidade, fundada na boa-fé. Entende-se que município


putativo à semelhança do que acontece com o casamento putativo e a sociedade
de fato. A análise da questão em torno do denominado município putativo iniciou-
se com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (n. 2.240), proposta
pelo Partido dos Trabalhadores em detrimento da Lei Estadual baiana
7.619/2000, que criou o município de Luís Eduardo Magalhães tendo em vista o
desmembramento do município de Barreiras (Informativo 427 — Supremo
Tribunal Federal).
Tendo em vista os requisitos necessários para a criação de um
Município nos termos do art. 18, parágrafo 4o da CF/88, a ADI 2.240 apresentava
as seguintes inconstitucionalidades da lei baiana,

1 Criação de novo Município em ano de eleições municipais;

2 Ausência de lei complementar federal delimitando lapso temporal para a criação de Municípios;

3 Plebiscito realizado apenas com a população do Município que se formou (Luís Eduardo Magalhã
sem englobar a população total do Município de Barreiras;

4 Estudos de viabilidade municipal publicado em momento posterior ao plebiscito.

O STF, por meio do seu relator, reconheceu a afronta a CF/88, mas…

1. Não poderia ignorar a existência de fato do Município há mais de 6 anos, dotado de


autonomia.
2. Sua existência resultou efeitos jurídicos.
3. A não edição de lei complementar federal dentro de prazo razoável determinou um
momento anormal na criação do Município.
4. Ponderou a ofensa à CF com os princípios da segurança jurídica e da continuidade
do Estado.
5. Entendeu que ao julgar a ADI improcedente, mantendo a existência do Município,
ao invés de encorajar a criação de novos municípios indiscriminadamente, ao
contrário, serviria de apelo ao Poder Legislativo a fim de suprir a omissão
constitucional acerca da ausência de lei complementar federal.
O STF ao final do julgamento da ADI 2.240-BA, à unanimidade, julgou
procedente a ação direta, e, por maioria, ao não pronunciar a nulidade do ato
impugnado, manteve sua vigência pelo prazo de 24 meses até que o legislador
estadual estabeleça novo regramento, nos termos do voto reajustado do senhor
ministro Eros Grau (relator) e do voto-vista do senhor ministro Gilmar Mendes,
vencido, nesse ponto, o senhor ministro Marco Aurélio, que declarava a nulidade
do ato questionado. Votou a presidente, ministra Ellen Gracie. Ausente,
justificadamente, o senhor ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 09.05.2007.

, com base nos princípios da reserva do impossível, da continuidade do


Estado Federativo, segurança jurídica, confiança, força normativa dos fatos e
situação excepcional consolidada, deve continuar a existir e repercutir seus efeitos
jurídicos como se criado com base na norma constitucional.
A análise da questão em torno do denominado município putativo iniciou-se
com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo Partido
dos Trabalhadores em detrimento da Lei Estadual baiana 7.619/2000, que criou o
município de Luís Eduardo Magalhães tendo em vista o desmembramento do
município de Barreiras (Informativo 427 — Supremo Tribunal Federal).

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