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DIMENSÕES DE ATUAÇÃO DE UM CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA:

aspectos da realidade local e concepções sobre qualidade de vida da população


Liane Keitel - lkeitel@unochapeco.edu.br - Professora da UNOCHAPECO
Aline Fistarol- acadêmica de Educação Física
Aline Souza- acadêmica de Enfermagem
Aline Lorenzon- acadêmica de Odontologia
Aline da Silva- acadêmica de Fisioterapia
Andre Amaral- acadêmico de Medicina
Antuani Viera- acadêmico de Farmácia
Luiz da Riva- acadêmico de Medicina
Monike Silveira- acadêmica de Nutrição
Wanessa Souza- acadêmica de Psicologia

INTRODUÇÃO: Com a implantação do Sistema Único de Saúde – SUS no Brasil,


propõem-se uma política de saúde universal, de acesso a todos, pautada na atenção
integral, exigindo do país uma implantação progressiva de serviços nos mais
diversos níveis de complexidade, comprometidos com as realidades de cada
território. OBJETIVO: Para aprofundar os conhecimentos sobre as ações em saúde,
realizamos uma imersão num Centro de Saúde da Família - CSF de Chapecó - SC e
no território sobre sua responsabilidade, com objetivo de conhecer a realidade da
população, os serviços e as relações multiprofissionais existentes no CSF.
METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado através das Vivencias
Interdisciplinares Multiprofissionais – VIM nos dias 26 e 27 de abril de 2010.
Participaram acadêmicos dos cursos de Farmácia, Psicologia, Educação Física,
Nutrição, Medicina, Odontologia, Enfermagem, Fisioterapia, que estiveram
presentes na comunidade. Para tal, foram realizadas observações do ambiente e
cotidiano, acompanhamento de atividades dos profissionais, visitas domiciliares e a
outros serviços como a subprefeitura, CRAS, CEIM e clube das mães. Nos
diferentes locais foram realizadas entrevistas com os moradores levantando-se,
então, questões sobre a qualidade de vida da população. RESULTADOS: Esta
imersão nos possibilitou num primeiro momento observar os desafios para
construção de trabalhos em equipe para o atendimento dos diferentes problemas da
população. A equipe do CSF é composta de uma enfermeira-coordenadora, três
auxiliares de enfermagem, um médico clínico-geral, um ginecologista, um pediatra e
um dentista. Quanto a farmácia inserida no Centro, não há um farmacêutico
responsável, sendo que a monitoração, controle e distribuição dos medicamentos são
realizados pela enfermeira e auxiliares. Percebemos que o CSF atende, com certa
dificuldade, a demanda da população, visto que o número de profissionais lá
inseridos encontra-se em déficit para atender os pacientes, necessitando de
profissional que ajuda na parte administrativa. Já que a falta deste, exige
constantemente o deslocamento de outros profissionais de suas atividades, como os
ACS, e ou a Enfermagem. Segundo Peduzzi ( 2001) no multiprofissionalismo os
profissionais realizam suas atividades de suas próprias áreas, mas também executam
ações que são comuns de varias áreas, nas quais estão integradas os saberes
provenientes de cada campo, o trabalho multiprofissional não quer dizer abrir “mão”
do seu trabalho, de dividi-lo mas sim de melhorar o seu trabalho complementando-o
e assim também melhorar o serviços prestados a comunidade, segundo este ainda
existe dois tipos de equipes multiprofissionais a equipe-integração, que se refere
aquela equipe que da enfase na flexibilidade de divisão de trabalho e a equipe-
agrupamento que da enfase na especificidade de cada área. Segundo Pereira (1976)
desde 1966 existe o multiprofissionalismo na sociedade, um dos maiores destaque
no multiprofissionalismo é a interdisciplinaridade a qual coloca um problema acima
de qualquer profissão exercida visando a melhora do paciente. Num segundo
momento, nos possibilitou uma reflexão mais aprofundada sobre a realidade da
população atendida. Para isto, verificamos inicialmente dados da ficha A do Sistema
de Informação da Atenção Básica – SIAB, de fevereiro/2010, que a população
residente no território do CSF é de cerca de 4.500 habitantes, sendo que, destes,
4.332 estão cadastrados na SIAB local. Cerca de metade da população utiliza a rede
pública de abastecimento de água, sendo que o restante utiliza-se de poços
artesianos e pequena parcela se vale de outros meios de abastecimento; no entanto, a
rede de esgoto ainda é precária, uma vez que 1.192 famílias utilizam a fossa séptica
para descarte dos seus dejetos e, ainda, 31 famílias têm o esgoto a céu aberto.
Portanto, leva-nos a conclusão de que os dejetos descartados em fossa, juntamente
com o abastecimento por poços artesianos, são questões que necessitariam de uma
maior investigação e análise da qualidade das águas, buscando a relação com
determinados dados epidemiológicos dessa região. Segundo Antunes (2010) um dos
principais meios de se evitar as cáries é a fluoretação das águas que abastecem a
população de determinadas comunidades, porem no Distrito realizado o estudo a
maioria das moradias são abastecidas com águas de poços sem nenhum tratamento,
ressalta ainda o autor que assim causa um evidente prejuízo à saúde bucal de toda s
as pessoas do local. A coleta de lixo, a maioria se dá pela coleta e queima dos
resíduos, 985 e 255 respectivamente. Em relação ao tipo de moradias, 541 são de
alvenaria, 672 são de madeira, 12 de material aproveitado e 19 de outros materiais.
Nas visitas domiciliares realizadas, foi possível perceber uma população simples,
com algumas características ainda rurais, uma comunidade que mantém a criação de
animais para a subsistência e cultivo de frutas e hortaliças. Quanto às doenças mais
comuns no distrito, verificamos que a hipertensão é que mais se destaca, em torno
de 440 pessoas dentre as cadastradas no CSF, seguida da diabetes, que acomete 56
pessoas. É preponderante mencionar a existência de 41 gestantes e dessas, 14
possuem menos de vinte anos de idade. Para aprofundar o conhecimento sobre a
comunidade local, realizamos entrevistas (n=26) nos mais diversos locais do
distrito com usuários do Sistema Único de Saúde – SUS, sobre a qualidade de vida
dos moradores, suas condições psicossociais, de saúde, lazer e alimentação. Dos
entrevistados, 88% eram mulheres e 12% homens, destes (n=5) tinham até 20 anos,
(n=5) de 21 a 30, (n= 5) de 31 a 40, (n=4) de 41 a 50, e (n=7) mais que 51 anos.
Destes, 30% possuem ensino médio completo, sendo que os demais apenas o ensino
fundamental. Em relação a qualidade de vida da população,( n = 17)pessoas
consideram o cuidado com a alimentação um fator importante para a manutenção
da saúde, isso é resultado do trabalho da estagiária de nutrição que trabalha com a
promoção de saúde dentro do CFS, através de cartazes e discussões com a
comunidade a respeito de uma boa alimentação, seguida da atividade física (n=7),
sendo a caminhada a mais citada. Condições de higiene também são consideradas
importantes (n=6), seguida de exames médicos, uso correto de medicação e vacinas
(n=5). Outros fatores como uma boa noite de sono, não fumar, não beber e manter
uma vida tranqüila afastando-se do estresse também são consideradas (n=5). Em
relação ao exercício físico (n=16) o considerarem importantes, no entanto não
praticam nenhuma atividade. Dos que praticam, a maioria se utiliza de caminhadas
com meio de cuidar de sua saúde. Um fato que nos chamou atenção que (n=6),
alegam que não podem praticar atividades físicas por ter problemas de saúde; outros
(n=6) alegam que a falta de tempo, de acesso ou de disponibilidade são fatores que
limitam a prática da atividade; no entanto, e (n=3) colocam que não gostam e não
tem de realizar qualquer atividade. Isso se dá devido à não existência de
profissionais de Educação Física inserido no CFS, para trabalhar com promoção de
saúde, que acarreta o desconhecimento dos benefícios das atividades corporais, e até
mesmo conclusões precipitadas como quando se tem uma doença não se pode
praticar atividades físicas. Cabe a este profissional mapear e apoiar as práticas
corporais/atividades físicas nos serviços de atenção básica e inserir onde ainda não
há quaisquer destas ações, fica a cargo deste ainda ofertar práticas
corporais/atividades físicas como caminhadas, prescrição de exercícios, práticas
lúdicas, práticas esportivas voltadas para a rede básica de saúde como para a
comunidade em geral. O local encontra-se um espaço ótimo para a pratica de
caminhadas que é a trilha do pitoco, onde nem todas as pessoas da comunidade
conhecem mas sabem que existe, e pode ser realizado ainda práticas esportivas no
ginásio da comunidade e no campo de futebol local, ou seja espaço existe apenas
falta o profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: SANTOS et al (2006), colocam
que a organização de grupos de promoção de saúde são intervenções
interdisciplinares e coletivas de saúde iniciadas por um conjunto de pessoas que
interagem entre si a fim de realizar as mais diversas tarefas de promoção, prevenção
e manutenção da saúde, sempre promovendo desenvolvimento da autonomia e a
melhora da qualidade de vida e saúde da população. Percebemos o quanto se torna
complexo a organização de grupos de trabalho integradas e com possibilidade de
atuar nos diferentes níveis de atenção. Para realização de atividades de promoção a
saúde é fundamental conhecer os conceitos que as pessoas já tem sobre as
diferentes dimensões que envolvem a qualidade de vida e os cuidados protetivos a
saúde, pois e partir disto que e possível criar um diálogo com a comunidade e
transformar aos poucos concepções equivocados sobre cuidados a saúde, como por
exemplo, de que ter determinada doença criar a impossibilidade em fazer atividades
físicas. A grande maioria da população encontra-se com escolaridade baixa, apenas
ensino fundamental, porém há uma perfeita satisfação com vínculos familiares e
sociais, isso se dá devido as pessoas não se preocuparem e se estressarem com a
vida das grandes cidades, já que o local e um distrito calmo e tranqüilo, há faltas de
algumas coisas em casa, porém comida nunca falta pois várias famílias cultivam
alimentos para seu subsidio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEREIRA, Isabel Maria Teixeira Bicudo; HARRIS, William Moffitt. Revista


saude públi. Estágio integrado na faculdade de saúde pública da universiade de
são paulo; preparo para o trabalho multiprofissional. São Paulo 10:257-66,
1976. p.257 à p.266.
PEZUZZI, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia.
Revista de Saúde Pública Printversion ISSN 0034-8910Rev. Saúde
Públicavol.35no.1São PauloFeb.2001doi: 10.1590/S0034-89102001000100016
Encontrada em: http://www.scielosp.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0034-89102001000100016&lang=pt acesso em: 01/04/10

ANTUNES JLF, Narvai PC. Políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto
sobre as desigualdades em saúde. Rev. Saúde Publica. 2010. DOI:10.1590/S0034-
89102010005000002

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