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Abstract: The Law 9.394/96 (LDB), in the articles 35 and 36, reaffirms the importance
of the Philosophy in the formation citizen, since the Philosophy, besides intending the
search of the True one, of the Perfection and of the Good one, is born also with the
vocation of looking for the “totality through an interdisciplinaridade”, intending to
understand the society and his mechanisms. So, importance is of abridgement that the
Philosophy, and other disciplines, they will interact inside the grill curricular of the
secondary education aiming at a spacious formation of the pupils. For so much, it is
necessary to notice to him if the grill curricular of the secondary education (read
education Brazilian system), is not favoring hardly you discipline scientific-technician, I
have in mind to form a labor market only of “specialists and technicians” to provide
demands of a “global and capitalist world”.
1. INTRODUÇÃO
O ser humano diferencia-se dos demais seres por sua “capacidade de pensar que
pensa” e a instrumentalização desta capacidade mediante o processo cultural. Por
processo cultural entende-se o conjunto de símbolos que exprimem as relações do
homem com a natureza; símbolos que são adotados por uma determinada sociedade
permitindo, à cultura da mesma, apresentar sua variedade e multiplicidade. Portanto,
pode-se afirmar que a cultura de uma sociedade é o resultado do trabalho humano
geração à outra, que, por sua vez, caracteriza a ação racional humana e edifica a cultura,
que nada mais é do que o processo educacional de uma sociedade.
Platão (428/27 – 347 a.C.), filósofo ateniense da Grécia Clássica, em sua obra
República, afirma que um homem não é auto-suficiente na produção de meios para sua
sobrevivência (mito de Prometeu [o fogo simboliza a potencial capacidade de se viver
em comunidade]). O filósofo argumenta que para satisfazer as necessidades de bens
materiais inicia-se uma união de pessoas e, conseqüentemente, a formação de uma
sociedade – a polis. Para ele, não existem possibilidades de um único ser produzir todos
os bens necessários para sua sobrevivência. Assim, os cidadãos que dominam uma
determinada arte unem-se envoltos na visão de apoio mútuo, este processo gera a polis,
e esta, expressa sua essência. Para Platão, viver em situação de união e produção
simples, utilizando somente o necessário, é a melhor forma de vida. Assim não há
cobiças. E nem a inveja frutifica. Mesmo considerando a importância de uma vida
material satisfatória para possibilitar uma vida espiritual e/ou contemplativa, Platão
defende uma produção sem sobras (o luxo aparece quando há sobras).
Interessa aqui ressaltar que o ponto alto da República é a afirmação da
essencialidade da educação ao desenvolver a sociedade de “classes” platônica. A busca
da organização da polis requer educação aos indivíduos. A educação é o alicerce da
constituição platônica; é a solidificação da estrutura social de sua sociedade. Para
Platão, a educação é transmitida mediante a música e ginástica. A música atua na alma
(enobrece a alma, o espírito). A ginástica atua no corpo. A educação platônica busca o
equilíbrio, pois a educação somente musical deixa o indivíduo afeminado e, somente
pela ginástica, rude.
Para Platão, a educação é primordial para o sucesso da sociedade e de suas
constituições. Não acredita nas mudanças por decretos impostos. A base de uma
sociedade justa é uma educação eficiente e justa. A sociedade apresenta castas distintas,
mas deve prove-las de direitos iguais à educação. A educação é o meio de modificação
do indivíduo.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. 2 ed. rev. e ampl. São
Paulo: Moderna, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 20. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
PLATÃO. A República. Tradução: Albertino Pinheiro. 6 ed. São Paulo: Atena, 1956.
SARTRE, Jean Paul; HEIDEGGER, Martin. Textos Selecionados. São Paulo: Abril
Cultural, 1973.
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Mestrando em Geografia (Produção do Espaço Urbano) junto ao Programa de Pós-Graduação
em Geografia pela UNESP, FCT/Presidente Prudente (SP) (bolsista Capes [Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]).Graduação em Filosofia pela Universidade São
Francisco, São Paulo (SP), 2002; pós-graduação em Planejamento e Gestão Municipal pela
UNESP, FCT/Presidente Prudente (SP), 2006; graduação em Arquitetura e Urbanismo pela
UNESP, FCT/Presidente Prudente (SP), 2008 (bolsista FAPESP [Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo]).