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DA FILOSOFIA À EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

AMORIM, Fernando de Oliveira1

Resumo: A Lei 9.394/96 (LDB), nos artigos 35 e 36, reafirma a importância da


Filosofia na formação cidadã, pois a Filosofia, além de intencionar a busca do
Verdadeiro, do Belo e do Bom, nasce também com a vocação de buscar a “totalidade
através de uma interdisciplinaridade”, intencionando compreender a sociedade e seus
mecanismos. Assim, é de suma importância que a Filosofia, e outras disciplinas,
interajam dentro da grade curricular do ensino médio visando uma formação ampla dos
alunos. Para tanto, deve-se observar se a grade curricular do ensino médio (leia-se
sistema educacional brasileiro), não está favorecendo apenas disciplinas técnico-
científicas, tendo em vista formar um mercado de trabalho somente de “especialistas e
técnicos” para suprir exigências de um “mundo global e capitalista”.

Palavras-chave: Filosofia – educação e cidadania.

Abstract: The Law 9.394/96 (LDB), in the articles 35 and 36, reaffirms the importance
of the Philosophy in the formation citizen, since the Philosophy, besides intending the
search of the True one, of the Perfection and of the Good one, is born also with the
vocation of looking for the “totality through an interdisciplinaridade”, intending to
understand the society and his mechanisms. So, importance is of abridgement that the
Philosophy, and other disciplines, they will interact inside the grill curricular of the
secondary education aiming at a spacious formation of the pupils. For so much, it is
necessary to notice to him if the grill curricular of the secondary education (read
education Brazilian system), is not favoring hardly you discipline scientific-technician, I
have in mind to form a labor market only of “specialists and technicians” to provide
demands of a “global and capitalist world”.

Key-words: Philosophy – education and citizenship.

1. INTRODUÇÃO

O ser humano diferencia-se dos demais seres por sua “capacidade de pensar que
pensa” e a instrumentalização desta capacidade mediante o processo cultural. Por
processo cultural entende-se o conjunto de símbolos que exprimem as relações do
homem com a natureza; símbolos que são adotados por uma determinada sociedade
permitindo, à cultura da mesma, apresentar sua variedade e multiplicidade. Portanto,
pode-se afirmar que a cultura de uma sociedade é o resultado do trabalho humano

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mediante a transformação da natureza realizada por instrumentos e idéias que tornam


possíveis essas transformações e os produtos dela resultantes (ARANHA, 1996).
Ressalta-se que o processo cultural é transmitido pela educação que os humanos
proporcionam aos descendentes, de gerações em gerações. Esta transmissão tanto pode
ser oral (presente nas sociedades tradicionais), quanto expressa por símbolos, a
linguagem escrita, por exemplo. Vale ressaltar ainda que toda ação humana de
transformação da natureza não deve ser (e não é) solitária, mas sim social, pois o ser
humano ao se relacionar com iguais e com a natureza, intencionando produzir sua
existência, desenvolve condutas sociais objetivando atender as necessidades do grupo a
qual pertence.
Poderia se afirmar que também os animais se relacionam com seus iguais e com
a natureza, no entanto, até o momento, a ciência afirma que isso ocorre somente de
maneira intuitiva e mecanicista. Haja vista, que o animal não inventa o instrumento de
trabalho, não o aperfeiçoa e nem o conserva para o uso posterior.
Dito posto, o que diferencia o animal do ser humano é a dominação do tempo,
pois o humano reproduz técnicas usadas por outros anteriores a ele, e inventa outras
novas. O humano ao contrário do animal não está apenas inserido na natureza, é capaz
de transformá-la, tornando possível a cultura e sua socialização. E esse processo de
socialização se desenvolve a partir de ações exercidas por uma comunidade sobre seus
membros; o que permite afirmar que o processo cultural é desencadeado por um sistema
de significados já estabelecidos por outros, e a condição humana resulta da assimilação
de modelos sociais.
Ressalta-se que mesmo resultante da assimilação de modelos sociais, a condição
humana não apresenta características universais e eternas, pois as relações
sociedade/humano e as ações antrópicas na natureza transformam não somente o mundo
exterior, mas também a individualidade humana. Nesse processo, o homem se
autoproduz, pois se modifica e se constrói a partir de sua ação, uma ação constitutiva e
constituída, do e pelo processo cultural que tem na esfera da educação seu principal
instrumento de transmissão de informações, conhecimentos e experiências aos que hão
de vir.
Em suma, destaca-se a essencialidade da educação ao desencadear o processo
acima descrito, possível com a transmissão de conhecimentos adquiridos de uma

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geração à outra, que, por sua vez, caracteriza a ação racional humana e edifica a cultura,
que nada mais é do que o processo educacional de uma sociedade.

2. O IDEAL: A EDUCAÇÃO É O ALICERCE DA POLIS E DA VIVÊNCIA


HUMANA

Platão (428/27 – 347 a.C.), filósofo ateniense da Grécia Clássica, em sua obra
República, afirma que um homem não é auto-suficiente na produção de meios para sua
sobrevivência (mito de Prometeu [o fogo simboliza a potencial capacidade de se viver
em comunidade]). O filósofo argumenta que para satisfazer as necessidades de bens
materiais inicia-se uma união de pessoas e, conseqüentemente, a formação de uma
sociedade – a polis. Para ele, não existem possibilidades de um único ser produzir todos
os bens necessários para sua sobrevivência. Assim, os cidadãos que dominam uma
determinada arte unem-se envoltos na visão de apoio mútuo, este processo gera a polis,
e esta, expressa sua essência. Para Platão, viver em situação de união e produção
simples, utilizando somente o necessário, é a melhor forma de vida. Assim não há
cobiças. E nem a inveja frutifica. Mesmo considerando a importância de uma vida
material satisfatória para possibilitar uma vida espiritual e/ou contemplativa, Platão
defende uma produção sem sobras (o luxo aparece quando há sobras).
Interessa aqui ressaltar que o ponto alto da República é a afirmação da
essencialidade da educação ao desenvolver a sociedade de “classes” platônica. A busca
da organização da polis requer educação aos indivíduos. A educação é o alicerce da
constituição platônica; é a solidificação da estrutura social de sua sociedade. Para
Platão, a educação é transmitida mediante a música e ginástica. A música atua na alma
(enobrece a alma, o espírito). A ginástica atua no corpo. A educação platônica busca o
equilíbrio, pois a educação somente musical deixa o indivíduo afeminado e, somente
pela ginástica, rude.
Para Platão, a educação é primordial para o sucesso da sociedade e de suas
constituições. Não acredita nas mudanças por decretos impostos. A base de uma
sociedade justa é uma educação eficiente e justa. A sociedade apresenta castas distintas,
mas deve prove-las de direitos iguais à educação. A educação é o meio de modificação
do indivíduo.

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Platão busca na escola pitagórica a igualdade de educação, tanto para meninos,


quanto para meninas, contrariamente ao método educacional das comunidades gregas,
na qual os meninos recebem uma educação diferenciada das meninas. Vale ressaltar que
na República, as mulheres têm o direito de estudar. E depois de uma determinada idade,
tanto as mulheres quanto os homens demonstram, ou não, interesse em continuar os
estudos. Estes estudos servem para aflorar aptidões concernentes ao ingresso na casta
dos guardiões. Aqueles que não demonstram as aptidões para serem guardiões, se
tornam produtores e deixam os estudos.
Em suma, a educação, para Platão e a constituição de sua cidade ideal, é base da
escolha das funções que devem ser executadas para o bem da polis. Mas pode tanto
prover o demos de liberdade de espírito, quanto conduzi-lo à aceitação da diferença de
castas e suas respectivas funções, de maneira a torná-lo desprovido de consciência, o
que o caracteriza, nos moldes da sociedade grega, como escravo.
Tanto quanto Platão, o discípulo Aristóteles (384-322 a.C.), filósofo de Estagira,
tem na educação o fundamento essencial para a ordenação da sociedade. Esta última em
conjunção à unidade e justiça forma a idéia de “bem comum” como satisfação plena – a
eudaimonia aristotélica, ou seja, a prática política enquanto fim último do humano em
sociedade. Aristóteles, em sua obra Política, afirma que o objetivo último do homem é a
vida contemplativa mediante virtudes morais. Estas virtudes são produzidas no seio da
sociedade.

3. O REAL: A ALIENAÇÃO CONDUZ À PERDA DE AUTONOMIA – OS


DESCAMINHOS DA EDUCAÇÃO

Contrariamente ao exposto acima, o processo de perda da consciência crítica


origina-se nas relações do homem e de suas condições de vida. Um homem inculto, e
oprimido socialmente, tem como herança um conhecimento limitado. Quanto mais
precárias forem as condições materiais e sociais de vida, menores as possibilidades de
manifestação da consciência crítica e de acesso ao conhecimento elaborado.
A pessoa revela uma consciência ingênua quando perde o agir crítico perante o
conhecimento real, revelando um processo de aceitação passiva da realidade, sendo que,
mais “reflete a realidade” do que “reflete sobre ela”. Esta relação com a realidade leva o

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homem a submeter-se a dogmas, a viver num mundo determinado e classificado, na


qual não questiona, tornando-se tradicional e conservador. Caracteriza-se,
principalmente, pela falta de visão de conjunto e totalidade, correndo o risco de alienar-
se, perdendo assim sua autonomia.
Outro fator contribuinte para a formação da consciência ingênua é a influência
ideológica; essa influência faz com que a consciência perca sua autonomia, distorcendo
sua visão de acordo com as idéias geradas no interior da vida social. As pessoas, em
geral, não percebem a intromissão da ideologia em seus discursos e práticas cotidianas,
aceitando-as como verdades naturais e pré-determinadas. Neste aspecto, a ideologia é o
encobrimento e negação do real, que nasce de situações concretas, e de interesses e
objetivos particulares, que se sobrepõe aos demais.
Esses interesses e objetivos particulares condenam o humano a um estado de
consciência ingênua, impedindo qualquer visão crítica do mundo e evitando o confronto
entre aquilo em que se crê com aquilo que se vive no cotidiano. A escola, ente
representativo do sistema educacional, auxilia na formação de uma consciência ingênua
quando atua como instrumento mantenedor e reprodutor estrutural da sociedade.
Em outras palavras, a escola, a serviço de uma ideologia dominante, torna-se
meio de imposição de determinada visão de mundo, onde os interesses e objetivos são
guardados na consciência dos educandos, como valores gerais da sociedade.
Normalmente, isso se verifica quando a educação é manipulada pelas forças que
controlam a vida econômica e política da mesma.
Essa ideologia da cultura, quase sempre dominante, aliena o “outro” fazendo
com que assuma uma linguagem que não é própria a partir de valores veiculados pelos
mitos e meios de comunicação, amortecendo a consciência do sofrimento e da sujeição
a que pode vir a estar sujeito. Neste processo, a cultura assume formas de dominação e
exploração, onde o outro é transformado em “coisa”; onde o “outro”, de sujeito
consciente doador de significados, torna-se um objeto, um ser alienado.
A contra-ideologia é uma das maneiras de se reverter esse quadro. A educação
pode integrar um processo de resistência às dominações, contribuindo assim
significativamente para uma prática social que seja transformadora. Ela pode
desmascarar as ações que acontecem no mundo social, denunciando-o criticamente. A
educação pode realizar um processo contra-ideológico, desnudando, desmascarando,

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denunciando as acusações ou acontecimentos que apareçam apenas superficialmente.


Denunciando tendências dogmáticas que possuem uma consciência irreflexiva e
promovendo uma formação de um profundo esforço crítico, de uma consciência
reflexiva, que realmente esteja voltada para a ação transformadora do meio social.
A educação deve primar pela formação política para compreender a dimensão
social do processo educacional, adequando sua prática a essa dimensão. Deve primar
pela formação filosófica, fomentando vários discursos e ações. Na busca pela
objetividade, pela consciência crítica, a Filosofia exerce papel importante ao intencionar
a busca por um sentido histórico, preparando o humano para o enfrentamento de
possíveis ideologias em sua convivência social.
Compete ainda aos educadores intencionar uma visão crítica da realidade social,
desenvolvendo objetivos político-educacionais voltados para os interesses reais do
humano ao defender a formação de uma sociedade igualitária com vistas ao bem
comum. Assim, valorizar a boa formação dos educadores é referencial importante na
ação e construção de algo mais consistente e produtivo. Concretamente, exemplifica-se
aqui o método educacional de Paulo Freire.
Para Paulo Freire (1992), a transformação parte da conscientização das bases; o
aluno, foco principal de atuação, juntamente com os professores, devem se sentir
sujeitos ativos no processo de transformação da sociedade. A democratização da escola
ocorrerá na medida em que o conteúdo trabalhado, entre alunos e professores, for um
conteúdo embasado por uma constante reflexão voltada para o campo social, buscando
assim, resgatar a massa de alunos para uma atividade consciente, visando reestruturar a
sociedade sobre condições igualitárias de meios de sobrevivência.
O conhecimento ativo defendido por Paulo Freire, procura proporcionar aos
alunos uma busca de interação com o método de ensino e com o professor, fugindo
assim, do modelo de educação tradicional e “banqueira”. Em uma perspectiva
progressista, os conteúdos desvelam uma dominação e exploração classista, culminando
assim numa “pedagogia progressista” com valorização de conteúdos presentes no
cotidiano do indivíduo.

4. O CONCRETO: DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO E FRACASSO


ESCOLAR

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O discurso educacional, associado ao discurso social dominante, afirma uma


igualdade de todos perante a lei e perante os canais de ascensão social, no entanto, na
prática isso não ocorre. O sistema educacional contribui, de maneira insubstituível, para
a perpetuação da estrutura existente entre as classes, e ao mesmo tempo, chega até
mesmo a legitimá-la. No cotidiano das salas de aula, raros são os exemplos de coerência
entre o que se afirma e o que se realmente executa; há uma diferença gritante entre o
discurso teórico e a prática.
O ainda atual quadro de fracasso educacional, que engloba acesso, repetência e
evasão, expõe objetivamente a real preocupação voltada apenas para a questão
numérica. A questão quantitativa sobrepõe-se à questão qualitativa. A tentativa de
“democratização” do ensino instaurou um instrumento de promoção automática. O que
se observa são criações para maquiar o motivo real da baixa qualidade do ensino e do
baixo nível de freqüência causado pela “expulsão” dos alunos.
Abrem-se parênteses para expor a ambigüidade do termo expulsão. Expulsão
visto como expulsar o aluno do estabelecimento responsável pelo ensino por
comportamentos indisciplinados; o que conseqüentemente conduzirá à expulsão dos
meios/oportunidades básicas para sobrevivência. Esse último sentido vivenciado, pelo
aluno, como exclusão social e marginalização. Vale lembrar, que o termo
marginalização (ação de marginalizar), refere-se àquele que vive à margem de alguma
coisa, neste caso, a sociedade. Ressalta-se ainda, que o contexto vivenciado pela
população até então marginalizada, atingiu tal proporção que a terminologia empregada
atualmente aboliu o termo “marginalizado” e adotou o termo “excluído”, o que significa
que o indivíduo nem se quer participa, já não é mais considerado como pertencente a
um corpo.
A origem social do aluno influi, e muito, em seu rendimento escolar. Mesmo
com a atual política de auxílios do Governo Federal, o rendimento escolar é baixo.
Muitos possuem famílias com baixos rendimentos para auxiliar em sua subsistência, e
com dificuldade para conciliar trabalho e estudos. As escolas, onde estudam as crianças
menos favorecidas economicamente, são as que contam com menos recursos, o que
implica maiores dificuldades administrativas e pedagógicas. A estratégia básica seria
estender a essas crianças os benefícios de escolas bem equipadas, com professores bem
formados e uma estrutura adequada para essas crianças, e para outros alunos.

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Observa-se que a situação de extrema pobreza causa uma apatia ao aluno, e a


tendência do professor é dar mais atenção àquele aluno que demonstra certa facilidade
no decorrer do processo de aprendizagem. O professor comete o absurdo de realizar,
interiormente, uma preleção e um pré-julgamento. Chega a profetizar que o aluno sem
interesse e capacidade de aprendizado, associado à visão de falta de higiene e
subnutrição, não chegará a realizar um bom curso educacional, e nem sequer chegará ao
fim do ano.
O processo de ensino não é finito, é constituído de reflexões e ponderações que
levam a uma compreensão dos fatos. No processo de ensino, deve haver elementos de
influências e condições externas e internas. Dito posto, seria interessante se o professor
conseguisse exercer um papel de mediador entre o aluno e a matéria, entre a questão
educacional e a questão cultural, como preconiza o método de Paulo Freire (1992),
preparando o aluno para “ser humano” (ser “humano” no estrito sentido antropo-
filosófico), preparando o aluno a “encarar a vida”; a ter a plena consciência de que
mesmo “excluído” do sistema, deve buscar meios de sobrevivência. Deve-se preparar o
ser humano a ter consciência de sua existência, a ter consciência de suas potencialidades
e de que realmente é responsável por suas decisões ao referendar ou não determinado
tipo de vida, como evidencia o filósofo existencialista francês Jean Paul Sartre, em sua
conferência O existencialismo é um humanismo. Em suma, o processo de ensino deve
romper com o senso comum que muitas vezes apenas reproduz a ideologia de classes
privilegiadas.
Finalizando estas reflexões, pondera-se que as relações existentes entre o
professor, aluno, sistema de ensino e seus acontecimentos, não são neutras; estão
interagidas com o desenvolvimento da sociedade. O professor não deve permanecer
apenas no campo de passar conhecimentos, pois tanto quanto os alunos, o professor
pertence a um grupo social, e assimila influências externas desse grupo. A real
democratização do ensino deve assegurar ao aluno condições de exercer o
conhecimento adquirido para modificar sua intelectualidade instrumentalizando-o a,
pelo menos, refletir sobre a sociedade. Não há sociedade sem práticas de ensino, e a
educação consiste nos processos de modificação dessa mesma sociedade.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. 2 ed. rev. e ampl. São
Paulo: Moderna, 1996.

ARISTÓTELES. Política. Tradução: Mário da Gama Kury. 3 ed. Brasília: Editora


Universidade de Brasília, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 20. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

PLATÃO. A República. Tradução: Albertino Pinheiro. 6 ed. São Paulo: Atena, 1956.

SARTRE, Jean Paul; HEIDEGGER, Martin. Textos Selecionados. São Paulo: Abril
Cultural, 1973.

1
Mestrando em Geografia (Produção do Espaço Urbano) junto ao Programa de Pós-Graduação
em Geografia pela UNESP, FCT/Presidente Prudente (SP) (bolsista Capes [Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]).Graduação em Filosofia pela Universidade São
Francisco, São Paulo (SP), 2002; pós-graduação em Planejamento e Gestão Municipal pela
UNESP, FCT/Presidente Prudente (SP), 2006; graduação em Arquitetura e Urbanismo pela
UNESP, FCT/Presidente Prudente (SP), 2008 (bolsista FAPESP [Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo]).

Artigo Recebido em 13 de maio de 2009.


Aprovado em 05 de junho de 2009.

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