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1 Opções de tratamento
1.1 Princípios da terapia médica
O principal objetivo da terapia médica nas condições de enfermidades aórticas é
a redução do estresse por cisalhamento na porção afetada da aorta, através da redução
da pressão sanguínea e da contratilidade cardíaca. Um grande número de pacientes
com aortas doentes apresenta comorbidades, tais como doenças arteriais coronarianas,
doenças crônicas renais, diabetes-mellitus, dislipidemia, hipertensão, etc. Portanto,
estratégias de tratamento e prevenção devem ser similares às estratégias indicadas
para as doenças supracitadas. É importante que se pare de fumar, uma vez que estudos
demonstram que o tabagismo atual autorrelatado induz o aumento aneurisma aórtico
abdominal (AAA) significativamente mais rápido (cerca de 0,4 mm/ano). Atividade física
moderada provavelmente previne a progressão da aterosclerose aórtica, mas existem
poucos estudos a respeito. Para prevenir picos na pressão sanguínea, esportes
altamente competitivos devem ser evitados por pacientes com aorta dilatada.
2 Terapia endovascular
2.1 Reparo aórtico endovascular torácico
2.1.1 Técnica
O reparo aórtico endovascular torácico busca excluir lesão aórtica (isto é,
aneurisma ou falso lúmen após dissecação de aorta) da circulação pela implantação de
endoprótese expansível recoberta por membrana, a fim de evitar alargamento e ruptura
aórtica final.
2.1.2 Complicações
Foram relatados em reparos aórticos endovasculares torácicos complicações
vasculares no local de punção, complicações aórticas e neurológicas e/ou
endovazamentos. Idealmente, complicações no local de acesso podem ser evitados
através de planejamentos pré-cirúrgico cuidadosos. Taxas de paraparesia/paraplegia e
angiografia cerebral variam entre 0,8 a 1,9% e 2,1 a 3,5%, respectivamente, e parecem
menores que as taxas para cirurgias abertas. Para prevenir isquemia da medula espinal,
os vasos que abastecem a maior parte da medula espinhal não devem ser cobertos na
configuração eletiva (ou seja, não há overstenting da artéria subclávia esquerda).
2.2.2 Complicações
A conversão imediata para cirurgia aberta é necessária em aproximadamente
0,6% pacientes. Endovazamentos são a complicação mais frequente em reparos
aórticos. Endovazamentos tipo I e III requerem correção, enquanto vazamentos tipo III
fecham-se espontaneamente em 50% dos casos. As taxas de dano vascular após os
reparos endovasculares aórticos são baixas (cerca de 0 a 3%), devido ao planejamento
cuidadoso pré-procedimento. A incidência de infecção do enxerto da endoprótese após
os reparos é menor que 1%, com alta mortalidade.
3 Cirurgia
3.1 Aorta ascendente
O princípio mais importante da cirurgia de aneurismas aórticos ascendentes é a
prevenção do risco de dissecação da aorta ou ruptura através da restauração das
dimensões normais da aorta. Se o aneurisma está proximalmente limitado à junção
sinotubular e distalmente ao arco aórtico, a ressecção do aneurisma e o implante
supracomissural de um enxerto tubular são feitos durante um curto período de clipagem
aórtica, com anastomose distal imediatamente abaixo do arco aórtico. O envolvimento
da aorta ou aortoplastia ascendente reducional (embora a aorta não esteja ressecada,
ela está remodelada externamente devido ao enxerto de malha) não são, de maneira
geral, recomendados – mas podem ser utilizados como alternativa para reduzir o
diâmetro aórtico quando a canulação aórtica e o by-pass cardiopulmonar não são
possíveis ou desejáveis. Este pode ser o caso em pacientes idosos com calcificação de
aorta ou como complemento para outros pacientes em procedimentos de
revascularização sem circulação extracorpórea.
O aneurisma descartado não é ressecado, mas fechado sobre o enxerto, que tem
um efeito hemostático e assegura que o duodeno não esteja em contato com o enxerto,
uma vez que isso pode levar à erosão e a uma possível subsequente fístula aorto-
entérica.