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Na Primeira Lição, vemos um relato dos primórdios da Psicanálise, contando da

experiência de Freud com seu amigo Dr. Joseph Breuer. Breuer era um médico psiquiatra,
que trabalhava com mulheres histéricas, Freud atribui a ele, o título de pioneiro da psicanálise
ao aplicar o método no tratamento de uma jovem histérica de 21 anos, Anna O.
Anna O., como relatado no texto, era um jovem “de altos dotes intelectuais” que ao
cuidar do adorado pai enfermo no leito de morte passou a apresentar uma série de
perturbações físicas e psíquicas, como paralisação do lado direito, alterações na visão,
dificuldade de manter a cabeça erguida , tosse nervosa intensa, repugnância por alimentos e
impossibilidade de tomar água apesar de sentir sede. Também apresentava dificuldade de
executar a fala e sua compreensão, além de confusão, delírio e alterações da personalidade.
Esse quadro, de vários sintomas que poderia ser facilmente considerado uma grave
doença, mas não sendo encontrado razões biológicas para o seu aparecimento, e quando o
indivíduo sofreu fortes abalos emocionais, é considerado desde o tempo da medicina grega
como um quadro de histeria.
Freud ressalta no texto que, para a medicina da época a histeria era deixado de lado
pelos médicos da época. A falta de uma justificativa biológica para os sintomas apresentados
pelos histéricos faziam que os médicos da época, ao tempo que não conseguiam compreender
a origem do “mal” acabavam por julgar os histéricos como simulados ou exagerados
deixando-os de lado e negando sua atenção, em grande maioria.
Breuer, então durante o tratamento de Anna O. ao observar que nos estados de
absence a doente murmurava palavras que pareciam relacionar-se com o que ocupava o seu
pensamento, diante disso, anotou estas palavras e colocando a moça em um estado hipnótico
repetiu-as para incitar uma associação de ideias pela paciente. Assim a paciente relatou
fantasias tendo como ponto de partida a cabeceira do pai enfermo.
O através da sugestão hipnótica, se fez possível observar diferentes estados de
consciência, já que era capaz de provocar um estado de absence (ausência) no sujeito.
Durante este estado, a pessoa era capaz de revelar conteúdos que não se recordava quando
estava consciente, e que se mostravam intimamente relacionados a produção do sintoma, uma
vez que quando estes conteúdos eram verbalizados durante a hipnose, promoviam o
desaparecimento ou alteração do sintoma.
Breuer, denominou como método catártico o tratamento que possibilita a liberação de
afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que foram reprimidos. É através dessa
“liberação de afetos” que possibilita a eliminação dos sintomas.
Freud e Breuer observaram que , após os relatos a paciente voltava à relatava um
estado de bem estar, sendo que este durava horas, até o momento de um novo estado de
absence que cessava novamente com a revelação destas fantasias. Esse Processo foi nomeado
pela própria paciente como “cura pela fala” ou “Limpeza de chaminé”
A “Teoria dos Traumas” então foi desenvolvida a partir das experiências clínicas de
Breuer no caso de Anna O, que passa a trabalhar com a ideia de que um acontecimento muito
intenso, em que o sujeito não pode reagir de sua forma natural, produz um sintoma
patológico. Este acontecimento não externalizado da maneira apropriada é esquecido e passa
a ser chamado de “Trauma”, configurando a causa do sintoma. Considerando-se também que
nem sempre era um único acontecimento que deixava atrás de si os sintomas e sim na maioria
dos casos numerosos traumas, às vezes análogos e repetidos. Toda esta cadeia de recordação
tinha de ser reproduzida em ordem cronológica e inversa.
Ao afirmar que “Os histéricos sofrem de reminiscências e símbolos mnêmicos
(memória) de experiências traumática”(FREUD, 1910, p. 33), enfatiza como os histéricos
não só recordam suas experiências traumáticas, como, ainda se prendem a elas
emocionalmente tornando-se alheios à realidade e ao presente. Possuindo assim uma fixação
da vida psíquica aos traumas patogênicos.
Através do relato de Anna O. sobre a origem de sua Hidrofobia, onde a paciente
reprimi uma forte emoção de repulsa ao ver o cachorro se sua acompanhante beber água no
copo, foi possível verificar que experiências emocionais deixavam resíduos denominados
como Traumas psíquicos onde o sintoma possuía relação com a cena geradora do trauma.
Diante do médico a doente manifestou sua energia afetiva que estava contida. Podendo
verificar-se que era inútil recordar tais acontecimentos sem exteriorização afetiva.
Podemos assim imaginar que as emoções regulavam tanto a doença como a cura.
Estas emoções tornavam-se patogênicas quando não tinham exteriorização normal, estando
estas “enlatadas” e em parte desviavam-se para sintomas físicos, sendo proposto o nome de
“conversão histérica”, que representa uma expressão mais intensa das emoções, conduzidas
por uma nova via.

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