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para pessoas
que trabalham
com crianças
Crianças e o
Desmembramento
Familiar
Então, o que é
uma família?
P
DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Conteúdo
Prefácio 4
SEÇÃO 1: Introdução 5
O que são famílias? 7
E a violência doméstica? 15
6 Crianças no contexto 26
7 Defesa de Direitos 27
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Como encomendar 68
AGRADECIMENTOS A Tearfund UK gostaria de agradecer à Laing Trust por seu apoio financeiro
generoso para este projeto e às seguintes pessoas por lerem e fazerem comentários
sobre a primeira versão deste trabalho:
Trevor Adams, Family Matters, Reino Unido
Tom Beardshaw, Care for the Family, Reino Unido
Wendy Bray, Care for the Family, Reino Unido
Kate Bristow, Tearfund, Reino Unido
Chrissie Brown, Shaftesbury Society, Reino Unido
David Burnett, All Nations Christian College, Reino Unido
Esly Carvalho, Psicóloga, Equador
David Evans, Tearfund, Reino Unido
Jorge Maldonado, EIRENE/ex-funcionário do Conselho Mundial de Igrejas
Sheila Melot, Tearfund, Reino Unido
Aize O Imouokhome Obayan, Roehampton Institute, Reino Unido
Peter e Barbi Reynolds, Rapport, Reino Unido/Índia
Nita Rogers, Orchard Family Centre, Londres, Reino Unido
Dr. Peter Savage, CECAF, República Dominicana
Keith White, Childcare Network, Reino Unido
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Prefácio
Quais são os princípios da boa prática na área do Desenvolvimento Infantil,
e como eles podem ser implementados? Esta série estabelece os princípios
básicos da Política para Desenvolvimento Infantil da Tearfund, procurando,
então, aplicá-los em diferentes contextos. Aqui, no Volume 1, examinamos
crianças que se encontram no meio do desmembramento familiar.
Recomendamos que esta estrutura seja utilizada juntamente com os
Materiais de Estudo Sobre o Desenvolvimento Infantil da Tearfund (para
obter informações sobre como encomendá-los, consulte a última página).
Este estudo resultou de uma ampla pesquisa de campo e diálogos, tendo sido
revisado por uma variedade de especialistas e profissionais. Os autores
esperam e oram para que você o considere útil e prático e para que ele ajude
a todos que trabalham com crianças a mudarem as vidas delas para melhor.
Glenn Miles e Paul Stephenson
Outubro de 2000
Nota sobre GLENN MILES trabalhou com a Tearfund como Consultor em Desenvolvimento Infantil,
os autores avaliando uma variedade de projetos na Ásia. Ele possui mais de dez anos de experiência
em saúde e bem-estar infantil, com enfoque no sul e no sudeste da Ásia, e tem duas filhas.
Direitos autorais Os materiais de aprendizagem e os estudos de casos da Tearfund podem ser adaptados e
reproduzidos para utilização, desde que sejam distribuídos gratuitamente. Tanto a
Tearfund quanto os autores relevantes devem ser mencionados integralmente nos
materiais.
NOTA Os termos Primeiro e Terceiro Mundo e países desenvolvidos e em desenvolvimento foram usados de maneira
intercambiada por todo o texto, como termos comumente aceitos para países industrializados e países em
desenvolvimento.
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Boa prática DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
para pessoas
que trabalham
com crianças
SEÇÃO 1
Introdução
Conteúdo
O que são famílias? 7
E a violência doméstica? 15
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Introdução
1 O QUE SÃO FAMÍLIAS?
Sou casado e pai de duas meninas, e
vivemos juntos como uma unidade
familiar. É assim que uma família cristã
deve ser? Vivemos no Reino Unido. Os
pais de minha esposa vivem nos Estados
Unidos, e os meus, no Reino Unido. Então, o que é
uma família?
Porém, se vivêssemos juntos como uma
família extensa, seríamos mais como
uma família? E se minha esposa fosse
viúva? Ainda seria uma família? E se ela
fosse divorciada de mim? E se eu e
minha esposa morrêssemos devido ao HIV/AIDS (SIDA) ou num acidente, deixando nossas
duas meninas sozinhas? Se elas fossem adolescentes e vivessem juntas, elas ainda
constituiriam uma família? Quais são as responsabilidades de uma família extensa? Quais
são as responsabilidades da família da igreja?
A visão protestante conservativa é ver a família nuclear, tipicamente com três ou quatro
membros, como o modelo tradicional. Porém, esta visão deve-se mais à cultura do que à
Bíblia, estando longe até mesmo de ser a norma cultural.
Na época da Bíblia, as famílias hebraicas eram agrupadas em casas. Um lar hebraico era
formado por 50 a 100 pessoas. Estas eram, por sua vez, unidas pelo matrimônio, parentesco
e adoção para formar clãs. Vários clãs constituíam uma tribo, e a confederação de tribos
formava Israel. De acordo com este modelo, a família não era somente uma unidade social,
mas também uma unidade econômica e política. Lares inteiros, inclusive as crianças,
trabalhavam juntos na terra. Este é um padrão que possui muita coisa em comum com as
famílias extensas encontradas, hoje em dia, nas áreas rurais do mundo em desenvolvimento.
Podem surgir problemas com este modelo de matrimônio e vida familiar, se os pais tomarem
decisões por seus filhos sem levar em consideração suas opiniões, talvez escolhendo um
cônjuge simplesmente por motivos financeiros. Quando os dotes não são pagos, considera-
se um direito da família maltratar o cônjuge, resultando, em casos extremos, na queima de
viúvas.
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No mundo desenvolvido, é a família nuclear, ao invés da família extensa, que é mais típica.
Os outros parentes, muitas vezes, vivem a muitos quilômetros de distância, e os vínculos
Seja qual for o econômicos entre eles são, no máximo, tênues. Neste caso, a família é mais uma unidade de
tipo de família consumo do que de produção, e o matrimônio resulta do romance, ao invés de motivos
que examinemos, financeiros ou políticos.
a família extensa Seja qual for o tipo de família que examinemos, a família extensa do mundo em
do mundo em desenvolvimento, ou a família nuclear do mundo desenvolvido, o aspecto comum a
desenvolvimento, ambos é a tendência cada vez maior para o desmembramento.
ou a família
nucelar do
POR QUE ELAS SE ESTÃO DESMEMBRANDO?
mundo desenvol-
vido, o aspecto De acordo com a análise marxista, as condições econômicas em deterioração e a diminuição
comum aos dois do apoio à assistência social são responsáveis pela destruição da família. Porém, as evidências
é a tendência que relacionam o desmembramento familiar com os fatores econômicos são definitivamente
cada vez maior mistas. Um estudo realizado por Victor Fuchs e Diane Reglis, em 1992, sugere que, quando o
para o desmem- crescimento econômico diminui, os gastos do governo com a assistência social para a família
bramento. aumentam, aliviando, assim, até certo ponto, pelo menos, o impacto econômico nas famílias.
Parece que as mudanças nos valores culturais – o novo individualismo e sua expressão através
do divórcio, nascimentos fora do matrimônio, pais solteiros e a importância atribuída à
carreira – devem ser consideradas da mesma forma que os fatores econômicos. Na sociedade
pós-moderna do Primeiro Mundo, a ênfase é dada às necessidades do indivíduo, ao invés do
grupo. Como resultado, até mesmo o compromisso do matrimônio é considerado pouco
importante. Se um dos cônjuges sente que suas necessidades não estão sendo satisfeitas, sente-
se livre para terminar o relacionamento. O matrimônio não garante mais a segurança para o
casal ou para os filhos. Esta ênfase cada vez maior nos direitos do indivíduo é exemplificado
pela Carta de Direitos Humanos das Nações Unidas. Contudo, ela é, essencialmente, uma
filosofia ocidental, que não se enquadra facilmente com as atitudes em muitos países não
ocidentais, tais como a China, onde a comunidade geralmente precede o indivíduo.
Em países desenvolvidos, muitas das funções econômicas, políticas e sociais antes realizadas
pela família, agora são empreendidas pelo Estado, bancos e escolas. O mundo público e o
mundo particular tornaram-se mais separados, conseqüentemente enfraquecendo os vínculos
socioeconômicos que mantinham as famílias unidas. O lar, antes considerado como o retiro
particular de um mundo público hostil, às vezes, não é visto nem mesmo como tal.
Alguns conservadores acreditam que a própria entrada da mulher na economia salarial levou
ao desmembramento da família. Assim, eles responsabilizam as mulheres. Outros1 acreditam
que a crise familiar resulta do fato de que a dedicação dos homens ao trabalho doméstico e
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
O avanço aos cuidados com os filhos não acompanhou o progresso da participação crescente das mulheres
constante da na força de trabalho. Assim, eles responsabilizam os homens.
cultura global Sejam quais forem as causas, o avanço constante da cultura global significa que muitas nações
significa que estão, agora, herdando os problemas dos países desenvolvidos.
muitas nações
estão, agora, As situações de conflito e guerra podem ter um efeito devastador na vida familiar. As famílias
podem ser separadas por períodos longos e indefinidos, pode haver perdas de vida e ferimentos,
herdando os
o que contribui para com o stress (veja Diretrizes para Crianças em Risco 6: Crianças em Conflito
problemas dos
e Guerra).
países
desenvolvidos. As ideologias políticas também, às vezes, lutam contra a unidade familiar. No Camboja, por
exemplo, durante a época de Pol Pot, o pote de arroz da família era quebrado como símbolo de
que o novo regime terminaria com a necessidade da família. Tudo seria provido pelo Angkor (o
novo regime).
A migração é uma causa freqüente do desmembramento familiar. Em muitas culturas nos países
em desenvolvimento, é considerada obrigação do filho ou da filha ganhar dinheiro para os pais
que estão envelhecendo. Para isto, pode ser necessário mudar-se para a cidade e mandar parte
do dinheiro para casa. Embora, em muitos casos, as pessoas encontrem empregos legalizados,
outras podem terminar na prostituição, por exemplo. Sua obrigação para com os pais é vista
como mais importante do que a atividade. De qualquer forma, o migrante econômico
encontra-se, geralmente, sozinho, num mundo competitivo, privado da rede de apoio familiar.
Existem muitas explicações para o desmembramento da família, e não há duvida de que há uma
combinação de fatores diferentes em atuação. Como cristãos, também reconhecemos que o
desmembramento familiar é, às vezes, conseqüência de nossas escolhas, de pecados pessoais
assim como coletivos.
A família pode ser um relacionamento e uma instituição onde a graça de Deus está presente e
onde as pessoas podem nutrir-se e sentir-se melhor. É um lugar onde elas podem crescer como
pessoas em sua individualidade, em suas relações sociais e em seu relacionamento com Deus.2
No entanto, assim como qualquer relacionamento e instituição, a família pode tornar-se
pervertida pelo pecado, com as pessoas sendo desleais, competindo pelo poder e negligenciando
as responsabilidades. Infelizmente, as Escrituras são, de vez em quando, mal-interpretadas por
algumas igrejas, numa tentativa de justificar este comportamento errado.
2 Barton (1993).
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
TRIBON
TRIBO
DE JACÓ
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das famada ENCONTRO
cha de PARA JACÓ
Lista
A família no Novo Contudo, a família no Novo Testamento é vista não apenas em termos de parentesco e
matrimônio, mas também como a comunidade de crentes. Paulo descreve a igreja como
Testamento é
uma família. Os encontros da igreja do Novo Testamento eram realizados em lares, onde
vista não apenas
os outros crentes deviam ser recebidos como parentes. As pessoas batizadas, de acordo com
em termos de
Paulo, foram adotadas por Deus (Romanos 8:15–17, Gálatas 3:26–4:6). Seus irmãos são
parentesco e os outros cristãos. Sua herança é a comunidade de crentes (Marcos 10:28–31). Numa
matrimônio, mas cultura em que a família era mais importante do que todos os outros relacionamentos, a
também como a igreja do Novo Testamento devia alcançar os gentios, os feios e até mesmo os inimigos.
comunidade de Clapp sugere que, “Ao contrário do que se acredita, a família é enriquecida, quando é
crentes. descentralizada, vista de acordo com o relativismo e reconhecida como não absoluta.” 4
3 Pope (1994).
4 Clapp (1993).
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
A família cristã A família cristã não é, portanto, um porto seguro separado do mundo, mas sim uma
não é um porto testemunha poderosa no mundo. Até mesmo as famílias vulneráveis precisam aprender as
seguro separado responsabilidades e também a alegria de oferecer hospitalidade, ao invés dos temores
do mundo, mas associados com a mentalidade da auto-preservação.
sim uma A importância da comunidade de crentes foi reforçada em várias ocasiões por Jesus
testemunha mesmo. Ele enfatizava seu relacionamento com o Pai celestial (Lucas 2:41–52) como
poderosa no acima do relacionamento com seus pais e descrevia os discípulos como sua ‘mãe e irmãos’,
mundo. acima de sua própria família (Marcos 3:34–35). Mais tarde, ele diz que aqueles que amam
o pai ou a mãe mais do que a ele não são dignos dele (Mateus 10:37). Quando um
discípulo em potencial estava pronto para segui-lo, mas pediu para, primeiro, sepultar seu
pai, a resposta de Jesus foi objetiva e impiedosa (Lucas 9:57–60). Até mesmo ao pé da cruz
(João 19:25–27), Jesus diz a Maria, “Mulher, eis aí o teu filho,” e, para o discípulo que ele
amava, “Eis aí tua mãe.” Estas passagens podem apontar para a nova família de Deus,
precedendo a família biológica.4
Isto não deve denegrir a família. Num mundo em que o pai de muitas crianças pode estar
ausente devido ao divórcio, à guerra ou simplesmente ao excesso de trabalho, devemos
incentivar os homens a tomar a responsabilidade por seus filhos de maneira séria. Foi
sugerido que Deus enviou anjos para garantir que José tomaria a responsabilidade de ser o
pai de Jesus de maneira séria e não abandonasse Maria, como ele poderia ter feito. Tom
Beardshaw, da Care for the Family, sugeriu que Deus, Ele mesmo, “deu-se ao trabalho de
assegurar que o matrimônio de José e Maria não se desfaria, garantindo, assim, que haveria
um pai e uma mãe.” A descoberta do coração paternal de Deus, perfeito e de confiança, ao
contrário de qualquer pai ou mãe humana, pode ser restauradora e libertadora.5
Examinaremos melhor o que isto significa na prática na próxima seção.
INDIVIDUAL
ISM
M LAR O
SE
FAMÍLIAS
COM PAIS
HIV /SIDA SOLTEIROS
S
AID
AUTO-ILHA DE
PRESERVAÇÃO
5 McClung (1985).
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Um estudo nos Estados Unidos7 concluiu que as crianças criadas fora das famílias biológicas
com ambos os pais presentes apresentavam duas vezes mais probabilidade de terem um
baixo rendimento escolar, duas vezes mais probabilidade de serem elas próprias pais
solteiros e uma vez e meia mais probabilidade de ficarem desempregadas a longo prazo. Os
resultados não dependeram de raça, educação ou idade.
Além disso, o estudo mostrou que as famílias adotivas não apresentavam nenhuma
vantagem em relação às com pais solteiros; ambas tinham menos êxito na criação dos filhos
do que as famílias biológicas intactas, mesmo que a renda média dos padrastos fosse maior
do que a das famílias intactas. Isto desafia a idéia de que a renda familiar seja mais
importante para o bem-estar da criança do que a estrutura familiar.
A presença dos pais, e, por implicação, a sua ausência, é a “maior variável individual
relacionada com as doenças e acidentes infantis, gravidez e utilização indevida de
substâncias na adolescência, gazeio, problemas e baixo rendimento escolares, abuso infantil,
desemprego, crime juvenil e doenças mentais.” 8 É, portanto, descrita como “a questão
pública mais importante enfrentada pela… sociedade.”
O pai contribui de maneira vital para o bem-estar cognitivo e emocional de seus filhos.9 No
entanto, os estudos sugerem que a tendência individual mais importante nos Estados
Unidos é a ausência cada vez maior do pai em relação aos filhos.10 Quase 30 por cento das
crianças com menos de 18 anos não vivem com o pai, e quase 50 por cento passarão muitos
anos sem que o pai esteja presente no lar.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Tenho. Se bem
que faz dez anos,
O pai que deixa a família também não está Você tem
agora, que eu não
os vejo… mais
disposto a contribuir com os custos financeiros uma família? cerveja, por
favor…
da criança. Um estudo no Chile descobriu que
42 por cento dos pais ausentes não contribuíam
financeiramente após o sexto aniversário do
filho.11
11 Sachs (1994).
12 Viva Network, Oxford Statement on Children at Risk (1997).
13 Wright (1997).
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Embora o papel dos pais exija sacrifícios, “amar ao próximo como a si mesmo” é a
resposta.14 “O amor como consideração de igual para igual” fornece um equilíbrio entre o
individualismo moderno e a ética mais tradicional do dever e do auto-sacrifício extremos.
Esta compreensão do amor é especialmente importante para as mães e as esposas que
“carregaram desproporcionalmente a responsabilidade de seguir os modelos de auto-
sacrifício do amor cristão.”
A dificuldade da A dificuldade da Igreja hoje em dia é que há muitas crianças que não se encaixam
Igreja hoje em precisamente na estrutura familiar com ambos os pais presentes. As crianças podem ser
dia é que há separadas de um deles ou de ambos pela guerra, desastre, acidente ou problemas de saúde
de um dos pais. Alguns países possuem maneiras culturalmente adequadas de lidar com os
muitas crianças
órfãos – recebendo-os na família extensa ou num monastério, por exemplo. Em outras
que não se
situações, a perda de vidas pode ser tão grande – como no caso das guerras, desastres ou
encaixam
grande propagação do HIV/AIDS – que a comunidade não consegue lidar com a situação.
precisamente na No caso das crianças no meio da guerra e dos conflitos (Diretrizes para Crianças em Risco
estrutura 6), descobrir o paradeiro dos pais das crianças e vice-versa é vital. Os orfanatos (Diretrizes
familiar com para Crianças em Risco 5) são, às vezes, vistos como a única alternativa.
ambos os pais.
Outras causas das crianças serem criadas por apenas um dos pais são o divórcio, o
abandono, a violência doméstica ou a maternidade de mulheres solteiras. Às vezes, o
trabalho da igreja pode ser preemptivo. Num matrimônio frágil, se a Igreja for capaz de
apoiar e fortalecê-lo, os relacionamentos talvez possam ser restaurados, prevenindo o
14 Browning (1999).
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
‘A FAMÍLIA DA IGREJA’
Uma igreja com famílias com apenas um dos pais presente precisa compreender como elas
chegaram a esta situação, pois as questões que elas enfrentam variarão de acordo com as
circunstâncias. Pode-se ter que lidar com violência e abuso, viuvez, abandono ou
promiscuidade. Não há soluções simplistas. A igreja precisa, primeiramente, perguntar e
descobrir quais são as necessidades e, então, estar pronta com o apoio adequado. Por
exemplo, os órfãos que vivem em lares chefiados por crianças precisam do amor e do apoio
de adultos. Porém, muitos são capazes e competentes para cuidar de seus irmãos, e não se
deve pressupor que os adultos precisem tomar todas as responsabilidades. É importante,
também, não negligenciar os pais sem companheiras. Em sua maioria viúvos, estes homens
enfrentam as pressões culturais adicionais de sustento material/financeiro e são, geralmente,
excluídos das redes informais de mulheres (uma estratégia vital para se lidar com a situação
para a maioria das mães sem companheiros).15
E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?
Culturas diferentes possuem níveis diferentes de tolerância para a violência doméstica. É
importante que as pessoas que trabalham nesta área estejam cientes das normas culturais e
do que é considerado aceitável. As pessoas provenientes do Primeiro Mundo pressupõem
que todo o mundo geralmente acredite que qualquer tipo de violência seja inaceitável. Usar
uma vara numa criança tornou-se, recentemente, inaceitável em muitos dos países
desenvolvidos (embora a vara fosse comum nas escolas uma geração atrás), porém, pode ser
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
considerado bastante aceitável em países do Terceiro Mundo. A questão que precisa ser
considerada é ‘Quando é aceitável/inaceitável?’ Se, para os adultos, a pressuposição
comum é que eles não devem ser atacados fisicamente, feridos ou mesmo tocados sem
consentimento, qual é a pressuposição adequada para as crianças?
No Reino Unido, A violência doméstica não deve ser subestimada. Os índices nos países em
em 1989, numa desenvolvimento, não podem ser obtidos facilmente, porém, uma pesquisa realizada por
amostra de 1.007 uma empresa de pesquisa de mercado em 11 cidades do Reino Unido, em 1989,
mulheres constatou que, numa amostra de 1.007 mulheres casadas, 33 por cento disseram ter
casadas, 33 por sofrido violência no matrimônio. Das mulheres divorciadas, 46 por cento haviam sido
ameaçadas e 59 por cento haviam sido surradas pelos maridos.
cento disseram
ter sofrido Mesmo antes de nascerem, as crianças podem ser afetadas pela violência doméstica. Um
violência no estudo descobriu que as mulheres sofrem mais violência durante a gravidez do que em
matrimônio. qualquer outro período, e que a violência dobra o risco de aborto ou parto de natimorto.16
O abuso intencional das crianças no lar causa ferimentos desde hematomas, mordidas e
queimaduras com cigarro, até fraturas e danos neurológicos resultantes de sacudidas
vigorosas, que podem levar à morte. Um reflexo das pressões adicionais enfrentadas pelos
pais solteiros é que as mães solteiras têm maior probabilidade de maltratar fisicamente seus
filhos do que as famílias intactas.
Foi sugerido que o ambiente doméstico violento não ensina e não estimula o aprendizado,
o que, por sua vez, “produz uma criança cuja capacidade de se relacionar com os outros
fica seriamente comprometida.” 17 No entanto, as crianças possuem a capacidade de
mostrar empatia, o que indica sua capacidade de apoiar os outros. Isto mostra a
importância dos irmãos e do apoio dos amigos.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Embora algumas das funções dos pais tenham sido tomadas pelas instituições, tais como as
escolas e os serviços médicos, o papel dos pais, mesmo nas áreas da saúde e da educação,
continua fundamental. Se a sociedade for fatalística, pode ser necessário convencer os pais
da importância dos cuidados com a saúde. Da mesma forma, se a sociedade for, em sua
maioria, analfabeta, os pais podem precisar ser persuadidos da importância da educação e
da alfabetização.
Helen Conway, em seu livro Domestic Violence and the Church (1998), descreve como a
sociedade tende a encarar a violência doméstica como um assunto particular. Ela diz que é
necessária uma reação pública, reconhecendo-se que este é um problema com raízes na
sociedade. É uma questão de pecado e responsabilidade. “Deveria haver uma condenação
pública e uma reação quanto a esta questão. É necessário que se ouça a Igreja condenando
É necessário que a violência doméstica nos púlpitos, nos estudos bíblicos e nas aulas de preparação para o
se ouça a Igreja matrimônio. Sua voz também precisa ser ouvida fora das paredes da igreja. A Igreja precisa
tornar-se ativa no cuidado prático das vítimas da violência doméstica. Ela precisa
condenando a
promover de forma ativa reformas e programas sociais que ajudem a resolver o problema.”
violência
doméstica. As igrejas e os parceiros devem pensar sobre como podem concientizar-se mais quanto à
violência doméstica, que agências existem para lidar com ela, e que proteção as mulheres
possuem dentro de sua sociedade em particular.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
■ Descanso (pausas organizadas) para famílias em que os pais estão mentalmente doentes
ou acham difícil lidar com a situação, ou em que as crianças são emocionalmente
desgastantes ou possuem deficiências físicas ou na aprendizagem. Isto pode consistir de
fins de semanas residenciais para os pais, crianças com deficiências, pessoas que
perderam um ente querido, pessoas com distúrbios alimentares, etc.
■ Oferecimento de clubes e colônias de férias para crianças durante as férias escolares,
enquanto os pais estão trabalhando.
■ Apoio a avós envolvidos no cuidado das crianças.
Talvez, alguns destes tópicos pudessem ser introduzidos nos sermões da igreja, assim
como em encontros de pequenos grupos, que dão oportunidade às pessoas de se
comunicarem.
■ Aulas pré-matrimoniais e de habilidades para ser pai ou mãe para crianças em idade
escolar e casais de noivos.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
■ Abrigo para meninas adolescentes grávidas esperando para terem seus bebês, mas que
não podem ficar com suas famílias.
■ Clínicas para planejamento familiar ou sistema de encaminhamento para promover
famílias menores e evitar abortos.
Os projetos que procuram ajudar as crianças separadas de suas famílias, seja qual for o
motivo, podem querer dar uma olhada em Diretrizes para Crianças em Risco 5, sobre
crianças em orfanatos e alternativas. As crianças em situações de conflito e guerra são
examinadas mais detalhadamente em Diretrizes para Crianças em Risco 6.
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Boa prática DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
para pessoas
que trabalham
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SEÇÃO 2
Estrutura para
a Boa Prática
Conteúdo
Principio 1 Desenvolvendo relacionamentos 23
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
PRINCÍPIO 1 DESENVOLVENDO
RELACIONAMENTOS
1.1 Deve-se dar prioridade para o desenvolvimento de
relacionamentos – com a criança, família, comunidade,
organização ou instituição e, também, entre as agências.
■ Como os programas familiares são, geralmente, uma resposta ao rompimento dos
relacionamentos entre os membros da família – seja entre adulto e adulto, ou entre
adulto e criança –, escutar e desenvolver relacionamentos é fundamental. O abuso
infantil, principalmente dentro das famílias, pode distorcer suas percepções do que os
relacionamentos podem ser. Portanto, restaurar o bom relacionamento é essencial em
todos os níveis.
■ Além disso, as igrejas e as organizações cristãs devem desenvolver relacionamentos de
qualidade na prática – tanto interpessoais como com agências externas – e, assim,
demonstrar a prioridade destes.
“Quando a família é destruída, como e onde devem ser concentradas as energias para a mudança
social, de maneira que sejam eficazes?”
Citação de uma mulher sul-africana em McFayden (1996)
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Por exemplo, embora os pais possam sentir que precisam trabalhar muito e até tarde, para
receberem um salário suficiente para sua família, as necessidades emocionais da criança que está
separada dos pais durante a maior parte do tempo durante quase toda a semana também deve ser
considerada. Da mesma forma, um programa que lide com a violência doméstica contra a mulher
deve levar em consideração os efeitos psicológicos nas crianças que presenciam esta violência.
■ Podem ser realizadas pesquisas com as crianças e os jovens, para descobrir como eles
vêem as necessidades, os problemas e os pontos fortes da família e da comunidade. O
que eles acham que pode e deveria ser feito? Os jovem, em particular, muitas vezes,
pensam que os adultos não os escutam. Desta maneira, eles poderiam dar suas opiniões
a seus pais e outras pessoas responsáveis pela tomada de decisões na comunidade. Isto,
por sua vez, ajudá-los-ia a sentir que estão sendo escutados, aumentando sua auto-
estima.
V O L U M E 1 : C R I A N Ç A S E O D E S M E M B R A M E N T O FA M I L I A R 24
DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
4.3 Deve haver uma conscientização dos aspectos espirituais, físicos, mentais, emocionais
e sociais do desenvolvimento infantil (inclusive os aspectos educacionais/vocacionais).
■ O perigo é que pode-se enfocar um aspecto do desenvolvimento infantil à custa dos
outros. Os profissionais da área da saúde devem enfocar os aspectos físicos do
desenvolvimento infantil, enquanto os psicólogos concentram-se nos emocionais, os
assistentes sociais, nos sociais, e os professores da Escola Dominical, nos espirituais. Na
realidade, todos os aspectos devem ser considerados.
5.2 Os adultos devem colaborar com as crianças, de acordo com sua idade e capacidade,
individualmente e coletivamente, em aspectos que as afetam.
■ Para isto é necessário fazer um retrospecto contínuo com os usuários para ver se o
programa é e continua a ser relevante. Sempre que possível, os pais e as crianças devem
ser incentivados a planejar atividades para o programa, para que estas sejam
apropriadas e relevantes às suas necessidades.
V O L U M E 1 : C R I A N Ç A S E O D E S M E M B R A M E N T O FA M I L I A R 25
DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
6.2 Os pais, os responsáveis pelo cuidado da criança e as famílias devem ser envolvidos
e influenciados.
■ Este, provavelmente, é o âmago do programa. É essencial envolver as pessoas no
programa, de maneira que elas participem de sua criação, ao invés de impô-lo a elas.
Os pais que passaram por situações com que o programa está procurando lidar, tais
como a violência doméstica, terão maior credibilidade entre outras pessoas que
também sofrem que muitos dos profissionais. Suas opiniões e seu discernimento são
extremamente valiosos.
6.4 Devem ser criados vínculos (redes) com outras organizações locais, nacionais e
internacionais, inclusive de outros setores.
■ Deve haver evidência do trabalho com outras igrejas, escolas, serviços de saúde e sociais
e de que o setor voluntário está envolvido no apoio às famílias.
V O L U M E 1 : C R I A N Ç A S E O D E S M E M B R A M E N T O FA M I L I A R 26
DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
6.5 O contexto cultural e religioso da criança, da família e da comunidade deve ser levado
em consideração.
■ Isto inclui casta, etnia e crença religiosa. Algumas crenças culturais podem ser prejudiciais,
até mesmo más (como, por exemplo, a mutilação dos genitais femininos), e, nestes casos,
os cristãos terão de desafiá-las. Ao mesmo tempo, outras crenças culturais (como, por
exemplo, o descanso após o nascimento de um bebê) é útil e deve ser incentivado. É
necessário discernimento com as crenças mais difíceis de serem compreendidas.
■ A compreensão do que a família significa varia. Esta não é apenas uma questão de culturas
diferentes – políticos, economistas, teólogos, feministas, todos possuem seus próprios
programas. É importante compreender quem está falando, em nome de quem e por quê. 21
■ É importante compreender os pontos de vista de uma cultura a respeito do matrimônio e
da fertilidade. Por exemplo, em algumas culturas, o matrimônio é realizado, quando as
pessoas ainda são bastante jovens, mas as crianças são mantidas separadas até mais tarde.
Em outras, ele não é visto como totalmente consumado até que nasça uma criança. Isto
pode agravar o stress e o desapontamento da infertilidade.
■ A maneira como as crianças são criadas varia consideravelmente até mesmo dentro da
mesma comunidade. Porém, através de uma observação cuidadosa, podem emergir
padrões.
■ A natureza e o nível da violência doméstica precisam ser avaliados, e devem ser
determinadas estratégias adequadas para quem deve desafiá-la e como.
21 Barton, S (1993).
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
CONVENÇÃO DOS
DIREITOS DA
Os artigos relevantes são resumidos a seguir (para ver o texto completo relevante, consulte a
CRIANÇA DAS página 31).
NAÇÕES UNIDAS Artigo 3: O Estado oferecerá o cuidado adequado, quando os pais ou outros não o fizerem.
(CDC)
Artigo 5: O dever do Estado é respeitar os direitos e as responsabilidades dos pais e da família
extensa de fornecer a orientação apropriada para as capacidades em desenvolvimento
da criança.
Artigo 9: A criança possui o direito de viver com seus pais, a menos que isto seja considerado
incompatível com os interesses dela.
Artigo 18: Ambos os pais possuem a responsabilidade conjunta de criar seus filhos, e o Estado
deve auxiliá-los nesta tarefa.
Artigo 19: O Estado possui a obrigação de proteger as crianças de todas as formas de maus-tratos
infligidos pelos pais ou outros responsáveis por seu cuidado, assim como realizar
programas preventivos e de tratamento em relação a esta questão.
Artigo 20: O Estado possui a obrigação de oferecer proteção especial para as crianças destituídas
de seu ambiente familiar.
Uma leitura cuidadosa destes artigos, e de toda a CDC, revela que há amplas possibilidades de
interpretação. Como ela é implementada depende de como a legislação estatal a nível nacional é
posta em operação. Isto deve ser informado pela sociedade civil, da qual a Igreja é um membro
fundamental. Os grupos cristãos devem ser incentivados a engajarem-se no debate sobre como a
CDC deve ser interpretada e utilizada. Desta forma, as áreas de preocupação podem ser atacadas, e
a convenção poderá realizar todo o seu potencial de beneficiar as vidas das crianças.
22 Family Education Trust, 322 Woodstock Road, Oxford OX2 7NS, Reino Unido, produziu um pequeno livro chamado
The Fight for the Family, o qual descreve seu ponto de vista. ISBN 0 906229 14 6.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
7.4 Deve haver diálogo com os pais e os responsáveis pelo cuidado da criança, para que
eles possam tomar decisões sábias e representar suas famílias.
■ Os pais mais informados, instruídos e apoiados sentem-se mais confiantes ao lidarem
com seus filhos em relação a questões que lhes dizem respeito e com os responsáveis
pelas decisões acima deles, cujas decisões influenciam seus filhos.
■ Os pais que contam com um bom apoio podem sentir-se capazes de realizar lobby com
departamentos governamentais e igrejas, para obterem os serviços de que precisam, ao
invés dos serviços que o governo e as igrejas consideram adequados. Um exemplo pode
ser manter aberto um grupo de mães e crianças pequenas que se reúnem às tardes, que
esteja ameaçado de ser fechado, porque isso se enquadra melhor à programação.
7.5 Deve haver diálogo com as crianças para que, dependendo de sua idade e capacidade,
elas possam tomar decisões sábias e falar por si próprias e pelas outras crianças.
■ Algumas crianças oferecem apoio a seus pais, embora, durante a adolescência em
particular, seja difícil que isto ocorra espontaneamente. É extremamente importante
escutar as crianças sobre como elas vêem os problemas, pois isso pode ajudar tanto os
pais como os gerentes dos programas a identificar as questões.
7.6 Deve haver uma conscientização da base bíblica da defesa de direitos em nome das
crianças e da importância da oração.
■ Veja a Introdução destas Diretrizes e os Materiais de Estudo Sobre o Desenvolvimento
Infantil da Tearfund.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
8.2 Os indicadores devem mostrar de que maneira o programa tem impacto nas vidas e no
meio ambiente das crianças e suas famílias, por idade e sexo.
■ Os projetos muitas vezes pressupõem que o trabalho está beneficiando os pais. Porém,
o exame posterior do que foi alcançado é, freqüentemente mínimo. Os casos de sucesso
de famílias individuais possuem algum valor, porém não são suficientes para uma
avaliação completa.
8.3 Os pais, os responsáveis pelo cuidado das crianças e as própria crianças devem ser
envolvidas na avaliação do cuidado e de seu impacto na criança e na família.
■ As pesquisas através de questionários realizadas logo após o término de um curso,
possuem um valor limitado para se avaliar se este teve êxito ou não. As pesquisas
posteriores alguns meses mais tarde devem examinar de que maneira o que foi
aprendido foi posto em prática. Os beneficiários devem procurar ver o que permaneceu
em termos de ferramentas que foram lembradas e utilizadas. As mudanças no
comportamento percebidas pelos próprios participantes são mais valiosas.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
TEXTO COMPLETO
DOS ARTIGOS No preâmbulo: Os Estados integrantes da presente convenção… convencidos de que a família,
RELEVANTES PARA A como grupo fundamental da sociedade e o ambiente natural para o crescimento e
FAMÍLIA E PARA OS bem-estar de todos os seus membros e, principalmente, das crianças, deve receber
PAIS NA CDC a proteção e a assistência necessárias, para que possa exercer suas
responsabilidades dentro da comunidade, reconhecendo que a criança, para que
tenha um desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, deve
crescer em um ambiente familiar, em um clima de felicidade, amor e
compreensão… concordaram sobre o seguinte:
Artigo 9: Os Estados integrante assegurarão que a criança não seja separada de seus pais
contra sua vontade, a não ser que as autoridades competentes determinem, em
conformidade com a lei e os procedimentos aplicáveis, que esta separação seja
necessária em um caso específico, tal como num caso que envolva abuso ou
negligência da criança por parte dos pais, ou em que um dos pais viva
separadamente, sendo necessário tomar-se uma decisão a respeito do local de
residência da criança.
Artigo 18: Os Estados integrantes esforçar-se-ão ao máximo para assegurar que seja
reconhecido o princípio de que ambos os pais possuem responsabilidades comuns
pela criação e desenvolvimento da criança. Os pais ou, se for o caso, os tutores
legais, possuem a responsabilidade principal pela criação e desenvolvimento da
criança. O interesse da criança deverá ser sua preocupação básica.
Artigo 20: Uma criança temporária ou permanentemente destituída de seu ambiente familiar,
ou que, em seu interesse, não puder permanecer nesse ambiente, terá direito à
proteção e à assistência especial por parte do Estado.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
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Boa prática DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
para pessoas
que trabalham
com crianças
SEÇÃO 3
Estudos de Casos
Conteúdo
Orchard Family Centre, Londres, Reino Unido 36
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Estudos de Casos
3 Estes estudos de casos cobrem uma variedade de programas envolvidos com o
desmembramento e o apoio familiar. A maioria dos estudos foram escritos pelos
funcionários dos programas e, portanto, possuem uma perspectiva de campo, o que
aumenta a autenticidade. Os programas não são considerados ideais, mas cada um possui
exemplos da boa prática, que contribuem com o processo de aprendizagem.
Ao invés de examinar todos eles, talvez você prefira selecionar os estudos mais semelhantes
aos seus programas e, então, um ou dois que mostrem uma perspectiva diferente. Cada
estudo de caso enfoca dois ou três dos princípios descritos na SEÇÃO 2, com alguma
repetição. As questões para reflexão no final de cada estudo de caso oferece uma
oportunidade para que você pense sobre o seu próprio programa.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
NITA ROGERS,
GERENTE DO
Orchard Family Centre
CENTRO
Londres, Reino Unido
ORGANIZAÇÃO
A Igreja Ichthus, em Peckham e Dulwich, possui uma congregação de mais de 200 pessoas
de variados meios sociais e étnicos. A igreja compromete-se a ensinar sobre Jesus na
comunidade local – a ser a “reconstrutora, reparadora e restauradora de sua comunidade”
(Isaías 58:12). O Orchard Family Centre (OFC) é uma das várias iniciativas comunitárias
de igrejas. O OFC desenvolveu-se a partir de uma creche bem sucedida inicialmente
chamada de 3’N’Away. Ele, agora, abrange uma série de serviços de apoio à família, os
quais incluem uma pré-escola, cursos para pais, inclusive para adolescentes antes de se
tornarem pais, um clube de empréstimo de brinquedos/livros/vídeos e um serviço de
aconselhamento e informações para pais.
CONTEXTO
Peckham, localizada no burgo londrino de Southwark, é uma das áreas mais diversificadas
em termos de cultura do Reino Unido. De acordo com o Plano de Serviços para Crianças
da Prefeitura de Southwark de 1996–9, quase metade das crianças de Southwark vivem
em lares que não possuem uma renda, 40 por cento das crianças são negras ou de grupos
minoritários, 40 por cento vivem em famílias com pais solteiros e 25 por cento vivem em
moradias lotadas. Em 1996, uma em cada dez meninas adolescentes engravidou em
Southwark, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas, o nível mais alto da
Europa Ocidental.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
solteiros, baixa renda, situação habitacional precária, deficiências, pais que não sabem ser
pais e recursos inadequados no lar. A intenção é, também, permitir que os pais
desenvolvam habilidades como tais, rompendo, assim, o ciclo da destituição.
Questões para ■ Como o Orchard não só causa um impacto nos pais, nos responsáveis pelo cuidado das
reflexão crianças e nas famílias, mas também os envolve no programa? (PRINCÍPIO 6.2)
■ Como o seu programa envolve os pais? Eles são considerados parceiros?
■ Como o Orchard realiza lobby e intercede pelas crianças e junto aos pais?
(PRINCÍPIO 7.1)
■ Como o seu programa realiza lobby em questões que afetam as crianças? Há um
compromisso com a oração pelas crianças individualmente, assim como pelo programa
em geral?
V O L U M E 1 : C R I A N Ç A S E O D E S M E M B R A M E N T O FA M I L I A R 37
DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
TREVOR ADAMS,
COORDENADOR
Family Matters
DO PROJETO
Luton, Reino Unido
ORGANIZAÇÃO
A Church of God of Prophecy fundou uma nova igreja num dos principais conjuntos
residenciais municipais em Luton, em 1987. Desde o início, a igreja preocupou-se com as
necessidades físicas e espirituais da comunidade. Um dos membros, com amplo
treinamento e experiência em ministérios juvenis iniciou o Family Matters em 1995, cujo
objetivo era resolver o problema da violência doméstica na cidade de Luton.
Uma pequena subvenção para dar início ao programa foi oferecida pelo governo local, a
fim de treinar três pessoas para realizar um programa de habilidades para a vida. Este foi
seguido de vários cursos de habilidades para a vida, inclusive um esquema de
empoderamento juvenil. Porém, percebeu-se logo que seria necessário treinar uma equipe
de voluntários, a fim de se causar um impacto significativo na comunidade. Em 1997–98,
foram treinadas 18 pessoas como conselheiros pelo Centro de Aconselhamento Manna
House. Voluntários de outras cinco igrejas entraram, então, para a equipe do Family
Matters. O relacionamento entre o programa e a igreja tem sido mantido através de
oração, atividades sociais e de levantamento de recursos, assim como através da utilização
de dons individuais tanto na igreja quanto no projeto. Em 1997, houve uma mudança
neste relacionamento, quando o diretor do Family Matters tornou-se o pastor da igreja. O
programa foi relançado, com base na idéia ‘Vidas Dilaceradas Restauradas’.
CONTEXTO
Luton possui uma população diversificada de 170–180.000 pessoas, com uma grande
comunidade asiática (do leste da África, da Índia, do Paquistão e de Bangladesh) e uma
considerável comunidade afro-caribenha. O programa baseia-se na pressuposição de que a
violência doméstica ocorre entre as barreiras étnicas e de classe e procura alcançar todas
O programa estas comunidades. Os conceitos de família diferem entre as culturas. O Family Matters
baseia-se na utiliza a definição da comissão parlamentar especial do Departamento de Assuntos do
pressuposição de Interior (1995) de violência doméstica como sendo “qualquer forma de abuso físico,
que a violência sexual ou emocional entre pessoas num relacionamento próximo. Pode tomar várias
doméstica ocorre formas, tais como ataque físico, abuso sexual, estupro, ameaça e intimidação, como
entre as barreiras degradação, humilhação mental e verbal e crítica contínua.” O objetivo do programa é
étnicas e de “assegurar que o cliente, seja ele a vítima ou o perpetuador, ou vítima ou perpetuador em
classe. potencial, tenha a oportunidade, de acordo com suas necessidades, de desenvolver as
habilidades sociais para romper o ciclo de violência, reconstruir sua vida, melhorar sua
auto-imagem, com apoio em sua recuperação e auxílio para aumentar sua capacidade de
atuar de forma sadia e não violenta em seus relacionamentos.”
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
O FUTURO
■ Que a equipe de aconselhamento aumente o número de voluntários, para aumentar a
capacidade do que podemos oferecer à comunidade.
■ Seminários de um dia para igrejas, agências e governo local.
■ Apresentações para escolas – Luton Churches Educational Trust – sobre a violência
doméstica.
■ Produzir pequenos livros para famílias sobre um membro familiar que foi abusado
sexualmente, etc.
■ Começar o aconselhamento de crianças e adolescentes, quando o conselheiro infantil
tiver terminado o programa de treinamento.
■ Promoção do programa através de um concerto de gospel (canto religioso da
comunidade negra) para caridade.
Questões para ■ Como e por que o Family Matters trabalha em rede com outras organizações locais,
reflexão nacionais e internacionais, inclusive organizações de outros setores? (PRINCÍPIO 6.4)
■ Que tipo de trabalho em rede aumentaria a eficácia de seu programa?
■ Como e por que o Family Matters considera o contexto cultural e religioso da comunidade?
(PRINCÍPIO 6.5)
■ Você está ciente das diferenças culturais dos grupos minoritários étnicos em sua área?
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
DR PETER SAVAGE
Centro Cristiano de
Asesoramiento Familiar
República Dominicana
ORGANIZAÇÃO
O Centro Cristiano de Asesoramiento Familiar (CECAF) é uma instituição de dez anos
que pertence à rede da Eirene, encontrada por toda a América Latina. O CECAF é
apoiado por sete denominações na República Dominicana e em Porto Rico e possui uma
junta, a qual é eleita anualmente.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
CONTEXTO
A República Dominicana possui uma história de 500 anos, desde o massacre dos índios,
seguido do conflito entre os espanhóis e os ingleses, até a quantidade enorme de escravos
trazidos para o país pelos holandeses e portugueses. Todos os escravos foram libertos quase
200 anos atrás, porém a herança emocional continua na forma de atitudes e estruturas
familiares. O país passou por várias invasões e ditadores cruéis. A dor, o ressentimento, a
insegurança e a incerteza são reciclados. O presente está impregnado com o passado.
Questões para ■ Como o CEFAF considera o contexto social, histórico e político da comunidade das crianças?
reflexão (PRINCÍPIO 6.1)
■ Como o contexto social, histórico e político afeta a maneira como você trabalha?
■ Que tipo de conscientização há dentro do CECAF da base bíblica para seu ministério e
como isto afeta seu trabalho? Como eles utilizam a oração? (PRINCÍPIO 7.2)
■ Sua organização explorou o que a Bíblia diz sobre as crianças e as questões com as quais
você precisa lidar? Como você encontraria tempo para examiná-las em equipe?
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
TOM BEARDSHAW
Care for the Family
Cardiff, Reino Unido
ORGANIZAÇÃO
A Care for the Family foi iniciada em 1988 por Rob Parsons, um professor e advogado
graduado. Ela é uma organização nacional que visa fortalecer a vida familiar e ajudar as
pessoas que sofrem devido ao desmembramento familiar. A Care for the Family possui sua
matriz em Cardiff, no País de Gales, com mais de 50 funcionários, e escritórios regionais
no sudeste e no oeste da Inglaterra, na Irlanda do Norte e no País de Gales e especializa-se
na produção de livros, vídeos, seminários e outros recursos de alta qualidade sobre a vida
familiar.
CONTEXTO
A Care for the
As famílias no Reino Unido estão passando por um stress enorme em seus
Family procura
relacionamentos. Seja por pobreza ou excesso de trabalho, infertilidade ou um número
resolver excessivo de filhos, muitas pessoas estão achando difícil desenvolver relacionamentos
situações familiares fortes e estáveis. A Grã-bretanha possui o segundo índice mais alto de divórcios
familiares da Europa, e espera-se que aproximadamente 40 por cento dos primeiros matrimônios
individuais e termine em divórcio. Muitos pais têm dificuldade em lidar com as exigências de seu papel
questões e procuram ajuda de outros pais e organizações como a Care for the Family. Muitas vezes,
culturais mais as imagens culturais populares degradam a vida familiar e subestimam a importância do
gerais através de matrimônio e do papel dos pais. A Care for the Family procura resolver situações
seus recursos, familiares individuais e questões culturais mais gerais através de seus recursos, defesa de
defesa de direitos direitos e trabalho com a mídia.
e trabalho com a
mídia. DEMONSTRANDO A BOA PRÁTICA
A Care for the Family realiza vários tipos de projeto diferentes para suprir uma variedade
de necessidades na vida moderna.
Através de uma variedade de recursos produzidos na forma de livros, fitas cassetes e vídeos,
a Care for the Family incentiva os adultos em seus relacionamentos matrimoniais e em seu
papel de pais. Estes recursos oferecem conselhos práticos em questões como sexo, finanças,
comunicação, manejo de conflitos e stress, incentivando as pessoas a levar a sério seus
compromissos e responsabilidades como pais.
O curso de princípios para pais recentemente produzido, chamado Parentalk, está sendo
utilizado por um grande número de igrejas, centros comunitários, autoridades locais e
outros serviços, a fim de reunir pais para explorarem questões relacionadas com o seu
V O L U M E 1 : C R I A N Ç A S E O D E S M E M B R A M E N T O FA M I L I A R 43
DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
A Care for the Family viaja constantemente pelo Reino Unido com uma série de
seminários, em que os funcionários conversam com grupos de até 2.000 pessoas de uma
só vez sobre princípios para desenvolver relacionamentos familiares sadios.
Eventos residenciais
A Care for the Family realiza uma série de eventos residenciais anualmente sobre uma
variedade de assuntos. As férias Aventuras para Pais foram criadas para um pai e um filho,
a fim de lhes dar a oportunidade de desenvolver seu relacionamento no contexto de umas
férias com atividades externas. As férias Tire uma Folga são parecidas, mas são subsidiadas
e especificamente criadas para pais sem cônjuges e suas famílias. Pais Interessados são
eventos residenciais em hotéis de curta duração para pais em circunstâncias
especificamente difíceis, em que eles são reunidos com especialistas e outras pessoas em
situações semelhantes. Algumas das questões são deficiências e doenças, famílias adotivas,
crianças com distúrbios alimentares e dificuldades sociais, e perda de um ente querido.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
O FUTURO
A Care for the Family está trabalhando, a fim de melhorar e expandir sua base de
colaboradores e desenvolver o trabalho de seus representantes regionais em áreas locais. Ela
pretende trabalhar no desenvolvimento de sua capacidade de levar as questões até a mídia
e contribuir com o debate cultural mais amplo sobre o matrimônio e a vida familiar. A
Care for the Family tem trabalhado, também, em vários projetos de ação social inovadores
a respeito de questões, tais como o papel do pai e o papel dos avós, e está procurando
estabelecer uma rede de pais que perderam um ente querido. Em termos gerais, seu
objetivo é expandir seu ministério pelo mundo secular, trazendo os valores e a sabedoria
das tradições cristãs para a vida familiar.
Questões para ■ Como a Care for the Family considera o contexto social, histórico e político da comunidade
reflexão infantil? (PRINCÍPIO 6.1)
■ Como a sua organização considera a comunidade infantil na maneira como lida com as
crianças e as famílias?
■ Qual é a base bíblica do ministério da Care for the Family, e como eles vêem a importância
da oração? (PRINCÍPIO 7.2)
■ Você considerou a base bíblica para seu ministério? Como você pode explorar o que as
Escrituras têm a dizer sobre o papel da família e da criança?
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
PETE ANDREWS,
ELIJA KANAMUGIRE
Programa para Órfãos:
Inkuru Nziza Church
Kigali, Ruanda
ORGANIZAÇÃO
A Igreja Inkuru Nziza (Boas Novas) está estabelecida em Ruanda desde 1960. Seu centro
administrativo localiza-se no meio de Kigali. A igreja tem continuado a crescer, com várias
igrejas tanto em Kigali como também fora, nas áreas rurais.
CONTEXTO
O vírus HIV abalou muitas famílias em Ruanda, sendo que 25 por cento dos adultos em
Kigali são HIV+. Isto resultou num alto número de órfãos. A guerra dos últimos anos e,
As crianças especialmente, o genocídio de 1994, aumentou ainda mais o problema.
possuirão um
O objetivo do projeto é preservar a unidade familiar. A filosofia é que as crianças possuirão
senso de
um senso de identidade melhor vivendo com os membros sobreviventes de sua própria família
identidade
ao invés de num orfanato. Assim o projeto procura apoiar a família, suprindo algumas de suas
melhor vivendo necessidades básicas. A família geralmente possui alguém classificado como o responsável, o
com os qual pode ser um dos pais ou dos avós, uma tia, um tio, um irmão ou irmã mais velha ou um
membros tutor temporário sobrevivente.
sobreviventes
de sua própria
família ao invés DEMONSTRANDO A BOA PRÁTICA
de num Um aspecto importante do projeto é o pequeno sistema de patrocínio organizado de maneira
orfanato. privada, em que uma ou mais das crianças são sustentadas através de uma quantia de dinheiro
regular. Como nosso projeto começou como resultado da epidemia da AIDS (SIDA),
estávamos ansiosos por apoiar a saúde das famílias, especialmente as pessoas HIV+. Achamos
que a educação dos órfãos era vital, pois a maioria delas continuaria a viver na cidade e
precisaria, portanto, ser educada adequadamente. Esperava-se que maioria das famílias
continuasse a viver onde quer que estivessem, quando recebidas no projeto. Os funcionários
do projeto incluem assistentes sociais, os quais são responsáveis por cuidar das crianças dentro
do projeto e são viúvas ou tutores temporários.
Comunidades abrigadas
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
genocídio, lares chefiados por crianças, avós e uma família completa com marido, mulher e
filhos, a qual serve de modelo e supervisora. As casas nestas comunidades são típicas do tipo
encontrado em Kigali, com uma sala de estar e um, dois ou três dormitórios. O banheiro, a
área de serviço e a cozinha são compartilhados por todos os que vivem na comunidade. Foi
construído um muro ao redor da propriedade, para dar uma sensação de segurança. Embora
o propósito da comunidade abrigada seja ajudar as pessoas mais vulneráveis, procurou-se
combinar pessoas vulneráveis com pessoas capazes, de maneira que haja apoio, e que este
possa ser oferecido por uns e recebido por outros.
O FUTURO
O futuro do projeto parece seguro, pois há uma boa base de patrocínio, que ajuda 160 das
350 crianças. Como há crianças de cada uma das 100 famílias no sistema de patrocínio, não
há nenhuma diferença entre as que recebem dinheiro e as que não o recebem, pois o
dinheiro é entregue ao chefe da família. Um dos mais recentes incentivos foi o número de
crianças auxiliadas a continuarem sua educação secundária (cerca de 35), as quais são
financiadas principalmente pelo patrocínio.
Questões para ■ Como a Igreja das Boas Novas vê a importância de envolver os pais, as famílias, os
reflexão responsáveis pelo cuidado e outras pessoas relevantes e causar um impacto sobre eles no trabalho
com as crianças? (PRINCÍPIO 6.2)
■ Qual é a importância para você de envolver os pais, as famílias e os responsáveis pelo cuidado?
■ De que maneiras as necessidades das crianças são consideradas na Igreja das Boas Novas no
contexto social de sua comunidade? (PRINCÍPIO 6.1)
■ Como o contexto social de sua comunidade afeta a maneira como o seu programa atende às
necessidades das crianças?
FIG 1
CRIANÇAS NUMA
COMUNIDADE
ABRIGADA, KIGALI
Foto: Richard Hanson
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
GLADYS MWITI,
FUNDADORA
Oasis Counselling Centre
and Training Institute
Nairobi, Quênia
ORGANIZAÇÃO
O Oasis Counselling Centre and Training Institute é uma organização de aconselhamento
e treinamento profissional nativa fundada por Gladys e Gershon Mwiti em janeiro de
1990. Gladys é psicóloga de aconselhamento, e seu marido, Gershon, é engenheiro civil,
tendo recebido um chamado para o evangelismo 18 anos atrás. O resto dos funcionários
do Oasis consta de oito pessoas trabalhando tempo integral, uma equipe de treinamento
de até 25 instrutores profissionais de tempo parcial e uma junta de oito pessoas.
CONTEXTO
Embora o Oasis tenha começado como uma pequena organização em Nairobi, no
Quênia, seu trabalho, agora, é apreciado por muitas pessoas em várias partes da África e
As igrejas fora dela. A motivação para este ministério originou-se de uma necessidade enorme no
continente hoje em dia, resultante da separação de comunidades intimamente ligadas. À
deveriam atuar
medida que a família extensa se desintegra e as comunidades se espalham devido à
como
mudança e à urbanização, as estruturas que costumavam manter as pessoas unidas estão
comunidades que
sucumbindo. Resta, então, somente a Igreja como grupo social principal, onde as pessoas
oferecem apoio podem procurar por um lugar a que pertencer. No entanto, muitas igrejas pregam o
não somente aos evangelho, mas não conseguem relacionar a palavra de Deus com a prática na vida diária.
membros, mas, Muitas igrejas, também, não se dão conta de que deveriam atuar como comunidades que
também, a todos oferecem apoio não somente aos membros, mas, também, a todos na localização
na localização geográfica onde estão situadas.
geográfica onde
O Oasis desejou, desde o início do trabalho com a liderança e a comunidade, oferecer
estão situadas.
habilidades para cuidar e aconselhar, especialmente para os mais vulneráveis entre nós – as
crianças e os jovens da África. O Oasis procura preencher esta lacuna com seminários de
treinamento para líderes de igrejas e de comunidades, diretores de escolas, empregadores,
casais casados e pais, conscientizando as pessoas sobre alguns dos desafios sociais
enfrentados por elas. Há, também, convites para visitarem-se escolas, igrejas e
comunidades, e falar-se sobre questões pertinentes. Por exemplo, as associações de pais e
mestres de escolas, muitas vezes, solicitam palestras sobre relacionamentos entre pais e
filhos, motivação da criança, como ajudar as crianças a lidar com o stress dos exames, uso
e abuso de drogas e bebidas alcoólicas, escolha de carreiras para as crianças, etc. As igrejas
solicitam seminários sobre o matrimônio e a família, aposentadoria, manejo e
administração financeira, prevenção, manejo e cuidados do HIV, etc.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
O Sr. e a Sra. Mwiti acreditam que faltam pessoas transformadas na África. Muitas podem
possuir diplomas universitários, mas possuem um vácuo em termos de valores pessoais e
habilidades de relacionamento. Integridade, persistência, auto-sacrifício, autocontrole,
disciplina pessoal, empenho para alcançar a excelência, maturidade individual,
moralidade, interesse pelos outros, coragem para ser diferente, fé, ética no trabalho,
clareza, patriotismo, lealdade, paciência, tolerância, sabedoria e outros valores que não
possuímos em nosso continente não podem ser obtidos nas salas de aulas das
universidades. Eles são uma herança passada de líderes para seguidores, de pais para filhos,
de pastores para ovelhas. Contudo, quando os próprios líderes são tão ignorantes quanto
as pessoas que lideram, de onde virá a salvação?
Aconselhamento/treinamento preventivo
Nossa A abordagem da Sra. Mwiti do aconselhamento na África, desde o início, tem sido a
abordagem do ênfase na prevenção, ao invés do tratamento. Ela está convencida de que muitos são
aconselhamento “destruídos por falta de conhecimento” (Oséias 4:4). Ela acredita que, equipando-se e
ensinando-se as pessoas, é possível impedir-se a desintegração social enfrentada pela África
na África tem
atualmente. Os seminários anuais possuem os seguintes alvos:
sido a ênfase na
prevenção, ao ■ Seminário de Treinamento Regional para Indivíduos que Trabalham com Crianças
invés do em Risco. Infelizmente, percebemos, no início dos anos 90, que muitas pessoas que
tratamento. trabalham com crianças em orfanatos, programas com crianças de rua, lares residenciais
para crianças com AIDS (SIDA) e crianças desacompanhadas em situações de guerras e
conflitos, etc, não possuem nenhum treinamento no cuidado destas crianças. Estamos
procurando preencher esta lacuna.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Enquanto isto, a maioria dos homens e os filhos passam o dia no mercado local, vadiando
e bebendo. Alguns estão nas cidades, procurando empregos ilusórios. Realmente, quando
o doador vem, ele não procura os homens. Ele se encontra e planeja com as mulheres.
Nesse meio tempo, os matrimônios acabam. A tensão desgasta qualquer paz familiar que
algum dia tenha existido. Os homens, acusados de falta de responsabilidade, tornam-se
ainda mais irresponsáveis. Alguns se tornam violentos, quando o novo poder das mulheres
os ameaça, aumentando sua incapacidade. Num ambiente tão cheio de stress, as crianças
sofrem negligência e abuso.
Ciente desta necessidade, através de muitos anos de trabalho com jovens, o Oasis treina e
equipa líderes juvenis, pastores, professores, orientadores e conselheiros para planejarem
programas eficazes de aconselhamento e treinamento para jovens. Em setembro de 1998, a
Evangel Publishing House, em Nairobi, publicou o livro da Sra. Mwiti, Moving on
Towards Maturity. Este é um manual, que oferece um programa de treinamento e
aconselhamento completo para jovens, a fim de preparar os conselheiros/trabalhadores
juvenis de maneira sistemática, para que eles possam treinar e equipar adolescentes para
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
que amadureçam (este livro pode ser encomendado através da Evangel Publishing House,
Nairobi).
O conselheiro juvenil deve incentivar o pastor (para ensinar a Doutrina da Igreja), os pais
(para treinarem em termos de expectativas familiares), a comunidade (para oferecer apoio
e a sensação de se pertencer a um lugar para o grupo juvenil), etc. O treinamento é uma
questão da comunidade/igreja/família, com uma graduação por grupo etário no final da
cerimônia, com a participação de todos estes grupos. No final do treinamento do Oasis, o
conselheiro juvenil planeja como incorporará estas idéias no programa existente, ou como
iniciará um novo programa. O envolvimento da comunidade e da igreja oferece uma
sensação de se pertencer a um lugar, especialmente para crianças provenientes de famílias
problemáticas. Dentro do ambiente da igreja e através do conselheiro juvenil, os jovens
carentes encontram adultos que estão preparados para servirem de mentores e pais
espirituais.
Questões para ■ Quais são os aspectos fundamentais do treinamento que o Oasis utiliza para desenvolver as
reflexão habilidades de comunicação com as crianças e suas famílias? (PRINCÍPIO 4.2)
■ Como você se assegura de que seus funcionários sejam treinados e possuam experiência na
comunicação com as crianças?
■ Como o Oasis envolve a comunidade de origem das crianças e causa impacto nela?
(PRINCÍPIO 6.3)
■ Que tipo de relacionamento sua organização possui com a comunidade das crianças e como
ele poderia ser desenvolvido ainda mais?
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Boa prática DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
para pessoas
que trabalham
com crianças
SEÇÃO 4
A Ferramenta de
Questionamento
Reflexivo
Conteúdo
Princípio 1 Desenvolvendo relacionamentos 55
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
A Ferramenta de
4 Questionamento Reflexivo
Esta Ferramenta de Questionamento Reflexivo pode ser utilizada por
qualquer programa que esteja trabalhando com crianças e o
desmembramento familiar. A ferramenta foi criada para permitir que os
indivíduos e os grupos avaliem seu próprio programa, refletindo sobre os
princípios da boa prática descritos na Estrutura do Desenvolvimento
Infantil.
PRINCÍPIO 1 DESENVOLVENDO
RELACIONAMENTOS
■ Como é dada prioridade para o desenvolvimento de
relacionamentos – com a criança, a família, a
comunidade, a organização ou instituição e entre as
organizações?
■ Como a dinâmica do relacionamento é compreendida e fortalecida:
• entre pais
• entre pais e filhos
• com outros parentes (por exemplo, irmãos, avós)
• dentro da comunidade
• entre organizações?
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Boa prática DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
para pessoas
que trabalham
com crianças
SEÇÃO 5
Referências e Recursos
Conteúdo
O que ler 63
Como encomendar 68
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Referências e Recursos
5 Textos
O QUE LER
Browning, D (1999) Christian Ethics and the Family Debate: an overview, artigo da
fundamentais Universidade de Chicago, do International Journal of Practical Theology. Pode ser
encontrado em seu website (veja abaixo)
• Uma visão geral excelente.
Clapp, R (1993) Families at the Crossroads: beyond traditional roles and modern options,
Downers Grove, Intervarsity Press, Illinois, EUA. ISBN 0 8308 1655 0
• Um importante livro sobre a família em constante mudança no mundo mais
desenvolvido.
Conway, HL (1998) Domestic Violence and the Church, Paternoster Press, Cumbria,
Reino Unido. ISBN 0 85364 817 4
• Estuda a reação da Igreja em relação à violência doméstica no Reino Unido.
UNICEF (1997) Children and Violence, Innocenti digest No 2 (podem ser obtidos até
25 exemplares gratuitamente através de Distribuition, International Child Development
Centre, Piazza SS, Annunziata 12, 50122 Firenze, Itália. Tel: +39 55 234 5258,
Fax: +39 55 244 817, E-mail: krigoli@unicef-icdc.it
Wright, CJH (1997) God’s People in God’s Land, capítulo 7, pg. 222 em diante, Paternoster
Press, Cumbria, Reino Unido. ISBN 0 86364 808 5
Outros textos Alsdurf, J e P (1990) Battered into Submission, Highland, Crowborough, E Sussex,
Reino Unido.
Barton, SC (1993) Towards a Theology of the Family, Crucible. Board for Social
Respnsibility. Janeiro-março de 1993
• Considerações introdutórias com diferentes perspectivas da tradição da igreja.
Barton, SC (Ed.) (1996) The Family in Theological Perspective, T&T Clark, Edinburgh,
Reino Unido. ISBN 0 567 08522 8
• Uma pesquisa acadêmica das famílias e das crianças no pensamento e na vida cristã.
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Blankenhorn, D (1995) Fatherless America: confronting our most urgent social problem,
Nova York, Basic Books
• Texto fundamental sobre a falta do pai nos países mais desenvolvidos.
Cockett, M e Tripp, J (1994) The Exeter Family Study: family breakdown and its impact on
children, Family Policy Study Centre. ISBN 0 85989 473 8 (pode ser obtido através de
FPSC – veja abaixo)
• Analisa pesquisas de resultados de crianças que passam por problemas familiares e/ou
vivem com um dos pais sem cônjuje.
Daly, M e Wilson, M (1988) Homicide, Nova York, Aldine de Gruyter, pg. 86–90
Fuchs, V e Reglis, D, America’s Children: economic perspectives and policy options, Science,
255 (3 de janeiro de 1992), pg. 41–46
Hoghughi, Masud et al (1998) Working with Sexually Abusive Adolescents, Sage Publishers
Kagitcibasi, C (1996) Family Human Development Across Cultures: a view from the other
side, Lawrence Erlbaum Associates, Mahwah, New Jersey, EUA. ISBN 0 8058 2077 9
Maldonado, J (1994) Even in the Best Families, WCC Publications, Genève, Suíça.
ISBN 2 8254 1133 7
McFayden, A (1996) The Abuse of the Family, em Pyper, H S (Ed.), The Christian Family
– a concept in Crisis (veja a próxima página)
• Perspectiva católica sobre a família.
Miles, GM (1997) Violence and its Effects on our Children, Child, a revista sobre Defesa
de Direitos da Criança Internacional para o Grupo de Saúde Infantil Internacional da
British Paediatric Association
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
Painter, K (1991) Wife Rape in the UK, documento apresentado no Encontro do 50o.
Aniversário da American Society of Criminology, novembro de 1991, São Francisco
Pope, S (1994) The Evolution of Altruism and the Ordering of Love, Washington DC,
Georgetown University Press
Pyper, HS (Ed.) (1996) The Christian Family – a concept in crisis, baseado numa série de
palestras realizadas na Universidade de Leeds, na primavera de 1995. The Canterbury
Press, Norwich, Reino Unido. ISBN 1 85311 124 4
• Inclui estudos sobre a família nos tempos bíblicos e a igreja em seus primeiros dias,
valores da família vitoriana, os efeitos da tecnologia e do feminismo na família e as
implicações teologicas no abuso infantil.
Sachs, A (1994) Men, Sex and Parenthood, Worldwatch 7:2 (março:abril de 1994), pg. 13
Snarey, J (1993) How Fathers Care for the Next Generation: a four decade study,
Cambridge, Harvard University Press
Straus, MA, Gelles, RJ e Steinmetz, SK (1980) Behind Closed Doors: violence in the
American family
Weitzman, LJ (1985) The Divorce Revolution: the unexpected social and economic
consequences for women and children in America, Nova York, The Free Press
Wolfe, DA, Jaffe, P, Wildon, S e Jaffe, P (1986) Child Witness to Violence between Parents:
critical issues in behavioural and social adjustment, Journal of Consulting and Clinical
Psychology, 14 (1) pg. 95–104
Periódicos Child Abuse and Neglect, The International Journal (publicação da ISPCAN – veja abaixo)
ISSN 0145-2134, Pergamon, Elsevier Customer Service Department, PO Box 211,
1001 AE Amsterdam, Holanda. Tel: +31 20 485 3757, Fax: +31 20 485 3432,
E-mail: nlinfo-f@elsevier.nl ou mary.roth@uchse.edu
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Children and Society (publicação da National Children’s Bureau) ISNN 0951 0605, John
Wiley and Sons Ltd, 1 Oldhams Way, Bognor Regis, West Sussex, PO22 9SA,
Reino Unido, Tel: +44 (0)1243 843282, Fax: +44 (0)1243 843232,
Website: http://www.interscience.wiley.com
Care for the Family, PO Box 488, Cardiff, CF1 1RE, Reino Unido.
Tel: +44 (0)29 2081 0800, Fax: +44 (0)29 2081 4089,
E-mail: Care.for.the.Family@dial.pipex.com
• Incentiva os matrimônios, auxilia pessoas que se encontram no meio do
desmembramento familiar e promove o papel dos pais e da vida familiar através de
seminários, livros e vídeos.
Christian Child Care Network, 10 Crescent Road, South Woodford, London, E18 1JB,
Reino Unido. Tel: +44 (0)20 8559 1133
• Procura atuar como ‘um meio de cooperação e desenvolvimento no cuidado cristão
com a criança e a família, um foro para a troca de idéias e uma fonte de apoio’.
Christian Link Association of Single Parents (CLASP), C/o Linden, Shorter Ave,
Shenfield, Essex, CM15 8RE, Reino Unido. Tel: +44 (0)1277 233848
• Incentiva e apoia pais solteiros cristãos (seja qual for o motivo ou a idade). Procura
incentivar a igreja sobre as questões e servir de vínculo para os membros.
Families Worldwide, 75 East Fort Union Blvd, Salt Lake City, UT 84047, EUA.
Tel: +1 801 562 6185, Fax: +1 801 562 6008, E-mail: LevineJA@aol.com,
Website: www.fww.org
• Incentiva e apoia famílias por todo o mundo.
Family Policy Studies Centre, 9 Tavistock Place, London, WDIH 9SN, Reino Unido.
Tel: +44 (0)20 7388 5900, Fax: +44 (0)20 7388 5600, E-mail: fpsc@mailbox.ulcc.ac.uk,
Website: http://www.vois.org.uk/fpsc
• O instituto secular acadêmico líder que analisa a família no Reino Unido.
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International Society for the Prevention of Child Abuse & Neglect (ISPCAN),
200 North Michigan Ave, Suite 500/5th Floor, Chicago, IL 60601, EUA.
Tel: +1 312 578 1401, Fax: +1 312 578 1405, E-mail: ispcan@aol.com,
Website: http://www.ispcan.org
• Sociedade multidisciplinária que abrange serviços médicos, legais e de bem-estar,
educação, organizações terapêuticas ou voluntárias, pessoas que trabalham com pesquisa
e acadêmicos, sociologia, clero e outros, banco de dados especializado para faculdades,
conferências e relatórios.
Maranatha Ministries, c/o Beulah Place, Barra, Cumbria, CA17 4ES, Reino Unido.
Tel: +44 (0)1768 431732
• Trabalha lado a lado com igrejas de todas as denominações, a fim de incentivar e oferecer
materiais para compartilhar os ensinamentos cristãos sobre questões relevantes para pessoas
fora da Igreja (por exemplo, o papel dos pais e relacionamentos).
Movement for Christian Democracy, The Mayflower Centre, Vincent Street, London,
E16 1LZ, Reino Unido. Tel: +44 (0)20 7474 1142, Fax: +44 (0)20 7474 6405,
E-mail: mcdwest@globalnet.co.uk, Website: http://www/mcdpolitics.org
• Explora a família com uma perspectiva política.
National Center for Fathering, PO Box 413888, Kansas City, MO 64141, EUA.
Tel: +1 800 593 DADS, Fax: +1 913 384 4665, Website: www.fathers.com
• Organização de apoio para os pais e para aqueles que os apóiam.
National Children’s Bureau, 8 Wakely Street, London, EC1V 7QE, Reino Unido.
Tel: +44 (0)20 7843 6028/29, Fax: +44 (0) 20 7278 9512,
E-mail: booksales@ncb.org.uk
• Organização secular de pesquisas sobre todos os aspectos infantis e familiares.
National Council on Family Relations, 3989 Central Ave NE, Suite 550, Minneapolis,
MIN 55421, EUA. Tel: +1 612 781 9331, Fax: +1 612 781 9348,
E-mail: ncfr3989@ncfr.com, Website:www.ncfr.com
• Journal of Marriage & Family e Journal of Family Relations.
Positive Parenting Publications, c/o First Floor, 2a South Street, Gosport, Hants,
PO12 1ES, Reino Unido. Tel: +44 (0)1705 528787, Fax: +44 (0)1705 501111,
E-mail: Parenting@athene.co.uk, Website: http://www.athene.co.uk/parenting/
• Produz recursos para a educação dos pais de baixo custo e acessíveis para a população
menos alfabetizada. Criados para líderes de pequenos grupos e líderes cristãos.
Unite Communities for Children and Adolescents, Search Institute, Suite 210,
700 South Trivel Street, Minneapolis, MN 55415, EUA.
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DIRETRIZES PARA CRIANÇAS EM RISCO
University of Chicago, Divinity School, 1025 East Street 58th Street, Chicago, Illinois,
EUA. Tel: +1 773 9249, Fax: +1 773 7026044, E-mail: jwall@midway.uchicago.edu,
Website: http://www.uchicago.edu/divinity/family/
• Trabalhando num projeto de grande porte (O projeto Religião, Cultura e Família), com
ensaios úteis on-line.
As Diretrizes para Crianças em Risco, mais específicas à esta questão, consiste de seis volumes:
VOLUME 1 Crianças e o Desmembramento Familiar
VOLUME 2 Crianças e a Saúde Comunitária
VOLUME 3 Crianças e a Deficiência
VOLUME 4 Crianças e a Exploração e o Abuso Sexual
VOLUME 5 Crianças em Orfanatos e Alternativas
VOLUME 6 Crianças em Conflito e Guerra
Esperamos que você goste da série Materiais de Estudo Sobre o Desenvolvimento Infantil.
A Tearfund, até agora, já produziu três outros pacotes de materiais de estudo semelhantes
sobre os princípios da boa prática na Defesa de Direitos, HIV/AIDS(SIDA) e Desenvolvi-
mento Comunitário de Saúde, os quais podem ser obtidos através do mesmo endereço.
Se você tiver sugestões sobre informações que, na sua opinião, deveriam ser
incluídas/omitidas e/ou como o pacote poderia ser melhorado, inclusive recursos mais
adequados para a região, por favor, envie-as para o endereço acima.
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