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Atos 17:22-34

Apresentando ao Deus desconhecido

José Pedro Varela 1847 e o secularismo no Uruguai...  o lugar


do conhecimento...
A experiencia de Paulo em Atenas frente a uma sociedade que
exaltava o conhecimento nos encoraja e nos capacita na missão
de compartilhar o evangelho com pessoas com mentes
secularizadas.
O contexto desta passagem inclui a segunda viagem
missionária do apóstolo Paulo, onde depois do concilio de
Jerusalém (At. 15), o apóstolo volta para visitar os irmãos aos
quais havia anunciado a palavra de Deus, e por direção do
Espírito Santo avança com a missão de levar o evangelho aos
gentios (At. 16:9-10).
Paulo estava acompanhado de Silas que se havia unido a ele
depois do desacordo com Barnabé, pelo problema de João
Marcos (At. 15:36-40), e também era acompanhado do jovem
Timóteo, filho na fé de Paulo (At. 16:1-3, 2 Tim. 2:1).
Depois de sua passagem por Tessalônica, devido a perseguição
levantada pelos judeus (At. 17:1-10), eles são enviados pelos
irmãos a Beréia onde pregam o evangelho e a palavra é
recebida com toda avidez (At. 17:11).
Quando os judeus de Tessalônica souberam que Paulo estava
pregando em Beréia, foram e excitaram o povo contra o
apóstolo e seus companheiros. Os irmãos então por
providencia divina decidem enviar Paulo a cidade de Atenas,
quem estava sozinho e esperava ser reunido aos irmãos (At.
17:13-15).
É neste cenário onde encontramos o apóstolo, na cidade de
Atenas, em face a um povo intelectual, e ao mesmo tempo
profundamente idolatra.
F.F. Bruce fornece alguns detalhes da cidade de Atenas em seu
comentário:
“Ainda que Atenas havia perdido fazia tempo a preeminência
política que havia desfrutado em épocas anteriores, ela
continuava representando o nível cultural mais alto que se pode
alcançar na antiguidade clássica. A escultura, a literatura e a
oratória de Atenas nos séculos IV e V a. C., nunca foram
superadas. Também na filosofia ocupa lugar de preeminência,
sendo a cidade natal de Sócrates e Platão, e o lar adotivo de
Aristóteles, Epicuro e Zeno. Em todos estes campos, Atenas
mantinha um prestigio inigualado, e sua gloria política como o
berço da democracia não se havia opacado completamente. Em
consideração ao seu esplendido passado os romanos
concederam a Atenas o direito de manter suas próprias
instituições como cidade livre e aliada dentro do império
Romano.”
O zelo pela adoração ao único e verdadeiro Deus gera profunda
revolta no apóstolo ao observar tamanha idolatria na cidade.
Ao mesmo tempo Paulo sabia que o único meio de levar os
homens ao conhecimento do Deus verdadeiro era por meio da
proclamação da palavra de Deus. Por isso ele dissertava na
sinagoga, e nas praças todos os dias (At. 17:16, 17).
Além da idolatria, que é um estado de ignorância espiritual, o
apóstolo se encontra com outro desafio que era o profundo
interesse pelo conhecimento (At.17:21). Dois grupos filosóficos
rivais estavam presente na cidade, epicureus e estóicos, os
quais, contendem com ele e o levam ao Areópago para que
expusesse sua nova doutrina (At. 17:17:18-20).
Epicuro (342-270 a.C.) ensinou que o prazer é o objetivo
principal na vida, especialmente a serenidade intelectual que é
alcançada pela superação das paixões perturbadoras e medos
supersticiosos, especialmente o medo da morte. Ele era um
materialista, acreditando que na morte a pessoa deixa de ser
e, portanto, não há vida após a morte. Ele acreditava nos
deuses, mas ensinou que eles não se envolvem em assuntos
humanos. (deísmo)
Os estóicos seguiram os ensinamentos de Zenão (332-260
a.C.), que pensavam que o bem está na própria alma, que
através sabedoria e restrição liberta uma pessoa das paixões e
desejos que perturbam a vida cotidiana. Os estóicos tentaram
viver em harmonia com a natureza e colocar grande ênfase na
capacidade racional do homem, sua autossuficiência e sua
obediência ao dever. Esta ênfase na sua sua própria capacidade
também os encheu de orgulho. Eles eram panteístas, quanto
Deus como a alma do mundo.

Proposição: Como presentar o evangelho numa sociedade pós


cristã?
A experiencia de Paulo em Atenas nos serve de modelo para
alcançar pessoas que abraçam o secularismo.
O apostolo Paulo nos deixa algumas diretrizes a seguir,
devemos conhecer suas necessidades, devemos apresentar-
lhes o evangelho genuíno e devemos crer no obrar de Deus.

1. Conhecer as necessidades das pessoas – 22-23


Como vimos Paulo foi a Atenas por uma providencia de Deus e
não por um plano pessoal (perseguição), mais enquanto estava
ali ele teve duas reações ao que viu, a primeira uma revolta ,
ficou horrorizado com a idolatria. Uma segunda reação positiva
foi de aproveitar as oportunidades para conhecer as pessoas,
a cidade e seus pensamentos para poder apresentar-lhes o
evangelho.
Que tipo de coisa aprendeu deles:
Eram profundamente idolatras – v. 16, 22 (10.000 ídolos por
30.000 personas nos dias de Paulo)
Eram amantes do conhecimento – 18-21, duas escolas
filosóficas, e um lugar onde se reuniam para discutir e julgar
as novas correntes de pensamento.
Eram ignorantes a respeito do Deus único e verdadeiro – O
altar ao Deus desconhecido – v. 23, edificaram um altar para
cada deus conhecido, não sabemos ao certo como eram estes
altares, mas nos diz o texto que edificaram um extra para que
em caso de omissão não recebessem juízo.
Paulo aproveita as oportunidades, e presenta o evangelho aos
judeus e gentios tementes a Deus, mais também vai a praça
(agora = mercado, lugar de ajuntamento), onde estavam os
atenienses. Ao ponto que o levam ao areópago um lugar nas
colinas de Atenas (colina de Martes) lugar onde se reuniam
para um conselho jurídico, para ouvir as novidades.
Não precisamos ter medo de pregar o evangelho em num
contexto pós cristão, pelo contrário devemos conhecer as
pessoas, o que elas pensam e buscar aí pontos para entrar com
o evangelho. (o que você está fazendo no Uruguai???...)
Por que tanta tristeza, porque tanta depressão e suicídio?
Você tem alguns pensamentos sobre Deus, mais como você
sabe que seus pensamentos são corretos?
Eles não conhecem algo que nós conhecemos... A palavra
agnóstico significa o não conhecimento de Deus... Eles não
conhecem, mas nós conhecemos.
O grande problema no contexto Uruguaio e em todo lugar onde
não se conhece a Deus e se apegam as filosofias é que eles não
têm respostas para as coisas essências da vida. Eles têm
muitas perguntas, mas não possuem respostas que possam
responder a necessidade mais profunda da alma.
A realidade deles é aquela que Paulo advertiu a Timóteo nos
últimos tempos: “que aprendem sempre e jamais podem
chegar ao conhecimento da verdade.” (2 Ti 3:7 ARA)
Para apresentar o evangelho precisamos conhecer que são as
pessoas e o que elas pensam. Foi o que Paulo fez.

2. Presentar o evangelho com toda integridade – 24-31


Diante da ignorância deles a respeito de Deus, o apostolo Paulo
passa para aquilo que nós devemos fazer na missão de Deus,
que é proclamar a mensagem de Deus, da maneira como Deus
nos tem dado.
Paulo não mudou sua maneira de ser em Atenas, para ser
melhor aceito pelas pessoas. Ele deixa claro sua indignação
pela maneira como eles tratam ao Criador e sustentador de
todas as coisas. (Mens. Criação, queda, redenção e
consumação)
Paulo exalta a Deus e humilha aos homens.
Paulo começa sua mensagem no Genesis, mostrando que tudo
o que foi criado foi criado por Deus. Deus é o criador de todas
as coisas, fez o mundo, os céus a terra, tudo foi feito por Ele,
sem a ajuda dos homens. Somente Ele e Deus, os homens não
são deus, e os homens não podem fazer nada para Deus como
se ele precisasse de alguma coisa deles. (25-26)
Pelo contrário são os homens que precisam de Deus, pois é Ele
quem a todos dá a vida, e é Ele quem sustenta a vida de
todos.
Não podemos nem sequer manter a nossa própria respiração.
(16-18-20 resp./minuto, em uma hora 1.080x, 25.000x em 24
horas), e isso depende de Deus quem tem todos os nossos dias
contados, e por isso devemos humilhar-nos diante dele, pois
não somos nada sem Ele. Vc já agradeceu a Deus pelo ar...?
Não só a vida e a respiração recebemos de Deus, senão tudo
mais... A família, o trabalho, a comida, a casa... (crentes e
incrédulos). Saborear uma boa comida, ver as maravilhas na
natureza, escutar uma boa música, etc...
As pessoas precisam aprender isso, tudo que temos provem de
Deus. As pessoas precisam ouvir que tudo o que elas têm
receberam da parte de Deus, e que negar a Deus e Sua
existência apenas revela a arrogância do homem. Pois si Deus
quiser Ele pode fazer que um soberbo e arrogante morra
apenas engasgando com o próximo bocado de comida.
Deus sempre existiu e nunca precisou de nada do homem. Que
pode o homem dar a Deus que Ele não tenha, que pode
oferecer a Ele que sinta falta? Nada, nada.
Servir a Deus é uma graça que Deus ha concedido aos Seus
filhos redimidos por Cristo. Não servir a Deus é...
No v. 26, Paulo mostra a soberania de Deus sobre a história da
humanidade, de um só homem fez todas as raças, e é Ele quem
levanta ou derruba as nações. Deus governa os tempos e as
ações dos homens, sempre conforme a Sua vontade.
O que Paulo está fazendo aqui é confrontar o orgulho humano
que mais tarde ele escreve em Romanos 1:18... - dizendo que
o homem não conhece a Deus porque na perversão dos
homens, eles detêm a verdade pela injustiça, ...e que ainda
que não lhes faltou da parte de Deus uma revelação natural
por meio da criação, eles tendo conhecimento de Deus não
glorificaram a Deus nem lhes deram graças, por isso são
indesculpáveis e merecedores da condenação.
Nos v. 27-30, Paulo está dizendo, sendo Deus o criador de
todas as coisas, o sustentador, de quem dependemos para
tudo, havendo deixado claro por meio da criaçao estas
verdades, os homens deveriam humilhar-se diante dele, e
busca-lo, em lugar de seguir seus propios caminhos. O homem
deveria em lugar de arrogancia deveria humilhar-se buscando
a Deus, ainda que tateando no escuro, pois Ele em Sua graça
se manifestaria a Ele. “Buscarme-eis e me achareis, quando
me buscardes de todo o vosso coraçao e serei achado de vos
diz o Senhor...” (Jer. 29:16) “Buscai o SENHOR enquanto se
pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o
seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao
SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso
Deus, porque é rico em perdoar.” (Isa 55:6-7 ARA)
v. 29 - Os muitos altares de Atenas expressam claramente a
debilidade do homem em encontrar a Deus por seu tato, é
necessário que seja assistido pela graça de Deus que ilumina
os olhos para que conheça pessoalmente e intimamente o Seu
Salvador.
Os homens são idolatras de coração. O coração do homem é
uma fábrica de ídolos (Joao Calvino)
No mundo pós cristão um dos ídolos é o saber, adoram ao
conhecimento, ao pensamento humano. Adoram a criatura em
lugar do Criador.
O problema do homem continua sendo o seu pecado, e não o
seu conhecimento equivocado. A razão e o saber o faz tão
merecedor da ira quanto o ignorante que não lhe dá glória a
Deus, pois ao final todo homem é idolatra, pois cria um deus
segunda a sua própria imaginação. (29)
Negar a Deus ou não atribuir a glória que é devida somente a
Ele, não somente é uma loucura mais também é pecado.
Depois de mostrar a Supremacia de Deus e o pecado do
homem, Paulo lhes apresenta a condenação merecida pelo
pecado e o Redentor, o Salvador providenciado por Deus que é
o Cristo Ressuscitado. (18, 30)
Agora, porém, notifica aos homens que todos em toda parte se
arrependam. Por quê? Porque é certo que haverá um juízo.
Primeiro, ele será universal: Deus há de julgar o mundo. Os
vivos e os mortos, os grandes e os pequenos, doutos e
indoutos, todos serão incluídos; ninguém escapará. Segundo,
ele será justo: há de julgar ... com justiça.
A única maneira de um intelectual ser salvo é a única maneira
de qualquer pecador ser salvo, arrependendo-se de seu
orgulho e de todos seus pecados, e confiando em Jesus Cristo
como aquele que suportou sua pena na Cruz. Como Paulo
escreve em 1 Coríntios 1:18, “Porque a palavra da cruz é para
aqueles que estão perecendo loucura, mas para nós que somos
salvo é o poder de Deus”.

3. Confiar que Deus chamará os seus – 32-34


A salvação é obra de Deus. E Deus salva aos pecadores por
meio da pregação do evangelho, sejam eles letrados ou
iletrados, ricos ou pobres, brancos ou negros, ricos ou pobres,
estando numa aldeia ou estando numa cidade. Quer tenha um
diploma terciário ou que nunca tenha sentado num banco de
escola.
Os vs. 32-34, trazem consolo e instrução para nossas vidas a
medida que anunciamos o evangelho.
Justo González alerta para o fato de que a verdadeira
proclamação do evangelho não deve ser medida apenas por
seus resultados, mas também, e acima de tudo, por sua
fidelidade.
Pois muitos dos que nos ouvem escarneceram de nós.
Literalmente vão zombar de nós e fazer piadas a respeito de
nossa fé. Em outras não houve conversão, não porque as
pessoas são intelectuais, senão porque não houve obra de Deus
em seus corações. Continuam cegos e ignorantes.
Segundo outros fecharam a porta no momento, mais pode ser
que em um segundo momento, conforme a vontade de Deus,
se de outra oportunidade para voltar a falar do evangelho.
Terceiro, Deus nos dará alegria de ver convertidos, ainda entre
aqueles que nós possamos pensar que dificilmente se
convertam. Dionísio era um dos líderes dos debates no
areópago, quem mais tarde segundo Eusébio foi bispo na igreja
de Corinto, outros, bispo em Atenas onde foi martirizado.
Um segundo nome é Damaris, alguns pensam que era a esposa
de Dionísio, mais o texto não nos dá detalhes sobre ela.
Independente de quem seja ela e os outros... O que o texto
quer mostrar é que Deus se serve da pregação do evangelho
em todos os contextos para revelar a estultícia dos incrédulos,
a impossibilidade do homem de crer por si mesmo, e a graça
de Deus em transformar as vidas daqueles que Ele chama em
graça.

Conclusão:

John Stott: O que nos impressiona não é apenas a amplitude


da mensagem de Paulo em Atenas, mas também a
profundidade e o poder da sua motivação. Por que, apesar das
grandes necessidades e oportunidades dos nossos dias, a igreja
continua dormindo em paz, e tantos cristãos são surdos e
mudos, surdos diante da comissão de Cristo e amordaçados em
relação ao testemunho? Creio ser essa a razão principal: não
falamos como Paulo falou porque não sentimos o que Paulo
sentiu. Nunca tivemos o paroxismo de indignação que ele teve.
O ciúme divino não se agitou em nós. Oramos constantemente,
"Santificado seja o teu nome", mas não parece que nos
importamos realmente com isso, ou que nos preocupamos com
o fato de seu Nome ser tão profanado.
Por quê? Precisamos voltar um pouco. Se não falamos como
Paulo falou, porque não sentimos como Paulo sentiu, isso se
deve ao fato de que não vemos como Paulo viu. Foi nessa
ordem: ele viu, ele sentiu, ele falou. Tudo começou com os
olhos. Quando Paulo andou pelas ruas de Atenas, ele não se
limitou a "reparar" nos ídolos. O verbo grego usado três vezes
(vs. 16,22,23) é theoreo ou anatheoreo e significa "observar"
ou "considerar". Portanto, ele olhou e olhou, pensou e pensou,
até que as chamas da santa indignação se acenderam dentro
dele. Pois ele viu homens e mulheres, criados por Deus, à
imagem de Deus, dando a ídolos a honra devida a ele somente.

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