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Amido de Milho
Elisângela Corradini
uspnFSClSBI
I. Título
MEMBROS DA COMISSÃO JULGADORA DA TESE DE DOUTORADO DE ELlSANGELA
CORRADINI APRESENTADA À ÁREA INTERUNIDADES CIÊNCIA E ENGENHARIA DE
COMISSÃO JULGAOORA:
(ffL.
Prata. Ora. Lúcia Helena Innocentini Mei - UNICAMP
8/1
______________________________
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----------------------------------_:_---------------------------
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Prof. Dr. Antônio Aprígio da Silva Curvelo - IQSC-USP .
J
Dedico este trabalho:
A Deus,
Que amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho U nigênito,para que todo
Que pode fazer muito mais do quepedimos oupensamos, conforme o Seu pode1:
Que sempre mostraram dedicação, amor epor tudo quefizeram por mim.
Que sempre estarão no meu coração,mesmo que o tempo e a distância digam não.
AGRADECIMENTOS
confiança.
análise térmica.
J
~ À Com Products, na pessoa do Sr. Agapito pela doação das amostras de
amido.
-<> À professora D~ Ana Adelina pelo incentivo e pelo apoio espiritual nas
formação científica e para a realização deste trabalho sem as quais este sonho não
se tomaria real.
-<> A Deus, a minha gratidão por esta oportunidade especial em minha vida,
J
Sumário
sUMÁRIO
SUMÁRIO i
LISTA DE FIGURAS iv
LISTA DE TABELAS xi
RESUMO xii
ABSTRACT xiii
I. INTRODUÇÃO 1
2.1.1 Definições 7
2.1.3.1 Amido 11
2.1.3.2 Zeína 19
2.1.3.4 Terrmoplasticidade 23
IV .EXPERIMENTAL 34
4.1 Materiais 36
4.3.1 Processamento 40
5.1.4 Termogravimetria 52
Materiais 56
VI.CONCLUSÓES 101
LISTA DE FIGURAS
Figura 7 - Curvas DSC obtidas para amido de batata com diferentes quantidades
de água em fração de volume (0,81, 0,64, 0,55, 0,51, 0,45, 0,38, 0,36,
0,30 e 0,28), extraído de Donovan (1979) 16
Figura 12 - Misturador intensivo Haake. o ••••••• o ••••• o ••••••••••••• o •••• 0 ••••••••••••••••••••••••••••••• .41
Figura 20 - Espectros FTIR obtidos para amido e para a zeína na forma de pó ..... 50
Figura 22- Curvas TG e DTG obtidas para o amido sob atmosfera de nitrogênio ...52
Figura 23 - Curvas TG e DTG obtidas para a Zeína sob atmosfera de oxigênio e sob
atmosfera de nitrogênio _ 52
Figura 25 - Curva DSC obtida para a zeína, utilizando panela de baixa pressão ....54
Figura 28- Difratogramas de raios-X obtidos: (a) para as composições com 22% de
glicerOl, (b) 30% de glicerol (c) 40% de glicerol... 60
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vii
Lista de Figuras
Figura 35- Curvas TG (a), DTG (b) e Ta (c) para as composições com 30% de
gliceroJ. 70
Figura 36 - Curvas TG (a), DTG (b) e Ta (c) para as composições com 40% de
gliceroJ. 71
Figura 38 - Curvas DSC obtidas para as composições: (a) processadas com 22%
de glicerol, (b) 30% de glicerol e (c) 40% de glicerol... 74
Figura 41 - Efeito do teor de água no: (a) módulo de elasticidade (E), (b) resistência
a tração e (c) deformação na
ruptura 80
Figura 51 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para o amido
termoplástico: G22A100 (a e b), G30A100 (c e d), G40A100 (e e
f) o •••• • •••••• •• •••• o o, •••••••••••• 90
Figura 52 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para a zeína
plastificada com diferentes teores de glicerol: G22Z100 (a e b),
G30Z100 (c e d) o o ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 0 ••••••••••••••• 91
Figura 53 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para as blendas
amido/zeína: G22A80Z20 (a e b), G30A80Z20 (c e d), G40A80Z20 (e e
f) o •••••••• o •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• o ••••••••••••••••• o ••••••••••••• o o •••• 93
Figura 54 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para as blendas
amido/zeína: G22A50Z50 (a e b), G30A50Z50 (c e d), G40A50Z50 (e e
f) o •••••••••••••••••••••••••••••• o ••••••• 0 ••••••••••••••• 0 ••••••• o •••••••••••• 0 ••••• 00 •••••••• 0 •••••• 94
x
Lista de Figums
Figura 55 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para as blendas
amido/zeína: G22A20Z80 (a e b), G30A20Z80 (c e d), G40A20Z80 (e e
f) 95
Figura 57- Fotos obtidas por microscopia óptica para a blenda G22A50Z50
manchada com
iodo 97
LISTA DE TABELAS
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi a produção de blendas a partir de zeína e
amido de milho, procurando unir de forma otimizada as propriedades dos polímeros
e suas características de processabilidade e o entendimento da correlação
estrutura-propriedades destas blendas. Misturas de amidolzeína foram preparadas
nas proporções de 0/100, 10190, 20180, 30170, 50150, 80120 e 10010
massa/massa%, utilizando glicerol como plastificante nas proporções de 22, 30 e
40% em relação a massa total dos polímeros. As formulações foram processadas
em um misturador interno, tipo Haake, conectado ao reômetro de torque a 160°C.
As misturas obtidas foram moldadas por compressão a 160°C. As propriedades das
blendas foram avaliadas por ensaios de absorção de umidade, difração de raios X,
ensaios mecânicos (tração), calorimetria exploratória diferencial (DSC),
termogravimetria (TG), análise termo dinâmica-mecânica, microscopia eletrônica de
varredura (MEV) e microscopia ótica. As blendas com 22% de glicerol foram
avaliadas também quanto a biodegradabilidade, utilizando a técnica de
biodegradação aeróbia. A adição da zeína facilitou o pmcessamento das misturas,
conforme o observado durante o processamento no reômetro de torque. A presença
da zeína não afeta a cristalinidade do amido nas blendas e não ocorre a formação
de novas estruturas cristalinas devido a mistura. As blendas amidolzeína
apresentaram menor estabilidade térmica que o amido termoplástico e zeína
plastificada separadamente e a estabilidade térmica das blendas diminuiu com o
aumento do teor de glicerol. As propriedades mecânicas das blendas foram
dependentes do teor de zeína e de glicerol. A adição de zeína na blenda provocou
aumento no módulo de elasticidade e na resistência a tração e diminuição da
deformação , enquanto que o gliceml provocou diminuição em todas estas
propriedades. As blendas apresentaram-se imiscíveis em todas as composições
estudadas. A zeína plastificada mostrou biodegradação mais acentuada que o
amido termoplástico e as blendas apresentaram biodegradação intermediária entre
o amido e a zeína.
xiii
ABSTRACT
In this work were investigated blends from zein, which is a com protein, with com
starch. The objective of this work was optimizing the polymers properties and their
processing characteristics and looking for a structure-properties correlation of these
blends. The mixtures of pure polymers and starchlzein blends were prepared using
glycerol as plasticizer in a batch mixer connected to a torque rheometer. The zein
content varied from 20 to 80% and three levels of glycerol were used, 22, 30 and 40
% of total starch plus zein weight, on a dry basis. The mixtures obtained were
molded by compression at 160 OC. The blends were characterized by water
absorption experiments, wide-angle X-ray diffraction, thermogravimetry (TG),
differential scanning calorimetry (DSC), tensile test, dynamical mechanical thermal
analysis (DMTA), scanning electron microscopy (SEM), optical microscopy.
Additionally the biodegradability of starchtzein blends were evaluated by aerobic
test. The torque behavior of the starchtzein blends shows that zein acts as a
processing agent, reducing the melt viscosity of the mixture and facilitating the
plasticization of starch. No evidence of the zein affecting the type or amount of
crystal structure of thermoplastic starch was observed. The zein proved to be
effective to reduce the water absorption of the blends. Mechanical properties of
blends depends on the glycerol and zein contents. Young's modulus and ultimate
tensile strength increase sharply with increasing zein content, while that the glycerol
caused reduction on these properties. The blends were immiscible and phase
invesion was observed. The results of biodegradation aerobic showed that after 45
days the zeína unfastened greater COz mass than the starch. This indicates that the
zein biodegradation occurs more easily than the starch. The blends presented
intermediate biodegradtion between the starch and the zein.
I. INTRODUÇÃO
"era dos polímeros", ou melhor, na "era dos plásticos". Estes materiais, símbolos da
era atual, vêm obtendo grande êxito comercial desde 1860, quando foi produzido o
industriais no Brasil.
_ Embalagens
•• Automobilística
c::J Eletro-eletrônica
_ Construção
Têxtil 1"0.1. 15%
Outras
15%
5%
podem levar mais de 100 anos para serem degradados, ocupam elevado volume
nos aterros sanitários, e também provêm de fontes não renováveis (Canto, 1996,
Guillet, 1995).
valor agregado.
BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Definições
biodegradáveis:
substâncias poliméricas orgânicas de alta massa molar, sendo sólido no seu estado
6400-99).
(ASTM 6400-99).
resistência mecânica elou fragmentação) que podem ser medidas por métodos
CO2, água, compostos inorgânicos e biomassa numa taxa consistente com outro
perda de massa. Alguns desses métodos são citados a seguir (Rosa e Filho, 2003):
aeróbia dos plásticos. Esse teste, é baseado no teste de Sturm (ASTM 05209-92).
Atualmente, esse método tem sido considerado o mais confiável para a avaliação
microorganismos. Pela ação das vias metabólicas dos microorganismos (Figura 2),
carbônico e água (Silva, 2000). Os meios propostos como inoculantes podem ser
melhorar as propriedades físico químicas dos mesmos. Além disso, esse composto
aI., 2003).
(Silva, 2000).
9
Revisão Bibliognffica
poIi(álcool vinílico)
colágenol
celulose I caseína
gelatina
quitina quitosana
bastante elevado.
2.1.3.1 Amido
milho, o qual é mais barato e mais abundante, comparado aos outros tipos de
glicosídicas, as quais são unidas por ligações como na amilose; mas, em intervalos
frequentes, uma unidade monomérica, que estaria ligada a outras duas unidades
formando uma estrutura linear, liga-se a uma terceira unidade por ligações do tipo
molar entre 10-1<i kg/mol, enquanto a amilopectina 104-1<f kg/mol (Coultate, 1996;
ttiL:H~H
OH
o H ~:H20HOH
H OH H OH
",-O
~:HPHOH
H OH
OH
Ia)
(e)
OH H
{)
Jt1:H~OH
H H OH
O
(b)
amilopectina (Jeroen et aI., 1997). Robin et aI. (1960), propôs um modelo no qual a
J
A, 8 ou C. As cadeias "A" estão exteriormente ligadas à uma cadeia "8", e a cadeia
"8", por sua vez, está ligada à outra cadeia "B" ou à uma cadeia "C". A cadeia "C"
apresenta somente somente um único extremo redutor livre e existe somente uma
cadeia "C"
90,«m t
amidos: o tipo "A" obtido para amido de cereais, o tipo "B" obtido para amidos de
tubérculos e o tipo "C", uma mistura de "A" e "B", obtido para amido de vagens, tais
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DE B!BLlOTee~
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14
Revisão Bibliogrcifica
5 10 15 20 25 30
Ângulo de Bragg, 2 9
Os sinais mais comuns e intensos nos ângulos de Sragg (28) são: para o
tipo "Au em 15, 17-18 (dublete) e 23°, para o tipo "Su em 17 e 226 e para o tipo "eu
maioria dos amidos nativos, tais como o de milho, de trigo e de batata, contém 20-
amido "waxy", com conteúdo de amilose maior que 99%, extraído de cereais
água foi reduzido para uma fração de 0,64, a curva DSC exibiu uma segunda
transição, a qual tomou-se predominante para frações de água menores que 0,45.
de água e foi atribuída à fusão dos grânulos. A primeira transição térmica que
0,81 ! Endo
-
-
0,64
1lI
:i 0,55
'-
.2
1lI
U 0,51
Q)
1J
o 0,45
)(
~
u::
-
0,30
0,28
Figura 7 - Curvas DSC obtidas para amido de batata com diferentes quantidades
de água em fração de volume (0,81, 0,64, 0,55, 0,51, 0,45, 0,38, 0,36,
0,30 e 0,28), extraído de Donovan (1979).
processamento, tais como extrusão, injeção e moldagem por compressão, têm sido
pode ser frágil; aumentando o teor de plastificante ocorre a diminuição das forças
Carvalho, 2002).
tem sido avaliado em vários trabalhos (Soest e Borger, 1997; Soest et aI., 1996;
anteriores por empregar o amido puro, como material termoplástico e não como
modificações químicas do amido com o objetivo de reduzir sua afinidade pela água;
sua biodegradação (Willet et aI., 1993). Outros estudos, incluindo blendas de amido
polipropileno, etc, têm sido realizados por vários grupos de pesquisa (Mani e
umidade em relação ao amido puro, embora essas misturas não sejam totalmente
19
Revisão Bibliognffica
como reforço em associação com amido termoplástico, têm sido alvo de pesquisas
(Carvalho et aI., 2000; Avérous, 2001; Neus e Dufresne, 2000). Blendas de amido
PCl, e o ácido poliláctico (PLA) também têm sido estudadas (Avérous et. aI., 2000;
milho e de trigo, borracha natural têm sido utilizados em blendas com amido
(Fishman et. aI., 2001; Oitagbe e Jane, 1997; Oitagbe et aI., 1999; Carvalho, 2003).
2.1.3.2 Zeína
10% das massas secas dos grãos. A zeína é a proteína presente em maior
aI., 1996).
Hooe ~
HOOC~
H2N /C-CH~
H
~
Fenilanina (Phe)
H2N-
H
/ C-CHL-SH
Cisteína (Cys)
HOOC,
H2N-
/CH3
C-CH'CH3
HOOC •....•
H2N -
"
C-CH2-C
~ O
/ 'NH2
H/ Valina (VaI) •H Asparagina (Asn)
CH3
ROOC "---
R2N - c-c -CH2
I
-CH3
H/
H2N-"--- C-CH2 ~
HOOC ~f +
R/ I
H .
Isoleucma (Ile) Histidina (His)
HOOC"-..... HOOC"-.....
H2N- C-CH3 H2N- C- CH2- CH2- COOH
H /. Alanina (Ala) H/ Ácido glutámico (Glu)
HOOC ~
HOOC~
H2N- C-CH2 -CH
/CH3 H2N- c- CH2- CH2- CH2-XH-......../:',H2
J
H/ CH3
H/ ~+
~"H2
o
HOOC ~ ,/'
H2N~ C-CH2-CH2-C .
/ NH2
H Glutamina (Gln)
HOOC
"'-...
H2N- c-H
H/
Glicina (Gly)
22
Revisão Bibliográfica
Argo et aI. (1982) propôs um modelo estrutural para a zeína (Figura 8).
Superficie
Polar
A r--"--I
LEUO ! GLNII IASNI2!
ALA9
LEU
ALAII
PHe2
IGLNIOI LEU2
'\
Polar
Superflcle '\.'- I GlN7j
I SER131
VAUO
B c N c
misturas de água com álcoois atifáticos, tais como etanol e isopropanol, e também
Amina 1
Amida 53
Carboxila 4
Hidroxila 24
Fenólico 8
2.1.3.4 Termoplasticidade
plastificantes mais efetivos são aqueles que possuem grupos polares e apoiares,
desde o princípio do século XX, essa proteína tem sido sido examinada quanto ao
seu potencial para ser utilizada como material de partida para aplicação em
(1991). Ele mostrou que a zeína quando aquecida com um "agente de conversão",
amolecia e poderia ser moldada em objetos. Goldsmith (1910) mostrou também que
mais estável. Desvaux e Allaire (1909) mostraram que esse polímero zeína poderia
primeiro e maior uso comercial da zeína foi a sua utilização na formulação de uma
resina para revestimento de pisos em navios para substituir o verniz que não estava
zeína à água pode ser aumentada pela adição de formaldeído. A principal razão
pela perda de mercado no final dos anos 50 e começo dos anos 60 foi o alto custo
entender o efeito dos plastificantes em filmes de zeína (Parris e Coffin, 1997; Lai e
Padua, 1998; Wang et al., 2oo3). Lai e Padua (1997) utilizaram ácido oleico como
o filme moldado apresentou maior tenacidade do que o filme obtido por evaporação.
propriedades de blendas de zeína com PCL (Herald et al., 2002, Wu et al., 2003;
Wu et aI., 2003b). Apesar de a zeína possuir grande potencial para substituir alguns
acreditam que diminuirão muito o custo, o que tomará o seu uso viável como
material plástico.
pelo método de preparação. Misturas poliméricas podem ser obtidas das seguintes
considerável interesse comercial nos últimos anos (Deanin, 1987; Mano, 1999).
onde L1Gm" L1Hm e L1Sm são a energia livre, entalpia e entropia do processo da
miscível, L1Gmdeve ser negativo e (&~Gm I 80?h,p > 0, onde 0 é fração em volume
interações iônicas. Essas interações são responsáveis por uma entalpia negativa
1999).
uma solução homogênea (uma única fase) em que os segmentos das cadeias
A B
O 100
100 O
Composição
das bendas estão separados em duas fases distintas, em que pode ou não ocorrer
A B A B A B
O 100 O 100 O 100
O) (ii) Oii)
Composição
Deanin, (1987).
gráfico das propriedades versus composição para esse tipo de blenda pode
existe uma inversão de fase de uma fase contínua para outra fase. A maioria das
blendas que obtiveram sucesso comercial são deste tipo e são denominadas
compatíveis.
30
Revisão Bibliogr4fica
a região mais fraca, além de ser onde ocorre falha no material. A curva das
propriedades versus razão dos polímeros, que representa esse tipo de mistura,
uma simples análise visual pode não ser confiável, uma vez que os domínios
lado, blendas miscíveis, com uma fase amorfa, podem também conter uma fase
cada polímero são menores que 15 nm. Em uma mistura binária miscível, não há
homogênea e exibindo uma única Tg. Por outro lado, uma mistura polimérica
puros. Uma blenda parcialmente miscível também apresenta duas Tg's, porém elas
com zeína.
amido. Por exemplo, para o plástico formulado com 25% de zeína e 75% dialdeído
custo e a zeína possui grupos polares, os quais podem interagir com os grupos
32
Revisão Bibliogr4fica
umidade do amido termoplástico, produzindo assim materiais com uma grande faixa
de aplicação.
IIL OBJETIVOS
biodegradabilidade.
I~ EXPERIMENTAL
tração;
- Determinação do
teor de amilose do
amido.
Polímeros - FTIR
Amido e Zeína
1--1- Raios X
- DSCITG
-MEV
,
Preparação das Blendas
Mistura física dos polímeros +
glicerol
Haake (160°C, 50rpm; 6min.)
Moldagem (5ton., 5min., 160°C)
4.1 Materiais
- Amido de milho híbrido, nome comercial amisol 3408, doado pela Com
Product do Brasil.
procedimentos:
preparada uma solução estoque com 166g de iodeto de potássio (KI), 4g de iodo e
74 9 de cloreto de potássio (KCI). Esta solução continha 2mg de iodo/ml, a qual foi
de 100 ml de água. O béquer foi colocado num banho a 300c, com agitação.
béquer, cobrindo uma faixa entre 230-285 mV. Com os dados obtidos plotou-se
uma suspensão com 100mg de amido (massa seca), 1ml de água e 5ml de solução
neutralizada a metil orange com solução 0,5N de ácido clorídrico (HCI). Foi
potencial foi anotado entre 230-280 mV, após cada adição da solução de iodo.
Para cada ponto da titulação, o iodo livre foi calculado a partir do potencial
amilose (iodo ligado) foi deduzida a partir da quantidade total de iodo subtraído da
quantidade de iodo livre em cada ponto. Foi plotado um gráfico da quantidade iodo
ligado em função do iodo livre. A partir deste gráfico, foi determinada a quantidade
/0
0/ ._À = ---------------x
ar.filnl ·dade de luuO (mg. de iodo ligado ao intercepto zero) 100
massa da amostra de amido (mg)
38
Experimental
região de 400 a 40oocm-1 e resolução 4cm-1. Utilizou-se para esta análise a técnica
aquecida novamente até 2000c com uma taxa de aquecimento de 100c/min e fluxo
função do teor de glicerol. Misturas de amido com O, 10, 20 e 30% foram aquecidas
com fluxo de nitrogênio e oxigênio de 20ml/min. A partir das curvas TG, foi avaliada
polímeros.
pó) foram realizadas pela técnica de difração em policristal em alto ângulo. Essas
não são condutores, as amostras foram recobertas por uma fina camada de
4.3.1 Processamento
nomenclatura para cada formulação. O número após as letra "G", "A" e "Z" indica os
100
41
Experimental
de dimensões 150 x 110 x 2mm. Uma dessas placas contém um recorte no qual é
pressão durante dois minutos para que ocorresse sua fusão parcial e, em seguida,
foi aplicada uma força de 5 ton durante 3 minoPosteriormente, o molde foi resfriado
6
175
150
ô
~ 125
4
e=
.•..
e
êl)
100
c..
E
-- Temperatura
{!!. 75
--- . -- - pressão
50 8
. ,< Abertura do
'o .12
.I 10
,14
18
16
molde I
,
25
o 2 4 6
Tempo (min.)
ângulo 28 de 3° a 40°.
Xa = Hb/(Hb+ Ha)
~
2- Hb
CII
"O
l'lI
"O
'iij
c
1!
L , .
c
r
o 10 20 30 40
Ângulo de Bragg, 29
tipo 8 (Xs).
realizados numa máquina Instron modelo 5569 com célula de carga de 50 KN. Os
corpos de prova foram confeccionados de acordo com a norma ASTM D 638M tipo
45
Experimental
(11). Para cada tipo de material, foram testados no mínimo 5 corpos de prova.
Ensaios de tração foram realizados também para os materiais com 22% de glicerol
imersáo em nitrogênio líquido. As amostras foram recobertas com uma fina camada
4.3.9 Microscopia Óptica (MO): Filmes das blendas com 22% de glicerol
no item 4.3.1, página 40) foram trituradas em um moinho de facas para obter
umidade.
16, um para cada formulação. Em cada uma das primeiras montagens, um tipo de
E.ntrada de ar-
Ij
.-1 ~__
(a) (bJ
durante 45 dias, a cada 24 horas. Por retrotitulação com ácido clorídrico HCI, 0,05
E
-
DISCUSSAO
da quantidade de iodo.
300~I-----------------------~
280 -l
/ .••.....---------~~
u c
]i
G)
:f~
200
260
240
220
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I
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180 I . I • I • I • I • I • I • I • I I
~5 O~ 05 1~ 15 2~ 25 3~ 35
12 Livre (mg)
Como descrito no item 4.2.1, o iodo livre foi calculado a partir do potencial
absorvido pela amilose (iodo ligado) foi deduzida a partir da quantidade total de
iodo subtraído da quantidade de iodo livre em cada ponto. Foi plotado um gráfico da
o 4 /.~
"O •/.
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Ol 3 •II
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2 •
I
o I
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
12 Livre (mg)
Figura 19 - Quantidade de iodo ligado(mg) em função do iodo livre (mg) obtido para
amido.
A quantidade de iodo ligado foi de 3,895 mg. Este valor foi obtido sobre o
J
eixo das ordenadas, extrapolando a zero a porção linear superior da curva (reta em
vermelho). A quantidade de iodo ligado (3,895 mg) foi aplicado na equação 1 (item
literatura para afinidade da amilose pura, o qual é 19% (Bates, 1942). A fração de
amilose calculada para o amido foi 21 %. Este valor está de acordo com os valores
Resultados e Discussão 50
para zeína.
-•..
2-
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AmidoJ\ ~-"-----" 1150
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J
3400
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V
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\ IJLo
Figura 20 - Espectros FTIR obtido para amido e para a zeína na forma de pó.
2920, e 1150 cm-1; são atribuídas ao estiramento das ligações O-H, C-H e C-O,
proteínas (Forato et aL, 1998; Magoshi et aL, 1992 ). Entre 2800 a 3500cm-1
aparece uma banda relativa aos estiramentos das ligações N-H e OH dos
grupo amida, pertencente ao grupo peptídico (amida I). A banda em 1540 cm-1 é
23 --Amido
--Zeína
5 10 15 20 25 30 35 40
~ III
I/l
100
60
:2:
III 40 3
~ 80
20
2
-1
100 200 300 400 500 600 700 800
Temperatura (De)
60 200
400
800
300
700
500
600
Temperatura
0.8 -~a
..C
(DC)
0.6 .9
til
100 A 100~ r·o ,> 0.0
0.2
0.4
Figura 23 - Curvas TG e DTG obtidas para a zeína sob atmosfera sob atmosfera de
nitrogênio.
120°C, enquanto a zeína, nesta mesma temperatura apresenta uma perda de 5%.
A degradação térmica do amido ocorre em uma única etapa, com início em 3000C.
2
---.-. amido'gUceroI1OO1O
o - . - ... anidofglicerol 90110
----- amidoIgIiceroISOf20
§' -2
-- amidofglicerol7013O
-.- - - --.
g -4
,. •. .. ..
Õ .,.<
. "
~,.~
;; ..
"ifi -6 ~ .•• .,1'
(,)
Q)
'tJ -8 I:i,::-/'~'~
I'.'/
2
.2
u.
-10
122/ \ .:
-14
123"C/
-16 .
25 50 75 100 125 150 175 200
Temperatura (OC)
lEndo
-3
-4 ..
50 75 100 125 150 175 200 225 250
Temperatura (Oc)
J
Figura 25 - Curva DSC obtida para a zeína, sob atmosfera de nitrogênio em porta
amostra de baixa pressão,
Resultados e Discussão 55
(Figura 25a) apresenta grânulos com diâmetro entre 5 e 20 /-lme com formatos que
(b)
Figura 26 - Fotos obtidas por MEV da superfície do amido no estado granular e da
zeína na forma de pó.
J
Resultados e Discussão 56
para 30 e para 40% causa redução nos valores de torque de 26, para 11 e para 4
aqueles observados para as misturas de amido com glicerol, em torno de 0,3 Nm, e
morfologia em blendas imísciveis. Paul e Barlow (1980), propôs uma teoria para
que um, o que sugere que as blendas amido/zeína apresentam uma morfologia de
inversão de fase.
Resultados e Discussão 57
apresentaram baixos valores de torque próximos aos valores obtidos para a mistura
morfologia composta de duas fases. Uma fase dispersa de amido ou zeína em uma
zeína pode agir como um agente de processo que reduz a viscosidade da mistura,
facilitando a plastificação do amido. Por outro lado, se a viscosidade for muito baixa
mistura.
-
?! 10 .I ..-245623I871345678.1I- ~II "G40A20Z80-G30Z100
I,., - •... ·. -
G30A5OZ50 58
Z 'G4OZ100
z
o
E" 20(c)
(b) ..•.•.•....
G22Z100
.------
~- I
"'-/G40A100 G22A50Z50
I G22A100 I (a)
Ê {?~'Qj" 151
~G30A20Z80 15 Jj
15 ?-G40A50Z50
ÊI' 2030G22A80Z20 I
~G30Al00
I I~ ~ .•..•..G40AIlOZ;ZO
Z20
25
20
2;5
G22A20Z80
25~1 1:]i~
Resultados
1°~l e Discussão
35
termoplástico são do tipo B e V, como discutido no item 2.1.3.1.3 (página 17). O tipo
forma hidratada, com máximos em13,2° e 20,60 (28) (van Soest e Borger, 1996;
todas as composições, exceto para a zeína e para as blendas com 80% de zeína.
230 (28), os quais são observados no amido nativo (ver fig.21) indicando a presença
uma mistura de amido desestruturado com alguns grânulos de amido que não
VH
,J..
(a)
5 10 15 20 25 30 35 40
~
IV
.2- (b)
GI
'ti
til
'ti
'üj
C
S
.5
5 10 15 20 25 30 35 40
-'ti.5
til
C
GI
IV
(
I
'~"-~
vH
.j.
J
~
'üj
(C)
5 10 15 20 25 30 35 40
zeina.
raios X, de acordo com a metodologia proposta por Hulleman et aI. (1999), como
destrito no item 4.3.3 da página 43. Os valores obtidos foram normalizados com
--
---
---
----
0,59±0,05
Código de0,43
0,41 ±0,05
±----
0,40 30
22
0,05
Amido/zeínaRaios
Glicerol
50/50 ± 40
±
O,49±O,O5
0,43
0,39
0,47
0,52
0,42
0,46
0,20
0,38
0,27±O,O5
0,28
0,25
0,30 ±0,05
±O,05
0,36±0,05
±0,05
0,05
XVH(19,SO)
0,29
20/80 100/0
80/20
0,05 O/10O
20/80
50/50
X
0/100
100/0
80/20
50/50 XB(1JO)
Resultados e Discussão 62
(XB) não varia significativamente com o aumento do teor de zeína, porém não foi
blenda, exceto para as composições com 22 % de glicerol, onde XVH variou de 0,12
e 0,10.
Estudos mostraram a formação de complexos cristalinos em blendas de
controlada de 52,75 e 97 ± 3 %.
~
12-i
.10, -.-
" G22A20zaO
-.- G22A50Z50 /
-.-G22Z100
-.-G22A100
-.- G22A80Z20
~ . ---
____ ~8,7
_ 101
atingiram o equilíbrio de absorção após 220 horas. F>ara a zeína e para a blenda
J
12-1 -.-G30A100
-.- G30AB0Z20 11,6
10,
-.-
-.- G30A20ZBO
G30ASOZ50 1 8,8
-.-G30Z100
III
:;,
·ri 7,2
Q)
"O 6
o 6,8
~
o
CIl
~ 3
Tempo (horas)
realizadas até 250 horas, pois após esse período observou-se elevada exsudação
J
Resultados e Discussão 65
16
-1\:1
•..
"O
'3.
oCl
::l
~o
~-.r <teu
tU
12
4
o
-0,6
Tempo (horas)
relativa foram realizados somente para os materiais com 22% de glicerol, devido à
J teores de zeína, por sua vez, apresentaram valores de absorção na faixa de 9,5 a
apresentaram valores de absorção máxima após 120 horas de 46% para o amido
20
- '
-/ ..__ "'=I!:::=""".~;=Iil-C 19
~~:
~
V• .
====.::::=_.
•............ -.-.1212 7
.-.-. _._.9,5
rr---
I ::::=:"Z20
-.-
-.-
-.====:-.-.
G22ASOZ50
G22A20ZBO
,!
o -l li -.-G22Z100
Tempo (horas)
50
46
--G22A100
-.- G22A80Z20
-.- G22A20Z80
rl 401-.- G22A50Z50
-.-G22Z100 31
~30
Cl
'Cll
eu
"C
o 20
13
'~
o
<I)
~ 10
-20 o m ~ W W 100 1m 1~
Tempo (horas)
hidrofílicas mais intensas que a zeína, devido aos grupos OH presentes em sua
amido é mais forte que entre glicerol e a zeína. Morais (2002), verificou que o
exsudação do plastificante em teores acima de 22% de glicerol, esse efeito foi mais
acentuado em ambientes com alta umidade relativa (75 e 97%). Isto sugere que
Nas Figura de 34 a 37, estão apresentadas as curvas TG, DTG (primeira derivada
amido/zeína processadas com 22, 30 e 40% de glicerol. As curvas TG, obtidas para
que pode ser devido à interação entre glícerol e zeína, e a segunda etapa na faixa
zeína. As curvas de temperatura, nas quais a amostra apresenta perda de 10, 20,
30 e 40 e SO% da massa inicial (Ta), foram obtidas diretamente a partir das curvas
separadamente. O efeito do glicerol pode ser melhor observado através das curvas
diminui quando o teor de glicerol aumenta de 22 para 30 ou 40%. Isto pode ser
100
80
..••. (a)
~
lL-60
III
11I
11I
l'lI
~
40 --G22A100
-- G22A80Z20
-- G22A50Z50
-- G22A20Z80
20
--G22Z100
00
-0.5
ô -- G22A100 (b)
~ -1.0
o~
-- -- G22A5OZ50
-- G22Z100 300
~ -1.5
C
-2.0
-2.5
330
360 I I
340
320
:~_ •• -.50%
_
~
:;
300
280
~:_____.-_======,
.'-...,. -.........;
.•..•.....•.••
.----
__
.•-----
•
~ 40%
30%
(e)
I-
J
260 ___________ ---20%
240
220
200
180
o 20 40 60 80 100
Zeína (%)
100
80
(a)
40 -l --G30A100
--G30A80Z20
--G30A50Z50
-- G30A20ZBO
20 -l -- G30Z100
0.0
-0.5 --G30A100
6'
o
- -- G30A50Z50
--G30Z100
300
(b)
~ -1.0
e>
I-
O
-1.5
-2.0
330
Temperatura (0C)
. 80 I- .I _500, 340
.30.J 6' ó 220
240 100 200
180 -
o260 Zeína (%)
~ ~_200' I
(e)
::~.-.~: .o
~ .~--- 40
Figura 35 - Curvas TG (a) , DTG (b) e Ta. (c) para as composições com 30% de
glicerol.
Resultados e Discussão 71
100
80
(a)
~ 60
lU
11I
11I
lU
:240 --G40TPS100
-- G40TPS80Z20
-- G40TPS50Z50
-- G40TPS2OZ80
20
--G40Z100
0.0
U
-
o -0.5
(b)
~ 300
C) --G40A100
I-
O
-1.0 -- G40A50Z50
--G40Z100
-1.5
330
320
300 ----- ----50%
280
J
6'
~ 240
tl
260
~-----:--~40%
..•••••••••--- ~30% (c)
I- 220
200
180
160
140 .----. T -.
• - _10%
o 40 60 80 100
Zeína (%)
Figura 36 - Curvas TG (a), DTG (b) e Ta (c) para as composições com 40% de
gliceroJ.
Resultados e Discussão 72
325
320
315
~ . \
'. \
.- -.-
•...
'. , -
310 ,,, /
/ ..
/
/
.~..•..••
..••. ....
50%
'. ,
/.'
""
305 ...•.50%
. - . ').
300
'1;
o 20 40 60 80 100
Zeína (%)
Figura 38, estão apresentadas as curvas DSC para o amido termoplástico, para
153 ± 3°C, os quais estão de acordo com os valores obtidos por Neus et ai (2000).
zeína de 20 para 50 e posteriormente para 80%. Existe uma relação direta entre o
binárias. De acordo com a teoria proposta por Nishi e Wang (1975), uma blenda
Desta forma, a variação na Tm do TPS nas blendas em função do teor de zeína não
o Endo 1
-5
§'
.§. -10
•..
o (a)
~ -15~
Q)
'O
o -20
><
~ --G22A100
Li: -25 -- G22A80Z20
-- G22ASOZ50
-30 -- G22A20Z80
--G22Z100
-35
50 100 150 200
Temperatura (0C)
.I --G30A100
'O
-14 -l
ã50
><
'OO
~~ -12
-8
-6~
-15
--G30Z100
-4(c)
(b) " ~#'
-------
100
200
150
-- ~--G40A100
------
G40A20Z80
I
Q)
I
Endo I
C)
§'
•.. Li:
Q)
-161 .§. -20j
if -
--G40Z100
-- -10
~ -101
-251 01,--
I
G40ASOZ20
G40A50ZSO
--G30A80Z20
G30A5OZ50
G30A20zaO
~ I
o~
Endoj
Figura 38 - Curvas DSC obtidas para as composições: (a) processadas com 22%
de gliceroJ. (b) 30% de gliceroJ e (c) 40% de glicerol.
Resultados e Discussão 75
14 -l>-G22A100
-a-Gm80Z20
12 G22A50Z50
-.- G22A20Z80
10 -o-G22Z100
l
~
8
(a)
o 10 20 30 40 50 80
Deformação (%)
10 -A-G30A100
-0- G30A80Z20
G30A50Z50
8 -v- G30A2OZ80
-o-G30Z100
íii'
a.
~ 6
~ (b)
o
.'"
•• Aumento do teor de Zeína
c: 4
~
2 i
1
o 1.
o 5 10 15 20
Deformação (%)
7 -l>-G40A100
- o - G40A80Z20
G40A50Z50
6
-0- G40A80Z2O
-o-G40Z100
J
(c)
o 2 4 6 8 10 12 14 16
Deformação (%)
ruptura (ar) e deformação na ruptura (I>r) , calculados a partir das curvas tensão-
1400
"l
2
800 (a)
;; 600
400
200
o ••
o 20 40 60 80 100
Zeína (%)
16
-<l-Composições com 22% de gliceral
14 -1 -8--Composições com 30% de glicerol
-o-Composições com 40% de glicerol
12
10
(b)
266± 10
15±2
20±2
155±
12
288
±
Código de 1,S±O,S
882
40±2
170
708
3 0,1
654
2±0,3
O,S±O,OS
1,4
1,S±0,2
3
3,3±0,2
1,7±0,1
4±0,S
1,6
1±
7,S±0,S±
1
Amido/zeína
458±
14
297
1068
1162
77±4
65S
400 10
3,S±o,3
1,8±
2±0,1
1,7 ±O,1
3,5±0,6
4±0,2
±
0,1
5,5±0,6 ±3
±±o,2±1
1±0,5
±69
±23
±O,1
0,3
0,3
5,4±0,2
4,4±
4,2±o,5 0,1 14 22Ensaios 0/100
40
930
161
Glicerol
77±10± 21
13
39
1274 50/50
20/80
80/20
90/10
100/0
de Tração
20/80
Er15
50/S0
70/30
ar (%)±1,4
(MPa) E(MPa)
resistência à tração (ar). Por outro lado, o aumento do teor de zeína causa efeito
quando o teor de zeína na blenda é maior que 20%. Isto indica que a zeína
contrário. Este fenômeno pode ser devido devido a forte interação do glicerol com o
umidade relativa maior que 52 ± 3%, os materiais com 22% de glicerol foram
60
o --..
w Q.
'-" tl~
'$.
l\l
I
~
-.-75%
:E 400
~ módulo
2o
.I408 20
30
600
-.-75%u.r
~ o 6
--e-53
(a)
80 %U.r.
40
60
40
20
100
80
60
80
100
I-.-53%
U.r..
I~ I
u.r.
I
t.IJ
/' 1/1
-.-53% u.r. (b)
(e) (b)
oo1000
j o-l
20
10
70
4
14
de água no: (a) 200 de elasticidade (E),
12j
1200 1 ~- 75" U.,
Resultados e Discussão 81
semicristalinos apresentam uma pequena diminuição dos valores de E' após sua
transição vítrea, devido ao efeito dos domínios cristalinos, os quais agem como
polímeros amorfos apresentam uma grande diminuição dos valores de E' após a
sua Tg (Murayama, 1978). Observa-se que o amido termoplástico (Figura 42) exibe
22 para 30%.
10
-
C'lS
a..
:!:
=- 8
W
C)
o
...J
6 .
-75 -50 -25 o 25 50 75 100
Temperatura (0 C)
10
-[;,- G22Z100
----=- G30Z100
----D-- G40Z100
As curvas de E' obtidas para as blendas com até 30% de zeína (Figuras 44
de E' aumentam com o teor de zeína e diminuem com o teor de glicerol. Esses
J
Resultados e Discussão 83
10
a.. ~G22A20Z80
êii ~G22A100
Lu 2 8
-G22A70Z30
G22A50Z50
~'-G22Z100
G22A90Z10
~G22A80Z20
.9 6-l
7~
5
-75 -50 -25 o 25 50 75 100
Temperatura (0 C)
10
íU
D.. 8
~
Lu
Cl
..9 7
--*- G30A100
---+- G30A80Z20
6 -j G30A50Z50
G30A20Z80
~·-G30Z100
5 .
-75 -50 -25 o 25 50 75 100
J
Temperatura (DC)
termoplásticos (Figura 46), exibem dois picos: o primeiro pico em tomo de -50°C,
40%, respectivamente.
0.30 -"--G22A100
-x- G30A100
-D-G40A100
0.25
lU I-r:: 0.15
r.o 0.10
0.20
0.05
0.00 .
-75 -50 -25 o 25 50 75 100
Temperatura r C)
Figura 46 - Curvas DMTA, amortecimento (Tan õ), obtidas para o amido
termoplástico processado com 22, 30 e 40% de gliceroJ: G22A 100,
G30A100 e G40A100.
diminuiu de 160 para 60°C com a adição de 20% de dibutil tartárico. As curvas de
tangente de perda (Tan õ), obtidas por DMTA para a zeína plastífícada com 22, 30 e
1,0
-6.- G22Z100
--*- G30Z100
0,8 -I -0- G40Z100
0,6
r.o
C
l'll
~ 0,4
0,2
0,0
22% e 30% de glicerol, estão apresentadas nas Figuras 48 e 49. As curvas Tan o
para as blendas com 22% de glicerol e 10, 20 e 30% de zeína (Figura 48)
80%. Este fato pode ser devido à perda da mobilidade de segmentos e/ou grupos
funcionais das cadeias do amido pela presença da zeína. Por outro lado, a
Resultados e Discussão 86
0.8-1 -"-G22A100f~
G22A90Z10 I
-" - G22A80Z20 "
-,,- G22A70Z30 .
0.6 -1 G22A50Z50 : f ;.
_,,_ G22A20Z80 ~ t '\
~
i
<O 04J -,,- G22Z100 t"1; :'f
Li ~
I ~
\\\ ~
I '" /j .~
.•,\
~,I
0.2 ~~
0.0 .
-75 -50 -25 o 25 50 75 100
Temperatura (0 C)
1.0
0.4
0.80.6 {! -I G30A80Z20
r:::
-1. -:<-*-G30A100
-:<- G30A50Z50
G30Z100
<O - * - G30A20Z80
0.2
0.0
1 ~,)I
UF'(~~..j-U'\..,.";~
J.t{"f.} SEHVIÇO lNFORI:Il/"CÁ.O
Df HiBL!OTE~;;
Resultados e Discussão 87
50/50
Código deTanõ -
---
---- 58
67
63
58
--
--
83(amido)
-356
-57
80/20469
2776
2072
3178 61
Amido/zeína
-49
-53
-50
32 22 (zeína)
30
Glicerol
2°pico3°pico
Tanõ 100/0
80/20DMTA 1°pico
20/80
90/10
0/100
70/30
50/50
10010
anõ
88
Resultados e Discussão
100
60
~ 1-'" 40 '" ~ zeina
" -- amido p1astificada
tennoplástico
G o
80
20
~ ••
5 10 15 20 25 30 35 40
Glicerol (%)
para a zeína o efeito de plastificação foi limitado para teores acima de 22% de
glicerol; ou seja, a Tg diminui de 105 para 63°C e praticamente não diminui para
maiores teores (30 e 40%); isto sugere que, nas btendas, pode estar ocorrendo
estudadas.
obtidas para zeína plastificada com diferentes teores de glicerol estão mostradas na
Figura 52, onde observa-se bolhas e/ou buracos na superfície da zeína, as quais
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Figura 51 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para o amido
termoplástico: G22A 100 (a e b) l G30A 100 (c e d) l G40A 100 (e e f).
Resultados e Disí'Ussão 91
(a) (b)
(c) (d)
Figura 52 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para a zefna
plastificada com diferentes teores de glicerol: 822Z100 (a e b),
J
830Z100 (c e d).
Resultados e Discussão 92
durante a plastificação, embora o TPS esteja coalescendo para formar uma fase
que o amido forma uma matriz, com o aumento do teor de zeína para 50%,
tração.
Resultados e Discussão 93
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Figura 53 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para as blendas
amido/zeína: G22A80Z20 (a e b), G22A50Z50 (c e d), G22A20Z80 (e
e f).
Resultados e Discussão 94
(a) (b)
(e) (d)
(e) (f)
Figura 54 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para as bJendas
amido/zeína: G30A80Z20 (a e b), G30A50Z50 (c e d), G30A20Z80 (e
e f).
Resultados e Discussão 95
(a) (b)
(e) (d)
(e) (f)
Figura 55 - Fotos obtidas por MEV das superfícies criofraturadas para as blendas
amido/zeína: G40A80Z20 (a e b), G40A50Z50 (c e d), G40A20Z80 (e
e f).
Resultados e Disí7iS-fão 9ó
amido e zeína nas blendas. A amilose (fração linear. do amido) absorve iodo,
são apresentadas as fotos obtidas para os filmes das blendas processadas com
domínios escuros são relativos aos complexos amido-iodo e a parte clara se refere
uma matriz de amido com domínios dispersos de zeína, com o aumento do teor de
zeína para 50% (Figura 57), nota-se a formação de duas fases contínuas e quando
"fi)
(,)
fi)
:E
ca
ca
Q)
0,9
0,1
0,2
0,3
0,8
0,6
0,7
1,0
0,4
0,5
• -·-G22A100
o'" 1\ -.- G22A80Z20
~
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I. _._
• G22A50Z50
- • - G22A20Z80
-.- G22Z100
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.
'
° 10 20 30 40 50
Tempo (dias)
dias. As quantidades foram obtidas por meio do somatório das médias diárias
produzidas em triplicadas.
Amostra 4,2
11,4
13,5
3,7
5,3
36,9
Massa 20,3
de ,5 de
Massa
19,3
11,8
CO2 (g) carbono (g)
2A100
amido. Após 45 dias, a massa de CO2, liderada pelo amido termoplástico foi de
A massa molar da zeína é bem menor que a massa molar do amido. A zeína
glicerol causou diminuição no torque das misturas e a zeína agiu como um agente
amido nas blendas e não ocorreu a formação de novas estruturas cristalinas devido
e raios X.
materiais.
transições vítreas (Tg's) uma para cada componente, indicando a imiscibilidade das
brendas.
devido à sua menor massa molecular e estrutura amotfa que fac\\\ta o ataque de
Conclusões 102
Além disso, as propriedades das blendas são afetadas pela morfologia, pela razão
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