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TEMAS TRANSVERSAIS, PROGRAMA SAÚDE NAS

ESCOLAS E ESCOLAS PROMOTORAS DE SAÚDE


O papel do educador neste contexto

Gilmar Ualt Nobre


Prof. André Arruda Gregoski
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Geografia (GED0154) – Trabalho de Graduação
23/10/2016

1 METODOLOGIA

Segundo Cegalla (2008, p.579) “me.to.do.lo.gi.a s.f. 1 disciplina que se ocupados métodos:
Fez um bom curso de metodologia da educação. 2 método ou conjunto de métodos; o modo ou
forma de fazer algo é um método, pois consiste na condução de um procedimento ordenado e com
objetivo prático, toda ação prática que nos leva a executar um conjunto de métodos
impreterivelmente também nos obriga a pesquisar antes de iniciar os processos, exemplo diário e
imperceptível é o fato de ao elaborarmos uma receita culinária fazermos uma busca pelos
ingredientes em nossos locais de armazenamento das provisões, não começamos a preparação sem o
mínimo de condições de concluir a atividade de forma producente, este ato de buscar e proceder de
forma sequencial e ordenada é o que fundamenta a metodologia, o homem por sua natureza busca
conhecimento, tem curiosidade e ao responder suas perguntas consolida seus conhecimentos e
estabelece padrões com base em ciência. A pesquisa ou busca é uma forma de conduzir o homem ao
fim ou resposta, o método ou modo de pesquisar pode ser chamado de metodologia, segundo Lima
(2007, p.38) “Assim, pode-se considerar a metodologia como uma forma de discurso que apresenta
o método escolhido como lente para o encaminhamento da pesquisa.”
Esta pesquisa quanto à abordagem é do tipo qualitativa, pois não apresenta quantificação
submetidas à prova de fato, segundo GERHARDT & SILVEIRA (2009, p.32) “Na pesquisa
qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas. O desenvolvimento
da pesquisa é imprevisível. O conhecimento do pesquisador é parcial e limitado.”
A pesquisa quanto a natureza é do tipo básica, com objetivo exploratório e quanto ao
procedimento é classificada como bibliográfica e documental, pois de acordo com Lima apud
Fonseca (2007, p.37) qualquer pesquisa começa com pesquisa bibliográfica em levantamentos de
referencias teóricas, esta pesquisa também utilizou a forma de pesquisa documental, já que
recorreu-se a fontes diversificadas e dispersas sem tratamento analítico. As temáticas escolhidas
foram, temas transversais, nesta temática foram analisadas obras de Subirats, Marcondes, Tiba,
Barbosa, os PCN’S e a constituição federal; a temática programa saúde nas escolas (PSE) foi objeto
de pesquisas documentais e houve uma oportunidade de visita a uma escola e uma UBS (unidade
básica de saúde) para averiguação das ações do programa, as obras analisadas foram decretos,
materiais do ministério da saúde, revistas, bem como analise das obras online de Bancher; Tesser et
al., Dias; Valadão; Carlos, Reis e Iervolino. A temática escolas promotoras de saúde foi pesquisada
em livro disponibilizado pelo ministério da saúde intitulado escolas promotoras de saúde:
experiências no Brasil, o qual oferece uma visão das escolas no na de 2007 que desenvolviam a
promoção de saúde em suas dependências e na comunidade, as obras de Gomes e Iervolino também
foram analisadas nesta temática.
A construção desta pesquisa como referido anteriormente teve como base documentos
impressos e disponibilizados online, assim como pesquisa com survey, a escolha do tema teve como
critério a presença do professor como elemento facilitador e atuante no desenvolvimento de
políticas de saúde na escola e comunidade, melhorando a qualidade de vida de todos através de
discussão dos temas atuais ligados à saúde.

2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os temas transversais introduzidos pelos PCN não conflitam com as demais disciplinas
curriculares obrigatórias e regulares e vêm para contribuir com a dinâmica das salas de aula no país
inteiro, pois estimulam o dialogo e a participação de toda comunidade escolar, notamos em nosso
survey que os temas transversais ainda estão pouco desenvolvidos nas escolas, nas conversas com
alunos durante os intervalos vimos que ainda são pouco explorados e surgem geralmente antes de
uma campanha de vacinação ou na prevenção de infestações como a dengue por exemplo, o
enfoque desta pesquisa nos temas transversais foi a saúde como promoção, prevenção e qualidade
de vida.
A dispersão dos alunos, fato que atualmente assola as instituições de ensino, tem preocupado
os professores em todas as idades escolares, os valores outrora oriundos de casa são revistos no
convívio escolar, os professores já sobrecarregados com a grade curricular necessitam repassar os
valores não recebidos em casa para que o aluno possa iniciar seu processo de apropriação do
conhecimento, Subirats (2000) e Marcondes (2008) esclarecem que para um melhor aproveitamento
o aluno já portador de valores, dentre eles a concentração na tarefa de aprender, pode e terá um
melhor aproveitamento daquilo que lhe é apresentado como conhecimento.
Ainda tratando de valores oriundos do lar, Tiba (2014) e Barberà (2004) lembram-nos que o
cidadão em formação pode tornar-se um adulto problemático no futuro, os pais tem a difícil tarefa
de amar e educar, muitos amam demais e negligenciam a educação, a qual levará seu filho ao
convívio numa sociedade nem sempre protetora e exigente dos deveres de cada cidadão, outros
negligenciam o amor e a educação deixando os filhos à própria sorte.
Os pais necessitam fazer “seu dever de casa” para que o professor tenha tempo e
oportunidade de preparar seu filho para vida, de acordo com Barbosa (2007) o sistema de valores de
cada um de nós é particular e molda nossa personalidade, o jovem em formação de personalidade
necessita identificar-se com um ou mais integrantes dos grupos existentes nas escolas, o papel do
professor na interpretação deste autor é imprescindível para ajustar este sistema de valores, visto
que o mesmo ao elaborar um plano de aula ou projeto escolar utilizando os temas transversais pode
colocar ao grupo diferentes ou iguais pensamentos de um mesmo tema, fazendo somente perguntas
e aguardando respostas, ao invés de trazer ao grupo o conhecimento pronto, acabado, já discutido e
resolvido por outras pessoas que não daquele grupo presente em sala de aula, ainda Barbosa (2007)
reintera que os temas transversais são o grande trunfo para a tão esperada mudança na sociedade.
O programa saúde nas escolas colocado para a sociedade pelo formato de decreto em 2007
foi uma iniciativa do governo federal de atuar junto às famílias, inicialmente aquelas constituintes
do bolsa-família e posteriormente à todas escolas através do sistema único de saúde, SUS, o projeto
está em plena atividade até o dia de hoje e tem demonstrado progressos em relação ao seu
lançamento, Bancher (2004) conceituou medicina preventiva e promoção de saúde de maneira a
entender que a qualidade de vida tem muita ligação com nossas ações diárias e nosso modo de vida,
o que nos conduz novamente a análise da família e sua situação de vulnerabilidade durante o
planejamento de trabalho com os temas transversais.
A qualidade de vida pode ser ainda confundida com promoção de saúde e prevenção de
doenças, Tesser et al. (2011) dissertaram sobre o tema e indicaram uma distorção no âmbito do PSE
já que a saúde é um conjunto de situações físicas e psicológicas favoráveis ao bom desenvolvimento
do ser humano e da comunidade onde vive, onde um bom e eficiente sistema rodoviário, de lazer,
de ensino, de bem estar, financeiro e outros pode elevar o nível intelectual das comunidades e
região, o que estava visível era a preocupação do ministério da saúde em cumprir as metas das
ações propostas pelo governo, tornando mais difícil a relação intersetorial, os profissionais de saúde
adentram as salas de aula e em consonância com o professor realizam levantamento relativos à
saúde dos alunos, porém poucos planejam com antecedência junto ao quadro de professores as
atividades preparativas.
Dias (2014) pesquisou a base documental do ministério da saúde, relativa ao PSE e
contabilizou um acervo maior de documentos normativos do que de documentos educativos, o que
demonstra ainda a falta de intersetorialidade nos ministérios federais da educação e da saúde, na
esfera municipal as unidades básicas de saúde atendem a população e através dos agentes de saúde
participam nas escolas atendidas pelo PSE, durante o survey na unidade de saúde constatamos que
há realmente uma lacuna entre os profissionais de saúde e os professores no que tange ao
planejamento e ação conjuntas das áreas envolvidas, na escola há cartazes remanescentes das
campanha da dengue, zika, chikungunya e algumas informações sobre AIDS, em questionamento a
um grupo de alunos a resposta foi comum, ou seja, não há continuidade de ações do tema
transversal saúde além daquelas elaboradas nas campanhas do ministério da saúde.
Os autores Valadão (2004); Cardoso, Reis e Iervolino (2008) reconhecem a necessidade de
diálogos constantes entre as áreas, haja visto a evolução da saúde nos últimos anos colocarem a
expectativa de vida em patamares mais altos do que no passado, o professor necessita suporte do
profissional de saúde, pois seu conhecimento superficial poderá induzir a erros no processo de
aprendizagem, bem como os profissionais de saúde necessitam do professor para conquistar a
atenção dos alunos e efetivar suas ações de saúde nas classes com maior eficiência do que
meramente adentrar a sala falar e não instigar os alunos a buscar o conhecimento.
As escolas promotoras de saúde surgiram como uma necessidade da população em discutir a
saúde, os processos e a qualidade de vida, o ministério da saúde reconhece e inclusive apoia esta
iniciativa colocando um grupo de profissionais em trabalho constante com os profissionais de
saúde, porém muito ainda necessita ser implementado, Cardoso, Reis e Iervolino (2008) indicam
que o professor pode e deve ser utilizado como exemplo pelos alunos, um profissional da educação
com qualidade de vida é um profissional mais alegre e produtivo, atualmente pelas consecutivas
gestões equivocadas nas esferas federais, estaduais e municipais, os professores têm aumentado em
muito sua jornada de trabalho para suprir suas necessidades básicas de sobrevivência, quer seja ela
física ou social, isso afeta diretamente o quadro psicológico do profissional e como poderá então
tornar-se uma referencia, um modelo para os alunos ?
A qualidade de vida através de escolas promotoras de saúde é um novo desafio e requer a
participação de todos, Gomes (2009) nos coloca que uma escola promotora de saúde é aquela que
possui uma busca constante de um estilo de vida saudável, Iervolino (2000) também corrobora para
que as instituições busquem a comunidade, envolvendo os pais, os vizinhos, enfim todos da
comunidade na busca de soluções para atingir a qualidade de vida local e irradiar ações para
círculos sociais cada vez maiores.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a pesquisa visualizamos que o poder publico lança projetos ou leis e provê o
fomento para iniciar estes, porém ao longo do tempo espera que a população aproprie-se dessas
ideias e se sustentem, o fato é que pelo sistema de governo implantado em nosso pais ter
característica centralizadora e decisória acaba por imprimir um ritmo lento no progresso dos
programas. Algumas ações são passíveis de sobreviver e perpetuar-se sem a inserção do Estado,
mas a grande maioria requer estímulos que a iniciativa privada não está disposta a assumir em troca
do ressarcimento parcial dos impostos, assim a população mais uma vez se vê refém de um sistema
lançador de programas e que não sustenta a preservação dos mesmos quando há trocas de equipes
por eleições diretas.
Uma forma de mudança como explica um dos autores é a utilização de recursos
educacionais geradores de soluções, as chamadas tempestades de ideias, sob a forma de temas livres
ou orientados e com a perspectiva de que os profissionais de educação possam assistir a grande
plenária formada pelos alunos e comunidade, não trata-se de uma revolução e sim de uma análise
do cenário atual e dos desdobramentos futuros, os temas transversais podem e devem ser
estimulados para esta mudança de pensamento e de qualidade de vida.

Esta é a parte final do registro de sua pesquisa. É também o momento de tornar-se autor,
retomando a problemática inicial, discutindo os resultados e verificando se os objetivos foram
alcançados.
Os autores que foram selecionados para fundamentar a sua pesquisa, devem auxiliá-lo no
desenvolvimento de todas as etapas, a fim de qualificar o seu trabalho.

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