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UNIFESP

Universidade Federal de São Paulo

Experimento I
"Determinação do coeficiente de partição de uma
substância entre dois líquidos imiscíveis"

Alunas:

Gabriela P. de Novais
Iasmim M. Rufino
Juliana F. M. Barbosa

Docente: Ricardo A. Galdino

Diadema

2017
Resumo

O coeficiente de partição de um dado soluto entre dois solventes imiscíveis entre si é a


relação entre as concentrações de equilíbrio deste soluto nestes dois solventes. Neste
experimento determinou-se o coeficiente de partição do ácido benzoico no par de
solventes água (fase aquosa) / hexano (fase orgânica). Após a adição do soluto
aguardou-se a separação visual das fases que depois foram separadas
mecanicamente. Através da titulação com NaOH de cada fase calculou-se as
concentrações do ácido. O procedimento foi repetido para 4 massas diferentes do
ácido em duplicata. Em cada alíquota que foi titulada adicionou-se água destilada para
uma melhor dissociação do ácido e assim facilitar a ação do indicador no ponto de
viragem. Posteriormente montou-se o gráfico dessas concentrações onde foi possível
obter o grau de associação (n) e o coeficiente de partição (K) que são o coeficiente
angular e linear da reta, respectivamente. Os valores n=1,175 e k=0,57 mostraram
uma maior afinidade do ácido benzoico ao hexano, indicando que o anel aromático do
benzeno com característica apolar interage de forma mais efetiva do que o grupo
carboxila do ácido que apresenta característica polar.

Parte Experimental

Para a montagem do equipamento conectou-se uma argola para funil de separação, e


uma garra para bureta provida de mufa ao suporte universal. O próximo passo
consistiu na pesagem em uma balança analítica de 0,050 g de ácido benzoico. Logo
após, apanhou-se duas provetas de 25 ml, em uma adicionou-se 25 ml de hexano e
na outra 25 ml de água destilada. Solubilizou-se a massa em um béquer com 25 ml de
hexano. Após a solubilização completa transferiu-se essa solução a um funil de
separação de 125 ml e acrescentou-se 25 ml de água destilada. Tampou-se o funil e o
agitou-se por cerca de 3 minutos. Decorrido esse tempo deixou-se o funil de
separação descansar por volta de 5 minutos. Quando já era possível distinguir a fase
aquosa e a fase orgânica da solução retirou-se a tampa do funil, e com o auxílio de um
béquer recolheu-se a fase aquosa da solução. Pegou-se então outro béquer e
recolheu-se a fase orgânica da solução.

Com o auxílio de uma pipeta volumétrica de 8 ml, recolheu-se uma alíquota de 8 ml da


fase aquosa e transferiu-se para um Erlenmeyer de 125 ml, adicionamos 25 ml de
água destilada e duas gotas de solução alcoólica de fenolftaleína, agitamos a solução,
titulamos essa solução com NaOH de concentração 0,019 mol.L−𝟏 .

Em seguida retirou-se uma alíquota de 5 ml da fase orgânica com o auxílio de uma


pipeta volumétrica de 5 ml, transferiu-se essa alíquota para um Erlenmeyer de 125ml e
foi adicionado 25 ml de água destilada e duas gotas de solução alcoólica de
fenolftaleína, agitou-se a solução, e então foi titulado essa solução com NaOH de
concentração 0,0263 mol.L−1 . Repetiu-se todo o processo experimental também para
as massas de 0,050, 0,100; 0,150 e 0,200 g de ácido benzoico.
Resultados e Discussão

Após a realização da titulação, foi possível obter o volume gasto de NaOH nas
titulações tanto da fase aquosa como da fase orgânica conseqüentemente, calculou-se
as concentrações do ácido benzóico, nas duas fases, da seguinte forma:

Para massa ácido benzoico = 0,516 g usou-se VNaOH = 2,05 mL, na fase orgânica

Sabendo que no ponto de equivalência tem-se:

𝑁𝑁𝑎𝑂𝐻 = 𝑁Á𝑐.𝐵𝑒𝑛𝑧𝑜𝑖𝑐𝑜

𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 . 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻 = 𝑁Á𝑐.𝐵𝑒𝑛𝑧𝑜𝑖𝑐𝑜

𝑚𝑜𝑙 1𝐿
𝑁Á𝑐.𝐵𝑒𝑛𝑧𝑜𝑖𝑐𝑜 = 0,019 .2,05 𝑚𝐿 . 3
𝐿 10 𝑚𝐿

𝑁Á𝑐.𝐵𝑒𝑛𝑧𝑜𝑖𝑐𝑜 = 0,03895 𝑚𝑜𝑙 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑏𝑒𝑛𝑧𝑜𝑖𝑐𝑜

Então a concentração do ácido benzóico será:

𝑁Á𝑐.𝐵𝑒𝑛𝑧𝑜𝑖𝑐𝑜 0,03895 𝑚𝑜𝑙 1𝑚𝐿


𝐶𝑎 = = = −3 = 0,00779 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1
𝑉 5,00 𝑚𝐿 10 𝑚𝐿

Da mesma maneira calculou-se todas as outras concentrações do ácido benzóico.

O volume de 5,00 mL usado no cálculo da concentração do ácido refere à alíquota


retirada da fase orgânica. No caso da fase aquosa, a alíquota foi de 8,00Ml.

Os resultados obtidos foram organizados na tabela abaixo:

Ensaio Fase orgânica (A) Fase aquosa (B)

Massa de C ácido C ácido InCa InCb


V NaOH V NaOH
ácido benzoico benzoico
(mL) (mL)
benzóico (g) (mol.L-¹) (mol.L-¹)

0,0516 2,05 0,00779 3,65 0,00867 -4,855 -4,748


0,1013 4,7 0,01786 5,75 0,01366 -4,0252 -4,2933
0,1538 8,45 0,03211 7,55 0,01793 -3,4386 -4,0213
0,206 12,15 0,04617 9,35 0,0222 -3,075 -3,8077

Tabela 1: Volumes de NaOH usados nas titulações e Concentrações do acido benzóico nas
fases orgânica e aquosa.
A partir dos dados da tabela 1, foi possível a montagem do seguinte gráfico:

-3.00
-5.00 -4.50 -4.00 -3.50 -3.00 -2.50 -2.00

-3.50
lnCA

-4.00

-4.50

-5.00
lnCB

O gráfico deve resultar em uma reta, sem pontos desalinhados.

Segundo a equação lnCA = -ln(k/n) + n lnCB é possível obter as seguintes


informações a partir do gráfico:

•Valor do grau de associação n:

−3,075 − (−4,855)
n = coeficiente angular da reta = inclinação da reta = = 1,175
−3,8077 − (−4,748)

Então, pode-se dizer a associação do ác. benzóico ao hexano é 1,175 vezes maior
do que a água.

•Valor do coeficiente de participação K:


𝐾
A partir do ponto1 tem-se: 𝑙𝑛𝐶𝑎 = − ln ( 𝑛 ) + 𝑛 𝑙𝑛𝐶𝑏 + 𝑛 𝑙𝑛𝐶𝑏

𝐾
−4,855 = − ( ) + 1,175. (−4,748)
𝑛
𝐾
−4,855 + 5,5789 = − ln ( )
𝑛
𝐾 𝐾 𝐾
ln ( ) = −0,7239 → 𝑒 −0,7239 = → = 0,485 → 𝐾 = 0,57
𝑛 𝑛 1,175

𝐶𝑠𝑛 (𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑜𝑠𝑎)


𝐾= → 𝐶𝑆𝑛 (𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑜𝑟𝑔â𝑛𝑖𝑐𝑎) = 0,57𝐶𝑆𝑛 (𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑜𝑠𝑎)
𝐶𝑆𝑛 (𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑜𝑟𝑔â𝑛𝑖𝑐𝑎)

Os cálculos indicam que no experimento, a concentração do ácido benzóico na fase


orgânica é maior do que na fase aquosa.
Questões

1) A fim de melhorar a distribuição da amostra e evitar possíveis “aglomerados de


moléculas”, adiciona-se água às alíquotas antes da titulação. Contribuindo
também para a eficácia da reação da fenolftaleína pela solução, portanto, o
ponto de viragem torna-se mais simples de visualizar. Esta adição de água não
afeta a titulação da fase orgânica, uma vez que a quantidade de matéria de
ácido benzóico distribuída nesta fase durante o processo de solubilização no
sistema hexano/água mantêm-se a mesma.

2) Na fase orgânica o ácido benzoico não se dissocia, mas sofre um processo de


dimerização. Portanto n representa o grau de associação do soluto. Por fim,
visto que K também pode ser definida como a razão da concentração do soluto
na fase orgânica pela concentração do soluto na fase aquosa, um valor de K >
1 (ocorrência nesse experimento) indica maior concentração de soluto na fase
orgânica.

3) O valor obtido de n=1,175 mostra que o ácido benzóico possui maior afinidade
ao hexano, sendo assim, uma maior concentração na fase orgânica do que na
fase aquosa.

4) O valor de coeficiente de partição para o ácido benzoico no sistema água –


hexano encontrado na literatura foi de 0,398, enquanto que o obtido
experimentalmente foi de 0,57. Essa diferença está associada a erros
acumulados durante o experimento, como a não extração total do ácido
benzóico além da possível saturação das soluções por apresentar massas
maiores de ácido, o erro de visualização do ponto de viragem do observador e
erros associação ao material utilizado.

Valor teórico extraído de:


SILVA, N.P.; MARTINS, D.F.C.; VIEIRA, C.A. – Acesso em: 10/04/2017 -
Disponível em: <http://www.abq.org.br/cbq/2006/trabalhos2006/6/122-203-6-
T1.htm>;

5) A partir do resultado K=0,57 pode-se concluir que a concentração de ácido


benzóico na fase orgânica é maior do que na fase aquosa.

Conclusão

Através da construção gráfica de lnCA(fase orgânica) X lnCB(fase aquosa), foi


encontrado o coeficiente de partição(k) e o grau de associação(n). Os valores de
n=1,175 e k=0,57 mostraram que apesar do ácido benzoico apresentar polaridade,
devido à função do ácido carboxílico, sua parte apolar constituída pelo anel aromático
exibe maior reatividade, já que os resultados mostram uma maior afinidade do ácido
benzoico ao hexano e consequentemente uma maior concentração na fase orgânica
do que na fase aquosa.
Referências

1. BALL, D.W., Físico-Química, 1a. ed., Vol. 1 e 2, Thomson Learning, 2005;


2. RANGEL, R.N., Práticas de Físico-Química, 3a. ed., Edgard Blucher, 2006.
3. SILVA, N.P.; MARTINS, D.F.C.; VIEIRA, C.A. – Acesso em: 10/04/2017 -
Disponível em: <http://www.abq.org.br/cbq/2006/trabalhos2006/6/122-203-6-
T1.htm>;

Anexo 1:

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