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1.

Introdução a Química
A Química é uma ciência que surgiu da curiosidade humana em torno da composição de todas as coisas e
do funcionamento do mundo que nos cerca. Atualmente, a Química é definida basicamente como a
ciência que estuda a MATÉRIA, suas transformações e as energias envolvidas nesses processos.

Logo, MATÉRIA, no estudo de Química, é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e que, portanto, tem
volume e massa. Assim sendo, a Química estuda substâncias naturais e artificiais, visíveis e invisíveis,
minerais, vegetais e animais. Esse conceito de matéria é apenas um dos que precisam ser compreendidos
para uma introdução à Química. Existem também outros conceitos fundamentais que devem ser
entendidos para a progressão no estudo dessa ciência. Veja alguns:

Corpo Objeto Sistema Transformação da matéria Energia


Amostra ou Corpo que sofreu Corpo submetido Qualquer processo (ou É a propriedade de um
porção limitada alterações e foi a uma conjunto de processos) pelo sistema que lhe permite
da matéria. Por produzido para a observação. Por qual se modificam as realizar trabalho. Por
exemplo, a utilização do ser exemplo, propriedades de exemplo, a energia química
árvore é matéria. humano. Por considere que um determinado material. As dentro dos alimentos é
Então, se exemplo, uma tora químico está transformações da matéria transformada no nosso
cortarmos o de madeira é realizando um são também denominadas organismo em energia que
caule da árvore, transformada em experimento fenômenos, que podem ser gera o trabalho que nosso
uma tora de uma cadeira dentro de um físicos (não alteram a corpo realiza nas
madeira obtida (objeto) tubo. Tudo que estrutura ou a constituição atividades diárias e
será um corpo está dentro do da matéria) ou químicos também o calor que
tubo é o sistema, (alteram a estrutura ou a aquece o nosso corpo.
o que estiver de constituição da matéria).
fora é a
vizinhança

A Química pode estudar a matéria e suas transformações a partir de três níveis:


Nível Macroscópico Nível Microscópico Nível Símbólico

Estuda as propriedades Estuda o mundo invisível É a representação dos


dos objetos grandes e aos nossos olhos que fenômenos químicos
visíveis; explica o que é através de símbolos,
observado fórmulas e equações
macroscopicamente, ou matemáticas.
seja, interpreta os
fenômenos que podem
ser vistos em termos do
reordenamento dos
átomos;

1
“Sendo assim, pode parecer que a Química limita-se à teoria e
às pesquisas de laboratório ou à produção industrial. Mas ela é
uma das ciências que estão mais presentes em nosso
cotidiano e dentro de nós mesmos”.

Figura 1 - Paracetamol Figura 2 - Água Figura 3 - Gasolina Figura 4 - Café


Sanitária

Só para citar alguns exemplos, a Química contribui para o desenvolvimento e produção de medicamentos
que salvam vidas, de produtos de higiene e limpeza, de combustíveis que levam ao desenvolvimento
de nossa sociedade e de meios de produção mais eficazes. Além disso, ela está presente na composição
dos alimentos que consumimos (sejam naturais ou artificiais) e nas reações do nosso organismo, como
a digestão.

1.1 A Química Microscópica

O que é um Átomo?
Todas as substâncias são feitas de matéria e a unidade fundamental da matéria é o
átomo. O átomo constitui a menor partícula de um elemento. O átomo é composto de um
núcleo central contendo prótons (com carga positiva) e nêutrons (sem carga). Os
elétrons (com carga negativa e massa insignificante) revolvem em torno do núcleo em
diferentes trajetórias imaginárias chamadas órbitas.
Dalton J.J. Thompson Rutherford Bohr

 Indestrutível;  Não maciço;  Formado por núcleo e  Orbitais (espaços ao


 Maciça;  Divisível; camada externa negativa (eletrosfera); redor do núcleo onde os elétrons
 Sem carga;  Possui carga  Possui espaços vagos; circulam);
 Forma esférica; negativa (elétrons);  Planetário;  Núcleo central;
 Bola de bilhar.  Definição de 07 orbitais
 Pudim de passas.  Além da carga negativa tem
carga positiva e neutra – elétron, próton ao redor do núcleo onde os
e neutrôn. elétrons circulam ou passam de um
nível para o outro.

2
O que é um Elemento?
Elemento é uma substância feita de átomos de um tipo. Existem cerca de 82
elementos que ocorrem naturalmente e cerca de outros 31 elementos criados
artificialmente como listados na Tabela Periódica.

Os átomos do elemento são no seu estado fundamental NEUTROS,


portanto a quantidade de cargas POSITIVAS é igual as cargas
NEGATIVAS (P=Z):
X: símbolo do elemento químico PARTÍCULA POSITIVA = PRÓTONS (P)
PARTÍCULA NEGATIVA = ELÉTRONS (E)
A: nº de massa PARTÍCULA NEUTRA = NEUTRÔNS (N)
Z: nº atômico
𝐴 =𝑃+𝑁
A fórmula acima servirá para calcular a Massa (A), ou nº de Prótons/Número Atômico (P ou Z) ou nº de
Nêutrons de um Elemento.

Os elementos podem ter!


Mesmo número de Massa sendo: ISÓBAROS;
Mesmo número de Prótons sendo ISÓTOPOS;
Mesmo número de Neutrôns sendo ISÓTONOS;
Mesmo número de Elétrons sendo ISOELETRÔNICOS.

O que é uma Molécula?


Uma molécula é formada quando átomos do mesmo ou diferentes elementos se combinam. A molécula é a
menor partícula de uma substância que pode normalmente existir de maneira independente.
Exemplos:
H – o hidrogênio sozinho é um ELEMENTO
H2 – o hidrogênio com ele mesmo é uma molécula SIMPLES;
H2O – o hidrogênio com outro elemento é uma molécula COMPOSTA.

ATENÇÃO:

Caso o elemento ou a molécula esteja com uma CARGA ou seja + ou - acima significa que ele ganhou
ou perdeu elétrons, quando isso ocorre dizemos que ele está ionizado, portanto chamam-se ÍONs.

𝑁𝑎 + , 𝑂2− ; 𝐹 − ; 𝐶𝑎2+ ; 𝑆𝑂42−


1. Se a carga for POSITIVA (+) o elemento está com FALTA DE ELÉTRONS;
2. Se a carga for NEGATIVA (-) o elemento está com SOBRA DE ELÉTRONS.

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2. Tabela Periódica
A tabela periódica surgiu para agrupar os elementos que têm propriedades químicas e físicas
semelhantes, ou seja, ela organiza os metais, semimetais, não metais, gases nobres, dentre outros,
em grupos divididos de forma a facilitar sua localização.

“Imagine só se não existisse esta tabela? É como entrar em uma livraria e não encontrar os livros
separados em função de gêneros, o que faria com que gastássemos muito tempo procurando um
livro de psicologia, por exemplo, o qual poderia estar entre os de administração ou engenharia”.

No ano de 1869, Dimitri Mendeleev iniciou os estudos a respeito da organização da tabela


periódica através de um livro sobre os cerca de 60 elementos conhecidos na época, cujas
propriedades ele havia anotado em fichas separadas. Ao trabalhar com esses dados ele percebeu que
organizando os elementos em função da massa de seus átomos, determinadas propriedades se
repetiam diversas vezes, e com uma mesma proporção, portanto era uma variável periódica.
Lembrando que periódico é tudo o que se repete em intervalos de tempo bem definidos, como é o
caso das estações do ano e das fases da lua, por exemplo.

Foi o primeiro trabalho que conseguiu relacionar as propriedades periódicas (que se repetiam em
intervalos regulares) dos elementos. Seu trabalho foi tão impressionante que Mendeleiev conseguiu até
mesmo prever a existência de determinados elementos que ainda não haviam sido descobertos, onde
eles ficariam na Tabela Periódica e quais seriam as suas propriedades.

No entanto, em 1913, o físico inglês Henry Moseley realizou experimentos com raios X e descobriu o
número atômico (Z) dos elementos químicos, ou seja, a quantidade de prótons que há no núcleo dos
átomos de cada elemento. Ele provou que as propriedades dos elementos tinham relação não com a
massa atômica, como dizia Mendeleiev, mas sim com o número atômico.

“As propriedades dos elementos químicos se repetem periodicamente, quando eles são ordenados em ordem
crescente de seus números atômicos”.

A tabela tem os elementos químicos dispostos em ordem crescente de número atômico e são divididos em
grupos (ou famílias) devido a características que são comuns entre eles. Cada elemento químico é

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representado por um símbolo, por exemplo a prata é representada por Ag devido a seu nome no latim
argentum.

Cada elemento possui ao lado de seu símbolo o número atômico e o número de massa.

O período representa a quantidade de camadas que o átomo tem com distribuição eletrônica, e a família
além de representar a característica do elemento (metal, ametal, halogênio etc) diz respeito também a
quantidade de elétrons na última camada (camada de valência). Por exemplo:

O Rb (Rubídio) possui número atômico 37 sua distribuição eletrônica é:


6 6 10 6
1s² 2s² 2p 3s² 3p 3d 4s² 4p 5s¹
1 2 3 4 5
Observe a última coluna (5s¹) o número 5 significa que o Rb está no 5º período ou linha da tabela
periódica. O 1 acima do subnível s, representa a quantidade de elétron na camada de valência, por isso
está localizado na família ou coluna 1.

Saiba mais!
Distribuição eletrônica: método utilizado para distribuir a quantidade de elétrons em cada elemento
através dos seus níveis e sub níveis de energia.
Existem 07 níveis ou camadas onde os elétrons orbitam: K, L, M, N, O, P e Q
E cada nível desse possui sub níveis de acordo com a distância do núcleo:

6
K s2
L s2 p6
M s2 p6 d10
N s2 p6 d10 f14
O s2 p6 d10 f14
P s2 p6 d10
Q s2

As famílias são divididas em:

Dentre os metais: Dentre os não metais ou ametais:


Família 1 – metais alcalinos Família 13 – família do boro;
Família 2 – metais alcalinos terrosos Família 14 – família do carbono;
Família 3 a 12 – metais de transição Família 15 – família do nitrogênio;
Família 16 – calcogênios;
Família 17 – halogênios;
Família 18 – gases nobres
Metais Semi Metais Não Metais Gases Nobres
Os metais constituem a Esta nomenclatura está Esses elementos possuem as Representam os
maior parte dos elementos em desuso, pois a IUPAC características opostas dos elementos da família 18 (0
existentes (dois terços); (União Internacional de metais, ou seja: ou VIII A), que são,
Em temperatura ambiente Química Pura e Aplicada) NÃO são bons condutores de respectivamente: hélio,
eles são duros, sólidos, com não reconhece mais essa calor e eletricidade; neônio, argônio, criptônio,
exceção apenas do classificação desde 1986; A maioria funciona como xenônio e radônio.
mercúrio (Hg), que é líquido; Entretanto, em muitas isolante (apenas a grafita Esses elementos são
São condutores de calor e Tabelas sete elementos (Cn(s)) é boa condutora de gasosos na temperatura
eletricidade; ainda são classificados calor e eletricidade). ambiente e, normalmente,
São maleáveis (capacidade dessa forma, pois Eles não possuem brilho são encontrados na
de ser moldado) e pela sua possuem características característico (com exceção natureza em sua forma
ductilidade (capacidade de intermediárias às dos do iodo (I2(s)) e da grafita, já isolada, pois assim são
formar fios, como, por metais e às dos ametais. mencionada), e fragmentam- mais estáveis.
exemplo, os fios de cobre, Atualmente os elementos se. Não formam compostos
usados em fios de Germânio (Ge), Antimônio com outros elementos
transmissão de energia (Sb) e o Polônio (Po) são espontaneamente.
elétrica). Além disso, considerados metais. E os

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apresenta um “brilho elementos Boro (B), Silício
metálico” característico. (Si), Arsênio (As) e o
Telúrio (Te) são não
metais.
HIDROGÊNIO
Esse elemento não se enquadra em nenhum grupo da Tabela Periódica. Em algumas Tabelas ele aparece na família dos alcalinos,
por possuir um elétron em sua camada de valência. Aliás, essa é sua única camada eletrônica. Porém, suas características não são
semelhantes às dos elementos dessa família;
O hidrogênio é o elemento mais abundante no universo, pois pode se combinar com metais, ametais e semi metais;
É um gás extremamente inflamável, em temperatura ambiente;
Normalmente é encontrado nas altas camadas da atmosfera ou combinado com outros elementos.

Todos esses elementos da Tabela Periódica (com exceção dos Gases Nobres) se relacionam ou são
geralmente encontrados unidos uns aos outros, e dependendo da família que cada elemento se encontra a
UNIÃO deles será realizada por ligações.

Ligação Iônica Ligação Covalente Ligação Metálica

Ametais + Ametais
Metais + Ametais Ametais + Hidrogênio Metais + Metais
Os metais possuem no máximo Os ametais, ao contrário dos Na ligação entre átomos de um
3é na camada de valência, metais, não têm tendência de elemento metálico ocorre
portanto a tendência é que eles perder elétrons facilmente; liberação parcial dos elétrons
liberem estes elétrons para que Nas ligações covalentes eles mais externos, com a
possam se estabilizar. Ou seja, COMPARTILHAM seus elétrons consequente formação de
na ligação iônica os metais sem que haja da doação; cátions, e de elétrons em
DOAM seus elétrons da última Ametais não doam elétrons, movimento, fenômeno chamado
camada para os Ametais. eles compartilham! de nuvem de elétrons.

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3. Dispersões
As dispersões se referem às misturas em geral. Por exemplo, quando misturamos sal com água ou
sal e areia obtemos duas dispersões. A substância que se encontra espalhada, de maneira
homogênea (como o sal na água) ou de maneira heterogênea (como a areia na água), é
denominada “disperso”. Já a água faz o papel de dispersante, nesses casos.

“Todas as substâncias se MISTURAM, porém algumas soluções não estão com seus
componentes DISSOLVIDOS”

Sal dissolvido na água (solução)

Gordura do leite vista no microscópio (dispersão)

Óleo misturado na água (suspensão)

Como exemplificado acima, as substâncias podem ser encontradas de diversas maneiras. Algumas
podem ser visualizadas todos os seus componentes a olho nu, outras somente com microscópio e
ainda existe aquelas que não podem ser visualizadas nem com ultramicroscópios.

Soluções Dispersões Suspensões


Menores que 1nm; Partículas entre 1nm e 100nm; Partículas maiores que
Não visíveis a ultramicroscópio; Heterogêneas; 100nm;
Não são separadas por ultrafiltro; Visíveis a microscópio comum; Heterogêneas;
Não são separadas por ultra Separadas por centrífuga comum Visíveis a olho nu;

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centrífugas Separadas por filtro
comum

Soluções
Sólida Gasosa Gases em Líquidos Líquidos Sólidos em Líquidos
Ligas metálicas Ar puro Refrigerante Álcool Álcool Iodado

3.1 Sistemas, Substâncias Puras e Misturas

A natureza apresenta grande diversidade de materiais. É preciso analisar a composição e as


propriedades deles para que possam ser utilizados ou transformados no mais diversos objetos.
Para facilitar a análise dos materiais, os cientistas delimitam uma porção do universo que será o
foco da análise e receberá o nome de sistema.

Substâncias Puras todos os componentes possuem composição química e propriedades


físicas e químicas constantes, já que não se modificam em pressão e temperatura
constantes.

Observe o gráfico acima do processo de ebulição da H2O, independente da temperatura e


da pressão todos os componentes da substância (H e O) se comportam da mesma maneira,
ou seja, possuem o mesmo ponto de ebulição (temperatura em que a substância começa a
evaporar).
As substâncias puras podem ser:
Simples Compostas
H2, O2, N2, Cl2, Ne H2O, CO2, NH3, H2O2...
Formado por 1 ou mais átomos do mesmo Formado átomos de elementos diferentes
elemento

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Misturas são formadas por duas ou mais substâncias puras. As misturas não possuem
densidades fixas porque elas variam, dependendo da quantidade de cada componente na
mistura. Não possuem ponto de fusão e ebulição constantes, mas sim intervalos de
temperatura em que se começa e termina a mudança de estado físico.

Observe que no gráfico há dois pontos de fusão e dois pontos de ebulição, isso ocorre pois os
componentes da mistura possuem propriedades diferentes. Por isso, chamamos de Misturas.
As misturas podem ser:
Misturas Homogêneas Misturas Heterogêneas
Apresenta aspecto uniforme e as mesmas Apresenta aspectos diferentes entre os seus
características em toda a sua extensão. Sendo componentes, pode ser formado por duas
monofásico, ou seja, constituído de uma única fases ou mais.
fase. Duas fases: bifásico;
Três fases: trifásico;
Ou mais: polifásico.
Fases da Matéria
Sólido Líquido Gasoso

Exemplos:

Água com gás Água com Açúcar Anel de Ouro Água com Óleo e
 Mistura de H2O com  Mistura de H2O com  Mistura de Au com Areia
CO2; C6H12O6; Cu;  Mistura
 Heterogênea;  Homogênea;  Homogênea; Heterogênea;
 Bifásica (fase  Monofásica  Monofásica  Trifásica

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gasosa e fase
líquida)

3.2 Separação de Misturas


Diariamente empregamos inconscientemente diversas técnicas para separar os componentes de uma
mistura. Por exemplo, ao coarmos o café, catar arroz, peneirar algo são alguns exemplos de separações
que realizamos no dia a dia.
Separação de misturas homogêneas Separação de misturas heterogêneas
Destilação simples Centrifugação
A destilação simples é a separação entre A centrifugação ocorre através da força centrífuga, a
substâncias sólidas de substâncias líquidas qual separa o que é mais denso do que é menos denso.
através de seus pontos de ebulição. Exemplo: centrifugação no processo de lavagem de
Exemplo: a água com sal submetidos à roupas, a qual separa a água das peças de vestuário.
temperatura de ebulição que evapora Filtração
sobrando apenas água. A filtração é a separação entre substâncias sólidas
Vaporização insolúveis e líquidas.
Também conhecida por evaporação, consiste Exemplo: fazer café utilizando coador. Para obter a
em aquecer a mistura até o líquido evaporar, bebida, ela é coada separando o pó do líquido.
separando-se do soluto na forma sólida. Decantação
Nesse caso, o componente líquido é perdido. A decantação é a separação entre substâncias que
Exemplo: processo para obtenção de sal apresentam densidades diferentes. Ela pode ser realizar
marinho. entre líquido-sólido e líquido-líquido.
Destilação fracionada Exemplo: separação de água e areia ou separar água de
A destilação fracionada é a separação entre um líquido menos denso, como o óleo.
substâncias líquidas através da ebulição. Dissolução fracionada
Para que esse processo seja possível, os A dissolução fracionada é usada para separação de
líquidos são separados por partes até que substâncias sólidas ou sólidas e líquidas. Ela é utilizada
obtenha o líquido que tem o maior ponto de quando há na mistura alguma substância solúvel em
ebulição. solventes, como a água.
Exemplo: separar água de acetona. Após o método de dissolução, a mistura deve passar por
Liquefação fracionada outro método de separação, como a filtração ou
A liquefação fracionada é realizada através destilação.
de equipamento específico, no qual a mistura Exemplo: separação de areia e sal (NaCl).
é resfriada até os gases tornarem-se Separação magnética
líquidos. Após isso, passam pela destilação A separação magnética é a separação de metal de
fracionada e são separados conforme os outras substâncias mediante o uso de ímã.

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seus pontos de ebulição. Exemplo: separar limalha de ferro (metal) de enxofre em
Exemplo: separação dos componentes do ar pó ou areia.
atmosférico. Ventilação
A ventilação é a separação de substâncias com
densidades diferentes.
Exemplo: soprar sobre uma taça com arroz para afastar
as cascas que vêm misturadas antes de prepará-lo.
Levigação
A levigação é a separação entre substância sólidas. É o
processo utilizado pelos garimpeiros e que é possível
graças à densidade diferente das substâncias.
Exemplo: o ouro separa da areia na água porque o
metal é mais denso do que a areia.
Peneiração ou Tamisação
A peneiração é a separação entre substâncias através
de uma peneira.
Exemplo: peneirar o açúcar para separar grãos maiores
para fazer um bolo apenas com o açúcar mais fino.
Flotação
A flotação é a separação de substâncias sólidas e
substâncias líquidas, o que é feito através da adição de
substâncias na água que propiciam a formação de
bolhas. As bolhas formam, então, uma espuma,
separando as substâncias.
Exemplo: tratamento de água.
Catação
A catação é o método mais simples para separação de
misturas. É realizado de forma manual, separando
partes sólidas.

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4. Termoquímica

Água fervendo Mulher se aquecendo Motor do carro queimando Fósforo aceso Roupas secando no
com o Sol combustível varal
As imagens acima são alguns exemplos de fenômenos que há a absorção ou liberação de energia em
forma de calor.
O parte da Química que estuda a Energia (propriedade de um sistema que lhe permite realizar
trabalho) é chamada de TERMOQUÍMICA.
Através desse ramo da Química é possível estudar as variações de calor envolvidas nas transformações
que ocorrem mundo a fora.

Imagem 1 - Para a água sair do estado sólido para líquido; ou líquido para gasosos é necessário que haja ruptura das ligações
que a mantém no estado sólido ou líquido. O mesmo acontece inversamente nos processos de liquefação e solificação, para que
o gás passe para o estado líquido é necessário que as moléculas se unam com mais intensidade.

Endotérmicos: Endo significa para dentro, ou seja, são reações ou mudanças de estado físico em que os
reagentes absorvem calor.
Exotérmicos: Exo significa para fora, ou seja, refere-se a reações ou mudanças de estado físico em que
há liberação de calor.
Para calcular a variação da entalpia (ou seja a variação de calor) é necessário conhecer os reagentes
envolvidos e o produto gerado.

Representação de uma REAÇÃO QUÍMICA GENÉRICA

𝐴+𝐵 →𝐶+𝐷
Reagentes  Produtos
Caso a reação seja endotérmica ela será representada da seguinte maneira:

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𝐴 + 𝐵 + 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 → 𝐶 + 𝐷
Repare que a energia está do lado dos reagentes e “desapareceu” nos produtos. Significa dizer
que a energia foi absorvida pelos reagentes para que a reação pudesse ocorrer.
Caso a reação seja exotérmica ela será representada da seguinte maneira:

𝐴 + 𝐵 → 𝐶 + 𝐷 + 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
Ao contrário da primeira reação a energia está do lado dos produtos, portanto pode-se afirmar que
para a reação ocorre foi necessário a liberação da energia, sendo portanto um processo
exotérmico.

Essa variação de energia é representada por ∆𝐻 . Para calcular basta realizar a diferença (diminuição)

da energia dos produtos pela energia dos reagentes ∆𝐻 = 𝐻𝑓 − 𝐻𝑖 (energia final menos a energia
inicial). Se a energia ou ∆𝐻 for menor que 0 (zero) a reação é exotérmica, caso contrário, se o valor
for maior que 0 a reação é endotérmica.
∆𝐻 < 0 EXOTÉRMICA
∆𝐻 > 0 ENDOTÉRMICA
Como isso acontece na prática?
Calcule a variação de entalpia da reação genérica abaixo:
A + B C + D
Energia dos Reagentes: 1200 J
Energia dos Produtos: 800 J
∆𝐻 = 𝐻𝑓 − 𝐻𝑖
∆𝐻 = 800 − 1200
∆𝐻 = −400 𝐽

Pode-se dizer que a reação é exotérmica, pois a variação da energia é negativa.

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5. Química Orgânica
A química orgânica estuda os compostos orgânicos, que são em sua maioria aqueles oriundos dos
Organismos Vivos, por isso o nome Orgânica.

“Todos os compostos orgânicos possuem carbono, mas nem todas as substâncias que
têm carbono são orgânicas”
A primeira utilização de compostos orgânicos pelo homem foi na descoberta do fogo; quase tudo que sofre
combustão é um composto orgânico. Em resumo, toda a vida é baseada no carbono, desde o combustível
que queimamos, até a constituição do nosso próprio corpo. Cerca de 60% da massa corpórea de um
indivíduo é de compostos orgânicos (desconsiderando-se a água). A diversidade dos compostos orgânicos
existentes também é grande, cerca de 20 milhões, entre naturais e sintéticos.
Resumindo a química orgânica é a área que estuda os compostos de carbono com propriedades
características, suas diferentes funções, comportamento espacial e reações.

5.1 Estudo do Carbono


O carbono é o elemento fundamental de um composto orgânico, portanto para compreender estes
compostos precisaremos estudar mais detalhadamente o comportamento do Carbono.

5.1.1 Postulado de Kekulé

O químico alemão Friedrich August Kekulé foi quem estudou as principais características do átomo de
carbono. Explicou as propriedades em forma de três postulados:
1° Postulado de Kekulé: O carbono é tetravalente
Como o átomo de carbono possui 4 elétrons na sua última camada, ele tem quatro valências livres e pode
fazer quatro ligações covalentes, formando moléculas. Desta forma, o átomo fica estável.

2º Postulado de Kekulé: O carbono forma cadeias carbônicas


Os átomos de carbono agrupam-se entre si, formando estruturas de carbono, ou cadeias carbônicas.

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5.1.2 Fórmulas de Representação das Cadeias Carbônicas
Fórmula Eletrônica Fórmula Estrutural Fórmula Molecular Fórmula Geométrica

Imagem 2 - Conhecida
como fórmula de Lewis

5.1.3 Contagem dos Carbonos nas Cadeias Carbônicas

Grupo Funcional > Instauração > Ramificação

Neste caso não há duplas ligações nem grupo funcional, portanto a


contagem iniciou do carbono mais próximo da ramificação.

Instaurações sempre devem estar presentes na cadeia principal. Neste


caso a contagem iniciou do carbono mais próximo da instauração.

Quando se tratar de cadeias fechadas a cadeia principal será


obrigatoriamente o ciclo.

Neste caso temos um grupo funcional (OH) portanto a cadeia será numerada
pelo carbono mais próximo do grupo

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5.1.4 Classificação dos Carbonos da Cadeia

Imagem 3 - Neste caso, as ligações que faltam são completadas com hidrogênio, porque o carbono sempre deve fazer 4 ligações.

Carbonos Primários: Ligados somente a outro carbono. Ex.: 1,4,5,6 e 8


Carbono Secundário: Ligados a dois carbonos. Ex.: 3
Carbono Terciário: Ligados a três carbonos. Ex.: 7
Carbono Quaternário: Ligados a quatro carbonos. Ex.: 2

5.1.5 Características das Cadeias Carbônicas


Quando a Estrutura
Abertas Fechadas

Quanto à Forma
Normal Ramificada

Quanto a Composição
Homogênea Heterogênea

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Quanto a Ligação
Saturada Insaturada

O caso especial das Cadeias Fechadas


Anéis Aromáticos

ou * ressonância das ligações duplas


Monoclueares ou Polinucleares

ou
5.1.6 Nomenclatura das Cadeias Carbônicas
Nomenclatura da Cadeia Principal
PREFIXO + INFIXO + SUFIXO (depende da função
orgânica)
Nomenclatura das Ramificações

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5.2 Grupos Funcionais

FÓRMULA
FUNÇÃO DESCRIÇÃO NOMENCLATURA EXEMPLOS
GERAL

Alcanos: CnH2n+2 pref. + -an + -o

Alcenos: CnH2n pref. + -en + -o

Alcinos: CnH2n-2 pref. + -in + -o

Somente Alcadienos: CnH2n-


Carbonos pref. + -dien + -o
2
ligados a
Hidrogênios
HIDROCARBONETOS

Ciclo Alcanos ou ciclo + pref. + -an +


Ciclanos: CnH2n -o

Ciclo Alcenos ou
Ciclo + pref. + en +
Ciclenos: CnH2n-2
-o

Apresentam
ARENO Nomes especiais
pelo menos
(HIDROCARBONETO ---------------------- (Não seguem as
um anel
AROMÁTICO) regras.)
benzênico.
Apresentam o
grupo -OH
(hidroxila) R – OH pref. + -an + -ol, -
ÁLCOOIS
ligado a diol
carbono
saturado.

Apresentam a
hidroxila ligada
Anel Aromático – hidróxi + nome do
FENÓIS a um carbono
OH aromático
do anel
Aromático.

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Apresenta
dupla ligação
ENOL mais uma
carboxila =C-OH pref. + -en + -ol
ligadas ao
carbono
Apresentam
um
heteroátomo
Pref. + oxi de
de Oxigênio
ÉTERES R-O-R1 nome do
entre 2
hidrocarboneto
carbonos na
molécula.

Apresentam o
grupo
carbonila no pref. + -an + -al, -
ALDEÍDOS -CHO
carbono da dial
ponta

Apresentam o O
grupo
carbonila ||
ligado a 2 R- C -R
CETONAS pref. + -an + -ona
átomos de
carbono.

Apresentam o
ÁCIDOS
grupo
CARBOXÍLICOS R – COOH pref. + -an + -óico
carboxila.

Apresentam o Pref. + an +
grupo (-ato) de nome do
ÉSTERES
funcional ao radical/ramificação
lado.
Podem ser
considerados
como
derivados da Nome do
amônia (NH3), R – NH2 radical/ramificação
AMINA
substituindo os + amina
grupos de
hidrogênio por
outros grupos

24
Apresentam
cadeia
carbônica
aberta,
contendo um Pref. + Inf. + amida
AMIDA
grupo
carboxílico
ligado ao
nitrogênio.

Exemplos de grupos orgânicos no dia a dia:

Hidrocarbonetos Álcool Aldeído Cetona Éster Amida

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