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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

ALINE MAIRE DE OLIVEIRA GOMES


ANA LUIZA LAGES DE OMENA COUTINHO
CÁSSIA GABRIELA NASCIMENTO DE SOUZA
LUAN RAMALHO DE LIMA
MARX CANTANHEDE SCALA

RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO

MACEIÓ
2018
 RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO
Ressocialização é o ato de ressocializar-se, voltar à sociedade. Apenado
é alguém condenado, castigado, punido, então, a ressocialização do apenado
seria a introdução deste indivíduo novamente em sociedade.
Essa ressocialização tem como objetivo, trazer o apenado de volta à
sociedade, mas este objetivo não é tão simples, é preciso reintroduzi-lo
tentando evitar que o ele volte a praticar atos ilícitos.
Bittencourt em seu livro Falência da Pena de Prisão diz que o objetivo da
ressocialização é esperar do delinquente o respeito e a aceitação de tais
normas com a finalidade de evitar a prática de novos delitos. (2001, p. 139).
Então, podemos observar que o objetivo é que estes apenados saiam da prisão
e permaneçam fora dela, seja trabalhando ou estudando, mas sempre tendo a
oportunidade de voltar a contribuir com a sociedade de maneira positiva.

 PROJETOS DE ROSSOCIALIZAÇÃO
A iniciativa de projetos de ressocialização no presídio é de suma
importância, pois uma realidade que vemos hoje em dia é que apenas 22% dos
presos no sistema penitenciário brasileiro praticam ou fazem parte de algum
tipo de atividade laboral, e que de acordo com as informações do
Departamento Penitenciário Nacional (Depen), apenas um a cada dez detentos
tem aulas.
O sistema penitenciário esta cada mais necessitado de espaço para
novos detentos, pois, como estão sempre cheios, há uma necessidade de usar
os espaços que são utilizados para atividades laborais como celas elaborais,
pela grande demanda de presos. Vale ressaltar também que a maioria dos
trabalhos impostos no sistema penitenciário brasileiro são beneficiários, como
por exemplo: passar por todos os processos de produção de camisetas,
criação, customização, coisas que é um campo muito necessário e importante
para a mão de obra; ademais, não seria beneficiário colocar um preso para
costurar bolas de futebol, pois ele não sairia com nenhuma sabedoria para
conseguir participar da sociedade de conhecimento.
Além disso, pode-se destacar que encarcerados que cometem crimes
de menor periculosidade, ao ir para cadeia, passam a conviver com pessoas de
todo tipo (traficantes, milicianos, chefes de crimes), assim, acabam sendo
influenciados tendo como consequência ao sair, não ter um bom
comportamento, tendo grandes possibilidades de retornar ao presídio.
 A VERSÃO DO APENADO
Normalmente, a maioria dos presos se declaram “inocente”, mesmo que
você mostre o objeto furtado, eles não reconhecem. Ademais, é de suma
importância ressaltar que o grau de escolaridade do apenado é o mínimo
possível, eles possuem uma pequena noção de cultura e muitos deles não
possuem o ensino básico. Em vários distritos policias que obtém vagas de no
máximo 10 presos, em sua maioria excede o número, transformando em uma
superlotação, levando vários riscos para os encarcerados. Sendo assim, os
aprisionados em sua grande generalidade são aqueles que não possuem uma
renda, muitos moradores de periferia, os que vivem em favelas. É comum os
presos ao saírem da cadeia não conseguirem emprego, pois ninguém irá
empregá-lo por ter ficha criminal, por menor que seja o crime, destarte, há
aqueles presos que se recuperam, por ter uma família de situação financeira
estável e a vontade de querer sair da vida do crime.
Existem formas de ressocialização do preso, desde que tenha condições
e estrutura, pois um país que tenha governantes que saibam fazer as coisas e
sejam corretos, ao invés dos aprisionados ficarem sem fazer nada durante o
comprimento de sua pena, oferecessem cursos para que eles não ficassem
parados, pois aqueles que comentem crimes de pequenos, ao se misturar com
os presos de altos delitos, acabam se corrompendo e entrando nas facções.
Contudo, aqueles que tem passagem por drogas e outros entorpecentes,
antes de correr atrás de qualquer tipo de emprego, é necessário que passe por
uma clínica de reabilitação para deixar de vez as drogas, então é certo que se
não houver essa ajuda, há uma grande chance de que retorne ao consumo de
drogas.
O art. 5° determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, e garante entre outras coisas, o direito à liberdade e a
segurança, também certifica aos presos o respeito, a integridade física e moral.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que foi criado pela emenda
constitucional de número 45, no ano de 2004, que é eventualmente conhecida
como a reforma do judiciário.

 RESSOCIALIZAR PRESOS É MAIS BARATO QUE MANTÊ –


LOS EM PRESÍDIOS (CITAÇÃO DE VERA BATISTA)

É mais barato fazer presidiários cumprir pena fora dos presídios,


trabalhar e estudar do que mantê-los encarcerados. A metodologia de
ressocialização de presos que a Fraternidade Brasileira de
Assistência aos Condenados (FBAC) aplica em 43 cidades em quatro
estados custa, segundo os cálculos do gerente de metodologia da
entidade, Roberto Donizetti, menos da metade do valor mensal que o
Estado destina a manter uma pessoa sob custódia no sistema
prisional tradicional. Em Minas Gerais, por exemplo, o preso custa em
média R$ 2,7 mil por mês pelo sistema tradicional dos presídios do
Estado, em Rondônia o custo é de 3 mil, no Paraná é de 2,3 mil, em
Rio Grande Do Sul o custo é de 1,8 mil. Então, pelo método de
ressocialização da FBCA o custo será apenas de 1 mil mensais.
(BATISTA, 2017)

 CASO OCORRIDO EM ALAGOAS EM 2018


"Após ser preso o acusado atribui a sua insistência à marginalidade ao sistema
prisional." O acusado citou o filósofo Rousseau dizendo que a sociedade é
produto do meio em que vive. "É isso o que nós somos", avaliou a própria
condição.
O acusado assumiu que já tinha cometido outros crimes que condizem
com o artigo 155 e 157 do Código Penal - arrombamento e assalto à mão
armada. "A pessoa entra no sistema e sai mais revoltado", afirmou o acusado.
"Fiz isso por revolta com o sistema. Sou um homem que conhece que a grande
classe da vulnerabilidade social está dentro de uma favela, esquecida,
abandonada e que os políticos usam esse dinheiro para se favorecer", contou.
Na reportagem o acusado fala sobre a ressocialização, e como tudo se
tornou difícil na vida dele após ser solto, vale ressaltar que ele cita bastante a
palavra “REVOLTA”, já que, segundo ele, sofreu muitas agressões dentro do
sistema penitenciário, e que isso acordou uma pessoa dentro dele que ele não
conhecia, “Um Monstro”, mesmo com os ferimentos, ele faz várias denúncias
da situação precária vivida dentro do sistema, e segundo ele a ressocialização
não ajudou ele a se tornar alguém melhor, esse acusado é um professor, que
já foi preso, mas segundo ele, a primeira vez foi preso injustamente, e que foi
solto por insuficiência de provas, ele estava trabalhando em uma escola no
interior do estado de Alagoas, mas isso não o impediu de voltar ao mundo do
crime.
 GRÁFICO DE RESSOCIALIZAÇÃO

Um dos exemplos que podemos usar para falar sobre esse gráfico
acima, é sobre a história do garçom Raimundo Freitas Gomes, que passou
pelo processo de ressocialização no Brasil, ele falou sobre os problemas que
enfrentou até começar a se interessar pelos cursos oferecidos na
ressocialização “ Um abismo chama outro abismo, e eu fui enveredando por
esse mundo obscuro “.
Após passar pela ressocialização, Raimundo mudou totalmente o rumo
da sua vida, hoje ele é estudante de direito, ele ganhou uma bolsa em uma
faculdade particular. Raimundo comprova que a ressocialização é possível.
 CONCLUSÃO

Ressocializar é preciso! É claro e previsto em lei que a sanção deve ser


aplicada ao infrator e deve ser cumprida na forma da lei, mas é estritamente
necessário que se foque no processo de ressocialização do/a apenado/a
também, com os mesmos rigores com que se aplicam as penas.
As autoridades devem se voltar para projetos de aproveitamento dos/as
infratores/as enquanto presos/as, como forma de evitar a ociosidade nas
cadeias durante o cumprimento das penas, o que já ajudaria bastante na não
corrupção ao crime ou atenuação dessa corrupção enquanto privados de
liberdade, isso além de tornar o cumprimento da pena mais produtivo para o/a
apenado/a, pode trazer uma série de benefícios para a sociedade que os
cercam, pois os trabalhos de ressocialização poderiam ser voltados para o bem
social e comum.
Quando é chegado ao final do cumprimento da pena e é chegada a hora
da/o cidadã/o ser inserido na sociedade novamente, ela/e conta com
preconceito em relação a sua condição anterior e a reinserção social torna-se
mais difícil até pelo preconceito já instaurado. Quando os investimentos no ato
de ressocializar forem adotados pelo governo de forma ostensiva e atingirem a
todos/as os/as infratores, os resultados serão deveras positivos em todas as
esferas sociais e os benefícios poderão ser notados por todos/as os/as
cidadã/os. Pensamos que toda a sociedade só tem a ganhar com a efetiva
ressocialização dos/as seus apenados/as. E é por dias melhores que
esperamos nesse e em todos os sentidos no que tange as melhorias que
podem ser aplicadas no nosso país, e no campo das penitenciárias e dos
tratamentos dados a/os presos/as durante o cumprimento de suas sanções e
depois desse cumprimento, na recepção do/a ex-presidiário/a no convívio
social.
REFERÊNCIAS

BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e


alternativas. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

IMPRENSA: CASTRO, Juliana. O GLOBO. PUBLICADO EM


(16/03/2013)Disponível em: < https://oglobo.globo.com/brasil/apenas-22-dos-
presos-do-sistema-penitenciario-brasileiro-trabalham-7861623 > Acesso em 26
de setembro 2018 Às 17h30.

IMPRENSA: MONTENEGRO, Manuel Carlos. CNJ/JUS.BR PUBLICADO EM


(18/04/2017 - 10h49) Disponível em: < http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/84606-
apac-onde-ressocializar-preso-custa-menos-do-que-nos-presidios > acesso em
23 de setembro 2018 Às 16h22.

IMPRENSA: MENDONÇA, Patrícia. Portal Gazetaweb.com PUBLICADO EM


(26/09/2018 12h55) Disponível em: <
https://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2018/09/acusado-de-roubo-conversou-com-
a-imprensa-e-expos-sua-revolta-social_61920.php > Acesso em 26 de setembro
2018 Às 13h50.

IMPRENSA: BÖHM, Thais. 12 SENADO LEG.BR PUBLICADO EM


(26/09/2017, 10h16) Disponível em: <
https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-
cidadania/desconfianca-e-preconceito-da-sociedade-dificultam-ressocializacao-
de-presos > Acesso em 26 de setembro 2018) ÀS 11H20.

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