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UFRGS – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO VIRTUAL DE PREDIÇÃO DE PROPRIEDADES
ENG07003/EQP0035 – TÓPICOS ESPECIAIS EM OPERAÇÕES UNITÁRIAS II

ATIVIDADE 9, 10 e 11 –

Destilação Pressure-swing,

Destilação Azeotrópica e

Residue Curve Maps

Lucas Dalló Ruzza

Rodolfo Daniel Secchi

PORTO ALEGRE - 2018


1 INTRODUÇÃO
A atividade seguinte baseia-se em diferentes métodos para separar uma mistura azeotrópica.
Uma mistura azeotrópica é uma solução de dois líquidos cuja ebulição, em determinada
composição das substâncias, apresenta um comportamento de substância pura, ao evaporar. Ou
seja, a composição da mistura na fase líquida é igual à composição da fase gasosa.

Para a mistura entre acetona e metanol forma-se um azeótropo de mínimo ponto de ebulição:
a curva de equilíbrio temperatura-composição evidencia um ponto de mínimo. Para uma
pressão de 1 atm, o ponto de azeótropo equivale a 77,6% mol de acetona. Para um valor de 10
atm, apresenta um valor de 37,5% mol de acetona.

Três formas de separação serão analisadas, primeiramente apenas uma coluna de destilação
é utilizada, posteriormente um sistema de duas colunas chamado de destilação pressure swing
e para finalizar utilizar-se-á a destilação azeotrópica ou extrativa.

O modelo pressure-swing é indicado para situações em que a composição do azeótropo


varia de forma significativa com a mudança de pressão. Assim, utilizam-se duas torres de
destilação que operam a pressões distintas, possibilitando variar as composições de azeótropos
a fim de obter os dois componentes puros.

Para o caso estudado, a primeira torre separará de forma eficiente o metanol, em seu fundo,
e atingir a composição do azeótropo, em seu topo. A segunda torre, operando a uma pressão
maior, teria como seu produto de fundo uma mistura rica em acetona, enquanto que o produto
de topo pode ser reciclado à primeira coluna, uma vez que o azeótropo é modificado.

Já o modelo de destilação extrativa consiste em adicionar um solvente na mistura. Como


possuirá uma maior afinidade à um deles, poderá arrastá-lo ao fundo da coluna, promovendo a
separação. Cabe destacar que a alimentação do solvente é feita no topo da coluna, já que deve
possuir ponto de ebulição superior. Como possui ponto de ebulição superior, é obtido como
produto de fundo, além de promover a extração no maior número de estágio possíveis.

Para a mistura acetona-metanol, água é utilizada como solvente. O metanol, por possuir
maior afinidade, é arrastada junto à água. Uma segunda torre de destilação é necessária pois
precisa-se separar o terceiro componente (água) das demais substâncias, a fim obter um produto
rico em metanol.
2 RESULTADOS E DISCUSSÕES
2.1 Uma coluna de destilação
Como primeira tentativa de separação da mistura azeotrópica, construiu-se a seguinte
simulação:

FIGURA 1 – Coluna de destilação para separação da mistura azeotrópica

Foram utilizadas seguintes condições de alimentação:


FIGURA 2 – Dados da alimentação da coluna de destilação

Para a coluna de destilação, foram consideradas as condições de:


FIGURA 3 – Dados da coluna de destilação

E os resultados para os produtos de topo e fundo da coluna são, respectivamente:


FIGURA 4 – Resultados para produto de topo da coluna de destilação

FIGURA 5 – Resultados para produto de fundo da coluna de destilação

Os resultados apresentados estão dentro do esperado, como produto de fundo obtém-se


metanol praticamente puro e como produto de topo aproxima-se bastante do ponto de
azeotropia, como pode ser visto no diagrama de equilíbrio líquido vapor abaixo.
FIGURA 6 – Diagrama de equilíbrio líquido-vapor de metanol e acetona a 1 atm

2.2 Destilação pressure-swing


A destilação pressure-swing, como citado acima, consta de duas colunas de destilação
operadas em pressões distintas, como segue abaixo:
FIGURA 7 – Destilação pressure-swing

As condições de alimentação de alimentação são iguais àquelas utilizadas na simulação


anterior:
FIGURA 8 – Dados da alimentação do sistema

As condições consideradas na primeira e na segunda coluna foram, respectivamente:

FIGURA 9 – Dados da primeira coluna de destilação


FIGURA 10 – Dados da segunda coluna de destilação

Os resultados obtidos nos produtos de fundo e topo da primeira coluna e nos produtos de
fundo e topo da segunda coluna foram, respectivamente:
FIGURA 11 – Resultados para produto de fundo da primeira coluna de destilação

FIGURA 12 – Resultados para produto de topo da primeira coluna de destilação


FIGURA 13 – Resultados para produto de fundo da primeira coluna de destilação

FIGURA 14 – Resultados para produto de topo da primeira coluna de destilação

Pelos resultados, na primeira coluna praticamente todo o metanol que é alimentado no


sistema sai pelo fundo e uma mistura azeotrópica sai pelo topo que será separada em condições
de pressão diferentes, a 10 atm. Conforme segue o diagrama de equilíbrio líquido-vapor abaixo:
FIGURA 15 – Diagrama de equilíbrio líquido-vapor de metanol e acetona a 10 atm

Assim, obtém-se acetona praticamente pura no fundo da segunda coluna e uma mistura
azeotrópica como produto de topo que será reciclada para a primeira coluna.

A primeira coluna ficou com 16,7 MW no refervedor e 17,24MW no condensador. Já a


segunda coluna operou com condensador apresentando troca de calor equivalente a 6,82 MW
e refervedor com 8,37MW.

2.3 Destilação azeotrópica


A configuração do sistema utilizada nesse método foi o seguinte:
FIGURA 16 – Coluna de destilação para separação da mistura azeotrópica

As condições de alimentação de alimentação são semelhantes àquelas utilizadas na


simulação anterior, além disso há uma corrente adicional de água pura:
FIGURA 17 – Dados da alimentação do sistema

FIGURA 17 – Dados da alimentação do sistema

As condições consideradas na primeira e na segunda coluna foram, respectivamente:


FIGURA 18 – Dados da primeira coluna de destilação
FIGURA 19 – Dados da segunda coluna de destilação

Os resultados obtidos para produto de topo e de fundo da primeira coluna e produto de topo
e de fundo para a segunda coluna foram, respectivamente:
FIGURA 20 – Resultados referentes ao produto de topo da primeira coluna

FIGURA 21 – Resultados referentes ao produto de fundo da primeira coluna


FIGURA 22 – Resultados referentes ao produto de topo da segunda coluna

FIGURA 23 – Resultados referentes ao produto de fundo da segunda coluna

Para a primeira coluna obtém-se corrente de topo com pureza de acetona em torno de 90%,
com quase 9% de metanol e o restante em água. Para a corrente de fundo, que terá como destino
a segunda coluna, tem-se uma composição aproximada da mistura azeotrópica binária de
acetona-metanol.
Para a segunda coluna, obtém-se produto de topo com concentração molar de metanol
próxima de 90%, e com concentração de 9% em acetona e o restante em água. Já para a corrente
de fundo com quantidade ínfima de acetona, uma pequena concentração molar de metanol e
maior parte de água.

Na primeira coluna, o calor necessário a ser fornecido ao refervedor de 10,53MW e calor a


ser retirado no condensador de 7,84 MW. Já a segunda coluna operou com condensador
apresentando troca de calor equivalente a 4,51 MW e refervedor com 6,91 MW.

2.4 Mapa de Curvas residuais


O mapa de curvas residuais apresenta, de forma prática e visual, um diagrama ternário de
triângulo retangular ou equilátero de área de destilações cujas composições apresentarão
determinado comportamento. O princípio matemático gira em torno da variação de composição
do resíduo em função do tempo, que é dado pela variação da composição da fase líquida e
gasosa.

FIGURA 16 – Mapa de curvas residuais da mistura de metanol, acetona e água

Para o caso estudado, a FIGURA 17 apresenta um diagrama com triângulo retangular


apresentando as composições molares de acetona e metanol, como também as composições dos
estágios das colunas 1 e 2.
1.20E+00

Curva 1
1.00E+00
Curva 2

8.00E-01 Curva 3
Curva 4
x Metanol

6.00E-01 Curva 5
Curva 6
4.00E-01 Curva 7
Curva 8
2.00E-01 Coluna 1
Coluna 2
0.00E+00
0.00E+00 2.00E-01 4.00E-01 6.00E-01 8.00E-01 1.00E+00
x Acetona

FIGURA 16 – Mapa de curvas residuais e composições das colunas para o


sistema Água-Metanol-Acetona à pressão de 1 atmosfera

As curvas residuais indicam dois nós: um instável, referente ao azeótropo binário composto
por acetona e metanol; um estável, tangente à fração molar de água igual a um. Dado que as
curvas se dirigem do nó instável ao estável, tem-se curvas se dirigindo ao nó cuja composição
de metanol e acetona é nula.

Como a coluna 1 opera em pressão de 1 atmosfera e temperaturas abaixo do azeótropo.


Trabalha-se inicialmente com uma separação de maior riqueza em acetona, de acordo com os
limites impostos pelo ponto de azeotropia. Assim, as curvas que representam de forma mais
realista a situação estudada são aquelas que tendem a possuir aumento na composição de
acetona. Logo, são as curvas 5,6,7 e 8. Analisando a curva referente às composições da coluna,
nota-se que do estágio 57, fundo da coluna, ao 40, alimentação, o gráfico apresente
comportamento semelhante às curvas residuais, o mesmo vale entre estagio 2 (levando em conta
que o estágio 1 refere-se ao condensador), topo da coluna, até o estágio 25, reciclo da coluna 2
e alimentação de água. Já para a seção entre os estágios 25 e 40 o comportamento é diferente
das curvas residuais devido as alimentações, porém a tendência da curva é semelhante às
demais.

Já a coluna 2 possui o objetivo de separar metanol. Como a alimentação de entrada dessa


coluna possui composição de metanol e acetona correspondentes à possibilidade de obter-se
uma mistura rica em etanol, entende-se que as curvas residuais que melhor representam a
situação são: 1,2,3 e 4. O comportamento da mistura é semelhante as curvas pois há a mistura
há praticamente apenas água e metanol, isto é, da alimentação da coluna, no estágio 14, até o
fundo, estágio 27, nota-se isso pois a maior parte da curva a fração molar de acetona está abaixo
de 10%, alcançando esse valor apenas nas proximidades no topo da coluna.

A composição dos estágios da coluna 2 apresenta uma curva próxima da curva 1, ou uma
tendência. Cabe-se destacar que a coluna opera com pouca concentração de acetona.

Já a composição dos estágios da coluna 1 apresenta determinada similaridade e


comportamento às curvas residuais nos estágios próximos ao topo, ao passo que conforme há
aumento de água na composição a curva da coluna se difere do comportamento do restante das
curvas. As alimentações dessa coluna alteram o equilíbrio previsto, de forma a alterar as regiões
próximas, conforme pode ser observado o aumento de água e metanol, em maiores proporções.
As composições da coluna apresentam inflexões parecidas com as curvas residuais, porém de
forma muito mais acentuada.

As curvas residuais, nesse caso, apresentam similaridades. Os comportamentos de variação


de composição das colunas são coerentes com as curvas residuais, porém em proporções
totalmente diferentes. Em regiões diluídas, os comportamentos são próximos. Em regiões
intermediárias, torna-se difícil uma conclusão, uma vez que alimentações às colunas são
impostas, alterando as situações de equilíbrio de cada estágio.

3 CONCLUSÃO
Misturas azeotrópicas apresentam dificuldade para serem separadas adequadamente e
necessitam de processos um pouco complexos para garantir a obtenção de produtos com
especificação desejada. Em ambos os métodos utilizados obteve-se produtos com pureza
considerável, sendo obtendo uma pureza maior para a destilação pressure-swing se comparada
a destilação extrativa, porém a segundo demanda menos energia do que a primeiro método.

A escolha do método mais adequado irá depender, pois, de uma analise detalhada do grau
de pureza a ser obtido para os produtos de interesse, bem como do custo energético para
obtemos.

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