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23/11/2018 SEI/GDF - 11910222 - Nota Técnica

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL


SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, MULHERES,
IGUALDADE RACIAL E DH
Subsecretaria de Assistência Social
Coordenação de Gestão de Transferência de Renda e Cadastro Único

Nota Técnica SEI-GDF n.º 8/2018 - SEDESTMIDH/SEADS/SUBSAS/CTRAR Brasília-DF, 27 de agosto de 2018

1. Nota Técnica SEI-GDF n.º 8/2018 - SEDESTMIDH/SEADS/SUBSAS/CTRAR

1.1. O Estado brasileiro tem papel fundamental na erradicação da pobreza e na redução das desigualdades
sociais e regionais, devendo atuar de forma compartilhada entre os entes federados: União, os Estados, o
Distrito Federal (DF) e os Municípios. Sob essa égide e em consonância com as diretrizes do Governo
Federal, o DF celebrou o Termo de Adesão ao Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal
(Cadastro Único) e ao Programa Bolsa Família (PBF).

1.2. O Cadastro Único é um instrumento de caracterização das famílias de baixa renda, configurando-se
como mapa da pobreza e, obrigatoriamente, utilizado para a seleção de famílias para programas sociais
destinados a famílias de baixa renda. A validade das informações cadastrais é de 24 (vinte e quatro) meses.

1.3. O DF tem como obrigações proceder à inscrição das famílias de baixa renda em situação de pobreza e
extrema pobreza, entendidas como aquelas com renda mensal igual ou inferior a meio salário-mínimo per
capita ou renda familiar mensal de até três salários-mínimos, na base do Cadastro Único em seu território,
mantendo as informações organizadas e atualizadas para que possam ser utilizadas na seleção de programas
sociais dessa parcela da população.

1.4. A Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial de Direitos
Humanos (SEDESTMIDH) é a gestora do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família (PBF) no Distrito
Federal.

1.5. A partir das informações cadastrais, as famílias de baixa renda são selecionadas para os programas
sociais tais como: Programa Bolsa Família, DF Sem Miséria (DFSM), Tarifa Social de Energia Elétrica
(TSEE), Benefício de Prestação Continuada (BPC), Identidade Jovem (ID Jovem), Carteira do Idoso,
cadastramento de donas de casas de baixa renda para fins de aposentadoria, entre outros.

1.6. A partir de 2016, a seleção de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) passa a ter
como condição à concessão, a manutenção e a revisão do benefício a inscrição no Cadastro Único.

1.7. Considerando que a seleção de famílias para programas sociais utiliza a base do Cadastro Único, as
informações desatualizadas podem ensejar:

a) no cancelamento de benefícios de famílias que se encontram nesse perfil, agravando as vulnerabilidades


sociais e impossibilitando o acesso a direitos, cujo papel em efetivar essa garantia é do Estado brasileiro;

b) em seleção de famílias que saíram do perfil de baixa renda; e,

c) geração de elevados públicos em rotinas anuais de verificação de inconsistência das informações


cadastrais (Averiguação e Revisão Cadastral) e procedimentos de fiscalização;

d) não identificação de indivíduos e famílias de baixa renda e consequente enfraquecimento das ferramentas
de caracterização socioeconômica, para o fomento de Políticas Públicas diversas.

1.8. É premente a necessidade da população de baixa renda por demandas relacionadas à inserção/atualização
de dados no Cadastro Único, visando acessar políticas públicas a elas destinadas, além de responder às
rotinas sistemáticas de atualização cadastral e de inconsistência de informações cadastrais.

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1.9. A SEDESTMIDH conta, atualmente, com reduzido quadro de servidores públicos, além da carência de
equipamentos e de mobiliário em quantidade suficiente para a realização dos serviços, o que impede o
atendimento das demandas da população. A demora decorrente da espera por atendimento prejudica o acesso
das famílias de baixa renda aos serviços, programas, projetos e benefícios da Política de Assistência Social e
demais políticas setoriais que utilizam a base do Cadastro Único.

1.10. As informações de atualização cadastral são utilizadas para aferir a qualidade da gestão do Cadastro
Único e do Programa Bolsa Família, compondo o cálculo do Índice de Gestão Descentralizada Municipal
para o Programa Bolsa Família (IGD-M/PBF). Tal Índice é um indicador sintético, objetivo e transparente
que associa a fórmula de repasse com o monitoramento e o incentivo à boa prática da gestão. O atingimento
de metas estabelecidas implica no recebimento de recursos financeiros a serem aplicados na melhoria da
gestão do PBF e Cadastro Único. A taxa de atualização cadastral mínima para recebimento do IGD-M/PBF é
de 55%, o que repercute mensalmente no recebimento mensal do repasse feito pelo Governo Federal ao
Fundo de Assistência Social do Distrito Federal e

1.11. A taxa de atualização cadastral (TAC) é apurada mensalmente pelo Ministério de Desenvolvimento
Social (MDS), última taxa apurada de atualização cadastral, é de 68% com referência de junho de 2018.[1]

1.12. A falta de atualização cadastral, além de gerar impactos para as famílias, agravando as vulnerabilidades
sociais em que estão inseridas, aumenta as demandas de trabalho da SEDESTMIDH, e reduz o recebimento
de recursos financeiros oriundos do IGD–M/PBF.

1.13. O repasse incompleto de IGD-M/PBF é objeto da Representação Nº10/2017-ML do Ministério Público


do Distrito Federal junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, que ensejou a abertura do processo N.º
41768/2017 e, que questiona e orienta a adoção de medidas individuais e conjuntas, com o objetivo de
melhorar o resultado de indicadores que compõem o IGD-M/PBF.

1.14. Conforme previsto no Decreto nº 6.135/2007, as informações constantes do CadÚnico, terão validade
de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da data da última atualização ou tão logo haja alteração nas
realidades das famílias entrevistadas anteriormente, sendo necessária, após este período, a sua atualização ou
revalidação, na forma disciplinada pelo MDS.

1.15. O quadro abaixo revela que 59.624 (cinquenta e nove mil, seiscentos e vinte e quatro) cadastros já
estão desatualizados, conforme extração efetuada em 14/07/2018.

Tabela 1 - Situação do Cadastro das Famílias por Região


Administrativa do Distrito Federal– Atualização das Famílias por RA

REGIÃO
ATUALIZADO DESATUALIZADO TOTAL
ADMINISTRATIVA

AGUAS CLARAS 1.440 417 1.857

BRASILIA 2.226 1.049 3.275

BRAZLANDIA 4.880 2.489 7.369

CANDANGOLANDIA 962 435 1.397

CEILANDIA 15.484 9.880 25.364

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CRUZEIRO 237 172 409

FERCAL 971 389 1360

GAMA 5.161 3.670 8.831

GUARA 1.964 1.516 3.480

ITAPOA 4.364 2.243 6.607

JARDIM BOTANICO 9 9 18

LAGO NORTE 349 193 542

LAGO SUL 60 68 128

NUCLEO
1.880 651 2.531
BANDEIRANTE

PARANOA 4.549 2.150 6.699

PARK WAY 199 102 301

PLANALTINA 12.150 7.385 19.535

RECANTO DAS EMAS 5.138 3.063 8.201

RIACHO FUNDO 3.924 994 4.918

RIACHO FUNDO II 2.720 1.295 4.015

SAMAMBAIA 12.892 5.355 18.247

SANTA MARIA 6.668 3.780 10.448

SAO SEBASTIAO 4.877 2.750 7.627

SCIA 4.136 1.531 5.667

SEM ENDERECO 8 472 480

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SIA 1 4 5

SOBRADINHO 3.269 1.991 5.287

SOBRADINHO II 1.789 1.538 3.327

SUDOESTE E
26 14 40
OCTOGONAL

TAGUATINGA 6.778 3.383 10.161

VARJAO 1.077 528 1.605

VICENTE PIRES 26 108 134

TOTAL 110.241 59.624 169.865

Fonte: Espelho cadastro extraído em 14/07/2018 pela Caixa Econômica Federal.

1.16. A projeção do número de cadastros, que estarão desatualizados, por Região Administrativa é de 93.151
(noventa e três mil e cento e cinquenta e um), nos próximos 12 (doze) meses, conforme o quadro à baixo.

Tabela 2 - Situação do Cadastro das Famílias por Região Administrativa do


Distrito Federal– Projeção de situação das Famílias em 18/03/2019

REGIÃO QTDE DE CADASTROS


%
ADMINISTRATIVA DESATUALIZADOS

AGUAS CLARAS 822 0,88%

BRASILIA 1.683 1,81%

BRAZLANDIA 4.179 4,49%

CANDANGOLANDIA 719 0,77%

CEILANDIA 14.949 16,05%

CRUZEIRO 246 0,26%

FERCAL 644 0,69%

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GAMA 5.326 5,72%

GUARA 2.066 2,22%

ITAPOA 3.652 3,92%

JARDIM BOTANICO 13 0,01%

LAGO NORTE 276 0,30%

LAGO SUL 86 0,09%

NUCLEO
1.166 1,25%
BANDEIRANTE

PARANOA 2.864 3,07%

PARK WAY 167 0,18%

PLANALTINA 11.224 12,05%

RECANTO DAS EMAS 4.531 4,86%

RIACHO FUNDO 2.176 2,34%

RIACHO FUNDO II 2.122 2,28%

SAMAMBAIA 9.524 10,22%

SANTA MARIA 6.069 6,52%

SAO SEBASTIAO 4.029 4,33%

SCIA 2.813 3,02%

SEM ENDERECO 502 0,54%

SIA 4 0,00%

SOBRADINHO 2.805 3,01%

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SOBRADINHO II 2.086 2,24%

SUDOESTE E
19 0,02%
OCTOGONAL

TAGUATINGA 5.436 5,84%

VARJAO 836 0,90%

VICENTE PIRES 117 0,13%

TOTAL 93.151 100,00%

Fonte: Espelho cadastro extraído em 14/07/2018 pela Caixa Econômica Federal.

1.17. O processo de inclusão e atualização cadastral conforme já colocado anteriormente é realizado hoje
pela SEDESTMIDH, nos Setores de Cadastramento e Transferência de Renda (SECAT), nos 27 Centros de
Referência de Assistência Social (CRAS) do DF, os quais contam com 54 (cinquenta e quatro) servidores
lotados, quantitativo reduzido em relação às necessidades da população, o que gera uma grande demanda
reprimida nas unidades, e uma sobrecarga no sistema da Central de agendamento 156.

1.18.Abaixo segue histórico de inclusão e atualização cadastral no DF:

Tabela 3 - Histórico de Atualização e Inclusão de novas famílias

FAMÍLIAS FAMÍLIAS TOTAL


MÊS
INSERIDAS ATUALIZADAS MENSAL

05/2017 2.263 5.169 7.432

06/2017 1.888 6.275 8.163

07/2017 1.350 5.446 6.796

08/2017 2.089 6.370 8.459

09/2017 2.315 4.493 6.808

10/2017 2.681 4.900 7.581

11/2017 2.475 3.741 6.216

12/2017 2.631 3.784 6.415


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01/2017 1.882 4.097 5.979

02/2017 1.868 3.973 5.841

03/2017 1.080 1.657 2.737

04/2018 943 1.351 2.294

05/2018 1.026 1.985 3.011

06/2018 2.468 5.355 7.823

Fonte: Espelho cadastro extraído em 14/07/2018 pela Caixa Econômica Federal.

1.19. O Cadastro Único também possibilita a inclusão de pessoas e famílias em situação de rua nas mais
diversas Políticas Públicas, dentre elas a Transferência de Renda (PBF e DFSM), Seguridade Social não
contributiva (BPC) e segurança habitacional (Programa Morar Bem). Segue abaixo o histórico deste
segmento junto ao Cadastro Único:

Tabela 4 – Preenchimento do Formulário Suplementar 2 -


População de Rua

MÊS QUANTIDADE DE DEPESSOAS

06/2017 2.017

07/2017 2.062

08/2017 2.090

09/2017 2.181

10/2017 2.249

11/2017 2.302

12/2017 2.356

01/2018 2.443

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Tabela 4 – Preenchimento do Formulário Suplementar 2 -


População de Rua

MÊS QUANTIDADE DE DEPESSOAS

02/2018 2.457

03/2018 2.452

04/2018 2.460

05/2018 2.594

06/2018 2.682

Fonte: Espelho cadastro extraído em 14/07/2018 pela Caixa Econômica Federal.

1.20. É importante ressaltar que até a presente data, a Central 156 registrou no sistema de agendamento
79.390 (setenta e nove mil, trezentos e noventa) registros de tentativas de realizações de agendamento para
os SECAT. Este número corresponde as pessoas que conseguiram o atendimento pela central, no entanto,
pode haver pessoas não registradas as quais nem conseguem o atendimento com a central 156.

1.21. Para além da demanda reprimida, o DF deve realizar a Inclusão/atualização cadastral de 25.055
beneficiários do Benefício de Prestação Continuada-BPC no Cadastro Único, de acordo a Portaria
Interministerial MDSA/MP/MF n° 02, de 07 de novembro de 2016, e Portaria Interministerial nº 5, de 22 de
dezembro 2017. O não atendimento desse público implica na perda do benefício as famílias, no valor de
1(um) salário mínimo mensal às pessoas com deficiência e/ou idosos com idade igual ou superior a 65
(sessenta e cinco) anos.

1.22. Ressalte-se que todos as famílias inscritas no Cadastro Único são passíveis de Exclusão de seus
registros por desatualização pelo processo de Exclusão Lógica, conforme Instrução Operacional nº 86/2017
– Secretaria Nacional de Renda e Cidadania/MDS.

2. Histórico

2.1. Com todo histórico de demanda por atendimento e necessidades institucionais que devem ser cumpridas
de acordo com as diretrizes do MDS, a SEDESTMDH ao longo dos anos vem tomando algumas
providencias para ampliar o quadro de cadastradores da Secretaria, conforme segue abaixo:

2.2. Em julho de 2015 foi instruído o processo nº380.000.970/2015, para viabilizar a contratação de empresa
para realização do cadastro no DF, o qual após análise da Assessoria Jurídico-Legislativa- AJL, desta
Secretaria se manifestou pela viabilidade jurídica da contratação. O referido processo foi então encaminhado,
à época a Subsecretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização/Diretoria de Carreiras e
Remuneração, atual Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPLAG, na perspectiva
de manifestação acerca do quantitativo disponível de servidores efetivos no quadro de pessoal do DF para
prestação do referido serviço como objeto da contratação.

2.3. A Diretoria aponta em seu parecer acostado a folha 35, do referido processo :

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“...Portaria n°237 de 02 dezembro 2005, consta como atribuições da especialidade de Agente Social do
cargo da carreira pública de Assistente intermediário em Serviço Social, atual técnico em Assistência Social
da carreira Pública de Assistência Social do DF, executar atividades de recepção, cadastramento, triagem e
acompanhamento ao usuário da assistência social”.

2.4 Prosseguindo com andamento o processo foi encaminhado à AJL da então Secretaria de Gestão
Administrativa e Desburocratização - SEGAD, a qual em seu parecer constante as folhas 39, 40 e verso,
assim se manifesta:

“Assim, s.m.j, não se justifica a contratação indireta para desempenhar atividade cuja atribuição é
conferida a servidor público efetivo. ”

2.5. Assim em setembro de 2015, o processo foi remetido à Procuradoria Geral do Distrito Federal-PGDF,
para consulta sobre a possibilidade de terceirização do serviço na ótica do decreto n° 25.937 de 15 de junho
de 2005. Do qual se manifesta conforme constante nos autos, folhas 72 a 84:

“a) a terceirização de mão- de-obra pretendida não poderá configurar ofensa ao princípio constitucional do
concurso público nem execução de atividade –fim do órgão administrativo, no que a responsabilidade pela
fundamentação da licitude da contratação deve ser comprovada...particularmente quanto a demonstração
de que os empregados terceirizados não desempenhariam função típica de servidores de carreira do órgão e
que as atividades não estariam compreendidas naquela competência final da secretaria.;

b) uma alternativa a terceirização, uma vez que envolva na espécie violação do concurso público ou
desempenho de atividades fins da secretaria, seria a cessão para ela de servidores de outros órgãos da
Administração Pública, temporariamente, para atender a necessidade de eventos próximos. ”

2.5. Retornado o mesmo a está Secretaria, após verificação de inviabilidade o referido processo foi
arquivado.

2.6. Após negativa na contração de empresa terceirizada, houve a tentativa de parceria com junto a
Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB), afim de viabilizar a
participação das famílias no Programa Morar Bem, vinculado ao Programa Minha Casa Minha Vida, que tem
como pré-requisito os dados inscritos no Cadastro Único. No entanto esta tentativa foi frustrada e a
parceria não pôde ser firmada.

2.7. A Terceira tentativa ocorreu junto a Secretaria de Educação do Distrito Federal – SEEDF, que realiza o
acompanhamento da frequência escolar de alunos beneficiários do Programa Bolsa Família, sendo eles cerca
de 115 (cento e quinze) mil alunos. No intuito de colaboração recíproca, as tratativas foram iniciadas
partindo do pressuposto que as informações seriam atualizadas por pessoas capacitadas que iriam realizar as
atualizações cadastrais. Entretanto, novamente a tentativa não logrou êxito.

2.8. Ainda em 2016, a SEDESTMIDH verificou a possibilidade solicitar apoio de servidores de outras
secretarias, por período temporário, com finalidade de auxiliar nessa tarefa. A consulta foi realizada, porém
foi constatado a insuficiência de servidores no quadro geral do Governo do Distrito Federal.

2.9. Como alternativa iniciou-se o processo nº 431.000.820/2017 que tem como objetivo a realização de
Acordo de Colaboração com as Organizações da Sociedade Civil, cadastradas no Conselho de Assistência
Social do DF. As Instituições realizariam a prestação de serviço dando apoio as atividades de atualização
cadastral e atendimento as famílias da Assistência Social. Assim, foi elaborada nota técnica contextualizando
a Política de Assistência Social e as ações preconizadas por ela, conforme segue, enfatizando o papel do
cadastro único na função da Vigilância social:

2.10. A garantia preconizada na LOA, no que concerne a Vigilância Socioassistêncial:

"Art. 2º- assistência social tem por objetivos: ... - a vigilância socioassistencial que visa analisar
territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças de
vitimizações. ”

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A Vigilância deve produzir e organizar dados, indicadores, informações e análises que contribuam para
efetivação do caráter preventivo e proativo da política de assistência social, uma vez que trata do
reconhecimento das necessidades das famílias e indivíduos, a avaliação do acesso e qualidade dos serviços
ofertados e, principalmente identificar as situações de vulnerabilidades e risco pessoal e social.

2.11. Desta forma, o procedimento de atualização cadastral consiste em atendimento, mediante entrevista, de
pessoas e famílias de baixa renda do Distrito Federal encaminhadas exclusivamente pela SEDESTMIDH
para preenchimento dos formulários, a inserção dessas informações na base do Cadastro Único e no Sistema
integrado de Desenvolvimento Social-SIDS, nos termos do Manual do Entrevistado e encaminhamentos a
rede de serviços públicos conforme grau de vulnerabilidade social identificada.

2.12. A busca ativa é um procedimento de identificação por meio do qual as equipes que vão a campo para
localizar, identificar e encaminhar as pessoas que necessitam da Política de Assistência Social. Este
mecanismo é realizado exclusivamente por servidores da SEDESTMIDH lotados nos diversos equipamentos
públicos do Sistema Único de Assistência Social - SUAS (CRAS, CREAS, CENTRO POP, CECON e
Unidades de Acolhimento).

2.13. As pessoas identificadas nesse processo de busca ativa são encaminhadas para atendimento mediante
entrevista, visando o cadastramento ou atualização cadastral, conforme perfis dos indivíduos e famílias. A
entrevista, nesse caso, é um procedimento adotado no âmbito do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), para identificação de possíveis vulnerabilidades sociais enfrentadas pela pessoa e/ou família de
baixa renda, relacionada aos programas de transferência de renda como aos benefícios e ao acesso a serviços
públicos, com previsão na Resolução CNAS nº 9, de 15 de abril de. 2014, in verbis:

“Art. 6º Constituem áreas de ocupações profissionais de ensino médio, que integram as equipes de
referência do SUAS, no âmbito das secretarias, das Unidades socioassistenciais e das instâncias de
pactuação e deliberação do SUAS, aquelas relacionadas às funções essenciais da gestão, conforme
preconiza a NOB-RH/SUAS, com as respectivas atribuições:

III – funções de gestão da informação, monitoramento, avaliação, vigilância socioassistencial, de benefícios,


transferência de renda e CadÚnico:

(..)

c) apoiar nas atividades de diagnóstico socioterritorial, planejamento, organização e execução de ações


desenvolvidas pela gestão e pelos serviços, programas, projetos, benefícios, transferência de renda e do
CadÚnico, por meio da produção, sistematização e análise de informações territorializadas

(…)

e) realizar entrevistas com usuários para inserção de dados no Cadastro Único e demais sistemas e
cadastros relacionados à gestão dos benefícios e transferência de renda;

2.14. A entrevista avalia questões como a renda do núcleo familiar, as relações e os vínculos familiares, a
escolaridade dos membros, as condições de acesso ao trabalho, a presença ou não de deficiências, o
pertencimento a grupos populacionais tradicionais específicos (por exemplo, situação de rua) e etc.

2.15. Nesse sentido, pela sua natureza e característica de identificação de possíveis vulnerabilidades sociais,
a entrevista se constitui em um atendimento socioassistencial essencial e fundamental, interligado de forma
sistêmica e organicamente, que subsidia as equipes de referência no atendimento psicossocial realizado pela
SEDESTMIDH, seja em relação a compreensão quanto aos obstáculos enfrentados por essa pessoa ou
família em atendimento e/ou acompanhamento, ou na adoção de providências e eventuais encaminhamentos
para serviços, programas, projetos de transferência de renda, benefícios e demais políticas públicas.

2.16. Diante da contextualização, a PGDF, em outubro de 2017, manifesta-se por meio do parecer nº
887/2017.

“Ante o exposto, e o parecer no sentido de que se apresenta juridicamente viável a seleção de


organizações de assistência social para, como parte da rede socioassistencial complementar, prestarem
Ú
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serviços de atualização do CadÚnico. Dessa forma, pode-se dar continuidade ao Chamamento Público
objeto dos autos, condicionada ao cumprimento das recomendações feitas no corpo do opinativo. ”

2.17. Nessa perspectiva foi elaborado o edital nº 13/2017, do qual abre espaço para as Organizações da
Sociedade Civil (OSC), em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social,
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, para executar o que segue: atendimento,
mediante entrevista, de pessoas e famílias de baixa renda do Distrito Federal encaminhadas exclusivamente
pela SEDESTMIDH, para preenchimento dos formulários de atualização cadastral, inserção dessas
informações ou nova inscrição na base do Cadastro Único e no Sistema Integrado de Desenvolvimento
Social, nos termos do Manual do Entrevistador, e encaminhamentos à rede de serviços públicos, conforme o
grau de vulnerabilidade social identificado, no período de 06 (seis) meses, prorrogáveis por até 06 (seis)
meses.

2.18. Em fevereiro de 2018, 3 (três) OSC, apresentaram propostas de parcerias, no entanto, nenhuma foi
habilitada.

2.19. Em abril de 2018, 2 (duas) OSC, apresentaram propostas, sendo as duas habilitadas, e passiveis de
firmatura de parceria. Entretanto, apresentaram proposta para atendimento apenas nas Regiões
Administrativas de Ceilândia e São Sebastião, deixando as demais Regiões Administrativas não
contempladas, não solucionando a problemática.

2.20. A reedição do Edital de Chamamento Público – 13/2017 -SEDESTMIDH foi, então, publicada em
14/06/2018, sendo suas principais alterações a possibilidade de atuação das OSC’s em todo o DF, sendo,
ainda, atualizados os quantitativos de cadastros a serem efetuados em razão de processos vigentes, tais como
Averiguação e Revisão Cadastral - 2016 e 2017, Exclusão Lógica, Ação dos Não Localizados – Educação,
Ação de Análise de Conformidade Cadastral, demanda reprimida – 156, Inclusão de Beneficiários BPC
dentre outros.

2.21. 4 (quatro) OSC’s apresentaram propostas de pleito ao firmamento de Termo de Colaboração. As


propostas foram classificadas conforme critério de desempate, sendo publicados: em 05/07/2018, a
classificação provisória; em 11/07/2018, a classificação definitiva; em 13/07/2018 a habilitação da OSC em
1ª colocação. Em 13/07/2018 houve a apresentação de Plano de Trabalho à Secretaria, que após
considerações da AJL/SEDESTMIDH, encaminhou o processo para a PGDF conforme o que segue:

“... considerando a competência estabelecida pelo art. 4º, II, do Decreto Distrital nº 22.789/2002,
submetemos à apreciação dessa Casa Especializada o processo em tela, com as adequações devidas,
solicitando a emissão de parecer acerca da viabilidade jurídica de publicação do presente Edital, com a
finalidade proposta.

2.22. Em 22/08/2018 a PGDF se manifestou por meio do Parecer nº 674/2018-PGCONS/PGDF (11715625)


de seguinte teor:

“Em conclusão, deve ser anulado o chamamento público realizado para que na minuta corrigida exista a
previsão de que as atividades não poderão ocorrer nas próprias instalações da Secretaria, que os bens
utilizados não poderão ser locados e que os preços unitários deverão ser ao menos compatíveis com os de
mercado.”

2.23 Desta forma, em 23/08/2018, o Edital de Chamamento Público Nº13/2017 foi anulado pela
SEDESTMIDH

2.24. Diante do exposto, é indispensável que esta SEDESTMIDH busque uma alternativa que garanta
o atendimento de 290.435 (duzentos e noventa mil, quatrocentos e trinta e cinco) cadastros no período
de 12 (doze) meses para propiciar:

a) Atendimento ao processo de revisão e atualização cadastral 124.455 famílias inclusas nos processos de
Averiguação e Revisão Cadastral – 2017 e 2018, passíveis de Exclusão Lógica conforme Instruções
Operacionais nº 86/2017 e nº93/2017 – MDS.

https://sei.df.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=14810597&infra_sist… 11/14
23/11/2018 SEI/GDF - 11910222 - Nota Técnica

b) Inclusão/Atualização Cadastral de 25.055 (vinte cinco mil e cinquenta e cinco) beneficiários do Benefício
de Prestação Continuada (BPC) idosos e pessoas com deficiência residentes no Distrito Federal, no Cadastro
Único, até 31/12/2018, conforme Portaria Interministerial nº5 de 22 de dezembro de 2017. A não inclusão
implicara no cancelamento do recebimento do BPC, por parte do Beneficiário.

c) Atualização dos dados referentes à 49.112 (quarenta e nove mil, cento e doze) famílias com os cadastros
desatualizados.

d) Atualização dos dados referentes à 93.151 (noventa e três mil, cento e cinquenta e uma) famílias cujos
cadastros possuem previsão de desatualização nos próximos 12 (doze) meses.

e) Atualização/inclusão cadastral de 79.390 (senta e nove mil e trezentas e noventa) famílias em demanda
reprimida para atendimento, identificadas por meio do serviço telefônico CODEPLAN - 156.

2.25. Somados os 5 (cinco) públicos e retiradas possíveis redundâncias, conclui-se o que segue:

Tabela 5 - Demanda para Cadastro Único

Averiguação e Revisão Cadastral - 2017 125.455

Inclusão/ Atualização - BPC 25.055

Atualização cadastral – acima de 24 meses 49.112

Cadastro desatualizados pelos próximos 12 meses 93.151

Novas demandas (reprimida – 156) 79.390

SubTotal 372.163

Sem repetir registro: 290.438

2.26. Ainda, há que se considerar:

a) Inclusão de novas famílias pobres e extremamente pobres que hoje não estão inseridas no Cadastro Único;

b) Atendimento das demandas de outras Políticas Públicas que hoje utilizam o Cadastro Único como forma
de acesso a programas específicos.

2.27. Conforme relatado no item 1.15, atualmente há 54 servidores que atuam diretamente com ação
de cadastro único e gestão de benefício de transferência renda. Com este quantitativo de servidores
seriam necessários 33 meses de trabalho, pois os SECATs realizaram uma média de 6.772
atendimentos nos últimos 12 (doze) meses. Assim, para que o serviço seja realizado exclusivamente
pela SEDESTMIDH, com esse quantitativo de pessoal, a secretaria não atingirá os percentuais de
atendimentos, conforme as demandas descritas e prazos estabelecidos. Adicione-se à carência de
pessoal a carência de mobiliário e equipamentos necessários à realização dos atendimentos.

https://sei.df.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=14810597&infra_sist… 12/14
23/11/2018 SEI/GDF - 11910222 - Nota Técnica

3. Conclusão

3.1 Depreende-se do cenário descrito que há urgência na busca de uma solução para o problema da
desatualização cadastral e da demanda reprimida no âmbito do Cadastro Único de Programas Sociais.

3.2. A SEDESTMIDH vem envidando todos os esforços no sentido de preencher seus quadros com
servidores concursados e capacitados para a realização dos serviços ora demandados, e está em vias de
realizar um novo concurso público, com previsão de conclusão para o final do ano corrente. No entanto, até
que os novos servidores estejam empossados, e devidamente capacitados para exercerem suas funções, é
necessário buscar uma alternativa que previna um cancelamento maciço de benefícios sociais no Distrito
Federal.

3.2. Além disso, a SEDESTMIDH necessitaria adquirir novos equipamentos (como computadores,
impressoras, scanners, ativos de rede, entre outros) e mobiliário (mesas, cadeiras, longarinas, divisórias,
entre outros) para prestar de maneira adequada os serviços de cadastramento, o que demandaria de imediato
recursos públicos de rubricas de investimento, bem como procedimentos licitatórios diversos para aquisição
dos citados bens.

3.3. Por tudo isso, e após infrutíferas tentativas de solução por meio de parcerias com a CODEPLAN e com a
Secretaria de Educação, bem como por meio de chamamento público para OSCs, faz-se necessário a busca
de instituições privadas que possam prover as soluções completas, na velocidade e na dimensão necessárias,
para que até o final de 2018 o Distrito Federal tenha todos os cadastros atualizados e todos os novos
demandantes incluídos.

3.4. Assim sendo, e diante da anulação do Edital nº13/2017 – SEDESTMIDH, solicitamos verificação
da possibilidade de publicação de novo Edital de Chamamento Público em consideração aos
apontamentos levantados pela GDF se manifestou por meio do Parecer nº 674/2018-PGCONS/PGDF
(11715625).

Atenciosamente

[1] Os dados referentes à Taxa de Atualização Cadastral (TAC) são disponibilizados pelo MDS, por meio do
site: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php#Cadastro%20%C3%9Anico. Acesso em
23/08/2018.

Documento assinado eletronicamente por GUILHERME EMANUEL ALEIXO DE CARVALHO -


Matr.2155613-3, Coordenador(a) de Gestão de Transferência de Renda e Cadastro Único-
Subs tuto(a), em 27/08/2018, às 18:21, conforme art. 6º do Decreto n° 36.756, de 16 de
setembro de 2015, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal nº 180, quinta-feira, 17 de
setembro de 2015.

A auten cidade do documento pode ser conferida no site:


h p://sei.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
verificador= 11910222 código CRC= 04D563CA.

"Brasília - Patrimônio Cultural da Humanidade"

SEPN 515 Bloco A Ed. Banco do Brasil - 4° andar - Bairro Asa Norte - CEP 70750-501 - DF

33483541

https://sei.df.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=14810597&infra_sist… 13/14

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