Sie sind auf Seite 1von 14

APROVADO EM

30-12-2010
INFARMED

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO

Trapamafin 35 microgramas/h, sistema transdérmico


Trapamafin 52,5 microgramas/h, sistema transdérmico
Trapamafin 70 microgramas/h, sistema transdérmico

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Trapamafin 35 microgramas/h
Cada sistema transdérmico contém 20 mg de buprenorfina.
Área contendo a substância activa: 25 cm2
Velocidade nominal de libertação: 35 microgramas de buprenorfina por hora.
Excipiente: óleo de soja 16 mg

Trapamafin 52,5 microgramas/h


Cada sistema transdérmico contém 30 mg de buprenorfina.
Área contendo a substância activa: 37,5 cm2
Velocidade nominal de libertação: 52,5 microgramas de buprenorfina por hora.
Excipiente: óleo de soja 24 mg

Trapamafin 70 microgramas/h
Cada sistema transdérmico contém 40 mg de buprenorfina.
Área contendo a substância activa: 50 cm2
Velocidade nominal de libertação: 70 microgramas de buprenorfina por hora.
Excipiente: óleo de soja 32 mg

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3. FORMA FARMACÊUTICA

Sistema transdérmico.

Os sistemas transdérmicos são cor de pele, rectangulares com quatro bordos e cantos
arredondados e com a gravação Trapamafin 35 µg/h.

Os sistemas transdérmicos são cor de pele, rectangulares com quatro bordos e cantos
arredondados e com a gravação Trapamafin 52,5 µg/h.

Os sistemas transdérmicos são cor de pele, rectangulares com quatro bordos e cantos
arredondados e com a gravação Trapamafin 70 µg/h.

Cada sistema é acondicionado em saquetas individuais seladas.


APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

4.1 Indicações terapêuticas

Dor neoplásica moderada a intensa e dor intensa que não responde a analgésicos não opióides.

Trapamafin não é adequado para o tratamento da dor aguda.

4.2 Posologia e modo de administração

Doentes com idade superior a 18 anos

Deve ser administrada a menor dose possível para um alívio adequado da dor. Estão disponíveis
sistemas transdérmicos com três dosagens diferentes que permitem ajustar o tratamento para cada
caso: Trapamafin 35 microgramas/h, Trapamafin 52,5 microgramas/h e Trapamafin 70
microgramas/h.

Selecção da dose inicial:

Em doentes que não receberam qualquer tratamento prévio com opióides é recomendado um
ajuste crescente com comprimidos de buprenorfina sublingual antes da administração de
Trapamafin. Dependendo da dose de comprimidos sublinguais de buprenorfina necessária para
um alívio satisfatório da dor, a dosagem de Trapamafin deve ser escolhida da seguinte forma:

Opióides fracos
dihidrocodeína, oral 120-240 mg -360 mg -400 mg
tramadol, parentérico 100-200 mg -300 mg -600 mg
tramadol, oral 150-300 mg -450 mg
Opióides fortes
buprenorfina, parentérico 0,3-0,6 mg -0,9 mg -1,2 mg -2,4 mg
buprenorfina, sublingual 0,4-0,8 mg -1,2 mg -1,6 mg -3,2 mg
morfina, parentérico 10-20 mg -30 mg -40 mg -80 mg
morfina, oral 30-60 mg -90 mg -120 mg -240 mg
Trapamafin 35 µg/h 52,5 µg/h 70 µg/h 2 x 70 µg/h

Doentes que receberam previamente analgésicos de nível-I da escala analgésica da OMS (não
opióides) ou analgésicos de nível-II da escala analgésica da OMS (opióides fracos) também
devem iniciar o tratamento com Trapamafin 35 microgramas/h. De acordo com as recomendações
da OMS a administração de analgésicos não opióides pode continuar, dependendo do estado
clínico geral do doente.
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

Na mudança de um analgésico opióide de nível-III (opióides fortes) para Trapamafin e na escolha


da dosagem inicial do sistema transdérmico, devem ser tomados em conta a natureza, a via de
administração e a dose diária média da medicação anterior, a fim de evitar a recorrência da dor.
Geralmente, aconselha-se o ajuste da dose individualmente, iniciando-se a terapêutica com o
sistema transdérmico de dose mais baixa (Trapamafin 35 microgramas/h). A experiência clínica
demonstrou que os doentes previamente sujeitos a tratamento com doses diárias mais elevadas de
um opióide forte (o equivalente a aproximadamente 120 mg de morfina por via oral) podem
iniciar o tratamento com a dosagem de sistema transdémico imediatamente superior (ver também
secção 5.1).

De modo a permitir a adaptação individual da dose num período de tempo adequado, dever-se-á
disponibilizar analgésicos de libertação imediata complementares suficientes durante o ajuste de
dose.

A dosagem de Trapamafin necessária deve ser adaptada individualmente em cada doente e


reavaliada em intervalos regulares.

Após a primeira aplicação do sistema transdérmico Trapamafin, as concentrações séricas de


buprenorfina aumentam lentamente, tanto nos doentes que receberam tratamento prévio com
outros analgésicos como nos que não receberam. Sendo assim, é pouco provável haver um efeito
inicial rápido. Consequentemente, a primeira avaliação do efeito analgésico só deve ser feita após
24 horas.

A medicação analgésica prévia (com excepção de opióides transdérmicos) deve ser administrada
na mesma dosagem nas primeiras 12 horas após a mudança para Trapamafin, e a medicação
analgésica suplementar apropriada deverá ser administrada, se necessário, nas 12 horas seguintes.

Ajuste da dose e terapêutica de manutenção

O sistema transdérmico Trapamafin pode estar aplicado no máximo 72 horas.

O sistema transdérmico Trapamafin deve ser substituído após 72 horas (3 dias) no máximo. A
dose deve ser ajustada individualmente até o efeito analgésico ser obtido. Se a analgesia se
mostrar insuficiente no final do período da aplicação inicial, a dose pode ser aumentada, quer
aplicando mais do que um sistema transdérmico da mesma dosagem quer mudando para um de
dosagem superior. Independentemente da dosagem não devem ser aplicados mais de dois
sistemas transdérmicos ao mesmo tempo.

Antes da primeira aplicação do sistema transdérmico Trapamafin com uma dosagem superior,
deve ter-se em conta a quantidade total de opióides administrada juntamente com o adesivo
anterior, ou seja, a quantidade total de opióides necessária, devendo a dose ser ajustada de acordo.
Doentes que necessitem de um analgésico suplementar (por exemplo: exacerbação dolorosa)
durante a terapêutica de manutenção, podem tomar, por exemplo, 0,4 mg de buprenorfina
sublingual, a cada 24 horas, adicionalmente ao sistema transdérmico. Se for necessário
administrar regularmente 0,4 a 0,6 mg de buprenorfina sublingual, deverá ser utilizado o sistema
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

transdérmico de dosagem superior.

Doentes com idade inferior a 18 anos

A utilização de Trapamafin em doentes com idade inferior a 18 anos ainda não foi estudada, pelo
que, nestes casos, não se recomenda a sua utilização.

Doentes idosos

Não é necessário um ajuste da dose de Trapamafin nestes doentes.

Doentes com insuficiência renal

Uma vez que a farmacocinética da buprenorfina não é alterada pela insuficiência renal, é possível
o seu uso em insuficientes renais, incluindo doentes em diálise.

Doentes com insuficiência hepática

A buprenorfina é metabolizada no fígado. A intensidade e duração da sua acção podem ser


afectadas em doentes com função hepática alterada. Assim, doentes com compromisso hepático
devem ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento com Trapamafin.

Modo de administração

Trapamafin deve ser aplicado sobre a pele não irritada, limpa, numa superfície lisa, sem pêlos e
sem cicatrizes grandes. Os locais preferenciais na parte superior do corpo são: parte superior das
costas ou peito abaixo das clavículas. Quaisquer pêlos devem ser cortados com uma tesoura (não
rapados). Se for necessário limpar o local da aplicação, o mesmo deve ser feito com água, não
devendo ser utilizado sabão ou qualquer outro produto de limpeza. Deve ser evitado o uso de
preparações cutâneas que possam afectar a adesão do sistema transdérmico à área escolhida para
aplicação do Trapamafin.

A pele deve estar completamente seca antes da aplicação. Trapamafin deve ser aplicado
imediatamente após ser retirado da saqueta.

Trapamafin deve ser utilizado continuamente até 3 dias. Após a remoção do sistema transdérmico
anterior, um novo sistema transdérmico de Trapamafin deve ser aplicado numa zona diferente da
pele. Deve decorrer pelo menos uma semana até que um novo sistema transdérmico seja aplicado
na mesma zona da pele.

Como aplicar o sistema


APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

1. A saqueta não deve ser aberta antes de haver realmente intenção de


utilizar o sistema transdérmico.

2. Primeiro tem de ser removida a folha solta de separação.

3. Depois deve ser removida metade da película protectora do sistema


transdérmico, mas sem tocar na parte adesiva.

4. A outra metade da película protectora pode ser removida após a aplicação


de metade do sistema transdérmico na pele.

5. O sistema transdérmico tem de ser pressionado firmemente contra a pele,


com a palma da mão, durante 30 a 60 segundos, para assegurar que está
bem colado à pele, especialmente nos bordos.

6. Depois de utilizar o sistema transdérmico, as mãos devem ser lavadas


sem qualquer produto de limpeza.

Desde que o sistema seja aplicado correctamente, é muito improvável que se venha a descolar. É
possível tomar duche, banho ou nadar com o sistema colocado, mas qualquer exposição do
sistema a calor externo (por exemplo, sauna, radiação infra-vermelha) deve ser evitada.
No entanto, caso o sistema se comece a descolar antes da próxima troca, o mesmo sistema não
pode ser usado novamente, devendo ser aplicado imediatamente um novo sistema.

Como mudar de sistema

- Remoção do sistema anterior


- As extremidades adesivas do sistema devem ser dobradas uma contra a outra ficando as partes
adesivas no interior.
- O sistema deve ser cuidadosamente eliminado.
- Deve ser aplicado um novo sistema noutra zona adequada da pele (como descrito acima). A
mesma zona da pele só pode ser usada outra vez após 2 aplicações.

Duração do tratamento
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

Trapamafin não deve ser administrado, em nenhuma circunstância, mais do que durante o tempo
estritamente necessário. Se um tratamento a longo prazo com Trapamafin parecer necessário,
tendo em conta a natureza e gravidade da doença, deve ser implementada uma monitorização
cuidadosa e regular (com interrupções do tratamento, se necessário) de modo a estabelecer se e
até quando o tratamento deve ser prolongado.

Descontinuação da terapêutica com Trapamafin

Após a remoção de Trapamafin, as concentrações séricas de buprenorfina diminuem


gradualmente, e por conseguinte, o efeito analgésico mantém-se durante algum tempo. Este facto
deve ser tido em consideração se a terapêutica com Trapamafin for substituída por outro opióide.
Como regra geral, um opióide subsequente não deve ser administrado até 24 horas após a
remoção de Trapamafin. Até à data, existe ainda pouca informação disponível sobre qual deverá
ser a dose inicial de outros opióides a serem administrados após a descontinuação de Trapamafin.

4.3 Contra-indicações

Trapamafin está contra-indicado em:


- hipersensibilidade à substância activa buprenorfina, soja, amendoim ou a qualquer um dos
excipientes (Excipientes, ver secção 6.1);
- doentes opióide-dependentes e no tratamento da abstinência de narcóticos;
- casos em que o centro e a função respiratória se encontram gravemente comprometidos ou
possam vir a estar;
- doentes que estão a ser medicados com inibidores da MAO ou que os tenham tomado nas
últimas duas semanas (ver secção 4.5);
- doentes com miastenia grave;
- doentes com delirium tremens;

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Trapamafin deve ser usado com particular cuidado em casos de intoxicação aguda por álcool,
convulsões, em doentes com traumatismo craniano, choque, diminuição do estado de consciência
por causa não conhecida, hipertensão intracraniana sem possibilidade de ventilação.

A buprenorfina pode causar ocasionalmente depressão respiratória. Consequentemente, deve ser


tomada precaução no tratamento de doentes com insuficiência respiratória ou que estejam a tomar
medicamentos que possam causar depressão respiratória.

A buprenorfina causa substancialmente menor dependência do que os outros agonistas opióides


puros. Em estudos realizados com Trapamafin em voluntários sãos e doentes, não se verificaram
sintomas de abstinência. No entanto, após uso prolongado de Trapamafin, o aparecimento de
sintomas de abstinência, semelhantes aos que ocorrem com a privação de narcóticos, não pode ser
totalmente excluído (ver secção 4.8.). Estes sintomas são: agitação, ansiedade, nervosismo,
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

insónia, hipercinésia, tremores e perturbações gastrointestinais.

Em doentes com história de abuso de opióides, a sua substituição por buprenorfina pode prevenir
sintomas de privação. Isto resultou num abuso de buprenorfina, pelo que Trapamafin deve ser
prescrito com prudência a doentes em que haja suspeita de drogas.

A buprenorfina é metabolizada no fígado. A intensidade e duração do efeito podem estar


alteradas em doentes com função hepática comprometida. Por isso, estes doentes devem ser
cuidadosamente monitorizados durante o tratamento com Trapamafin.

A buprenorfina encontra-se listada pela Agência Mundial Antidopagem como substância proibida
em competição.

Febre/utilização de calor externo

A febre e a presença de calor podem aumentar a permeabilidade da pele. Teoricamente, nestas


situações, as concentrações séricas da buprenorfina podem aumentar durante o tratamento com
Trapamafin. Assim, no tratamento com Trapamafin, deve ser dada atenção à possibilidade
aumentada de ocorrência de reacções opióides em doentes febris ou com aumento da temperatura
da pele por outros factores.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Em doentes medicados com inibidores da MAO nos 14 dias anteriores à administração do opióide
petidina, foram observadas interacções graves, com perigo de vida, afectando o sistema nervoso
central e as funções respiratória e cardiovascular. A possibilidade de ocorrência das mesmas
interacções entre os inibidores da MAO e o Trapamafin não pode ser excluída (ver secção 4.3).

O uso simultâneo de Trapamafin com outros opióides, anestésicos, hipnóticos, sedativos, anti-
depressivos, neurolépticos e, em geral, medicamentos com acção depressora do centro
respiratório e do sistema nervoso central, pode potenciar os efeitos no SNC. O mesmo se aplica
ao álcool.

A administração concomitante com inibidores ou indutores do CYP 3A4 pode intensificar


(inibidores, por exemplo, o cetoconazol) ou diminuir (indutores, por exemplo, o fenobarbital,
carbamazepina, fenitoína e rifampicina) a eficácia de Trapamafin.

4.6 Gravidez e aleitamento

Gravidez

Não existem dados suficientes sobre a utilização de Trapamafin em mulheres grávidas; os estudos
em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3.). Desconhece-se o risco potencial
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

para o ser humano.

No final da gravidez, doses elevadas de buprenorfina podem induzir depressão respiratória no


recém-nascido, mesmo após um curto período de administração.

Uma administração a longo prazo de buprenorfina durante o último trimestre da gravidez pode
causar síndrome de abstinência no recém-nascido.

Assim, Trapamafin não deve ser utilizado durante a gravidez e em mulheres em risco de
engravidar que não estão a utilizar um método contraceptivo eficaz.

Aleitamento

A buprenorfina é excretada no leite materno. Em ratos, a buprenorfina inibiu a lactação.


Trapamafin não deve ser utilizado durante o aleitamento.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Mesmo quando utilizado de acordo com as instruções, Trapamafin pode afectar as reacções do
doente de tal maneira que a participação activa no tráfego rodoviário e a capacidade para operar
máquinas pode estar comprometida. Isto aplica-se particularmente quando Trapamafin é utilizado
conjuntamente com outras substâncias com acção central, incluindo álcool, tranquilizantes,
sedativos e hipnóticos.

Os doentes a usar o sistema transdérmico de Trapamafin não devem conduzir ou utilizar


máquinas, até pelo menos 24h após o sistema transdérmico ter sido removido.

4.8 Efeitos indesejáveis

Em ensaios clínicos e vigilância pós-comercialização, foram notificadas as seguintes reacções


adversas, após administração de Trapamafin.

As frequências são apresentadas como se segue:


Muito frequentes (≥ 1/10)
Frequentes (≥ 1/100, < 1/10)
Pouco frequentes (≥ 1/1000, <1/100)
Raros (≥ 1/10000, <1/1000)
Muito raros (<1/10000)
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)

As reacções adversas sistémicas mais frequentemente notificadas foram náuseas e vómitos.

As reacções adversas locais mais frequentemente notificadas foram eritema e prurido.


APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

Doenças do sistema imunitário


Muito raros: reacções alérgicas graves
Doenças do metabolismo e da nutrição
Raros: perda do apetite
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes: confusão, perturbação do sono, inquietação
Raros: efeitos psicotomiméticos (por exemplo, alucinações, ansiedade, pesadelos), diminuição da
libido
Muito raros: dependência, variação de humor
Doenças do sistema nervoso
Frequentes: cefaleia, tonturas
Pouco frequentes: sedação, sonolência
Raros: alteração da concentração, perturbações no discurso, entorpecimento, desequilíbrio,
parestesia (por exemplo, sensação de picadas ou queimadura na pele)
Muito raros: fasciculação muscular, parageusia.
Afecções oculares
Raros: perturbação visual, visão enevoada, edema da pálpebra.
Muito raros: miose
Afecções do ouvido e do labirinto
Muito raros: dor de ouvidos
Cardiopatias/Vasculopatias
Pouco frequentes: perturbações circulatórias (tais como hipotensão ou até, raramente, colapso
circulatório)
Raros: afrontamentos
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: dispneia
Raros: depressão respiratória
Muito raros: hiperventilação, soluços
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes: náusea
Frequentes: vómitos, obstipação
Pouco frequentes: boca seca
Raros: pirose
Muito raros: vómito seco
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Muito frequentes: eritema, prurido
Frequentes: exantema, diaforese
Pouco frequentes: erupção cutânea
Raros: urticária
Muito raros: pústulas, vesículas
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes: retenção urinária, perturbações da micção
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Raros: diminuição da erecção
Perturbações gerais e alterações no local de administração
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

Frequentes: edema, cansaço


Pouco frequentes: fadiga
Raros: sintomas de abstinência, reacções no local de administração
Muito raros: dor torácica

Em alguns casos ocorreram reacções alérgicas tardias com sintomas marcados de inflamação.
Nestes casos o tratamento com Trapamafin deve ser descontinuado.

A buprenorfina possui um baixo risco de dependência. Após interrupção de Trapamafin, os


sintomas de abstinência são pouco prováveis. Este facto deve-se à dissociação da buprenorfina
dos receptores opiácios ser muito lenta e à diminuição das concentrações séricas da buprenorfina
ser gradual (usualmente durante um período de 30 horas após a remoção do último sistema
transdérmico). Contudo, não é de excluir inteiramente o aparecimento de sintomas de
dependência semelhantes aos que ocorrem com o abandono dos opiáceos, depois do uso
continuado de Trapamafin. Estes sintomas incluem: agitação, ansiedade, nervosismo, insónia,
hipercinésia, tremor e perturbações gastrointestinais.

4.9 Sobredosagem

A buprenorfina possui uma ampla margem de segurança. Dada a libertação controlada de


pequenas quantidades de buprenorfina na circulação sanguínea, as concentrações elevadas ou
tóxicas de buprenorfina no sangue são pouco prováveis. A concentração sérica máxima de
buprenorfina após a aplicação do sistema transdérmico Trapamafin 70 microgramas/h é cerca de
seis vezes menor do que a de uma administração intravenosa de uma dose terapêutica de 0,3 mg
de buprenorfina.

Sintomas

Geralmente, numa sobredosagem com buprenorfina, são esperados sintomas semelhantes aos
provocados por outros analgésicos de acção central (opióides). Estes são: depressão respiratória,
sedação, sonolência, náuseas, vómitos, colapso cardiovascular e miose acentuada.

Tratamento

Devem ser aplicadas as medidas gerais de emergência. Manter as vias aéreas desobstruídas
(aspiração!). Dependendo dos sintomas, assegurar as funções respiratória e
circulatória. A naloxona tem um impacto limitado sobre o efeito depressor da função respiratória
da buprenorfina. São necessárias doses elevadas administradas em bólus repetidos ou por infusão
(por exemplo iniciando-se com a administração em bólus de 1- 2 mg por via intravenosa. Ao
atingir o efeito antagonista adequado, recomenda-se a administração por perfusão para manter
constantes os níveis plasmáticos de naloxona). Por isso, deve-se manter ventilação adequada.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 2.12 – Sistema Nervoso Central. Analgésicos estupefacientes.


Código ATC: N02AE01.

A buprenorfina é um opióide forte com actividade agonística ao nível dos receptores opióides µ e
actividade antagonística ao nível dos receptores opióides k. A buprenorfina parece ter as
características gerais da morfina, mas tem os seus próprios atributos farmacológicos e clínicos.

Adicionalmente, diversos factores, como a indicação e o quadro clínico, via de administração e


variabilidade interindividual, têm impacto na analgesia e, como tal, devem ser consideradas
quando se comparam analgésicos.

Na prática clínica diária, os diferentes opióides são classificados em termos da sua potência
relativa, embora isto deva ser considerado uma simplificação.

As reacções adversas são semelhantes às de outros analgésicos opióides fortes. A buprenorfina


parece apresentar uma capacidade para dependência inferior à morfina.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Características gerais da substância activa

A buprenorfina apresenta uma ligação às proteínas plasmáticas de cerca de 96%.

A buprenorfina é metabolizada no fígado em N-dialquilbuprenorfina (norbuprenorfina) e


metabolitos conjugados (glucorónicos). 2/3 da substância activa são eliminados pelas fezes na
forma inalterada e 1/3 é eliminado por via urinária tanto como conjugados da forma inalterada
como da forma de N-dialquilbuprenorfina. Existe evidência de recirculação entero-hepática.

Estudos em ratas não grávidas e grávidas demonstraram que a buprenorfina atravessa as barreiras
hemato-encefálica e placentária. As concentrações cerebrais (que continham apenas buprenorfina
inalterada) após administração parentérica foram 2 a 3 vezes superiores às que ocorreram após
administração oral.

Após administração intramuscular ou oral, a buprenorfina aparentemente acumula-se no lúmen


gastrointestinal fetal - presumivelmente devido à excreção biliar, e porque a circulação entero-
hepática ainda não está completamente desenvolvida.

Propriedades da buprenorfina em voluntários sãos

Após a aplicação de Trapamafin, a buprenorfina é absorvida através da pele. A entrada contínua


de buprenorfina na circulação sistémica ocorre por libertação controlada através do sistema
adesivo que possui uma matriz à base de polímeros.
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

Após a aplicação inicial de Trapamafin, as concentrações plasmáticas de buprenorfina aumentam


gradualmente, e após 4 a 12 horas as concentrações plasmáticas atingem a concentração mínima
eficaz de 100 pg/ml. Através de ensaios realizados com Trapamafin 35 microgramas/h,
determinou-se uma Cmáx média de 273 pg/ml e um tmáx médio de 34 h, e com Trapamafin 70
microgramas/h, uma Cmáx média de 425 pg/ml e um tmáx médio de 29 h.

Após a remoção de Trapamafin, as concentrações plasmáticas de buprenorfina diminuem de


modo constante, sendo eliminadas com um tempo de semi-vida de cerca de 25 horas (variando
entre 24 e 27 horas). Devido à absorção contínua da buprenorfina a partir do depósito cutâneo a
eliminação é mais lenta que após a administração intravenosa.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Estudos toxicológicos padrão não evidenciaram qualquer risco potencial para o ser humano. Em
testes com doses repetidas de buprenorfina em ratos, o aumento de peso corporal foi reduzido.

Estudos realizados em ratos, no que respeita à fertilidade e à capacidade geral de reprodução, não
evidenciaram efeitos prejudiciais. Estudos em ratos e coelhos revelaram sinais de fetotoxicidade e
aumento das perdas fetais pós-implantação.

Estudos efectuados em ratos evidenciaram uma diminuição do crescimento intrauterino, atrasos


no desenvolvimento de certas funções neurológicas e aumento da mortalidade peri e pós natal em
recém-nascidos após tratamento das mães durante a gravidez e o aleitamento.

Demonstrou-se que as complicações no parto e a redução da lactação contribuíram para estes


efeitos. Não há evidência de embriotoxicidade, incluindo teratogenicidade em ratos ou coelhos.

Estudos in vitro e in vivo sobre o potencial mutagénico da buprenorfina não evidenciaram


quaisquer efeitos clínicos relevantes.

Em estudos a longo prazo em ratos e ratinhos não se verificou qualquer potencial carcinogénico
relevante para o ser humano.

Os dados toxicológicos disponíveis não indicaram um potencial sensibilizante por parte dos
aditivos do sistema transdérmico.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS

6.1 Lista de excipientes

Matriz adesiva contendo o medicamento:


APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

Duro-tak 87-6173,
Aloé barbadensis, extracto de folhas (também contém óleo de soja refinado e alfa-tocoferol,
acetato).

Película de suporte: poliéster revestido com fluopolímero.

Revestimento protector com corte para facilitar a remoção: película de poliéster siliconizado (para
ser retirado antes da aplicação).

6.2 Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3 Prazo de validade

18 meses.

6.4 Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 25ºC.


Não congelar.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Cada sistema transdérmico é coberto por uma folha de protecção solta de película de PETP
siliconada e é acondicionado individualmente em saquetas seladas. A saqueta é feita de
PETP/Alumínio/PE. As embalagens contêm 4, 8, 16 e 24 (6 x 4) sistemas transdérmicos selados
individualmente.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação

Grandes quantidades de buprenorfina permanecem nos sistemas transdérmicos, mesmo após


utilização. Os sistemas transdérmicos usados devem ser dobrados com a superfície adesiva para
dentro e eliminados, ou sempre que possível, devolvidos à farmácia. Qualquer medicamento não
utilizado deve ser eliminado ou devolvido à farmácia.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Acino AG
Am Windfeld 35
APROVADO EM
30-12-2010
INFARMED

83714 Miesbach
Alemanha

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE


INTRODUÇÃO NO MERCADO

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Das könnte Ihnen auch gefallen