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30-12-2010
INFARMED
1. NOME DO MEDICAMENTO
Trapamafin 35 microgramas/h
Cada sistema transdérmico contém 20 mg de buprenorfina.
Área contendo a substância activa: 25 cm2
Velocidade nominal de libertação: 35 microgramas de buprenorfina por hora.
Excipiente: óleo de soja 16 mg
Trapamafin 70 microgramas/h
Cada sistema transdérmico contém 40 mg de buprenorfina.
Área contendo a substância activa: 50 cm2
Velocidade nominal de libertação: 70 microgramas de buprenorfina por hora.
Excipiente: óleo de soja 32 mg
3. FORMA FARMACÊUTICA
Sistema transdérmico.
Os sistemas transdérmicos são cor de pele, rectangulares com quatro bordos e cantos
arredondados e com a gravação Trapamafin 35 µg/h.
Os sistemas transdérmicos são cor de pele, rectangulares com quatro bordos e cantos
arredondados e com a gravação Trapamafin 52,5 µg/h.
Os sistemas transdérmicos são cor de pele, rectangulares com quatro bordos e cantos
arredondados e com a gravação Trapamafin 70 µg/h.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Dor neoplásica moderada a intensa e dor intensa que não responde a analgésicos não opióides.
Deve ser administrada a menor dose possível para um alívio adequado da dor. Estão disponíveis
sistemas transdérmicos com três dosagens diferentes que permitem ajustar o tratamento para cada
caso: Trapamafin 35 microgramas/h, Trapamafin 52,5 microgramas/h e Trapamafin 70
microgramas/h.
Em doentes que não receberam qualquer tratamento prévio com opióides é recomendado um
ajuste crescente com comprimidos de buprenorfina sublingual antes da administração de
Trapamafin. Dependendo da dose de comprimidos sublinguais de buprenorfina necessária para
um alívio satisfatório da dor, a dosagem de Trapamafin deve ser escolhida da seguinte forma:
Opióides fracos
dihidrocodeína, oral 120-240 mg -360 mg -400 mg
tramadol, parentérico 100-200 mg -300 mg -600 mg
tramadol, oral 150-300 mg -450 mg
Opióides fortes
buprenorfina, parentérico 0,3-0,6 mg -0,9 mg -1,2 mg -2,4 mg
buprenorfina, sublingual 0,4-0,8 mg -1,2 mg -1,6 mg -3,2 mg
morfina, parentérico 10-20 mg -30 mg -40 mg -80 mg
morfina, oral 30-60 mg -90 mg -120 mg -240 mg
Trapamafin 35 µg/h 52,5 µg/h 70 µg/h 2 x 70 µg/h
Doentes que receberam previamente analgésicos de nível-I da escala analgésica da OMS (não
opióides) ou analgésicos de nível-II da escala analgésica da OMS (opióides fracos) também
devem iniciar o tratamento com Trapamafin 35 microgramas/h. De acordo com as recomendações
da OMS a administração de analgésicos não opióides pode continuar, dependendo do estado
clínico geral do doente.
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De modo a permitir a adaptação individual da dose num período de tempo adequado, dever-se-á
disponibilizar analgésicos de libertação imediata complementares suficientes durante o ajuste de
dose.
A medicação analgésica prévia (com excepção de opióides transdérmicos) deve ser administrada
na mesma dosagem nas primeiras 12 horas após a mudança para Trapamafin, e a medicação
analgésica suplementar apropriada deverá ser administrada, se necessário, nas 12 horas seguintes.
O sistema transdérmico Trapamafin deve ser substituído após 72 horas (3 dias) no máximo. A
dose deve ser ajustada individualmente até o efeito analgésico ser obtido. Se a analgesia se
mostrar insuficiente no final do período da aplicação inicial, a dose pode ser aumentada, quer
aplicando mais do que um sistema transdérmico da mesma dosagem quer mudando para um de
dosagem superior. Independentemente da dosagem não devem ser aplicados mais de dois
sistemas transdérmicos ao mesmo tempo.
Antes da primeira aplicação do sistema transdérmico Trapamafin com uma dosagem superior,
deve ter-se em conta a quantidade total de opióides administrada juntamente com o adesivo
anterior, ou seja, a quantidade total de opióides necessária, devendo a dose ser ajustada de acordo.
Doentes que necessitem de um analgésico suplementar (por exemplo: exacerbação dolorosa)
durante a terapêutica de manutenção, podem tomar, por exemplo, 0,4 mg de buprenorfina
sublingual, a cada 24 horas, adicionalmente ao sistema transdérmico. Se for necessário
administrar regularmente 0,4 a 0,6 mg de buprenorfina sublingual, deverá ser utilizado o sistema
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A utilização de Trapamafin em doentes com idade inferior a 18 anos ainda não foi estudada, pelo
que, nestes casos, não se recomenda a sua utilização.
Doentes idosos
Uma vez que a farmacocinética da buprenorfina não é alterada pela insuficiência renal, é possível
o seu uso em insuficientes renais, incluindo doentes em diálise.
Modo de administração
Trapamafin deve ser aplicado sobre a pele não irritada, limpa, numa superfície lisa, sem pêlos e
sem cicatrizes grandes. Os locais preferenciais na parte superior do corpo são: parte superior das
costas ou peito abaixo das clavículas. Quaisquer pêlos devem ser cortados com uma tesoura (não
rapados). Se for necessário limpar o local da aplicação, o mesmo deve ser feito com água, não
devendo ser utilizado sabão ou qualquer outro produto de limpeza. Deve ser evitado o uso de
preparações cutâneas que possam afectar a adesão do sistema transdérmico à área escolhida para
aplicação do Trapamafin.
A pele deve estar completamente seca antes da aplicação. Trapamafin deve ser aplicado
imediatamente após ser retirado da saqueta.
Trapamafin deve ser utilizado continuamente até 3 dias. Após a remoção do sistema transdérmico
anterior, um novo sistema transdérmico de Trapamafin deve ser aplicado numa zona diferente da
pele. Deve decorrer pelo menos uma semana até que um novo sistema transdérmico seja aplicado
na mesma zona da pele.
Desde que o sistema seja aplicado correctamente, é muito improvável que se venha a descolar. É
possível tomar duche, banho ou nadar com o sistema colocado, mas qualquer exposição do
sistema a calor externo (por exemplo, sauna, radiação infra-vermelha) deve ser evitada.
No entanto, caso o sistema se comece a descolar antes da próxima troca, o mesmo sistema não
pode ser usado novamente, devendo ser aplicado imediatamente um novo sistema.
Duração do tratamento
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Trapamafin não deve ser administrado, em nenhuma circunstância, mais do que durante o tempo
estritamente necessário. Se um tratamento a longo prazo com Trapamafin parecer necessário,
tendo em conta a natureza e gravidade da doença, deve ser implementada uma monitorização
cuidadosa e regular (com interrupções do tratamento, se necessário) de modo a estabelecer se e
até quando o tratamento deve ser prolongado.
4.3 Contra-indicações
Trapamafin deve ser usado com particular cuidado em casos de intoxicação aguda por álcool,
convulsões, em doentes com traumatismo craniano, choque, diminuição do estado de consciência
por causa não conhecida, hipertensão intracraniana sem possibilidade de ventilação.
Em doentes com história de abuso de opióides, a sua substituição por buprenorfina pode prevenir
sintomas de privação. Isto resultou num abuso de buprenorfina, pelo que Trapamafin deve ser
prescrito com prudência a doentes em que haja suspeita de drogas.
A buprenorfina encontra-se listada pela Agência Mundial Antidopagem como substância proibida
em competição.
Em doentes medicados com inibidores da MAO nos 14 dias anteriores à administração do opióide
petidina, foram observadas interacções graves, com perigo de vida, afectando o sistema nervoso
central e as funções respiratória e cardiovascular. A possibilidade de ocorrência das mesmas
interacções entre os inibidores da MAO e o Trapamafin não pode ser excluída (ver secção 4.3).
O uso simultâneo de Trapamafin com outros opióides, anestésicos, hipnóticos, sedativos, anti-
depressivos, neurolépticos e, em geral, medicamentos com acção depressora do centro
respiratório e do sistema nervoso central, pode potenciar os efeitos no SNC. O mesmo se aplica
ao álcool.
Gravidez
Não existem dados suficientes sobre a utilização de Trapamafin em mulheres grávidas; os estudos
em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3.). Desconhece-se o risco potencial
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Uma administração a longo prazo de buprenorfina durante o último trimestre da gravidez pode
causar síndrome de abstinência no recém-nascido.
Assim, Trapamafin não deve ser utilizado durante a gravidez e em mulheres em risco de
engravidar que não estão a utilizar um método contraceptivo eficaz.
Aleitamento
Mesmo quando utilizado de acordo com as instruções, Trapamafin pode afectar as reacções do
doente de tal maneira que a participação activa no tráfego rodoviário e a capacidade para operar
máquinas pode estar comprometida. Isto aplica-se particularmente quando Trapamafin é utilizado
conjuntamente com outras substâncias com acção central, incluindo álcool, tranquilizantes,
sedativos e hipnóticos.
Em alguns casos ocorreram reacções alérgicas tardias com sintomas marcados de inflamação.
Nestes casos o tratamento com Trapamafin deve ser descontinuado.
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Geralmente, numa sobredosagem com buprenorfina, são esperados sintomas semelhantes aos
provocados por outros analgésicos de acção central (opióides). Estes são: depressão respiratória,
sedação, sonolência, náuseas, vómitos, colapso cardiovascular e miose acentuada.
Tratamento
Devem ser aplicadas as medidas gerais de emergência. Manter as vias aéreas desobstruídas
(aspiração!). Dependendo dos sintomas, assegurar as funções respiratória e
circulatória. A naloxona tem um impacto limitado sobre o efeito depressor da função respiratória
da buprenorfina. São necessárias doses elevadas administradas em bólus repetidos ou por infusão
(por exemplo iniciando-se com a administração em bólus de 1- 2 mg por via intravenosa. Ao
atingir o efeito antagonista adequado, recomenda-se a administração por perfusão para manter
constantes os níveis plasmáticos de naloxona). Por isso, deve-se manter ventilação adequada.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
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A buprenorfina é um opióide forte com actividade agonística ao nível dos receptores opióides µ e
actividade antagonística ao nível dos receptores opióides k. A buprenorfina parece ter as
características gerais da morfina, mas tem os seus próprios atributos farmacológicos e clínicos.
Na prática clínica diária, os diferentes opióides são classificados em termos da sua potência
relativa, embora isto deva ser considerado uma simplificação.
Estudos em ratas não grávidas e grávidas demonstraram que a buprenorfina atravessa as barreiras
hemato-encefálica e placentária. As concentrações cerebrais (que continham apenas buprenorfina
inalterada) após administração parentérica foram 2 a 3 vezes superiores às que ocorreram após
administração oral.
Estudos toxicológicos padrão não evidenciaram qualquer risco potencial para o ser humano. Em
testes com doses repetidas de buprenorfina em ratos, o aumento de peso corporal foi reduzido.
Estudos realizados em ratos, no que respeita à fertilidade e à capacidade geral de reprodução, não
evidenciaram efeitos prejudiciais. Estudos em ratos e coelhos revelaram sinais de fetotoxicidade e
aumento das perdas fetais pós-implantação.
Em estudos a longo prazo em ratos e ratinhos não se verificou qualquer potencial carcinogénico
relevante para o ser humano.
Os dados toxicológicos disponíveis não indicaram um potencial sensibilizante por parte dos
aditivos do sistema transdérmico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Duro-tak 87-6173,
Aloé barbadensis, extracto de folhas (também contém óleo de soja refinado e alfa-tocoferol,
acetato).
Revestimento protector com corte para facilitar a remoção: película de poliéster siliconizado (para
ser retirado antes da aplicação).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
18 meses.
Cada sistema transdérmico é coberto por uma folha de protecção solta de película de PETP
siliconada e é acondicionado individualmente em saquetas seladas. A saqueta é feita de
PETP/Alumínio/PE. As embalagens contêm 4, 8, 16 e 24 (6 x 4) sistemas transdérmicos selados
individualmente.
Acino AG
Am Windfeld 35
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83714 Miesbach
Alemanha