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CURITIBA
2017
GEORGE ASSAD AMARI
CURITIBA
2017
TERMO DE APROVAÇÃO
Trabalho Final de Curso apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso
de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná – UFPR e obtenção do título
de bacharel em Engenharia Civil, aprovado pela seguinte banca examinadora:
_______________________________________________
Profª. Dra. Lia Yamamoto
Orientadora – Departamento de Construção Civil, UFPR.
_______________________________________________
Prof. Dr. Vitor Pereira Faro
Co-orientador – Departamento de Construção Civil, UFPR
_______________________________________________
Profª. Dra. Isabella Andreczevski Chaves
Departamento de Construção Civil, UFPR
AGRADECIMENTOS
In most engineering projects usually the structural and geotechnical analysis are
performed independently by the various engineers who design a building. In this
context, the soil-structure interaction, that is, the redistribution of effort caused by the
settlement in the structure is not considered. In a conventional analysis rigid supports
are used as a form of simplification and this is not always recommended. The objective
of this work is to perform a structural analysis taking into account the soil-structure
interaction (SSI) and verify how it affects the redistribution of efforts and the final
settlements by verifying the vertical displacements of a finished building using the
structural calculation software TQS. The studied building was constructed on deep
foundations built by driven piles and the settlements were calculated based on field
measurements made by RUSSO NETO (2005). A ratio was calculated to compare
results obtained in reality to those obtained through TQS. The influence of the
consideration of the flexibility of the foundation in the efforts on the pillars was then
verified as a way to quantitatively analyze the difference between the rigid model and
the soil-structure interaction model. The interference of the constructive sequence in
the redistribution was also analyzed. Finally, differences between all the analyzed
models were established and the behavior of the structure under the action of these
changes of load was verified.
Romanos
Gregos
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 18
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................. 18
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 20
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 22
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 23
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................... 23
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 25
3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SOLO .................................................................. 31
3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 31
3.2 TENSÕES NO SOLO ......................................................................................... 32
3.3 RELAÇÃO TENSÃO-DEFORMAÇÃO ................................................................ 35
3.3.1 Módulo de Elasticidade (E) .............................................................................. 35
3.3.2 Coeficiente de Poisson (ν) ............................................................................... 36
3.3.3 Modelos Reológicos do Solo ........................................................................... 37
3.3.4 Modelo de Winkler ........................................................................................... 38
3.4 MÉTODOS DE PREVISÃO DE RECALQUES EM ESTACAS ISOLADAS ........ 40
3.4.1 Métodos baseados na Teoria da Elasticidade ................................................. 40
3.4.1.1 Método de Poulos & Davis ........................................................................... 40
3.4.1.2 Método de Aoki e Lopes ............................................................................... 44
3.5 MÉTODOS DE PREVISÃO DE RECALQUES EM GRUPO DE ESTACAS ....... 45
3.6 INVESTIGAÇÃO DO SOLO ............................................................................... 48
3.6.1 Ensaio de simples reconhecimento (SPT)....................................................... 48
3.6.2 Cone Penetration Test (CPT) .......................................................................... 50
4 INTERAÇÃO SOLO ESTRUTURA ....................................................................... 51
4.1 FATORES DE INFLUÊNCIA NA INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA ................ 51
4.2 PARAMETROS DE INFLUENCIA NA INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA ........ 56
4.2.1 Rigidez relativa solo-estrutura (KSS) ................................................................ 56
4.2.2 Razão de uniformização do recalque (RU) ...................................................... 57
4.2.3 Fator de contribuição na uniformização do recalque (FC) ............................... 57
4.2.4 Fator de recalque absoluto (AR) ..................................................................... 57
4.2.5 Fator de recalque diferencial (DR) .................................................................. 58
5 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 59
5.1 LOCAL DA OBRA EM ESTUDO ........................................................................ 59
5.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS............................................................................... 60
5.2.1 Cidade de Curitiba ........................................................................................... 60
5.2.2 Campus da PUC-PR ....................................................................................... 62
5.3 CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA ....................................................................... 69
5.3.1 Superestrutura ................................................................................................. 69
5.3.2 Infraestrutura ................................................................................................... 71
5.4 NOÇÕES DO SOFTWARE CAD/TQS ............................................................... 76
5.4.1 Sistema de Interação Solo-Estrutura ............................................................... 77
6 RESULTADOS ...................................................................................................... 84
6.1 MODELO RÍGIDO E MODELO ISE SEM PROCESSO CONSTRUTIVO........... 84
6.1.1 Redistribuição de carga nos pilares ................................................................ 84
6.1.2 Comparação com o modelo existente ............................................................. 88
6.2 MODELO ISE COM O PROCESSO CONSTRUTIVO ........................................ 90
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................... 98
7.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................... 100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 102
18
1 INTRODUÇÃO
Conforme AOKI (1986) apud KHOURI (2005), deve haver uma integração
entre os sistemas estrutural e geotécnico, exigindo assim um modelo acoplado em
que ocorrerá a transferência de carga para o solo através de um tipo de fundação
escolhido pelo engenheiro. Essa transferência de cargas deve levar em conta o
comportamento não-linear do solo e as cargas ao longo dos elementos de fundação.
Assim, KHOURI (2005) recomenda o uso da análise acoplada como forma de avaliar
19
1.2 JUSTIFICATIVA
(a) Tubulação para transporte de água. (Fonte: (b) Túnel. (Fonte: Creci-RJ)
Portal Metalica)
21
Como exemplo disso, pode-se encontrar recalques de até 120 cm, com os prédios
recalcando ou um em direção ao outro ou em direções opostas. A autora ainda cita
que esses recalques não ocorrem em toda a Orla de Santos, somente em um trecho
denominado “Faixa Crítica”, onde estão localizados os prédios que apresentam
maiores recalques diferenciais perceptíveis. Essa “Faixa Crítica” é delimitada na
Figura 1.4.
FIGURA 1.4 – FOTO AÉREA DA CIDADE DE SANTOS, COM DESTAQUE PARA A “FAIXA
CRÍTICA”
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1 RAMALHO, M. A. (1990). Sistema para análise de estruturas considerando interação com meio
elástico. São Carlos. 389 p. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo.
2 MINDLIN, R. D. (1936). Force at a point in the interior of a semi-infinite solid. Physics, v. 7, p. 195-
202.
27
redistribuição dos esforços. Ele ainda destaca que houve um aumento no consumo
de aço com a consideração dos recalques.
De acordo com IWAMOTO (2000) existem divergências quanto a concepção
de origem estrutural e a geotécnica. Um dos pontos a se destacar é o sistema de
referência adotado, que para o primeiro é do solo para cima e para o segundo é do
solo para baixo. Todavia, ambos estariam equivocados uma vez que esse ponto é
deslocável. Deste modo, o ponto correto a ser adotado seria um abaixo do solo onde
a indeslocabilidade poderia ser considerada. Porém o autor utilizou para o trabalho os
eixos tradicionais, para manter a lógica dos dados de materiais já estudados.
Em seu estudo, buscou quantificar os esforços secundários devido ao
recalque do solo, avaliando a importância da estabilidade global devido a estas
diferenças geradas pelo recalque. No estudo foram apresentados modelos da
interação solo-estrutura simplificados, métodos que consideram o efeito da interação
solo-estaca, que segundo POULOS4, subdividem-se em:
tridimensionais de edifícios altos. São Carlos. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São
Carlos – Universidade de São Paulo.
6 MARTINS, C. H. (1998). Contribuição da rigidez à flexão das lajes, na distribuição dos esforços
3.1 INTRODUÇÃO
PINTO (2006) define como tensão normal (σ) a resultante das parcelas
normais ao plano (∑N) dividida pela área de contato entre os grãos (A), dada pela
equação:
∑𝑁
𝜎= (3.1)
𝐴
33
∑𝑇
𝜏= (3.2)
𝐴
A tensão vertical (σv) sobre a massa de solo acima do nível d’água (plano A)
é dada por:
𝛾𝑛 ×𝑉
𝜎𝑣 = = 𝛾𝑛 × 𝑍𝐴 (3.3)
𝐴
Onde:
34
𝑢 = (𝑍𝐵 − 𝑍𝑊 ) × 𝛾𝑊 (3.4)
Onde:
Assim, de acordo com TERZAGHI7 (1925), a tensão total pode ser dividida em
duas componentes:
Com isso foi criado o Princípio das Tensões Efetivas de Terzaghi, cuja ideia
principal é dada pela equação:
𝜎′ = 𝜎 − 𝑢 (3.5)
7TERZAGHI, K. Die Berechung der Durchlassigkeitsziffer des Tones aus dem Verlauf der
Hydrodynamischen Spannungserscheinungen. Akademie der Wissenchaften in Wein, 1925.
35
𝜎𝑧
𝐸= (3.6)
𝜀𝑧
TELES (2013) ainda ressalta que, pelo fato do solo ser heterogêneo, este não
possui um comportamento elástico-linear, portanto, o valor do módulo de elasticidade
não é constante e um parcela das deformações é irreversível (deformação plástica).
A tabela 3.1 mostra faixas de valores típicas do módulo de elasticidade de
vários tipos de solo:
36
SOLO E (MPa)
Argila muito mole 2 – 15
Argila mole 5 – 25
Argila média 15 – 50
Argila dura 50 – 100
Argila arenosa 25 – 250
Areia siltosa 5 – 20
Areia fofa 10 – 25
Areia compacta 50 – 81
Areia fofa e pedregulhos 50 – 150
Areia compacta e pedregulhos 100 – 200
Silte 2 – 20
FONTE: Bowles, 1988
𝜀
𝜈 = − 𝜀 𝑡𝑟𝑎𝑠𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 (3.7)
𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙
SOLO 𝜈
Argila saturada 0,40 – 0,50
Argila parcialmente saturada 0,10 – 0,30
Argila arenosa 0,20 – 0,30
Silte 0,30 – 0,35
Areia, comumente usada 0,30 – 0,40
FONTE: Bowles, 1988
𝑞 = 𝐾𝑣 × 𝑤 (3.8)
Onde:
9 WINKLER, E. Die Lehre von der Elastizitat und Festigkeit. Prague: Dominicius, 1867.
39
O procedimento criado por POULOS & DAVIS (1980) e descrito por TAVARES
(2012) envolve o uso da solução de Mindlin, onde o carregamento age na superfície
das estacas. A hiperestaticidade do sistema estaca-solo é resolvida compatibilizando
os deslocamentos do solo e da estaca.
RUSSO NETO (2005) divide as estacas em n elementos, com geometria da
estaca de diâmetro d e comprimento L, com um módulo de elasticidade próprio (Ep).
O solo possui espessura h, coeficiente de Poisson 𝜈𝑠 e módulo de elasticidade Es.
A Figura 3.8 representa os parâmetros utilizados para a análise dos recalques
do solo.
41
FIGURA 3.8 – MODELO DE POULOS E DAVIS: (A) O PROBLEMA ANALISADO. (B) O ELEMENTO
DE ESTACA. (C) A AÇÃO DA ESTACA SOBRE O SOLO. (D) A AÇÃO DO SOLO SOBRE A ESTACA
𝐸𝑝
𝐾= 𝑅𝐴 (3.9)
𝐸𝑠
Onde:
𝐴𝑝
𝑅𝐴 = 𝜋𝑑2 / 4 (3.10)
E:
𝑃𝐼
𝜌 = 𝐸𝑑 (3.11)
42
onde:
𝐼 = 𝐼0 𝑅𝐾 𝑅ℎ 𝑅𝑣 𝑅𝑏 (3.12)
FIGURA 3.9 – FATORES PARA O CÁLCULO DO RECALQUE DE ESTACAS: (A) FATOR I0. (B)
CORREÇÃO DEVIDO A COMPRESSIBILIDADE DA ESTACA. (C) CORREÇÃO DEVIDO A
ESPESSURA DA CAMADA COMPRESSÍVEL. (D) CORREÇÃO DO COEFICIENTE DE POISSON
FIGURA 3.10 – FATOR DE CORREÇÃO PARA A PONTA DA ESTACA EM SOLO RÍGIDO: (A)
L/B=75. (B) L/B=50. (C) L/B=25. (D) L/B=10. (E) L/B=5
Onde:
𝑅1 = √𝑟 2 + (𝑧 − 𝑐)2 (3.14)
𝑅2 = √𝑟 2 + (𝑧 + 𝑐)2 (3.15)
1 𝑐+1
𝛿𝑝 = 𝐴𝐸 ∫𝑐 𝑁(𝑧)𝑑𝑧 (3.16)
𝑝
Esse fator α pode ser definido através de gráficos que o relacionam com o
espaçamento entre as estacas (s/B), fator de rigidez (K) e relação L/B, dados pela
Figura 3.12.
𝛼 = 𝛼𝑁ℎ 𝑁𝑣 𝑁𝑏 (3.18)
Onde:
≤4 Fofa (o)
5a8 Pouco compacta (o)
Areias e siltes arenosos 9 a 18 Medianamente compacta (o)
19 a 40 Compacta (o)
> 40 Muito compacta(o)
≤2 Muito mole
3a5 Mole
Argilas e siltes argilosos 6 a 10 Média (o)
11 a 19 Rija (o)
> 19 Dura (o)
FONTE: Holanda, 1998, modificado pelos autores.
𝑁1 𝑒1 = 𝑁2 𝑒2 (3.20)
Em seu estudo, SANTOS (2014) afirma que uma análise da influência da ISE
pode ser realizada através de parâmetros. Cita ainda que a partir de estudos de
GUSMÃO (1994) e POULOS (1975), obtiveram os seguintes parâmetros.
𝐸𝐼
𝐾𝑒 𝑛∑ 4
𝑙
𝐾𝑠𝑠 = = (4.1)
𝐾𝑠 𝐸𝑠
57
Onde:
Ke – rigidez da estrutura;
Ks – rigidez do solo;
n – número de pavimentos da edificação;
E – módulo de elasticidade dos elementos estruturais;
I – momento de inércia da viga típica da estrutura;
Es – módulo de elasticidade do solo;
l – comprimento dos vãos.
∆𝑤
𝑅𝑈 = ∆𝑤 𝑖𝑠𝑒 (4.2)
𝑐𝑜𝑛𝑣
𝛿 −𝛿
𝐹𝐶 = 𝛿 1−𝛿 𝑛 (4.3)
1 15
𝑤𝑖
𝐴𝑅 = ̅
(4.4)
𝑤
58
[𝑤𝑖 −𝑤
̅]
𝐷𝑅 = ̅
(4.5)
𝑤
5 MATERIAIS E MÉTODOS
por sedimentos (Formação Guabirotuba e Tinguis), que são mais detalhados na tabela
5.1 (SALAMUNI, 1998).
Num âmbito mais local, foi possível analisar a camada de solo ao redor do
prédio em questão. Nisso, foram feitos 30 furos de sondagem à percussão (SPT) em
momentos distintos, em que se concluiu que o solo é de origem sedimentar, categoria
que se enquadra na Formação Guabirotuba descrita no item anterior. (RUSSO NETO,
2005).
A tabela 5.2 mostra a localização e a quantidade de furos de sondagem que
foram realizados.
63
Local Nº de furos
Jurídicas e Sociais 6
Biblioteca 6
Farmácia 5
Biomédicas 6
Bloco Acadêmico 3
Maquetaria 2
Engenharia Química/Alimentos 2
FONTE: Russo Neto, 2005
5.3.1 Superestrutura
5.3.2 Infraestrutura
• Gerenciador;
• Editor de Aplicações Gráficas – EAG ou Editor Gráfico;
• CAD/Formas;
• Grelha-TQS;
• Pórtico-TQS;
• CAD/Lajes;
• CAD/Vigas;
• CAD/Pilares;
• CAD/Fundações;
• SISES;
• Escadas-TQS;
• CAD AGC-DP;
• CAD/Alvest;
• TQS-PREO.
ISE.
Para o estabelecimento dessa proporção, foi utilizada a expressão dada por
Poulos & Davis (mencionada no item 3.4.1.1, equação 3.11):
𝑃𝐼
𝜌 = 𝐸𝑑 (5.1)
𝑃𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 𝐼
𝜌𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 = (5.2)
𝐸𝑆 𝑑
𝑃 𝐼
𝐸𝑆 = 𝜌 𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 𝑑 (5.4)
𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂
𝑃𝑇𝑅𝐴𝐵 𝐼
𝜌𝑇𝑅𝐴𝐵 = (5.5)
𝐸𝑆 𝑑
𝑃𝑇𝑅𝐴𝐵 𝐼
𝜌𝑇𝑅𝐴𝐵 = 𝑃𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 𝐼 (5.6)
𝑑
𝜌𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 𝑑
A variável d (diâmetro das estacas) é igual para os dois casos (já que está
sendo estudado o mesmo edifício) e a variável I (fator de influência) também é igual
nos dois casos (já que é um fator que depende da estaca e do solo, que são idênticos).
Com isso, pode-se desenvolver a equação 5.6:
80
𝑃
𝑇𝑅𝐴𝐵 𝐼
𝜌𝑇𝑅𝐴𝐵 = 𝑃𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 𝐼 (5.7)
𝜌𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂
𝜌𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂
𝜌𝑇𝑅𝐴𝐵 = 𝑃𝑇𝑅𝐴𝐵 𝐼 (5.8)
𝑃𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 𝐼
𝜌𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂
𝜌𝑇𝑅𝐴𝐵 = 𝑃𝑇𝑅𝐴𝐵 (5.9)
𝑃𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂
𝑃𝑇𝑅𝐴𝐵
𝜌𝑇𝑅𝐴𝐵 = 𝜌𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂 (5.10)
𝑃𝑅𝑈𝑆𝑆𝑂
Portanto, conclui-se que o recalque que deve ser calculado depende apenas
da relação entre as cargas dos pilares nas duas considerações multiplicado pelo
recalque encontrado por Russo Neto.
Utilizando a equação 5.10, foram calculados os recalques iniciais para cada
pilar considerado nesse trabalho, em cada um dos casos que serão analisados, que
são os seguintes:
TABELA 5.4 – RESUMO DAS CARGAS E RECALQUES CALCULADOS PARA O EDIFÍCIO INTEIRO
E PARA UM PAVIMENTO
continua
Pilar Pcalc edifício (KN) δcalc edifício (mm) Pcalc 1 pav (KN) δcalc 1 pav (mm)
01 637 0,96 214 0,32
02 746 1,12 253 0,38
03 742 2,40 252 0,81
04 632 1,67 212 0,56
81
TABELA 5.4 – RESUMO DAS CARGAS E RECALQUES CALCULADOS PARA O EDIFÍCIO INTEIRO
E PARA UM PAVIMENTO
conclusão
Pilar Pcalc edifício (KN) δcalc edifício (mm) Pcalc 1 pav (KN) δcalc 1 pav (mm)
05 1069 3,66 347 1,19
06 1224 4,25 400 1,39
07 1221 3,09 399 1,01
08 1062 2,32 345 0,75
09 1041 3,59 341 1,17
10 1196 4,24 393 1,39
11 1198 3,04 394 1,00
12 1039 2,34 340 0,77
13 1064 2,87 346 0,93
14 1220 4,47 399 1,46
15 1239 5,59 408 1,84
16 1078 2,96 354 0,97
17 634 3,15 213 1,06
18 735 3,26 249 1,10
19 733 2,65 247 0,89
20 626 0,93 208 0,31
FONTE: Os autores.
TABELA 5.5 – RESUMO DAS CARGAS E RECALQUES CALCULADOS PARA DOIS E TRÊS
PAVIMENTOS DO EDIFÍCIO
continua
Pilar Pcalc 2 pav (KN) δcalc 2 pav (mm) Pcalc 3 pav (KN) δcalc 3 pav (mm)
01 353 0,53 492 0,74
02 421 0,63 588 0,89
03 418 1,35 584 1,89
04 351 0,93 490 1,29
05 584 2,00 820 2,81
06 678 2,35 955 3,32
07 675 1,71 952 2,41
08 580 1,27 814 1,78
09 571 1,97 801 2,76
10 665 2,35 936 3,31
11 665 1,69 937 2,38
12 571 1,29 800 1,80
13 581 1,57 816 2,20
82
TABELA 5.5 – RESUMO DAS CARGAS E RECALQUES CALCULADOS PARA DOIS E TRÊS
PAVIMENTOS DO EDIFÍCIO
conclusão
Pilar Pcalc 2 pav (KN) δcalc 2 pav (mm) Pcalc 3 pav (KN) δcalc 3 pav (mm)
14 676 2,48 952 3,49
15 689 3,11 968 4,37
16 592 1,62 829 2,27
17 352 1,75 491 2,44
18 414 1,83 579 2,57
19 410 1,48 575 2,08
20 344 0,51 483 0,72
FONTE: Os autores.
Esses recalques calculados serão, então, inseridos no software TQS, que irá
recalcular os esforços com base nesses novos dados. A inserção desses recalques
se dá indo na configuração de cada pilar individual, dentro do Modelador Estrutural do
TQS, e inserindo o recalque inicial. O processo é iterativo, ou seja, vai sendo realizado
por tentativas até os recalques se fixarem em um valor final.
A figura a seguir mostra como os recalques foram inseridos no Modelador
Estrutural do TQS.
6 RESULTADOS
Nota-se que os maiores aumentos de carga se deram nos pilares P02 e P11,
com um aumento de carga de 10,46% e 10,87%, respectivamente. Isso ocorre devido
ao fato de apresentarem menor recalque do que os pilares que estão ao redor deles
(pelo fato de o solo ser mais rígido naquele local), então os pilares com maior recalque
sofrerão um alívio de carga, enquanto que os pilares com menor recalque sofreram
um acréscimo de carga.
Isso também é observado no pilar com maior alívio de carga (P06), com
diminuição de 10,77% da carga inicial pelo mesmo motivo citado anteriormente.
Também se gerou um gráfico mostrando a variação de todas as cargas
normais nos pilares nos casos estudados sem a interferência do processo construtivo.
(Gráfico 6.1).
GRÁFICO 6.1 – COMPARAÇÃO DAS CARGAS NOS PILARES SEM A SEQUÊNCIA CONSTRUTIVA
FONTE: Os autores.
Como foi utilizado como base um prédio analisado por RUSSO NETO (2005),
passou-se a estabelecer uma comparação entre os valores encontrados nas duas
análises. A tabela 6.4 mostra as cargas encontradas nos dois casos, assim como os
recalques encontrados e o coeficiente de mola.
89
Pilar P ISE 3 (KN) δ (mm) K (KN/mm) P Russo Neto (KN) δ (mm) K (KN/mm)
P01 642 0,966 664 465 0,7 664
P02 818 1,233 663 398 0,6 663
P03 675 2,183 309 402 1,3 309
P04 622 1,640 379 455 1,2 379
P05 1063 3,644 292 817 2,8 292
P06 1106 3,839 288 720 2,5 288
P07 1347 3,410 395 711 1,8 395
P08 1058 2,307 458 825 1,8 458
P09 1032 3,554 290 813 2,8 370
P10 1091 3,863 282 706 2,5 282
P11 1331 3,375 394 710 1,8 309
P12 1025 2,312 443 798 1,8 363
P13 1093 2,950 370 815 2,2 370
P14 1213 4,446 273 709 2,6 273
P15 1203 5,428 222 709 3,2 222
P16 1076 2,952 365 802 2,2 365
P17 624 3,104 201 402 2 201
P18 747 3,309 226 361 1,6 226
P19 740 2,671 277 360 1,3 277
P20 632 0,943 670 402 0,6 670
FONTE: Os autores.
FONTE: Os autores.
GRÁFICO 6.3 – COMPARAÇÃO DAS CARGAS NOS PILARES PARA DOIS PAVIMENTOS
FONTE: Os autores.
94
GRÁFICO 6.4 – COMPARAÇÃO DAS CARGAS NOS PILARES PARA TRÊS PAVIMENTOS
FONTE: Os autores.
pilares não são proporcionais ao recalque. Como exemplo pode ser mostrado os
pilares P08, que tem carga de 1065 KN e um recalque de 2 mm e P09, com uma carga
de 1034 KN e um recalque de 4 mm, ambos retirados da tabela 6.1 do modelo rígido.
98
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Mesmo com alguns dados mais complexos sendo utilizados nesse trabalho,
como o fato de ter sido utilizado um coeficiente de mola diferente para cada pilar,
recomenda-se alguns estudos extras como:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LAMBE, T. W.; WHITMAN, R. V. Soil Mechanics. New York, John Wiley & Sons,
1969.
NBR 12069. Solo – Ensaio de penetração de cone in situ (CPT). Rio de Janeiro:
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1991.
PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 aulas. São Paulo: Oficina
de Textos, 3ª ed., 2006.
POULOS, H. G.; DAVIS, E. H. Pile foundations analysis and design. John Wiley
and Sons, New York, 1980, 397p.
TAYLOR, D. W. Fundamentals of soil mechanics. John Wiley & Sons, New York,
1948.
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