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Pecadores Diferentes

Autoria:
Davi Oliveira

Edição do Autor:
2018

1ª Edição

Morro Agudo-Sp

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escritordavi@gmail.com
A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os
outros, Jesus contou esta parábola:
“Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro,
publicano.
O fariseu, em pé, orava no íntimo: “Deus, eu te agradeço porque não
sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo
como este publicano.
Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.”
“Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu,
mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou
pecador.”
“Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado
diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha
será exaltado.”

Lucas 18:9-14

Os evangelhos mostram um conflito de Jesus contra os fariseus. É


notório observar que, quando um enfermo ou endemoniado cruzava o
caminho do Senhor, ele movia-se de compaixão. Mas quando um grupo
de fariseus cruzava seu caminho - Há uma drástica e clara mudança de
humor da parte de Cristo. Eles conseguiam fazer o mais doce dos
homens ter sua paciência atingida. O doce Jesus agora dava lugar a um
homem de palavras duras. Havia algo nos fariseus que o incomodava -
Os fariseus tinham uma rigorosa rotina e uma enorme lista de afazeres.
É por isso que são longamente chamados de legalistas. [Legalismo:
Posição ou doutrina que enfatiza um sistema de regras e regulamentos
exclusivo para alcançar salvação e crescimento espiritual]. Eles se
importavam cegamente com manter a lei de Moisés de pé, embora
fossem mais apaixonados por cerimônias e rituais. Sempre mantinham a
limpeza de suas mãos, vasos e mesas. Não podemos imaginar quantas
vezes um fariseu lavava as mãos por dia pensando nisso como algo
espiritual. A alegria de um fariseu era terminar a semana e estar correto
com todas as requisições da lista que ele deveria seguir – A lista era
mais importante que tudo. Pouco importava se havia sinceridade que
agradava a Deus. Se a lista estava completa, tudo estava bem. Não era
difícil perceber a rigidez de um fariseu até consigo mesmo. Era costume
orar com freqüência e orações longas. Eles oravam nas praças onde as
pessoas podiam ver sua espiritualidade. Tinham lugares exclusivos nas
sinagogas. Ambicionavam ser chamados de mestres. Ampliaram os
filactérios [pedaços de pergaminho com passagens bíblicas enrolados
sempre em alguma parte do corpo ou vestes] para que as pessoas
pudessem ver quão bíblicos eram. Eram pontuais e meticulosos quando
se tratava de purificações externas. Eram rigorosos em preservar as
tradições, além de serem extremamente severos na guarda do sábado.
Ao mesmo tempo que sempre encontravam um meio de colocar suas
tradições e preferências acima dos mandamentos de Deus. Eles eram tão
cheios de respeito que um provérbio circulava entre os judeus que “se
houvesse apenas dois homens salvos, um deles deveria ser um fariseu.”
– É por isso que toda sua obsessão pelo crescimento espiritual deixou
de ser algo que agradasse a Deus. Eles começaram a confiar em si
mesmos. Se tornaram ídolos individuais – Nenhuma imagem de barro,
nenhum artefato para se dobrar além de sua própria imagem.
“Graças te dou ó Deus, porque não sou como esse publicano”...
O primeiro homem que o Senhor destaca na parábola é o fariseu, que
em pé começa a oração expressando gratidão – É uma atitude louvável
porque muitas vezes nós associamos o ato de orar apenas a pedidos. É
um ponto em falta que temos na oração se faltar gratidão, na hora da
oração o tempo que dedicamos para agradecer é muito pouco. Não
sejamos servos desagradáveis a ponto de sermos conhecidos no céu
apenas como “aquele que só sabe pedir” – Deve haver muito espaço
para expressar gratidão. Este é um grande ponto a favor do fariseu que
todos criticamos – Agora observemos que maneira linda de começar
uma oração e como destruí-la no segundo seguinte. Ele exclamou o
nome de Deus, mas não orou a Deus. Ele agradece e logo depois repete
a si mesmo quatro vezes. A oração do fariseu é estranha porque pensa
que ela está entrando no céu, mas ele não faz questão que o céu
responda. Ele não pede graça, misericórdia, nem faz confissão de
pecados ou qualquer pedido para ser abençoado. Simplesmente esta ali
para se exibir. Escolheu o lugar mais visível no templo mesmo que os
fariseus tivessem o costume de orar nas praças. Havia mais pessoas no
templo do que nas praças. Este homem está enviando uma mensagem
ao céu, sem qualquer expectativa que o céu responda positivamente ou
negativamente – Estava dentro do templo e longe do coração de Deus.
“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de
mim.” – Mateus 15:8
Em muitos de nossos momentos de adoração, não recordamos que
estamos diante de um Deus que ouve o que vem da boca, mas olha o
que permanece no coração. É por isso que as ações de graças do fariseu
não fazem sentido nenhum. Mal começavam e já terminavam. No
coração dele permanecia toda a soberba de se achar o maior entre os
homens ao mesmo tempo que agradecia a Deus por ser o melhor. Era
para ser tão lindo, mas ele destruiu a beleza da oração já no começo.
Todos nós devemos tirar um momento de silêncio ao entrar em um
ambiente de culto seja ele onde e quando for para analisar os motivos
do coração de estar ali. Que fique longe de nós, todo o teatro espiritual,
que quando cantarmos. Que quando nossos lábios cantar “Quão grande
é o meu Deus”, nosso coração não grite “Quão grande sou eu”. Que as
expressões de gratidão não sejam apenas protocolo para enfeitar a
oração. Que nosso coração nunca se esqueça que a oração não é uma
mesa de negociação.
“Jejuo duas vezes na semana e dou dízimos de tudo quanto
possuo.”

O fariseu trabalhava toda a semana em volta de si mesmo para ter coisas


a falar para Deus no dia de orar no templo. A oração dele nada mais é
do que a representação de toda semana. É um reflexo de como ele
prepara seu coração antes de subir ao templo. Estava longe do primeiro
amor, embora cumprindo todo o cotidiano religioso. Não é difícil
acontecer – perder a sensibilidade e o primeiro amor a Deus ao longo da
caminhada nos torna frios e calculistas mesmo que continuamos
cumprindo o mesmo protocolo.
O fariseu estava orgulhoso de seu histórico e caminhada espiritual, toda
sua satisfação repousava na glória de sua imagem. E com essa atitude,
corrompeu toda sua obediência. Observe a pessoa que se tornou esse
fariseu, um perfeccionista espiritual. As pessoas que pensam como o
fariseu fazem confusão com a santificação que agrada a Deus com uma
espécie de perfeccionismo espiritual. A pergunta que a santificação faz
é "do que Deus se agrada?". O perfeccionismo espiritual pergunta "o
que chama a atenção das pessoas? - O que vai me fazer diferente
delas?". O perfeccionista dá longa ênfase as obras em seu
relacionamento com Deus. Está concentrado demais nas manifestações
de espiritualidade que podem ser medidas por números, freqüência,
duração, quantidade ou onde ele obedece mais do que os outros – ele
está constantemente criando métodos para Deus tentar aumentar o amor
de Deus. Uma oração em algum lugar diferente, algum voto particular
que chama a atenção. Abrindo mão de algumas práticas cotidianas e
colocando na conta da santificação. É passível que estamos nos
relacionando com outro evangelho quando, temos orgulho de nosso
histórico espiritual e o reivindicamos frequentemente – Ou então
estamos de olho na glória de ter um currículo espiritual respeitável. O
fariseu estava colocando a si mesmo em alta estima quando elogiou
seus feitos semanais. É absurdo e repudiável que um cristão tenha uma
lista de prestação de serviços para Deus na ponta da língua e estampada
no coração. Deus não nos deve nada e se ele não fizesse mais nada,
nossa oração ainda deveria começar com agradecimentos. Não é difícil
ser um fariseu nos dias de hoje, porque nós ainda consideramos o reino
de Deus como obedecer uma lista de “pode ou não pode e fazer ou
evitar”. Esse perfeccionismo pecaminoso surge exatamente quando
estamos lutando contra o pecado ou na tentativa de produzir frutos.
Nós sempre tomamos cuidado para que nossas ações fujam de cair no
padrão da lista ou então se há nas Escrituras alguma lacuna para que
nossa consciência fique tranqüila. Pouco importa se há sinceridade em
nós. Cumprir a lista sempre traz a sensação de missão cumprida. E esta
era a situação perigosa do fariseu. Quando ia ao templo orar, ele
certificava estar em pleno cumprimento com a lista. O que agravava sua
situação, é que ele indica seriamente que Deus deveria olhar para sua
lista e não para seu coração. Esse jeito abusivo de estar diante de Deus
está tão confiante em si a convicção de que na hora da oração, ele diz
“Deus vai olhar a lista que cumpri”. Está longe de obediência e desejo
de agradar a Deus. Está mais para “Nós temos um trato, eu cumpri
minha parte”.

Eu quero acreditar que esse fariseu nem sempre foi assim. Talvez no
começo de sua caminhada espiritual havia um verdadeiro amor a Deus
que se perdeu como a maioria dos fariseus. Longe de toda especulação
de sua vida antes do texto, a questão agora é que ele estava duro – Nós
precisamos da ação do Espírito Santo nesse processo de auto-
descoberta. É comum os cristãos se apegarem tanto a oração que Deus
convença os ímpios de seus pecados, mas também é comum que
esqueçamos de nos incluir nessa oração. O escritor aos Hebreus diz
sobre isso quando escreve “de modo que nenhum de vocês seja
endurecido pelo engano do pecado.” - Hebreus 3:13
Lidar com nossos próprios pecados é algo tão sério que o salmista
indaga e ora “Quem pode perceber os próprios erros? Purifica-me dos
que ainda não me são claros.” - Salmos 19:12
Temos que estar familiarizados com o assunto para não cair na mesma
armadilha dos fariseus. Existem pecados que progridem
silenciosamente, que ofendem a Deus e a causa de Deus que nunca
percebemos. Muitas vezes, somos tentados em classificar alguns
pecados, como não ofensivos contra Deus o suficiente para colocá-los
em nossas orações de confissão ou então temos uma visão de que eles
são “pequenos pecados”. A menos que sejamos impactados
grandemente pelo poder convencedor do Espírito Santo, somos
impossibilitados de ver a real condição de partes escuras de nossa alma
que precisa de luz. Há pelo menos três tipos de pecados secretos
descritos na Bíblia.
O primeiro tipo de pecado secreto está no sentido de escondidos por nós
mesmos. Temos alguns exemplos como Acã escondendo a capa
babilônica (Josué 7:29-25), e o caso de Ananias e Safira (Atos 5:1-10).
Nós temos um grande alerta sobre esse tipo de pecado – “O que encobre
as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa,
alcançará misericórdia.” - Provérbios 28:13
O segundo tipo de pecado secreto, está no sentido de aquilo que está
escondido até mesmo de nós [exceto de Deus]. É possível servir ao
Senhor e ainda assim não ter dimensão de quão miserável é o que
carrega nosso coração, e quão grandiosa é a graça de Deus que tem sido
paciente conosco. Nós podemos ser enganados por nossa aparência de
piedade. Mas nossa performance não é nada. Isaias já era profeta, mas
quando viu a glória de Deus, disse “Ai de mim, que vou perecendo”.
Isso representa como pecados desconhecidos podem ser perigosos para
a alma, principalmente porque eles sempre escapam de nossa
observação. Existem pecados em nós que temos absoluta noção que
estamos lutando contra. Mas existem outros pecados que nós achamos
que somos pessoas boas demais para cometê-los. Esses pecados
perigosos são muitas vezes incentivados por nós mesmos, como parte
de nossa personalidade. Quase não fazem cócegas na consciência
porque são suáveis e necessários na perspectiva da carne. Não é de se
estranhar que nós trocamos os nomes desses pecados, numa estranha
forma de mantê-los. Nós chamamos avareza de “economia para tempos
difíceis”, Não há problema com a mentira, desde que seja para “tirar
proveito”. No lugar de vingança nós colocamos algo como “deixe de ser
bobo”. Ou então nós espiritualizamos, usando termos como “inveja
santa”. É claro que há exceções e contexto, mas há vários momentos
que nós alimentamos vaidade sob o codinome "cuidar da saúde ou
aumentar a auto estima". Ou então ofendemos alguém sob a justificativa
de "aliviar a tensão". Trocamos a palavra orgulho por “desempenho”.
Assim poderemos nos encaixar melhor sem engasgar e perceber como
estamos horríveis. O coração é tão enganoso, que alguns pecados estão
completamente anestesiados em nossa consciência – estão lá, mas não
chamam atenção o suficiente para serem combatidos. Eles são tão
perspicazes no engano, que nos iludem a usarmos termos modernos
para mantê-los e inclusive nos fazer sentir confortáveis de chamar de
“nossa personalidade”. Há vários alertas na palavra de Deus sobre o
perigo de esquecermos o corpo de morte que estamos atualmente. É por
isso que todo cristão deve se lembrar da responsabilidade de orar por si
mesmo arduamente, pedindo a misericórdia de Deus e perdão de seus
pecados – Não se esquecendo dos pecados que não fazem alarme.

Há uma terceira linha de frente do pecado, eles estão na categoria de


pecados secretos porque, quase nunca estão no foco de nossas
confissões e arrependimentos. Ao longo da vida nós fazemos uma
pequena lista particular de pecados que precisamos fugir. O foco é
voltado a uma lista de “pode/não pode”, que outros pecados entram em
nosso coração e nunca ou quase nunca são combatidos porque não estão
na lista.
Não há problema algum em dizer que um pecado secreto pode nos levar
ao afastamento do evangelho [mesmo que temporário]. Esses pecados
estão bem disfarçados no coração escapando até mesmo da consciência.
Eles estavam no ambiente de culto como esteve em Caim através da
inveja, levando-o a matar seu irmão. Eles estavam nos olhos de Ló, que
olhou os campos verdes para seus rebanhos não levando em
consideração severamente Sodoma e Gomorra. No ciúme e omissão
como no caso de Abraão, que ocultou que Sara era sua esposa. No jogo
de José acusando seus irmãos de roubo. Na idolatria adquirida do Egito
pelo povo de Israel quando Moisés se ausentou. Na imparcialidade de
Eli para com seus filhos. Nas boas intenções de Saul para sacrificar a
Deus. No coração de Davi quando mandou numerar o povo. E no caso
do fariseu, o orgulho estava escondido dentro da obediência. E esses
pecados estão presentes quando tudo que é para a glória de Deus, é
tocado pela impureza do coração. Temos cometido pecados secretos,
principalmente porque não levamos a sério alguns mandamentos de
Deus. Eu chamo de pecados modernos, exatamente porque estão muito
enraizados com a modernidade. Poderia citar quatro questões onde
temos tropeçado por falta de examinar e praticar as Escrituras.
Ansiedade – Jesus disse “não andeis ansiosos”- Mateus 6:31. A
ansiedade no primeiro momento não é ato pecaminoso, está ligada a
nossa velha natureza. Entretanto, quando estamos andando em
ansiedade, temos desconfiado do agir de Deus. A ansiedade constante é
uma profunda insegurança acerca a mente e a mão de Deus. Qual de nós
tem se preocupado sobre nossa ansiedade constante ser uma
desconfiança de Deus? – A maioria de nós jamais diria em alto e claro
som que desconfiamos do cuidado divino. Mas a ansiedade constante é
a forma que o coração encontra para dizer a Deus que desconfia de sua
direção. A conseqüência de atender ao impulsos da ansiedade é que
pecamos em nossas orações. Fugindo da proposta bíblica que Deus quer
nos atender segundo sua vontade (I João 5:14), nós forçamos nosso
coração com o estresse de querer coisas que Deus não quer ou que está
fora do tempo.

Medo – Sentir algum medo não é pecado,o medo é bom dentro de um


contexto de limitar e analisar o que e até onde é seguro. Mas o medo
constante é mais um problema para a alma do cristão. Ter uma alma
recheada de medo é perigoso,o medo não vê Deus, nem sua bondade,
providência ou amor - O medo só vê o agora.

Ira – Sentir raiva não é pecado, o problema é que nós deixamos a raiva
fazer morada em nosso coração. A Bíblia diz que “Não te apresses no
teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos.” -
Eclesiastes 7:9 – Muitos de nós tem guardado tanta raiva no coração, e
feito da raiva um ponto forte, quando a Bíblia manda “estremecei de ira,
mas não pequeis, acalmai a vossa raiva antes que o sol se ponha.” -
Efésios 4:26.
Esses pecados cotidianos tem sido nosso sufocamento espiritual – Por
onde escapa toda força que Deus tem depositado em nosso coração para
a caminhada. Eles tem consumido todo fervor que Deus envia através
da oração. Precisamos colocá-los frequentemente em nossas orações,
implorando a Deus para abrir nossos olhos e discerni-los.

O fariseu tinha tanto zelo exteriormente, mas lhe faltou zelo por dentro.
Algumas pessoas sofrem com seus pecados, outros como o fariseu,
sofrem com suas virtudes. Enquanto cuidava de sua “espiritualidade
exterior” o orgulho tomava posse de seu coração descuidado. Se a boca
fala do que o coração está cheio, ele estava dominado completamente.
Uma causa justa ou um mandamento cumprido liderado pelo orgulho se
torna uma afronta aos olhos de Deus, mesmo que sejam concluídos. Se
nossa nova vida, que nos foi dada para glorificar a Deus, se tornar o
palco do “eu” – Deixa de ser evangelho, para ser eu-vangelho. Um
estilo de vida e modo de pensar – onde a motivação que fazemos as
coisas, nos torna sujos – mesmo em situações certas e causas justas e
santas.

O fariseu orgulhoso

Como alguém pode ser dominado pelo orgulho? – Especialmente


alguém que se julga espiritual. Sempre me refiro a esse período de “a
síndrome do crente velho”. Nada a ver com idade, tem a ver com “se
acostumar com a fé” e transformá-la em rotina. Um novo convertido
pode se transformar em “crente velho”, assim como um ancião pode
nunca chegar a tal ponto. O “crente velho” nunca está em coerência
com o que pensa, fala e faz. Um “crente velho” Ama repetir “cuide estar
em pé para que não caia” enquanto está caído. Aquele que se julga estar
tão dentro do céu, deixa o arrependimento diário perder o valor. O
“crente velho” sempre está ligado ao que ele era, enquanto ousa guiar os
outros para o caminho da salvação que ele mesmo está fora. Está
sempre preocupado com sua imagem e santidade pública. Há dois
abismos que devemos evitar, obediência de má vontade e obediência
por vaidade. O “crente velho” nunca ora pedindo mais graça – Ele
sempre acha que chegou no ponto mais alto. E quando ele diz que não é
um nada, é um disfarce. O crente velho tem um ótimo histórico
espiritual público e como os laodicenses diziam “estou enriquecido e de
nada tenho falta” – Apocalipse 3:17 – O que ele vê a si mesmo fazendo,
passa a ser sua armadilha.
O orgulho espiritual é o pior laço do diabo – Ele também caiu no
mesmo laço. O orgulho tem muitos facetas, ele se camufla em qualquer
um de nossos sentimentos logo que é detectado. Ele nos faz olhar para
coisas que Deus não valoriza e até rejeita. Por toda Palavra de Deus há
alertas sobre e contra o orgulho. Nos é comandado odiá-lo [Provérbios
8:13]. Ele está na lista de coisas que Deus abomina [Provérbios 6:17].
Foi o pecado que abalou a calma na eternidade através do diabo.
Persuadiu Eva para ser independente. Fez de Sansão um tolo. Por causa
dele, Naamã poderia ter perdido seu milagre[II Reis 5:12]. Laodicéia
estava a ponto de ser vomitada da boca de Cristo. Foi o orgulho que fez
esta igreja achar que nada mais deveria ser mudado em si. [Apocalipse
3:15]. Tenhamos medo de que nosso coração se encha de orgulho. Ele é
detestável aos olhos de Deus [Provérbios 16:5]. Impede de receber a
graça de Deus e coloca o próprio Deus como inimigo [Tiago 4:6]. Abre
caminho para a queda, é fonte de quase todos[ou todos] os pecados
[Provérbios 18:12].

O fariseu caiu no pecado do orgulho, para nós não está tão secreto
assim, mas para quem o comete – O orgulho tem capa de invisibilidade
O Espírito Santo nos convida a fazer um auto exame para
arrependermos de como nosso coração tem se deliciado com o orgulho
– É raro detectarmos que estamos lidando com ele. É bem mais fácil
cedermos. O orgulho é tão sagaz que até quando se manifesta, ele não
se parece com orgulho. Ele nasce numa área que quase nenhum de nós
aceitaria passar por revisões e autoexame. Ele começa na ênfase
exagerada do amor próprio. Quando o amor próprio ultrapassa o limite,
nasce o orgulho. Uma vez que alguém se ama mais do que tudo, nada
ao seu redor importa. Elas se amam tanto que não conseguem mais
cumprir qualquer coisa que exija delas algo como - descer do pedestal
de seu amor próprio. A vista lá de cima é agradável demais para abrir
mão.

O orgulho é uma praga que influencia tudo que se intromete, ele


infestou a oração do fariseu. A oração não é para qualquer pessoa que
confia em si mesmo. Já dizia Salomão “Confie no Senhor de todo o seu
coração e não se apóie em seu próprio entendimento.” - Provérbios 3:5.
Um cristão confiar em si mesmo, é o maior tolo que existe - Na oração
do fariseu, ele se refere a Deus com tamanha irreverência prepotente.
Nada que colocamos a mão ou o coração deve roubar ou danificar a
glória de Deus. Nós podemos olhar o péssimo exemplo do fariseu para
refletir sobre a maneira que estamos nos comunicando com Deus – E
quanto tempo estamos lidando com isso. Antes de qualquer oração,
devemos avaliar qual tem sido o motivo de nos levar a ter um momento
de oração e se realmente podemos estar conscientes de que há uma
oração sincera sendo realizada. Quando oramos, nossa mente procura o
Deus fiel ou a fidelidade de Deus? – olhamos o Deus bom ou a bondade
de Deus? – Oramos implorando a negação constante do eu ou somente e
continuamente para o perdão de pecados como gastadores da
misericórdia infinita no cotidiano? - Tirando minutos de oração a fim
de sentir alivio na alma ou oramos porque não estamos conseguimos
atingir o padrão de filho que agrada a Deus? – Quando estamos orando,
nossa intenção é entrar na sala do trono da graça para estar diante de
Deus ou apenas mexer com a mão de Deus para obter um milagre? –
Não é raro que o orgulho contamine nossa oração, nos levando a orar
com intenção errada. Estamos em problemas quando nossas orações
querem usar Deus ou como no caso desse fariseu, um teatro na cara
daquele que sabe tudo.

Pensemos sobre três maneiras de orar com intenções erradas,a primeira


maneira é quando nós temos em mente que Deus não está atendendo
nossas expectativas ou que Deus está ali apenas para atendê-las. O
orgulho não entende das coisas de Deus. Então ele nos faz pensar que
Deus não está cuidando de nós, ao invés de nos fazer refletir que não
estamos preparados para as bênçãos que Deus quer nos entregar. O
orgulho esconde de nós o fato de que Deus passa mais tempo nos
preparando para a benção, do que preparando a benção para nós. Então,
ele nos mantém afastados da oração ou nos faz orar com um coração
que suspeita de Deus. O orgulho nos deixa irritadiços quando um “não”
sai da boca de Deus. Ou que Deus responde orações com “Agora não”.
Nosso coração se revolta por não entender que – as vezes Deus nos dá o
que ele quer e acha necessário.
A segunda maneira de orar com orgulho, é através da resistência para se
achegar ao trono da graça. “Cheguemos, pois, com confiança ao trono
da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim
de sermos ajudados em tempo oportuno.”.- Hebreus 4:16 - A partir do
momento que obtemos o conhecimento de que podemos se aproximar
do trono da graça com ousadia – Qualquer timidez deve ser repreendida
de nosso coração. Deus não tolera quando nos fazemos de vitima ou
colocamos objeções. O grande Deus sabe diferenciar humildade de
vitimismo. Que o diga Moisés que foi repreendido quando atingiu o
excesso de desculpas [Exôdo 4:14]. Gideão que tanto relutou que a
missão não deveria vir para suas mãos. Ou até Jeremias que tentou
desmerecer a convocação de Deus rebaixando sua condição. Quando
sabemos que Deus tem misericórdia e receamos ir até ele por vergonha
ou medo, ainda não entendemos o poder da graça. Sem dúvida, a
timidez para se aproximar de Deus e seus propósitos é uma espécie de
incredulidade. É um desafio a sabedoria de Deus. É como dizer que
Deus apontou errado. De fato, orar com resistência ou resistência para
orar é zombar da graça de Deus dependendo das próprias forças. Não
podemos esquecer que Deus não está procurando orações perfeitas. Ele
pede corações quebrantados [Salmos 51:17].

A terceira maneira de orar errado é, e este é o erro mais gritante do


fariseu, que é menosprezar que precisamos de graça e misericórdia. Nós
temos o olho de Deus sobre nós - isso é tão grave que deveríamos ser
desesperadamente preocupados andar sinceramente em sua presença.
Nós temos o ouvido de Deus disponível – Isso soa tão forte, que nos
deveria deixar envergonhado pelas vezes que descuidamos do tempo da
oração. Nós temos o coração de Deus nos amando - Isso deveria
despertar em nós o profundo desejo de amá-lo de volta. E se temos o
coração de Deus, então podemos descansar e lembrar que sua mão vai
agir em nosso bem. Essa é a lista básica do cristão para o
relacionamento com Deus. Observe o fariseu sob seu próprio olhar, ele
não precisava ir ao trono da graça, ao final de sua oração, ele não tinha
nada para ser ajudado ou melhorado, contradizendo uma das funções da
oração que é alcançar misericórdia e achar graça. Não há qualquer
confissão de pecado, há apenas um sentimento de “eu estou orgulhoso
de mim mesmo” – Esse fariseu é incompreensível, como ele consegue
fazer Deus como seu inimigo em uma oração? – “Deus se opõe aos
orgulhosos.” Tiago 4:6 - Nada mais pode nos fazer ateus secretamente
do que o orgulho, porque nos faz afrontar Deus diante de sua própria
face. Se nossa adoração particular começar errada, toda a nossa
espiritualidade pública será afetada. É por isso que precisamos revisar
se estamos andando com Deus ainda, ou estamos como Laodicéia e o
fariseu – curtindo e exibindo nossa presença, nossas qualidades, nossa
auto sufuciência, colocando Jesus para fora, embora andando com o
nome dele estampado em nossas camisas, carros, redes sociais e tudo
mais que está em nossas mãos. Levantar as mãos para cantar, andar
com uma Bíblia debaixo do braço e ir á igreja não nos faz cristãos.
Olhando o fariseu e a igreja de Laodicéia é possível ficar assustado
sobre como o orgulho pode influenciar a maneira como medimos nosso
relacionamento com Deus e o relacionamento de Deus conosco
quebrando aquilo que o agrada.

O fariseu insensível

O fariseu poderia ter ajudado o publicano, mas ele preferiu olhar para
trás, apontar o dedo e dizer “Eu não sou como esse publicano”. Uma
pessoa orgulhosa sempre faz coisas com a intenção de se sobressair
sobre os outros. É bem verdade que, se estamos cegos pela convicção
de que somos o que somos por nós mesmos e não pela graça de Deus, o
próximo passo é desprezar alguém. Razoavelmente se o publicano
estava em falta em todas essas coisas que o outro se gabava – o fariseu
estava alguns passos a frente no sentido de vida espiritual regular. O
publicano até aquele momento não é alguém para se orgulhar, ele sabe
que está errado pela prática comum entre eles de ser abusivo contra seu
povo acerca dos impostos – Mas não cabia ao fariseu destruí-lo, se
engrandecendo ao custo da fragilidade de alguém. O fariseu se
orgulhava de fazer coisas que foi lhe dado graça para fazer. Se nos
orgulhamos de nossa própria força para fazer as coisas de Deus, jamais
vamos olhar com amor para aqueles que ainda não receberam a graça
para fazer o que nós fizemos.
Não podemos ser um peso para os irmãos como o fariseu foi para o
publicano, mesmo os mais fracos - "se ao justo é difícil ser salvo, que
será do ímpio e pecador? " - 1 Pedro 4:18 – Mesmo quando Deus nos dá
mais graça do que a outros, não é para se achar melhor do que eles, é
para servir mais do que eles. O apostolo Pedro experimentou essa
verdade da boca do próprio Cristo quando ouviu “Simão, Simão o diabo
queria cirandar contigo, mas eu roguei por ti para que tua fé não
desfaleça, e tu quando te converteres, fortalece teus irmãos” – Lucas
22:31-32
Percebe-se pela oração do publicano que ele admite que estava fraco –
Foi tripudiado pelo fariseu mesmo sem ter falado qualquer palavra. O
fariseu e a maioria de nós, somos tão lentos em espalhar o amor que
Cristo pede entre suas ovelhas, que é uma coisa perigosa admitir que
está fraco dentro de uma congregação. Qualquer um que arrisque
admitir que está fraco, tem a certeza de que receberá pedras ao invés de
mãos estendidas, nós esquecemos como fazer o trabalho de fortalecer os
irmãos. O amor cristão é uma maleta médica, embora no decorrer da
vida nós trocamos os instrumentos de cura com os de destruição. É por
isso que muitos publicanos tem mais feridas dentro de uma igreja do
que longe dela. Quando deparamos com irmãos fracos, especialmente
quando a salvação deles dá indícios de que pode estar em jogo, nesse
momento também nossa salvação está em teste. É agora que somos
provados se verdadeiramente estão plantandos no amor de Cristo e
aptos para participar da restauração de um irmão. Nossa paciência,
compreensão, disposição, amor e zelo estão em jogo. Eu sei que esse
momento agita a igreja, mas nós não devem ser anti bíblicos quando
tentamos ser bíblicos. Está é a etapa de cumprir alguns mandamentos
como “chorai com os que choram” - [Romanos 12:15], “bem
aventurados os pacificadores, eles serão chamados filhos de Deus”
[Mateus 5:9], “Não destrua o irmão por qual Cristo morreu” - Romanos
14:15 e sejam “entranhavelmente misericordiosos” - I Pedro 3:8.
Sabemos que essas situações desgastam a igreja, mas o apostolo disse
“com espírito de mansidão” – Gálatas 6:1 – Mas também não devemos
cair no erro de Corinto [I Corintios 5:1] e tolerar o pecado. Ele não deve
ser isentado de responsabilidade. A missão da igreja não é ser um
tribunal para os feridos, é tratá-los.
“Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o
céu, mas batendo no peito, dizia: “Deus, tem misericórdia de mim,
que sou pecador”.

O publicano se direcionava ao templo com a alma pesada, enquanto


caminhava pelas ruas, podia notar a reprovação das pessoas, elas
lembravam de cada vez que ele cobrava mais impostos do que deveria,
era um patriota traidor trabalhando para Roma. Cada passo que dava
trazia uma lembrança de sua injustiça, de negligência com os deveres,
de cada pecado que cometia constantemente, sua alma sentiu tanto pesar
que preferiu nem olhar para o céu, bateu no peito e disse “Ó Deus, Tem
misericórdia de mim, pecador.”
Esse publicano não tinha nada para apresentar ou se gabar, sua vontade
era estar de frente com o trono de Deus. Sua oração é resultado de uma
profunda reflexão sobre si – Ele sabia que era um grande pecador e
precisava de misericórdia. Sua curta oração tocou o coração de Deus.
Não teve medo de admitir que precisava de ajuda e isso o fez objeto do
amor de Deus. Ele não ousou apresentar suas qualidades, preferiu ir de
mãos vazias para sair com as mãos cheias de bênçãos. No mundo onde
os homens brigam para estarem certos, Deus olha para os homens que
tem coragem de dizer-lhe: “eu pequei, salva-me”. Quando os homens
querem contar vantagens, Deus procura homens que digam: “Senhor,
não mantenhas longe de mim a tua misericórdia.” – Salmos 40:11
O publicano percebeu que o milagre não era ele estar na presença de
Deus, mas Deus mantê-lo em sua presença, debaixo de suas asas apesar
de tudo. O poder da oração não está no quanto você fala, mas no que
você fala. Sua humildade superou todo o serviço do fariseu. O fariseu
achava que estava limpo e voltou para casa sujo. O sujo publicano
voltou para casa limpo de todos os seus pecados. Não há muito o que
falar dele, nenhuma vaidade para exaltar, apenas a declaração de Cristo
pesa a seu favor: “digo que este desceu justificado para sua casa e não
aquele”.
“Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa
justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e
quem se humilha será exaltado.”

Quando Jesus disse no final da parábola que o publicano e não o fariseu


foi embora abençoado - Provavelmente foi um choque para os
discípulos. Os fariseus eram o que se tinha de melhor para imitar,
enquanto os publicanos deveriam ser evitados. Mas os olhos de Deus
não funcionam como os olhos dos homens. Não, não mesmo - Se
estivéssemos no mesmo culto com o fariseu e o publicano, nós
julgaríamos as palavras do fariseu e as do publicano. Nós louvaríamos o
fariseu com “seus frutos” e rejeitaríamos o pecador cobrador de
impostos. As aparências nos enganam, mas não a Deus. Deus ouve mais
o que diz o coração do que os lábios.
Aquele culto foi memorável, mesmo que não houvesse pregação,
sairíamos exortados pela pessoa do fariseu que, na tentativa de colocar-
se acima de outros falhou. Ao final de tudo, ele tinha mais pecado que
aquele que classificou como pior espécie. Aos olhos de qualquer pessoa
da época, ele seria perfeito, um padrão muito alto para ser alcançado.
Mas ele foi aprovado aos olhos dos homens e reprovado aos olhos de
Deus. O fariseu ensina que não adianta pontuar o jeito das pessoas
adorarem e como elas vem, se minha adoração for falsa. Que o homem
que entra em oração e sai o mesmo, apenas falou com as paredes. Que
se quisermos saber a profundidade de um cristão, basta analisar a
maneira que ele responde ao arrependimento das outras pessoas. Ou
quando temos tempo para corrigir o pecado dos outros, não sobra tempo
para corrigir os nossos. Ao final do culto o fariseu bebeu do próprio
veneno. É como se Deus dissesse “você não precisa de nada” e o
despedisse vazio. Não tenho dúvidas que, se estivéssemos lá, ficaríamos
encantados com a performance do fariseu, ao mesmo tempo que
ficaríamos chocados com a simplicidade do publicano - Mas foi
exatamente a simplicidade que colocou sua oração no coração de
Deus. Basta falarmos de sua humildade na oração, os filhos de Deus
muitas vezes, perdem a oportunidade de orar, porque planejam a oração
perfeita. O poder da oração não está no quanto nós falamos, mas no que
nós falamos. Ou como Jesus disse “pois quem se exalta será
humilhado, e quem se humilha será exaltado.”
Vamos orar...
“Deus, dá-nos um coração submisso, que reconheça e confesse pecados,
um coração humilde que esteja disposto a mudar, e um coração fiel que
permaneça. Mantenha-nos alerta contra a vaidade da obediência, deixe-
nos longe das armadilhas do coração, dê-nos a capacidade da humildade
e sabedoria para não perdê-la. Em nome de Jesus!

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