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1 – a) O período chamado de República Velha foi marcado por muitas reformas

educacionais, devido as necessidades próprias da época, como a formação intelectual dos filhos
da elite brasileira e a formação de mão de obra especializada. No entanto, essas reformas não
solucionaram os problemas urgentes da educação brasileira, em decorrência da manutenção da
descentralização do ensino e do modo de como essas reformas foram pensadas e colocadas em
prática.

A reforma do ensino secundário feita por Benjamin Constant ocorreu através da


mudança no currículo do Colégio Pedro II, que passou a se chamar Ginásio Nacional, para que
o nome do principal colégio da época não continuasse ligado ao período do Império e à nação
republicana brasileira. Essa reforma introduziu o estudo das ciências, incluindo noções de
sociologia, moral, direito e econômica política, permanecendo o humanismo das letras aliado
ao enciclopedismo inspirado no positivismo.

As mudanças provocadas pela reforma Benjamin Constant foram superficiais e


insuficientes, uma vez que, não resolveu o problema do ensino secundário, a formação do
quadro doscente e privilegiou apenas um colégio, ficando a cargo dos outros colégios seguirem
o modelo do Ginásio Nacional, sem apoio o apoio do estado para Isso, tal como ocorria no
Império. A inovação do período foi a laicização do ensino, que por outro lado favoreceu as
escolas privadas.

O ensino primário, ainda as primeiras letras, foi dividido em dois graus por Benjamin
Constant, para crianças entre 7 e 13 anos e crianças entre 13 e 16 anos. Essa medida
complexificou o ensino elementar, que só volta a ser completado com a reforma Rocha Vaz. A
reforma Rocha Vaz autorizava acordos financeiros da União com os estados, a fim de
desenvolver seus sistemas de ensino. O ensino primário permanecerá, até 1920 como ensino de
ler, escrever e cálculo, ou seja, como mera alfabetização.

A obrigatoriedade do diploma da escola normal para lecionar, acabou por se tornar um


complicador, diante da desvalorização e pouco atrativo que a carreira docente representava.
Esses problemas não forma solucionados pelas sucessivas reformas, porque estas não ofereciam
mudanças significativas e condições objetivas de implantação.

As mudanças ocorridas no ensino superior representam a tentativa de expandir o ensino


superior, de modo que, atendesse a demanda social e política e ao mesmo tempo preservasse a
eficácia técnica, política e social desse nível de ensino, ou seja, o governo deveria garantir a
formação superior de indivíduos específicos de acordo com a posição que ocupam na
sociedade, mantendo assim os privilégios e atendendo os interesses da elite na expansão e
autonomia do ensino.

Expandir o ensino superior através da equivalência e da autonomia dos cursos


provinciais e particulares estava ligada a exigência de diploma para exercer cargos políticos.
Nesse sentido, as reformas ocorram a partir da necessidade de satisfazer as camadas sociais
aliadas ao novo governo, garantindo a dominação do ensino pelas elites, como a reforma de
Benjamin Constant que atendia as pressões por expansão é modernização do ensino da elite.

A lei orgânica rivadávia desoficializou o ensino, tirando do estado o poder de controlar


e gerir o ensino superior, deixando essa função para as instituições privadas. No entanto, a
reforma Carlos Máximo recupera as tendências nacionais de ensino e dificulta o acesso ao nível
superior por meio do vestibular, exigindo também diploma do ensino secundário para ingressar
no ensino superior . A última reforma, Rocha Vaz, reacionária, liquidou a autonomia
administrativa, fixou currículos e aperfeiçoou o vestibular, além de controlar ideologicamente
o sistema de ensino.

Como podemos perceber, essas reformas não resolveram as desigualdades educacionais,


a questão da formação dos professores e o índice de analfabetismo. O estado continuou das
responsabilidade com a educação, utilizando essas reformas para “amenizar” a situação,
deixando a educação a cargo das escolas privadas, concentrando assim, a educação nas mãos
da elite, a mobilização desse governo ainda que insuficiente ocorreu em torno de grupos sociais
aliados.

2 – O movimento dos pioneiros da educação nova surge como uma reação ao sistema
de ensino tradicional e à série de reformas ineficazes realizadas durante a República Velha.
Para eles a educação não chegou a se organizar, se encontrava inorganizada, por causa da falta
de iniciativa, de determinação dos fins educacionais e da aplicação métodos científicos aos
problemas da educação.

No início do manifesto o autor faz uma comparação entre o Brasil e os demais países da
América-latina, demonstrando como a educação brasileira se encontra atrasada em relação a
educação desses países. Para resolver o problema da educação no Brasil, os pioneiros propõe
uma aproximação com o ambiente e trata a finalidade da educação como resultado da visão de
mundo de cada indivíduo. A partir desse perspectiva o educação deixa de ser determinada pela
condição social e econômica e passa a ser determinada por o caráter biológico, reconhecendo
ao indivíduo o direito de ser educado até onde permita suas aptidões naturais.

Nesse sentido, aplica-se a hierarquia das capacidades a fim de se chegar a uma


hierarquia democrática, servindo os interesses dos indivíduos e oferecendo-lhes oportunidades
iguais. Além disso, o autor propõe a vinculação da escola com o meio social, estimulando a
solidariedade e a cooperação entre os alunos formando assim uma escola especializada, esse
formato de se escola se faz presente atualmente, permitindo os alunos fizeram aulas práticas e
utilizarem recursos como os esqueletos, os mapas e etc. Infelizmente a questão de alguns alunos
serem mais aptos que outros também permanece em nossa sociedade, agora como meritocracia.

O manifesto dos pioneiros ver no trabalho a melhor maneira de estudar a realidade em


geral, ou seja, propõe educar para o trabalho de forma prática. Outra característica do manifesto
é colocar o estado como garantidor da educação e uma escola única para todos, como formação
idêntica, além de colocar a laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e dedicação como
fundamentais para a nova educação, garantindo o direito biológico que o ser humano tem a
educação.

A laicidade coloca o ambiente escolar acima de crenças e disputas religiosas. A


gratuidade torna a educação acessível a todos, a obrigatoriedade garante que todas as crianças
ingressam na escola no período correto e a coeducação garante a educação conjunta de meninas
e meninos. O autor atenta também para a autonomia da função educacional, permitindo
autonomia técnica, administrativa e econômica das escolas, ou seja, cabe aos educadores a
função de dirigir e administrar as escolas. O estado ficaria responsável por repassar os recursos
educacionais a partir da criação de um fundo escolar para gerir as despesas com educação,
evitando privilégios de classes. Esse modelo de escola é muito importante para a educação dos
dias atuais, por garantir autonomia as escolas e assegurar os direitos básicos de educação que
todo indivíduo possui.

Esse movimento da escola nova mantém a descentralização do poder, permanecendo o


caráter federalista, no entanto estabelece que o governo central através do MEC (Ministério da
Educação) teria de policiar a obediência dos Estados.

O autor coloca como conceitos e fundamentos da educação nova a ciência como base
da educação, a valorização de atividades espontâneas, adaptação da educação ao
comportamento psicobiológico e coloca a escola como um espaço de experimentação,
proporcionando às crianças à descobrirem e experimentarem suas capacidades.
Para aplicar esse modelo aos níveis da educação o autor propõe solucionar o problema
da articulação entre o ensino primário e secundário. Estabelece também acabar com a divisão
do ensino secundário em ensino técnico e humanístico, deixando de favorecer apenas um grupo
social. Propõe ainda a educação de Universidades capazes de abranger as profissões liberais e
específicas para a indústria e comércio, adaptando as universidades à variedades e às
necessidades de cada grupo.

O manifesto dos pioneiros da educação nova é importante para entendermos as


necessidades do período bem como as necessidades atuais, Pois esse manifesto lançou ideias
que se tornaram as bases de nossa educação atual, como ensino laico, gratuito e obrigatório, a
dedicação de meninos e meninas. De modo que se torna indispensável manter e aperfeiçoar
essas ideias para manter uma educação acessível a todos, nesse sentido se faz pertinente também
refletir sobre o peso que esse modelo ainda tem na educação contemporânea e a cerca das muitas
falhas apontadas por esse manifesto e algumas até estabelecida por ele, que ainda não
superamos.

3 – a) Durante a Primeira República ocorreram vários movimentos educacionais, que


influenciaram no ensino e na concepção de educação da época, como o positivismo, o
anarquismo, o católico e o tecnicista.

O positivismo teve uma grande teve uma grande influência na sociedade brasileira,
principalmente entre os militares, por estarem mais ligados as exatas e a engenharia e distantes
da tradição humanística e acadêmica. Muitos adeptos do positivismo fizeram parte do governo
brasileiro, como Benjamin Constant e seus pensamentos repercutiram na educação. No Brasil
o positivismo não conseguiu superar o ensino humanístico e literário, principalmente porque o
positivismo serviu de base para sustentar o poder das oligarquias e acentuar os privilégios,
mantendo o poder das elites. Os princípios do positivismo foram distorcidos e utilidades de
acordo com os interesses da elites.

Vários segmentos da sociedade sofreram influência do positivismo, principalmente as


classes de oposição da monarquia. As escolas secundárias adotaram as ideias positivistas,
introduziram o ensino enciclopédico em oposição ao humanismo. Os positivistas não
conseguiam entrar em um consenso a respeito da escola livre, sendo que alguns defendiam a
não intervenção do estado, sendo a educação responsabilidade da iniciativa privada.

As ideias anarquistas no campo da educação surgiram como uma tentativa de implantar


um ensino não capitalista. Durante esse período as ideologias socialistas e anarquistas estavam
em alta, trazidas por imigrantes italianos e espanhóis que formaram os primeiros grupos de
operários. Enquanto os socialistas reivindicavam maior empenho do estado para a educação a
todos, os anarquistas rejeitavam os sistemas públicos, por considerá-los ideológicos,
divulgadores de preconceitos e comprometidos com os interesses da classe dominante, educar
cabia a comunidade anarquista.

Os anarquistas introduziram escolas operárias em quase todos os estados, introduziram


e coeducação e priorizavam a instrução científica e racional, a educação integral, o ensino laico
e o combate à toda religiosidade, apesar disso, esses projetos anarquistas não se sustentavam
por muito tempo, porque o pensamento desse grupo constantemente reprimidos, eram acusados
de propagarem ideologia “exótica”.

A atuação católica na educação ocorreu em oposição aos escolasnivostas, esse vertente


se baseia no tomismo, filosofia de São Tomás de Aquino, adaptaram o pensamento aristotélico
à religião cristã. A igreja criticava a tendência laica do ensino na República e propunham a
reintrodução do ensino religioso, pois para eles a verdadeira educação devia estar vinculada
com a orientação moral e física. Além disso, a igreja católica era ligada à antiga oligarquia e
comprometida o anticomunismo. A maioria das escolas eram de religiosos e ofereciam ensino
humanístico restrito as elites, por isso a laicidade do ensino não era interessante para essas
organizações.

O ensino tecnicista foi o resultado da tentativa de aplicar nas escolas o modelo


empresarial. Esse ensino visava a racionalização e capacidade de adequar a educação as
exigências da sociedade industrial e econômica, ou seja, tratavam a educação como capital
humano.

Introduzido no período da ditadura militar essa iniciativa tinha por trás o interesse dos
Estados Unidos de vender tecnologia obsoleta ao nosso país. Essa forma de ensino prejudicou
as escolas públicas, em decorrência da burocratização do ensino e das mudanças na LDB de
1961, imposta por militares e tecnocratas. Influenciados pelo positivismo e pelas teorias de
Taylor e Fayol o ensino tecnicista buscava mudar o comportamento do aluno a partir do
treinamento e acreditava que a escola pode ser considerada uma empresa, tornando o professor
um técnico, perdendo as características de pedagogo. Contudo, segundo a autora esse sistema
de ensino não teve êxito na prática, porque os professores continuaram utilizando os métodos
tradicionais.
b) As leis orgânicas de ensino foram criadas durante do governo Vargas, influenciada
pelo movimento renovador essa lei implantará várias modificações no ensino primário.
Estipulou planejamento e propôs previsão de recursos para implantar a reforma, no entanto o
projeto passou por dificuldades de aplicação, por não estar adequada a nossa realidade. Nesse
período as escolas normais foram expandidas e houve a regulamentação do curso de formação
de professores, no entanto o alto número de professores leigos continuou.

No ensino predominou as matérias de cultura geral em relação as de formação


profissional e um rígido critério de avaliação. Além disso, o ensino secundário foi reestruturado,
passando a ser 4 anos de ginásio e 3 anos de colegial, o colegial era dividido em curso clássico
(com predominância humanística) e científico. Uma das finalidades desse ensino era formar a
personalidade integral do adolescente, acentuar e elevar a consciência patriótica e a consciência
humanística. Esses conceitos da lei orgânica de ensino alimentou a ideologia política, o
patriotismo e o nacionalismo fascista.

As condições de ingresso ao ensino superior era acentuar características do ensino


secundário acadêmico, desprezando os cursos profissionalizantes. O sistema oficial não
acompanhava o desenvolvimento tecnológico da indústria em expansão, além disso, eram
procurados por camadas que desejavam ascensão social, dessa forma, a lei orgânica de ensino
foi antidemocrática e seletiva.

c) A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) de 1996 foi elaborada para tratar das diretrizes e
bases da educação, a dedicação dessa lei corroeu através de um amplo debate não apenas na
Câmara, mas também na sociedade civil, foi a primeira vez que uma lei foi resultado do debate
democrático da comunidade educacional e não da exclusiva iniciativa do presidente, no entanto
Darcy Ribeiro propôs outro projeto que ficou sendo discutido paralelamente e foi aprovado. O
projeto aprovado foi criticado por ser vago demais e por omitir pontos centrais, além de ser
considerado autoritário. A nova LDB oferecia recursos para a educação e bolsas de estudos para
alunos da educação básica.

A educação infantil não era obrigatória e no ensino médio as disciplinas de filosofia e


sociologia deixaram de ser obrigatórias. Foi exigido do professor ensino superior e aprovadas
propostas de educação continuada e valorização dos professores, no entanto os cursos de
magistério continuaram em vários estados, a lei não abarcava todo o território brasileiro.
Segundo a autora essa foi a lei que poderia ser aprovada na época, porque a nossa sociedade
ainda se mantém muito conservadora.
Atualmente os educadores e o estado tem consciência de que a escola foi seletiva em
todas as épocas, e ainda é, de certa forma atualmente. Os segmentos mais pobres da sociedade
foram excluídos da escola, que ficava restrita a elite. A educação contemporânea não é
equivalente para todos, ainda há muitas diferenças entra a escola pública e a particular e também
na realidade dessas pessoas, no entanto a educação contemporânea busca oferecer
oportunidades para todos os indivíduos da sociedade. Nesse sentido, muito se discute a certa da
educação dos negros, as marcas da escravidão e o que fazer para compensar os danos da
escravidão, tanto escravidão dos negros como a indígena.

A educação contemporânea busca compensar essas camadas excluídas durante tanto


tempo da sociedade, além de estimular o aprendizado de todas a crianças, de acordo com suas
diferenças e suas realidades econômicas e sociais. Dentre essas medidas o governo estipulou as
cotas para negros, pessoas de baixa renda e indígenas, o que acaba sendo uma estratégia do
estado para não ter muitos gastos, porque ao invés de melhorar a educação das escolas públicas
e melhorar as condições de acesso desses grupos às escolas, o governo “facilita” a entrada na
Universidade, no entanto dentro do nosso contexto atual de desigualdades as cotas se fazem
importante.

A educação dos indígenas leva em consideração suas realidades específicas, como a


questão da língua. Há escolas nas aldeias e cidades próximas em que os índios aprendem o
português e também a língua nativa, sabemos que muitas vezes esse ensino não é oferecido e a
manutenção da língua indígena cabe a tribo, no entanto essas questões tem levantado cada vez
mais debates em torno da educação dos grupos marginalizados, que mesmo com essas
iniciativas ainda passa por grandes dificuldades.

Portanto, a educação contemporânea busca oferecer uma educação gratuita para todos e
lança mão de políticas sociais para combater as desigualdades sociais, e mesmo que, essas
políticas sociais não sejam ideias, são de fundamental importância para o ingresso e manutenção
desses grupos que foram excluídos da educação brasileira durante séculos nas escolas e nas
universidades.

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