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Ética Cristã e o Aborto - Artigos - Conteúdo Jurídico

ANDRÉ DE PAULA VIANA

(Orientador)

RESUMO: Este artigo trará pesquisas e conceitos relevantes do tema aborto. Nos
primeiros tópicos verificaremos o que a ciência diz a respeito, os meios para a sua
causa, os métodos utilizados para sua concretização, as consequências para o feto e
para a mãe.. Em seguida analisaremos o que a lei Brasileira dispõe sobre o assunto,
e em quais casos é permitido abortar. E no final a visão da Ética Cristã, iremos
encontrar passagens da Bíblia mostrando como a vida é um dom de Deus, o
porque dela ser tão importante, e o porque do ser humano, não ter o poder de
decisão se o bebe merece ou não viver !

Palavras-chave: Aborto. Métodos de abortos. Consequências causadas. Visão da


ciência. Visão da ética Cristã.

ABSTRACT: This article will bring research and concepts relevant to abortion. In the
first topics we will check what science says about it, the means for its cause, the
methods used to achieve it, the consequences for the fetus and for the mother. Next
we will analyze what Brazilian law has on the subject, and in which cases abortion is
allowed. And in the end the vision of Christian Ethics, we will find passages from the
Bible showing how life is a gift from God, why it is so important, and why man does
not have the power to decide whether or not the baby deserves it to live !

Keywords: Abortion. Methods of abortion. Consequences caused. Vision of


science. Vision of Christian ethics.

SUMARIO: INTRODUÇÃO. 1- O QUE É O ABORTO. 1.1- ABORTO ESPONTANEO.


1.2- ABORTO PROVOCADO. 2- ESTASTISTICAS SOBRE O ABORTO. 3-
METODOS DE ABORTO. 3.1- ASPIRAÇÃO OU SUCÇÃO. 3.2- CURETAGEM. 3.3-
PROSTAGLANDINA. 3.4- SOLUÇÃO SALINA. 3.5- NASCIMENTO PARCIAL. 3.6-
PILULA RU-486. 3.7- POR ‘’D & X ÁS 32º SEMANAS. 3.8- DIU. 4- EFEITOS
COLATERAIS DOS CHAS ABORTIVOS. 5- COMPLICAÇÕES TARDIAS DO
ABORTO. 6- CONSEQUÊNCIAS SOBRE A CRIANÇA NÃO NASCIDA. 7-
CONSEQUÊNCIAS PISICOLÓGICAS. 8- O ABORTO NO CONTEXTO LEGAL. 9- O
ABORTO SEGUNDO A ETICA CRISTA. 9.1- CONCEITO BIBLICO DO ABORTO.
9.2- QUANDO A VIDA COMEÇA. 10- O ABORTO EM CASO DE ESTUPRO. 11- O
ABORTO EM CASO DE DEFICIÊNCIA. 12- O ABORTO EM CASO DE RISCO A
VIDA DA MÃE. 13- O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA. CONCLUSÃO.
REFERÊNCIAS.

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa visa explanar a temática de maneira restrita, aplicando o aborto na


ótica cristã. Visando o melhor conteúdo para exemplificar o assunto de maneira mais
clara, é necessário que haja uma elucubração firmada no livro dos livros, a palavra de
Deus, também conhecida popularmente como bíblia sagrada.

Para tanto, sabemos que o formato do direito, se deriva da bíblia sagrada,


anteriormente conhecido como direito canônico, por esse e muitos outros motivos
sociais, éticos e morais que são examinados os preceitos de Deus.

1. O QUE É O ABORTO?
O aborto é a morte de uma criança no ventre de sua mãe, produzida durante
qualquer momento da etapa, que vai desde a fecundação (união do óvulo com o
espermatozoide) até o momento prévio ao nascimento.

No entanto, há 2 tipos de aborto a saber:

1.1 ABORTO ESPONTANEO

Ocorre sem qualquer intervenção externa, sendo ocasionado por diversos fatores,
entre os quais a baixa vitalidade do espermatozoide (causa paterna), afecções na
placenta (causa materna), e a morte do feto por infecções sanguíneas (causa fetal),
ou seja, sem desejo ou previsão da mãe e;

1.2 ABORTO PROVOCADO

Neste caso, temos o terapêutico e o criminoso. O primeiro, é recomendado pelos


médicos quando a mãe corre risco de vida, e o segundo, dá-se quando se interrompe
a gravidez por motivos egoístas e fúteis, ou seja , quando a morte do feto é
procurada.

2. ESTATISTICAS SOBRE O ABORTO

As estatísticas sobre aborto no Brasil, e receio que no mundo inteiro, são


controversas e certamente impossíveis de precisar, até mesmo pelo fato de que nem
toda mulher que aborta o faz pelas vias legais ou mediante acompanhamento
médico. Há quem especule, que o número de abortos praticado no Brasil, varie entre
um milhão a um milhão e meio por ano. Geralmente esses números mais elevados
são apresentados pelos defensores da descriminalização do aborto (Pró-escolha).
Os que são contrários ao aborto e favoráveis à proteção da criança desde a
concepção (Pró-vida), geralmente apresentam números bem mais modestos que
andam ali pela média dos cem mil abortos anuais. Seja como for, é um número
altíssimo de inocentes, tendo seu direito de viver negado por suas próprias mães!

3.METODOS DE ABORTO

A Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira, em uma matéria publicada no site Aleteia em


março de 2014, elencou com louvor alguns dos métodos de aborto provocados
conhecidos, explicitando seu procedimento e meios, embora sendo os mesmos
realizados de maneira cruel, explicitando também seus efeitos colaterais gerados nas
gestantes.

3.1 ASPIRAÇÃO OU SUCÇÃO

Aplica-se no útero uma espécie de tubo vazado com uma ponta afiada . Um forte
poder sucção espedaça o pequeno corpo do bebê que ali esta sendo gerado, assim
como a placenta e absorve ambos. O abortista introduz logo uma pinça para extrair o
crânio, que costuma não sair pelo tubo de sucção. Algumas vezes as partes mais
pequenas do corpo do bebê podem ser identificadas. Quase 95% dos abortos nos
países desenvolvidos são realizados desta forma.

Neste método, há grandes consequências que podem ser geradas, como:

- insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e no


segundo trimestre (10% das pacientes);
- partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação.

3.2 CURETAGEM

Neste método, é utilizada uma cureta ou faca, proveniente de uma colher afiada na
ponta que extraem aos pedaços, o feto e a placenta. A princípio, a curetagem e a
aspiração são realizadas no máximo até 12 semanas (2 meses e meio) de gestação.

A cureta é empregada para desmembrar o bebê, tirando-se logo em pedaços com


ajuda do fórceps. Este método está se tornando o mais usual.

Ao fazer esse tipo de aborto, a mãe poderá acarretar vários tipos de problemas para
a sua saúde, tais como:

- infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;

- intervenção para estancar a hemorragia produzida;

- perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;

- a artéria do útero, nesses casos, frequentemente, é atingida, criando a necessidade


de histerectomia (extirpação do útero), se não for possível estancar a hemorragia.

3.3 PROSTAGLANDINA

É o uso de fármaco por via oral ou intravaginal e provoca o aborto ou trabalho de


parto, independente do tempo da gestação. Esta droga provoca um parto prematuro
durante qualquer etapa da gravidez. É usado para levar a cabo o aborto à metade da
gravidez e nas últimas etapas deste. Sua principal "complicação" é que o bebê às
vezes sai vivo. Também pode causar graves danos à mãe. Recentemente as
prostaglandinas foram usadas com a RU- 486 para aumentar a "eficácia" destas.

3.4 SOLUÇÃO SALINA

Utilizada a partir da 16ª semana de gestação, pela injeção de solução salina


concentrada, para dentro do saco amniótico através de longa agulha. O feto aspira e
engole este líquido que o envenena; ele se debate, às vezes apresenta convulsões
em lenta agonia; nasce com queimaduras pelo sal concentrado que chega a tirar toda
sua pele. Apesar disso pode nascer vivo.

Podemos também analisar varias outras complicações muito sérias causadas por
esse método:

- retenção da placenta e hemorragia (50% necessitam de curetagem).

-As mesmas complicações que uma curetagem pode produzir, com o agravante de
uma possível perfuração do útero e da formação de aderências;

- infecção e endometrite (inflamação da mucosa do útero);

- coagulopatia e hemorragia abundante;

- intoxicação por retenção de água; efeitos secundários do soro salino e da pituita que
podem causar falhas de funcionamento do coração e morte;
- possibilidade de gravidez mais avançada do que a informada pela mãe e, na
ausência de um exame sério, poderia abortar uma criança de 2 quilos ou 2 quilos e
meio. Esse tipo de aborto apresenta um perigo dez vezes superior à curetagem. A
mortalidade vai de 4 a 22 por mil.

3.5 NASCIMENTO PARCIAL

Técnica usada após o 5º mês de gestação. Realiza-se o parto normal pélvico


tracionando o bebê pelos membros inferiores. Ao surgir o pescoço, o médico
atravessa um orifício da nuca e esvazia o cérebro, matando-o. Para concluir, só falta
retirar a cabeça diminuída de volume. Nos Estados Unidos da América, a motivação
deste método é de ordem legal, onde se ao nascimento, o recém-nascido esboçar o
menor sinal de vida, é considerado pessoa diante da lei e deve ser protegido.”

Ainda sobre métodos abortivos, uma pesquisa liderada pelo médico Emilio Jesús
Alegre del Rey, abre um conhecimento acerca da chamada pílula do dia seguinte
(pílula ru-486), dos abortos de nascimento parcial (D&X) , e do dispositivo intrauterino
(DIU).

3.6 PILULA RU-486

Trata-se de uma pílula abortiva, empregada conjuntamente com uma prostaglandina,


que é eficiente se for empregada entre a primeira e a terceira semana depois de faltar
a primeira menstruação da mãe. Por este motivo é conhecida como a "pílula do dia
seguinte". Age matando de fome o diminuto bebê, privando de um elemento vital, o
hormônio progesterona. O aborto é produzido depois de vários dias de dolorosas
contrações.

3.7 POR "D & X" ÁS 32º SEMANAS

Este é o método mais espantoso de todos, também é conhecido como nascimento


parcial. Costuma ser feito quando o bebê se encontra já muito próximo de seu
nascimento. Depois de ter dilatado o colo uterino durante três dias e guiando-se por
ecografia, o abortista introduz algumas pinças e agarra com elas uma perninha,
depois a outra, seguida do corpo, até chegar aos ombros e braços do bebê. Assim,
extrai-se parcialmente o corpo do bebê, como se este fosse nascer, salvo que deixa-
se a cabeça dentro do útero. Como a cabeça é grande demais para ser extraída
intacta, o abortista, enterra algumas tesouras na base do crânio do bebê que está
vivo, e as abre para ampliar o orifício. Então, insere um cateter e extrai o cérebro
mediante sucção.

Este procedimento faz com que o bebê morra e que sua cabeça se desabe. Em
seguida extrai-se a criatura e lhe é cortada a placenta.

3.8 DIU

Por suas características anatômicas, advertem que o DIU não é um dispositivo de


barreira, quer dizer, não impede a livre circulação dos espermatozóides até
encontrar-se com o óvulo. Sua função, na realidade, é, como agente exógeno ao
organismo feminino, produzir irritação e inflamação nas paredes internas do útero
(endométrio), o que lhe torna propenso a contrair uma série de infecções muito
delicadas e que impossibilitam que o óvulo fecundado pelo espermatozoide (ovo)
possa nidar-se ou implantar-se nessa parede. Isto leva ao desprendimento e que
provoque um sangramento intermenstrual no qual é expulso. Ou seja, ocorre um
aborto.
Os estudos clínicos com o DIU portadores de cobre indicam que a fecundação se
altera, quer seja porque varia o número de espermatozoides ou pela falta de
viabilidade destes. Os DIU não inibem a ovulação (produção e liberação de um óvulo
dos ovários). O Para Gard nem sempre evita a produção de gravidez ectópica (a
gravidez fora do útero, chamado às vezes gravidez tubária). A gravidez ectópica,
pode requerer cirurgia e deixar a mulher incapacitada de ter filhos, em alguns casos
pode causa a morte".

4.EFEITOS COLATERAIS DOS CHÁS ABORTIVOS

Os chás abortivos usados por mulheres que estão grávidas, podem trazer diversos
efeitos colaterais. O maior perigo de fazer o uso de chás abortivos, além de não
ocasionar a expulsão do feto, é resultar na má formação do bebê. Além disso, a
mulher pode sofrer dificuldades de amamentar.

Tomar chás abortivos, também podem intoxicar a mulher, que deve buscar
atendimento médico urgente. O aborto, nesses casos, pode não acontecer e ainda o
feto sofrer os efeitos tóxicos dessas infusões, causando efeitos colaterais como má
formação, nascimento fora do peso, parto pré-maturo, entre outras complicações
indesejáveis.

Outro efeito colateral, que normalmente, esses chás abortivos causam, é a elevação
da pressão nas artérias. Com isso o útero pode sofrer contrações que expulsam o
feto. Porém, tais contrações podem ser insuficientes e não provocar o aborto, mas
fazer mal ao feto e a gestante, como fortes dores uterinas.

Mais um efeito colateral, muito perigoso, é que eles podem causar hemorragia. Tais
hemorragias podem requerer atendimento médico emergencial à mulher e pode,
inclusive, levar a gestante à morte por sangramento intenso.

A Associação Nacional Provida e Pró-Família, publicou um estudo acerca das


complicações e consequências imediatas causadas pelo aborto.

5. COMPLICAÇÕES TARDIAS DO ABORTO


A - Insuficiência ou incapacidade do colo uterino.

B - Aumento da taxa de nascimentos por cesariana (para permitir que o bebê consiga
viver mesmo que prematuro).

C- Danos causados às trompas por possível infecção pós-aborto, causando


infertilidade (em 18 % das pacientes). Maior número de complicações em mulheres
grávidas que anteriormente provocaram aborto (67,5% entre as que abortaram e 13,4
entre as que não abortaram).

Dentre todas as complicações, a mais grave é a hemorragia, que transforma a nova


gravidez em gravidez de alto risco.

D- O aborto pode provocar complicações placentárias novas (placenta prévia),


tornando necessária uma cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança.

E- O aborto criou novas enfermidades: síndrome de ASHERMAN e complicações


tardias, que poderão provocar necessidade de cesariana ou de histerectomia.
F - Isoimunização em pacientes Rh negativo. Aumento, consequentemente, do
número de gravidez de alto risco.

G - Partos complicados. Aumento do percentual de abortos espontâneos nas


pacientes que já abortaram.

6.CONSEQUÊNCIAS SOBRE A CRIANÇA


A - Sobre a criança abortada:

- dores intensas (o feto é sensível à dor);

- morte violenta;

- aborto de crianças vivas que se deixam morrer.

B - Sobre as crianças que nascem depois

- abortos de repetição no primeiro e no segundo trimestre de gravidez;

- nascimento prematuro, os que sobrevivem com frequência são excepcionais


(paralisia cerebral, disfunções neurológicas etc.).

- parto difícil, contrações prolongadas;

- Gravidez ectópica (fora do lugar) nas trompas, podendo ser fatal para a mãe

- malformações congênitas provocadas por uma placenta imperfeita;

- morte perinatal por prematuridade extra-uterina (50% morrem no primeiro mês de


gravidez);

7.CONSEQUENCIAS PISICOLOGICAS
A- Para A Mãe:

- queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio filho;

- frigidez (perda do desejo sexual);

- culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;

- desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;

- doenças psicossomáticas;

- depressões;

O período da menopausa é um período crucial para a mulher que provocou aborto.


B- Sobre os filhos que podem nascer depois:

- atraso mental por causa de uma malformação durante a gravidez, ou nascimento


prematuro.

8.O ABORTO NO CONTEXTO LEGAL

O código de Hamurabi (1810-1750 a.C.) condenava o aborto. No código de


Napoleão (1769-1821) era crime hediondo. No Código Criminal do Império no Brasil
(1830) era proibido. Hoje, a Legislação brasileira permite apenas nos casos de risco
de morte à mulher, estupro e anencefalia. Nos demais casos o aborto ainda é crime
(Artigo 124 do Código Penal). No entanto, no Congresso Nacional, Projetos de Lei
tramitam com a proposta de Legalizá-lo em qualquer caso.

Métodos abortivos datam do século XXVIII a.C., tendo sido descoberto na China (uso
do mercúrio para induzir o aborto). Num comparativo entre a Bíblia e o Código de
Hamurabi, encontramos uma preocupação menos com o aborto propriamente dito e
muito mais com o ressarcimento ou compensação do dano causado. No mundo
grego, Aristóteles e Platão, pregavam a utilização do aborto como forma de controle
populacional. Enquanto Sócrates também o admitia, porém sem qualquer outra
justificativa, que não a de dar a gestante a liberdade de escolha.

O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 4º, defende os direitos do nascituro, não
apenas após a nidação ou implantação, mas “desde a concepção”. “A personalidade
civil do homem começa do nascimento com a vida; mas a lei põe a salvo desde a
concepção os direitos do nascituro”.

O Código Penal, instituído pelo Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940,


inclui a prática de aborto na parte especial, título I (crimes contra a pessoa), capítulo I
(crimes contra a vida):

“Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de um a três anos.

Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de


quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido
mediante fraude, grave ameaça ou violência”

Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um
terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a
gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer
dessas causas, lhe sobrevém a morte.

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;


II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

9. O ABORTO SEGUNDO A ETICA CRISTÃ

Agora iremos abordar o tema (aborto), segundo a ética cristã, de acordo com a
interpretação de Francisco Barbosa:

O tema do aborto implica agressão à dignidade humana e a inviolabilidade do direito


à vida. Em nossos dias, muitos segmentos da sociedade se mostram favoráveis ou
simpatizantes à prática do aborto.

Acerca do assunto, a Bíblia assegura que Deus é o autor e a fonte da vida (Genesis
2.7; Jó 12.10), e somente Ele tem poder sobre a vida e a morte (1Samuel 2.6).

O aborto é um assassinato, um crime suavemente aceito pela sociedade pós-


moderna.

A vida de um ser humano no útero, é digna de todo o esforço necessário para permitir
um processo de concepção completo.

9.1CONCEITO BIBLICO DO ABORTO

Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez de uma mulher era tratado como
ato criminoso (Êxodo 21.22-23). No sexto mandamento, o homem foi proibido de
matar (Êxodo 20.13), que significa literalmente "não assassinar". Os intérpretes do
Decálogo, concordam que o aborto está incluso neste mandamento.

Assim, quem mata o embrião, ou o feto, peca contra Deus e contra o próximo. (Lição
Biblica, Casa Publicadora das Assembleias de Deus-CPAD, 2º Trimestre, an
2018, Lição 4, de 22 Abril de 2018)

A ciência nos diz que a vida humana começa no momento da concepção. A partir do
momento em que ocorre a fecundação, a composição genética da criança já está
completa. O gênero já foi determinado, juntamente com sua altura e cor do cabelo,
dos olhos e da pele. A única coisa que o embrião precisa para se tornar um ser de
pleno funcionamento é o tempo de crescer e se desenvolver.

Mais importante, Deus nos revela em Sua Palavra que não só a vida começa no
momento da concepção, mas que Ele sabe quem somos até mesmo antes disso
(Jeremias 1:5). O rei Davi disse isso sobre o papel de Deus na nossa concepção:
"Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Os teus olhos
me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus
dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda"
(Salmos 139:13,16).

9.2 QUANDO A VIDA HUMANA COMEÇA?

A ciência responde claramente essa questão ao dizer que a vida humana começa na
concepção. Mas esta resposta ainda não é capaz de convencer muita gente, inclusive
pesquisadores, que continuam usando argumentos do tipo “aglomerado de células”
para justificar que, dependendo do estágio da gravidez, o aborto deveria ser
permitido.
A princípio, o termo “aglomerado de células” parece sugerir que o embrião não tem
vida própria, não tem controle próprio e autonomia, não tem viabilidade, agindo como
um “parasita” que não sobreviveria fora do útero.

Um estudo feito por Shahbazi e cols (2016), que foi publicado em uma das revistas
científicas mais renomadas do mundo (grupo Nature), demonstrou que esse
argumento é totalmente errôneo. Neste estudo, os pesquisadores utilizaram um
aparato experimental que permitiu avaliar o desenvolvimento de embriões humanos,
incluindo a transição da fase pré para a fase pós-implantação, sem utilizar qualquer
tecido materno.

Para entender os processos que ocorrem antes e após a implantação do embrião no


útero materno, os pesquisadores colocaram os embriões humanos em incubadoras
contendo apenas nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Com uma série
de experimentos, eles demonstraram que o embrião possui uma capacidade de
organização autônoma, independente da presença do útero materno, que nunca tinha
sido demonstrada antes pela ciência. Estas células se organizam e se desenvolvem
de forma autônoma, mesmo não estando no útero e mesmo não passando pelo
processo de implantação.

A Bíblia ensina que a vida começa na concepção. As Escrituras nos revela que, não
só a vida começa na concepção, mas que Deus sabe quem somos até mesmo antes
disso (Jeremias 1.5). Davi descreve poeticamente: "Pois tu formaste o meu interior, tu
me teceste no seio de minha mãe. Os teus olhos me viram a substância ainda
informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e
determinado, quando nem um deles havia ainda" (Salmos 139.13,16).

“Sabe quais as diferenças entre um óvulo fecundado e um bebê? O tempo de vida, o


tamanho e a forma, o desenvolvimento e o tipo de nutrição

Thiago Rosas, trás um estudo esclarecendo os TIPOS DE ABORTOS E SUAS


IMPLICAÇÕES ÉTICAS:

1 O ABORTO EM CASO DE ESTUPRO

O ponto mais questionado nesse caso é o posicionamento dos cristãos acerca da


gravidez resultante de um estupro. Uma relação sexual forçada é algo que nenhuma
mulher jamais deveria ter que passar. Mulheres que foram vitimas desse tipo de
abuso devem ser amparadas, cuidadas e amadas.

Mas quando a ética cristã se opõe ao aborto de uma gravidez nessa situação, ela não
está menosprezando a vida da mulher, muito pelo contrário. Há muitos e muitos
casos de mulheres que abortam uma gestação que foi fruto de um abuso, e depois
não conseguem se perdoar.

Além disso, matar o embrião ou feto não apagará definitivamente o que de fato
aconteceu. Na verdade essa atitude pune o filho do agressor com a pena de morte, e
não o agressor.

2 O ABORTO EM CASO DE DEFICIÊNCIA

Em casos de feto com deficiência, admitir o aborto também é ignorar e afrontar a


soberania divina. Uma pessoa deficiente não significa uma criação que saiu do
controle de Deus. Certa vez Moisés escutou do Senhor: “Quem fez a boca do
homem? Ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o
Senhor?” (Êxodo 4:11).

Por mais que seja uma experiência custosa, a maioria esmagadora dos pais de filhos
deficientes jamais concordará que deveriam ter praticado o abordo durante a
gestação. Além disso, frequentemente temos notícias de crianças que foram
desenganadas durante a gestação, e que ao nascerem desafiaram todos os
prognósticos médicos.

3.O ABORTO EM CASO DE RISCO A VIDA DA MÃE

Contudo, a situação mais complicada é aquela em que a gestação oferece sérios


riscos à vida da mãe, chegando ao ponto de alguém ter que basicamente decidir por
uma vida ou outra. Percentualmente esse tipo de situação é a menor entre todas as
outras. A maioria dos abortos ocorre não por risco à vida da mãe, mas por risco à
vida profissional, social ou estética dessa ex-futura mãe.

Mas em casos em que realmente a vida da mãe está em risco, as pessoas envolvidas
devem analisar a situação com sabedoria. Elas devem orar a Deus, confiantes de que
Ele tem o controle de tudo em suas mãos. Elas devem saber que nenhum fio de
cabelo de suas cabeças se perde sem o consentimento do Senhor (Lucas 21:18; cf.
12:7). Por mais que não entendamos a providência divina, o final de todas as coisas é
a glória de Deus.

Em casos assim, muitos médicos optam por provocar o nascimento da criança, ainda
que seja um nascimento muito prematuro. Consequentemente, eles procuram
oferecer todos os recursos necessários para tentar garantir sua sobrevivência. Por
vezes, mesmo diante das mínimas chances, algumas crianças sobrevivem a tais
condições tão adversas de parto.

Aos defensores do Aborto, a grosso modo, parece-lhes que se uma mulher estiver
em perigo de vida, por causa da gravidez, é lícito matar o bebê e ponto final. Deus
tem dado à humanidade a capacidade de avançar tecnologicamente, e hoje, os
extraordinários recursos de que dispõe a Medicina oferecem meios para prosseguir
na luta em busca do fim almejado, isto é, a salvação do binômio mãe-filho. É lógico
que não podemos ser irracionais e engessados, cada caso é um caso, mas em geral,
a luta deve ser pela manutenção da vida, sempre, diz Francisco Barbosa.

10 O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA

A infusão da alma no ser gerado.

Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no embrião, com a
concepção.

É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu início ao fim, está em grande parte
encoberta por um véu de mistério que só o próprio Criador e Sustentador conhece.
“Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que
funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1);

E mais, “Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei;


porque o espírito perante mim se enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).
O exemplo de João Batista e de Jesus.

Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o tinha no ventre há um mês (quatro
semanas), quando foi visitar Isabel, sua prima. Esta já estava com seis meses de
grávida de João Batista (Lucas 1.36), tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas.

A Bíblia nos mostra que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no
seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lucas 1.41).

No ventre de Maria, não estava “uma coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de
Isabel não estava um ser desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de
alegria ao ouvir a bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma
“criancinha” ainda em formação (v.41).

O embrião é uma pessoa.

Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em
formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos
os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais.

Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à luz.
Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida,
mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zacarias 12.1b).

O aborto é conhecido também como feiticídio, definido por Houais como o ‘crime no
qual, através do aborto provocado, ocorre a morte do feto que se presume com a
vida’.

Se nos dermos ao trabalho de examinar a etimologia do vocábulo ‘feto’,


constataremos que o aborto é um crime não somente hediondo, mas tremendamente
covarde. No latim, a palavra fetus significa pequenino.

O Dicionário Latino-Português de F. R. dos Santos Saraiva define a palavra


simplesmente como filho no ventre.

O teólogo americano Willian Lane Craig aprofunda-se no significado do


termo: ‘Assim, como eu digo, parece virtualmente inegável que o feto – que é apenas
a palavra Latina referente a ‘pequenino’ – é um ser humano nos primeiros estágios do
seu desenvolvimento. Seja um ‘pequeno’, um recém-nascido, um adolescente ou um
adulto, ele é, em cada período, um ser humano nos diferentes estágios do seu
desenvolvimento’.

Diferentemente de outras alternativas éticas, a ética cristã é fundamentada na


Palavra Deus. Então isto significa que em nenhuma hipótese a ética cristã irá aprovar
o aborto. As Escrituras não enxergam o homem como mais uma espécie resultada de
um processo de evolução. Elas dizem que o homem foi criado à imagem e
semelhança de Deus.

Portanto, além de o aborto ser classificado como um assassinato, é também um


atentado contra a imagem do próprio Deus representada naquele embrião ou feto.
Claro que quando a ética cristã se opõe ao aborto, ela não ignora o fato de existirem
casos extremamente complexos.

Enquanto há mulheres que simplesmente abortam por concluírem que no momento


há coisas mais interessantes a se fazer do que ser mãe, há outras que enfrentam
dramas realmente difíceis. Existem mães que enfrentam casos de gravidez de alto
risco. Outras carregam um feto desenganado pela medicina. Por fim, há aquelas que
foram vitimas de relações abusivas, como o estupro.

Por mais que sejam situações complicadas, a ética cristã, conforme a Palavra de
Deus, sempre defenderá a vida. Por exemplo, se a ética cristã aceitasse o aborto em
casos de deficiência do feto, ela fatalmente deixaria de ser cristã. No fim ela se
harmonizaria a outras formas éticas contrárias a Deus, como a ética naturalística que
defende a eliminação dos mais fracos.

O mesmo também pode ser dito do aborto em caso de estupro, onde esse tipo de
pensamento se fundamenta em éticas humanísticas que colocam a satisfação
individual acima de qualquer coisa, até mesmo da vida do próximo. Nesse caso, o
próximo é sempre um feto indefeso no ventre.

CONCLUSÃO

Aqueles que dizem ser a favor do aborto, eu afirmo a quem interessar, que é fácil ser
a favor e que em muitas das circunstancias é até inspirador, digo ainda como ser
humano, é fácil sermos a favor do aborto, pois afinal de contas, já nascemos.

O ponto a ser abordado é: E se fossemos nós aguardando o tão esperado dia do


nascimento, prontos e formados para vivermos uma vida intensa e com liberdade,
completos e cheios de vigor, quando decidem nos abortar, decidem tirar a nossa vida.

Acredito que sobreviver seja o objetivo de todos que estão no mundo, afinal, todos
lutamos dia após dia por isso, e assim afirma Jesus o “CRISTO” homem relatado na
bíblia sagrada como sendo o “MESSIAS”, “amarás o teu próximo como a ti
mesmo”(Marcos 12-31), como pode alguém não querer ser abortado, porém querer
abortar?

De acordo com a ética cristã o aborto é considerado um pecado, pois um dos


mandamentos é: “não mataras”(êxodo 20-13) vislumbramos que sendo um pecado
tirar uma vida ainda que informe, ferimos uma das leis de Deus executando o aborto,
sendo assim sem meios termos o aborto independentemente em que circunstancias
ele seja efetuado, é pecado.

Entende-se que o mundo em que vivemos, esta a cada dia que se passa mais e mais
corrompido, e que as leis estão a cada dia mais desfavoráveis a vida, decretando
pena de morte ao feto que foi concebido em circunstancias de abuso, tendo em vista
que aquele que abusou terá uma pena mais branda.

Um mecanismo que aparenta caminhar para uma aceitação total de atos reprovados
por parte ou um todo da sociedade, do que antes era totalmente proibido,
foi deliberado em caso de estupro, posteriormente em casos em que a gravidez
oferece risco a vida de mãe e ainda em caso de anencefalia, seguidos de um projeto
de lei que legaliza o aborto em toda e qualquer situação.

O que se vê aqui não pode ser considerado evolução e sim uma desvalorização da
vida, pois algo que gera apenas prejuízos físicos e psicológicos não pode ser
considerado evolutivo e sim degradativo.

Não obstante, concluo que aborto ainda é caracterizado como matar alguém
elencado no artigo 121 do código penal brasileiro, considerando os direitos do
nascituro, caminho vislumbrado pela ótica cristã.
REFERÊNCIAS

Alan Pallister. Ética Cristã hoje, Shedd Publicações, p. 153

Claudionor de Andrade. As novas fronteiras da Ética Cristã, CPAD, p. 53

Claudionor de Andrade. Op. cit., p. 69

Claudionor de Andrade. Op. cit., p. 77

Douglas Baptista. Valores cristãos: enfrentando as questões morais do nosso


tempo, CPAD, p. 40

Hank Hanegraaff. O livro das respostas bíblicas, CPAD, p. 430

Hank Hanegraaff. Op. cit., p. 107

Raul Marinho Jr. Em busca de uma Bioética global: princípios para uma moral
mundial e universal e uma Medicina mais humana, Hagnus, p. 194

Raul Marinho Jr. Op. cit., p. 195

William L. Craig. Apologética para questões difíceis da vida, Vida Nova, p. 13

William L. Craig. Op. cit, p. 124

William L. Craig. Op. cit, p. 126

William L. Craig. Op. cit, p. 139

http://estudosnacionais.com/falacia-dos-numeros/.

http://estudosnacionais.com/refutacoes-sobre-aborto/

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