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1) EMENTA:
Esta disciplina tem como objetivo apresentar as diversas possibilidades de interpretação do fenômeno da
saúde/doença mental a partir da perspectiva das Ciências Sociais, em especial da Antropologia, da
Sociologia e da História. Intenta-se destacar como determinados conceitos, como os de
normalidade/anormalidade, saúde/doença, sanidade/loucura, estão ligados a processos históricos e,
portanto, sociais e culturais. Buscar-se-á construir um diálogo entre essas disciplinas e alguns temas
trabalhados pela Psicanálise e, em certa medida, pela Psiquiatria. Analisar-se-á, ainda, a reforma
psiquiátrica no contexto da realidade brasileira. Por fim, serão apresentados desafios e perspectivas do
pensamento social em saúde mental para a realização de pesquisas e a (re)formulação de políticas
públicas.
2) OBJETIVOS:
Os conteúdos trabalhados na disciplina buscarão levar o/a discente a ser capaz de:
! Entender o fenômeno da saúde/doença mental a partir da perspectiva das Ciências Sociais, em especial
da Antropologia, da Sociologia e da História;
! Relacionar conceitos, como os de normalidade/anormalidade, saúde/doença, sanidade/loucura, a
processos históricos e, portanto, sociais e culturais;
! Conhecer como essa temática é trabalhada pela Psicanálise e pela Psiquiatria;
! Analisar políticas em saúde mental a partir da reforma psiquiátrica e da realidade brasileira.
3) METODOLOGIA/RECURSOS DIDÁTICOS:
As aulas serão expositivas em interlocução com os/as discentes, que deverão apresentar seminários.
Haverá leitura e discussão da bibliografia indicada. Ocorrerá, ainda, a apresentação e a discussão de
filmes relacionados à temática proposta.
4) AVALIAÇÃO:
A avaliação do desempenho do/da discente será realizada a partir de: a) participação nas aulas e
apresentação de seminários, a partir da leitura da bibliografia indicada, que terão peso de 20% na nota
final; e b) entrega de um trabalho final sobre a temática proposta, no formato de um artigo, que terá peso
de 80% na nota final.
5) CRONOGRAMA:
ROSA, João Guimarães. “Sorôco, sua mãe, sua filha”. In: Primeiras estórias.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
6) BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 2001; 6 abr.
BRASIL. Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003. Institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes
acometidos de transtornos mentais egressos de internações. 2003; 31 jul.
BRASIL. Portaria/GM nº 1.220, de 7 de novembro de 2000. Dispõe sobre a criação do serviço residencial
terapêutico em saúde mental, da atividade profissional de cuidador em saúde, do grupo de procedimentos
de acompanhamento de pacientes e do subgrupo de acompanhamento de pacientes psiquiátricos, do
procedimento de residência terapêutica em saúde mental, dentre outros. 2000; 7 nov.
BRASIL. Portaria nº 246, de 17 de fevereiro de 2005. Destina incentivo financeiro para implantação de
serviços residenciais terapêuticos e dá outras providências. 2005; 17 fev.
BRASIL. Portaria nº 95, de 14 de janeiro de 2014. Dispõe sobre o financiamento do serviço de avaliação
e acompanhamento às medidas terapêuticas aplicáveis ao paciente judiciário, no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS). 2014; 14 jan.
CAETANO DA SILVA, Haroldo (coord.). Paili: Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator.
Goiânia: MP/GO, 2013.
DINIZ, Debora. A custódia e o tratamento psiquiátrico no Brasil: censo 2011. Brasília: LetrasLivres;
Editora Universidade de Brasília, 2013.
FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Residências terapêuticas: o que são, para que servem. Brasília, 2004.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) E PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO
CIDADÃO (PFDC). Parecer sobre medidas de segurança e Hospitais de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico sob a perspectiva da Lei nº 10.216/2001. Brasília, 2011.
PELBART, Peter Pál. “Manicômio mental - a outra face da clausura”. In: SaúdeLoucura 2. São Paulo:
Ed. Hucitec, 1990.
QUINAGLIA SILVA, Érica. A política pública de saúde mental e a construção do indivíduo “perigoso”
no âmbito da medida de segurança no Distrito Federal. In: Rosana Castro; Cíntia Engel; Raysa Martins
(Org.). Antropologias, saúde e contextos de crise. Brasília: Sobrescrita, 2018, p. 74-85.
ROSA, João Guimarães. “Sorôco, sua mãe, sua filha”. In: Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2005.