O livro das Novas Geopolit́ icas fala principalmente de temas relacionados
à Geopolit́ ica, Relações Internacionais, Ciências politicas e relações de poder. O livro tem 12 topicos seundarios y 125 páginas que são muito claras e simples para á leitura.
A primeira parte do livro esta relacionada aos conceitos clássicos de
geopolítica que sirve de base para apresentar os conceitos referentes às novas geopolíticas. A obra tem sua perspectiva teórica dentro das visões idealista e realista.
A segunda parte do livro apresenta as Novas Geopolit́ icas e seus teóricos,
surgidos a partir da segunda metade do século XX, produto da necessidade de entender as alterações impostas pelos avanços tecnológicos, fim da Guerra Fria e o surgimento de novos atores e ameaças no cenário internacional. Após apresentar cada vertente de pensamento o autor faz uma apresentação crit́ ica das novas ideias geopolit́ icas que surgiram no mundo pós-guerra fria.
2 DISCUSSÃ O E ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O ASSUNTO
Ao iniciar o livro o autor apresenta pensadores tradicionais muito
conhecidos como KJELLEN, MACKINDER, MAHAN e HAUSHOFFER, bem como pensadores mais atuais, como KISSINGER e BRZEZINSKI, que tem o foco nas questões militares geoestratégicas. Esta analise é importante para dar suporte às novas geopolit́ icas apresentadas, as bases dos entendimentos formulados por estes teóricos facilitam entender a evolução da geopolit́ ica dentro das mudanças do cenário mundial. A crise da geopolit́ ica clássica e o esgotamento dos pressupostos fundamentais são basilares para a reflexão que o autor nos apresenta nos próximos capit́ ulos de seu livro.
No capit́ ulo descreve e analisa se ás diferenças levam a conflitos, eé uma
perguta muito importante, nesse cápitulo se mostram as diferenças entre os hemisférios Norte e Sul, que levam a conflitos. As caracteriś ticas de renda e educação promovem as migrações para o Norte que possui adequada qualidade de vida e sistema de proteção social que favorece o migrante. O xenofobismo se exacerba pelo aumento do desemprego e pela robótica. O autor cita Paul Kennedy, pensador que acredita no desenvolvimento dos paiś es pobres, como China e Índia, bem como no desenvolvimento da Amazônia.
Além disso, Jonh Naisbitt, apesar de manter o foco econômico, visualiza
um comercio entre pequenos e médios empresários como o protagonista do jogo de poder, saindo do modelo piramidal para uma forma de redes. As novas tecnologias e atual estágio de globalização dão voz ativa aos pequenos, pois são mais flexiv́ eis e ágeis, a chamada economia de escopo, denominação feita pelo autor. Naisbitt coloca que o dilema atual de mundo não está entre direita ou esquerda, mas sim entre o global e local. Os nível global e local não são excludentes e sim complementares. Seu pensamento está baseado na capacidade tecnológica da participação direta de todos na gestão de seu local, “Pense como tribo e aja globalmente”. O autor critica esse teórico por ser ́ uo ser o único agente legit́ imo da polit́ ica e ultraliberal, no sentido de o individ economia, algo fascinante porém utópico por ser inviável.
Também o livro apresenta a teoria de Samuel Huntington, que desenvolve
uma análise sobre o Choque das Civilizações, onde o autor expressa que, na Geopolit́ ica, os grandes conflitos aconteceriam nas áreas fronteiriças a essas oito regiões, motivados por razões socioculturais e religiosas. Huntington apresenta o conceito de Estado-núcleo de uma civilização, um lid ́ er dentro da região de cada civilização, uma nova categoria de poder, diferente das superpotências da guerra fria. Huntington tem uma visão realista para abordar sua teoria, dentro desta atitude defende que se devesse adotar regras de abstenção nas relações entre os estados, evitando a intervenção em conflitos entre diferentes civilizações, um requisito para paz no mundo multipolar.
O autor termina o embasamento para as novas geopolit́ icas, apontando a
crise da geopolit́ ica clássica, já logo após a 2a Guerra Mundial. Segundo o autor, tais teorias foram postas a escanteio, sendo identificadas com os paiś es vencidos na Guerra, razão pela qual as teorias ficaram numa situação de discriminação e adotadas apenas em paiś es periféricos.
Nesse contexto, florescem as novas teorias geopolit́ icas, na ânsia de que
era preciso explicar o novo traçado da teia internacional, pós 1991, a qual os pressupostos clássicos não mais eram capazes de satisfazer as questões atuais na plenitude, tais como: corrida armamentista, limites para o uso da bomba nuclear, gastos militares excessivos x desenvolvimento civil, busca da tecnologia de ponta x armamentos de destruição em massa, avanços da informática e robótica x massa de soldados, globalização, dentre outros.
3 CONCLUSÃ O
O livro pretende contribuir com a visão da geopolit́ ica atual,
contemporânea. Esse objetivo contribui para as ciências militares estudarem os novos rumos da geopolit́ ica mundial, promovendo melhores oportunidades de enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais difuso e contraditório.
A leitura da obra é muito importante para as ciências militares, pois
permite entender cada civilização apresentada, seus interesses e sua disposição para um possiv́ el conflito. Além disso, apresenta as caracteriś ticas de uma guerra de linha de fratura e como evitar a mesma por meio diplomático. Num mundo dinâmico e globalizado, estes conhecimentos tornam-se de extrema importância para as Forças Armadas.
4 REFERÊNCIAS
VESENTININI, José William. Novas Geopolíticas. 5a edição. São Paulo/SP: