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BIOMEDICINA
Radioterapia
Caso Clínico
Paciente de 75 anos é trazida ao pronto-socorro pelo filho. Ela mora em um lar para idosos e a família foi
chamada hoje pelo asilo porque a paciente apresentava tosse, falta de ar e dor no peito.
Identificação: Amália, 75 anos, viúva, do lar.
HMA: Paciente apresenta tosse e dispnéia aos pequenos esforços há 1 semana, que piorou muito hoje, quando
começou a sentir também dor no peito. A dor é forte, contínua, opressiva e espontânea, mais intensa do lado esquerdo
do tórax e sem irradiação. Nega expectoração ou febre. Nega outros sintomas.
Antecedentes pessoais: hipertensão arterial crônica leve, em uso de hidroclorotiazida. Osteoporose, em uso de cálcio
e alendronato. Nega diabetes, hipercolesterolemia, trombose, derrame ou infarto. Nega outros.
Antecedentes ginecológicos: 1 gestação, 1 parto normal há 55 anos atrás. Menopausa aos 55 anos, não usa reposição
hormonal. Sem vida sexual ativa. Não faz mamografia há 6 anos, desde que foi para o asilo, as anteriores foram
normais.
Antecedentes familiares: pai morreu de infarto aos 60 anos, mãe teve câncer do endométrio e a avó morreu de câncer
de ovário.
EXAME FÍSICO
Estado geral: descorada, sudorética, afebril.
PA: 90/50; FC: 100 bpm; FR: 30 rpm; Saturação periférica de O2: 91%
Mamas:
Inspeção: Mamas assimétricas, com a mama direita de características aparentemente normais, e mama esquerda
apresentando –se edemaciada, com a pele em peau d´orange e grande lesão ulcerada ocupando o quadrante superior
lateral da mama esquerda e estendendo-se até a região periareolar. Observa-se ainda lesão inflamatória na cauda
axilar.
Nesse momento a paciente é questionada sobre a presença da lesão e responde que foi uma “feridinha” que apareceu
depois que ela “caiu e bateu o seio uns 2 meses atrás”. Que ela achou que ia melhorar sozinho e estava “passando
pomada de arnica para sarar”, mas que não estava tendo melhora.
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Profa. Priscila Ferreira
Medicina Nuclear e Diagnóstico por Imagem
BIOMEDICINA
Radioterapia
Caso Clínico
Palpação mamária: Presença de grande massa ocupando o quadrante superior lateral da mama esquerda, de
consistência pétrea, contornos irregulares, fixa aos planos superficiais e profundos.
Palpação axilar: palpam-se pequenos nódulos endurecidos e fixos em toda a região axilar
Expressão papilar: negativa
Tórax: bulhas cardíacas rítmicas e normofonéticas. Múrmurio vesicular muito diminuído no hemitórax esquerdo (HTE)
e normal no hemitórax direito. Macicez à percussão do HTE.
Frêmito tóraco-vocal diminuído no HTE.
Restante do exame físico sem anormalidades.
Nódulo
Raio-X de tórax
Derrame pleural
A paciente foi submetida a tratamento clínico para o derrame pleural e cirúrgico para remoção do nódulo linfonodos
acometidos – realizada a pesquisa de linfonodo sentinela. Após 4 semanas de cirurgia iniciou-se o tratamento
radioterápico para a paciente.
Teleterapia: constitui cerca de 80% dos tratamentos com radiação ionizante, utilizando feixes
externos de radiação, como os raio-x e elétrons. Existem dois modos de se administrar radiação
externamente a um paciente, sendo que a primeira necessita de menos recursos, denominada
radioterapia convencional, já a segunda necessita utilizar tomógrafos, programas sofisticados de
computação e modelagem do feixe de radiação, recebendo o nome de radioterapia
conformacional tridimencional.
Braquiterapia: esta é uma forma de tratamento que utiliza fontes radioativas em contato com a
neoplasia, sendo indicada em apenas 20% dos casos de pacientes que são submetidos à
radioterapia. É uma fonte de radiação é posicionada no interior ou próxima ao corpo do paciente,
enquanto materiais radioativos, normalmente pequenas cápsulas, são colocados junto ao tumor
liberando doses de radiação diretamente sobre ele, acometendo o mínimo possível os órgãos
circunvizinhos.
2. Relacione as diversas fontes usadas na radioterapia e os seus tipos de radiação gerada, energias e método de
aplicação. Esquematize a planta física baixa do local da radioterapia.
R: São várias as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a
partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo,
como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama. Esses aparelhos são
usados como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de 1 centímetro a 1 metro
(teleterapia). Estas técnicas constituem a radioterapia clínica e se prestam para tratamento de
lesões superficiais, semiprofundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação gerada
pelo equipamento. Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc.) ou sais de rádio são
utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações,
habitualmente gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado.
São aplicados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-se na
radioterapia cirúrgica, também conhecida por braquiterapia.
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Profa. Priscila Ferreira
Medicina Nuclear e Diagnóstico por Imagem
BIOMEDICINA
Radioterapia
Caso Clínico
Planta física.
4. Explique como é realizado o processo de radioterapia externa. Liste EPIs necessários para a equipe multidisciplinar.
Os EPIs utilizados são luvas, jalecos de manga longa, óculos de proteção, touca, sapatos
fechados.
Efeitos imediatos: são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade
proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e
genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no
campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de
quimioterápicos.
Efeitos tardios: são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais
são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações
de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente
observados.
Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente,
os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado. A
cirurgia e a quimioterapia podem contribuir para o agravamento destes efeitos
10. Quais as orientações que devem ser dadas a paciente se necessário para a realização do exame linfonodo
sentinela.
R: Com o uso de substância radioativa, não é necessário nenhum preparo prévio para o exame;
nem mesmo jejum ou suspensão de eventuais medicações que a paciente esteja tomando.
- A linfocintilografia NÃO deve ser realizada em mulheres grávidas! Caso haja qualquer dúvida de
risco de gestação, é melhor realizar antes um teste de gravidez ou informar sobre.
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Profa. Priscila Ferreira
Medicina Nuclear e Diagnóstico por Imagem
BIOMEDICINA
Radioterapia
Caso Clínico
- NÃO existe dano ou risco algum para o (a) paciente nas doses de radiação habitualmente
utilizadas nos procedimentos diagnósticos de medicina nuclear
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Profa. Priscila Ferreira