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BOLETIM

PIB do agronegócio
BRASILEIRO
DEZEMBRO/2017 Brazilian Agribusiness Cepea Report
Notas Metodológicas - BOLETIM CEPEA

do Agronegócio Brasileiro
BRAZILIAN AGRIBUSINESS CEPEA REPORT
O Boletim PIB do Agronegócio Brasileiro é uma publicação mensal, elaborada
pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), que aborda aspec-
tos da conjuntura e da estrutura do agronegócio brasileiro sob diferentes óticas, oferecen-
do um panorama completo a respeito do desempenho do setor. Em todas as suas edições
mensais são apresentadas as mais recentes perspectivas e análises a respeito do PIB do
agronegócio brasileiro. Complementarmente, volumes trimestrais mais completos abor-
dam também aspectos sobre o mercado de trabalho e o comércio internacional do se-
tor. A cada semestre, há ainda textos de opinião, elaborados por analistas envolvidos no
setor, visando tratar de problemas específicos relacionados ao agronegócio brasileiro.
O agronegócio, setor foco deste boletim, é entendido como a soma de
quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária bási-
ca, ou primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços. A análise des-
se conjunto de segmentos é feita também para o ramo agrícola e para o pecuário.
Especificamente em relação ao PIB do Agronegócio Brasileiro, trata-se de resultado
de pesquisa realizada em parceria entre o CEPEA e a Confederação Nacional da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA). Pelo critério metodológico do Cepea, o PIB do agronegócio é medido
pela ótica do produto, ou seja, pelo Valor Adicionado total deste setor na economia, a preços
de mercado. O PIB do agronegócio brasileiro refere-se, portanto, ao produto gerado de forma
sistêmica na produção de insumos para a agropecuária, na produção primária e se estendendo
a todas as demais atividades que processam e distribuem o produto ao destino final. Para a
análise do PIB do setor, o Cepea calcula e analisa diferentes indicadores, que retratam o com-
portamento do setor por diferentes óticas: o PIB-volume Agronegócio, que é produto medido
pelo critério de preços constantes; o Deflator do PIB do Agronegócio, ou índice de inflação
do setor; o PIB-renda Agronegócio, que reflete a renda real do setor, sendo consideradas no
cálculo variações de volume e de preços reais; e os Preços relativos, que relacionam os de-
flatores do agronegócio e seus segmentos com o deflator do PIB nacional. Destaca-se que
as taxas calculadas para cada período consideram o mesmo momento do ano anterior como
base, exceto para as quantidades referentes às safras agrícolas, para as quais computa-se a
previsão de safra para o ano (frente ao ano anterior). Importante também destacar que cada
relatório considera os dados disponíveis – preços e produções observadas e estimativas anuais
de produção – até o seu fechamento. Em edições futuras, ao serem agregadas informações
mais atualizadas, é possível, portanto, que os resultados sejam alterados. Para detalhamento
metodológico, acessar material completo: http://www.cepea.esalq.usp.br/br/metodologia.aspx.

CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEA). BOLETIM CEPEA DO


AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. PIRACICABA, V. 1, N.7, 2017.

EQUIPE RESPONSÁVEL:
Coordenação Geral: Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, Ph.D, Pesquisador Chefe/Coordenador Científico
do Cepea/ Esalq/USP;
Equipe técnica: MSc. Nicole Rennó Castro, MSc. Leandro Gilio, Dra. Adriana Ferreira Silva, Dr. Arlei Luiz
Fachinello, Ana Carolina de Paula Morais e Msc. Gustavo Ferrarezi Giachini, Marcello Luiz de Souza Junior
PIB DO PIB do Agronegócio Brasil | DEZEMBRO/2017

AGRONEGÓCIO
EM 2017, AGRONEGÓCIO IMPULSIONA O CRESCIMENTO DO PIB
BRASILEIRO E AJUDA NO CONTROLE DA INFLAÇÃO

E
m 2017, o PIB-volume do agronegócio registrou para o transporte e comercialização da vultuosa pro-
expressivo crescimento de 7,6%. Como desta- dução das cadeias agropecuárias no ano (Tabela 1).
cado em análises anteriores, o impulso ao se- O resultado excepcional da produção agrí-
tor veio principalmente do segmento primário, com cola atrelou-se principalmente à boa produtividade.
aumentos expressivos em volume, sobretudo para a Em 2017, os importantes investimentos em tecno-
agricultura, com 22,6%, e também para a pecuária, logia aplicados no campo se refletiram em produ-
com 6,5%. Além do grande destaque ao segmento tividade diante de condições climáticas que foram
primário do setor, ao longo do ano, a agroindústria favoráveis durante a safra. Da mesma forma, todas
também registrou recuperação, terminando 2017 as atividades primárias da pecuária acompanhadas
com crescimento em volume de 2,9%. Frente às também se destacaram, com elevação da oferta em
elevações dos elos primário e industrial do setor, o 2017. Cabe ainda ressaltar a agroindústria que, mes-
PIB-volume do segmento de agrosserviços também mo com desempenho mais modesto frente à agrope-
teve alta em 2017, de 5,8%, refletindo principal- cuária, reagiu aos sinais de recuperação da econo-
mente a grande quantidade de serviços necessários mia e alcançou um resultado positivo em PIB-volume.

Tabela 1 - PIB do Agronegócio: variação anual 2017/2016

Fonte: Cepea/Esalq-USP e CNA. *Relação entre os deflatores do agronegócio e de seus


segmentos e o deflator do PIB Nacional.

Preços
Ramos Segmentos PIB-volume PIB-renda
Relativos*
Insumos 1,2% -5,5% -4,3%
Primário 22,6% -22,6% -4,8%
Indústria 2,9% -7,7% -5,0%
Ramo agrícola
Agrosserviços 7,0% -12,8% -6,7%
Ramo agrícola total 9,2% -13,5% -5,6%
Insumos -0,6% -7,4% -8,0%
Primário 6,5% -7,3% -1,3%
Ramo pecuário
Indústria 2,7% -4,9% -2,4% 3
Agrosserviços 3,3% -5,0% -1,8%
Ramo pecuário total 3,8% -5,8% -2,1%
Insumos 0,6% -6,2% -5,7%
Primário 17,2% -17,9% -3,7%
AGRONEGÓCIO
Indústria 2,9% -7,1% -4,4%
Agrosserviços 5,8% -10,3% -5,1%
Agronegócio 7,6% -11,3% -4,6%

CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP


PIB do Agronegócio Brasil | DEZEMBRO/2017

N
a análise do PIB do agronegócio bra- com um maior abastecimento, com a gera-
sileiro em 2017, também foi destaque ção de divisas e com o controle da inflação.
que a elevada produção não se refletiu A inflação em baixo patamar, por sua vez, foi
em expansão da renda dos agentes envolvidos muito importante para garantir o bem-estar
no agronegócio. Ao contrário, a pressão bai- principalmente de uma parcela de mais baixa
xista da média de preços reais de produtos renda da população e também para permitir
do agronegócio acabou suprimindo a evo- a queda observada na taxa de juros. No iní-
lução significativa em volume de produção e cio do ano, a taxa Selic estava em 13% a.a.
o PIB-renda do setor recuou 4,6% em 2017. e, no final de 2017, essa reduziu-se para
O movimento de baixa da renda foi verifica- 7% a.a., expressivos 6 pontos percentuais¹.
do em todos os segmentos que compõem o Ainda, com o importante crescimento
4 agronegócio. De maneira geral, o cenário de em volume, o setor ofereceu importante impulso
preços reflete uma combinação de fatores, ao PIB total brasileiro no ano. A Tabela 2 apre-
como a oferta recorde de produtos agrope- senta as variações produzidas pelo IBGE do PIB
cuários, preços internacionais baixos, apre- brasileiro e dos valores adicionados setoriais.
ciação real da taxa de câmbio ao longo de Com o elevado crescimento da agrope-
2017 e a demanda interna ainda enfraqueci- cuária, ainda que a participação do setor na eco-
da com efeitos da crise econômica brasileira. nomia seja relativamente baixa (5% em 2017),
Conforme apontado em análises an- o seu resultado positivo foi o grande respon-
teriores, enquanto o movimento de queda sável pelo crescimento de 1% do PIB nacional
dos preços relativos do agronegócio expres- no ano. Especificamente, 79% do crescimen-
sa a perda de rentabilidade da produção do to de valor adicionado na economia decorreu
setor frente à média da economia, deve-se do desempenho da agropecuária. Destaca-se
destacar seu impacto positivo sobre a econo- ainda o papel da agroindústria, que cresceu
mia e a sociedade como um todo. Produzin- 2,4% e contribuiu para o desempenho agre-
do mais, a menores preços, o setor contribuiu gado positivo da indústria de transformação.

Tabela 2 - Variação do PIB e valores adicionados setoriais em 2017

Fonte: IBGE – Contas Nacionais Trimestrais.

PIB Total 1%
Valor adicionado Total 0,9%
Agropecuária 13%
Setores (Valor Adicionado)
Indústria 0,01%
- Indústria de Transformação 1,7%
Serviços 0,3%

¹ https://www.bcb.gov.br/Pec/Copom/Port/taxaSelic.asp

CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

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