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I – A FILOSOFIA DA NATUREZA
- A Filosofia da Natureza do jovem Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (1775-
1854).
- Se opõem decididamente ao mecanismo iluminístico de origem Newtoniana.
- A recente descoberta dos fenômenos eletromagnéticos e os progressos da
biologia sugeriam a impossibilidade de derivar a vida e o organismo, com a
sua organização finalística, de meros fenômenos mecânicos e sugeriam da
mesma forma a possibilidade de uma presença de forças “Espirituais” no seio
à natureza.
- Tudo isso se concordava com as novas exigências do espírito romântico e
com o desenvolvimento idealístico do pensamento de Kant proposto por
Fichte.
- Schelling aplica à natureza o conceito de desenvolvimento introduzido por
Fichte na explicação do fenômeno da consciência.
- A natureza é um processo que move do inconsciente e mira ao consciente
(isto é, ao espírito) através uma série de formações sempre mais complexas.
- Se pode definir a natureza como “Espírito em Letargo” ou “Espírito
Petrificado”, ou seja, também como “odisséia” que o espírito deve percorrer
para alcançar à própria autoconsciência.
- Tal processo se desenvolve mediante a tensão de forças contrapostas (sob o
modelo de oposição entre EU e NÃO-EU), exemplificado por Schelling com os
dois pólos do imã.
- Cada formação da natureza, portanto, não é nada mais que natureza
naturata que traz origem da natureza naturans, como dizia Bruno, ao qual
Schelling se refere expressamente.
- A filosofia da natureza Schellinghiana repudia portanto a causalidade
mecânica da física Newtoniana.
- Como já observava Kant na crítica do juízo, a causalidade não explica nem
mesmo o menor fio da erva.
- Compreender a natureza significa mostrar a evolução das suas formas
(morfologia comparada), onde é a forma mais complexa a explicar aquela
mais simples e não vice-versa.
- A teologia, em suma, e não o mecanismo, governa a natureza e dele
endereça o processo.
- É o mundo orgânico o objetivo e a razão do mundo inorgânico, o vivente é o
objetivo do inanimado.
- Em última análise, é a autoconsciência humana o objetivo que a natureza se
propõem através as suas multiformas estruturas.
II – O PROBLEMA DO ABSOLUTO:
- O grande desenvolvimento idealístico dado por Schelling ao problema da
natureza deveria conduzir fatalmente esse último a distinguir a sua posição
daquela de Fichte, que concebia a natureza com puro NÃO-EU, mera
negatividade, reflexo passivo da atividade do EU.
- Para Schelling ao contrário a natureza é essa mesma espontaneamente
criadora e intimamente espiritual.
- Além disso, Schelling repudia o subjetivo transcendental de Fichte: o
princípio originário não é nem EU nem NÃO-EU, nem sujeito nem objeto, mas
a unidade ainda indiferenciada de ambas.
- A essa identidade originária Schelling dá o nome de absoluto: Esse é a pura
indiferença da natureza e do espírito, a sua unidade profunda (Schelling se
refere aqui ao conceito spinoziano de substância e em geral ao panteísmo do
filósofo Hebreu).
- Assim, o problema do idealismo transcendenteal não é aquele de privilegiar
o EU ou o Espírito, como queria Fichte, mas é aquele de mostrar como da
identidade indeferenciada do absoluto se desenvolvem o espírito e a
natureza.
- A Filosofia da natureza há portanto retornado a primeira parte do problema,
mostrando que o caráter peculiar da natureza é exatamente aquele de dar
vida a formação intimamente espirituais, em um processo que culmina na
autoconsciência.
- Essa reproduz o equilíbrio originário entre natureza e espírito, a sua
“Copertença”.
- Se trata agora de mostrar como o desenvolvimento do espírito comporta a
presença de formações intimamente naturais, em analogia paralela à filosofia
da natureza.
- Isso confirmará que o espírito e natureza não são realidades absolutas, mas
formações relativamente distintas no seio ao absoluto originário que as
compreende uma e outra e as unifica em si do profundo.
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