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Aula

Curso: Filosofia - Licenciatura Aula: 06


Disciplina: História da Filosofia Moderna II Turma: FIM4
Corpo Docente: Suderlan Tozo Binda (3624)
Coordenadores: Paulo Cesar Delboni (1402)
Tema: Introdução geral ao pensamento de Schelling
Data: 17/08/2017

Objetivos

Trabalhar os conceitos de ‘natureza‘, ‘absoluto‘ e ‘idealismo estético‘ em


Schelling, em vista de melhor compreendê-los.

Conteúdos

SCHELLING (1775 – 1854)

I – A FILOSOFIA DA NATUREZA
- A Filosofia da Natureza do jovem Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (1775-
1854).
- Se opõem decididamente ao mecanismo iluminístico de origem Newtoniana.
- A recente descoberta dos fenômenos eletromagnéticos e os progressos da
biologia sugeriam a impossibilidade de derivar a vida e o organismo, com a
sua organização finalística, de meros fenômenos mecânicos e sugeriam da
mesma forma a possibilidade de uma presença de forças “Espirituais” no seio
à natureza.
- Tudo isso se concordava com as novas exigências do espírito romântico e
com o desenvolvimento idealístico do pensamento de Kant proposto por
Fichte.
- Schelling aplica à natureza o conceito de desenvolvimento introduzido por
Fichte na explicação do fenômeno da consciência.
- A natureza é um processo que move do inconsciente e mira ao consciente
(isto é, ao espírito) através uma série de formações sempre mais complexas.
- Se pode definir a natureza como “Espírito em Letargo” ou “Espírito
Petrificado”, ou seja, também como “odisséia” que o espírito deve percorrer
para alcançar à própria autoconsciência.
- Tal processo se desenvolve mediante a tensão de forças contrapostas (sob o
modelo de oposição entre EU e NÃO-EU), exemplificado por Schelling com os
dois pólos do imã.
- Cada formação da natureza, portanto, não é nada mais que natureza
naturata que traz origem da natureza naturans, como dizia Bruno, ao qual
Schelling se refere expressamente.
- A filosofia da natureza Schellinghiana repudia portanto a causalidade
mecânica da física Newtoniana.
- Como já observava Kant na crítica do juízo, a causalidade não explica nem
mesmo o menor fio da erva.
- Compreender a natureza significa mostrar a evolução das suas formas
(morfologia comparada), onde é a forma mais complexa a explicar aquela
mais simples e não vice-versa.
- A teologia, em suma, e não o mecanismo, governa a natureza e dele
endereça o processo.
- É o mundo orgânico o objetivo e a razão do mundo inorgânico, o vivente é o
objetivo do inanimado.
- Em última análise, é a autoconsciência humana o objetivo que a natureza se
propõem através as suas multiformas estruturas.

II – O PROBLEMA DO ABSOLUTO:
- O grande desenvolvimento idealístico dado por Schelling ao problema da
natureza deveria conduzir fatalmente esse último a distinguir a sua posição
daquela de Fichte, que concebia a natureza com puro NÃO-EU, mera
negatividade, reflexo passivo da atividade do EU.
- Para Schelling ao contrário a natureza é essa mesma espontaneamente
criadora e intimamente espiritual.
- Além disso, Schelling repudia o subjetivo transcendental de Fichte: o
princípio originário não é nem EU nem NÃO-EU, nem sujeito nem objeto, mas
a unidade ainda indiferenciada de ambas.
- A essa identidade originária Schelling dá o nome de absoluto: Esse é a pura
indiferença da natureza e do espírito, a sua unidade profunda (Schelling se
refere aqui ao conceito spinoziano de substância e em geral ao panteísmo do
filósofo Hebreu).
- Assim, o problema do idealismo transcendenteal não é aquele de privilegiar
o EU ou o Espírito, como queria Fichte, mas é aquele de mostrar como da
identidade indeferenciada do absoluto se desenvolvem o espírito e a
natureza.
- A Filosofia da natureza há portanto retornado a primeira parte do problema,
mostrando que o caráter peculiar da natureza é exatamente aquele de dar
vida a formação intimamente espirituais, em um processo que culmina na
autoconsciência.
- Essa reproduz o equilíbrio originário entre natureza e espírito, a sua
“Copertença”.
- Se trata agora de mostrar como o desenvolvimento do espírito comporta a
presença de formações intimamente naturais, em analogia paralela à filosofia
da natureza.
- Isso confirmará que o espírito e natureza não são realidades absolutas, mas
formações relativamente distintas no seio ao absoluto originário que as
compreende uma e outra e as unifica em si do profundo.

III – O IDEALISMO ESTÉTICO


- A natureza move do inconsciente para colocar início à consciência.
- O espírito percorre o caminho contrário: esse move do EU, do sujeito, para
colocar início ao inconsciente.
- Junto à própria autoconsciência, o espírito se encontra na oposição dualística de
EU e NÃO-EU, de sujeito e objeto.
- Ele tenta superar tal dualismo mediante o conhecer e o agir (vontade).
- Mas um e outro (como já havia reconhecido Fichte) não fazem que reproduzir o
limite que gostariam superar, seja apenas em um processo de formações sempre
mais altas e complexas.
- Ao fim somente a arte pode recompor a unidade absoluta e a identidade do EU e
NÃO-IO, da natureza e espírito.
- O “gênio” artístico, de fato, parte da consciência para colocar início ao
inconsciente.
- Na arte se descobre ao “homem o santuário”, onde em eterna e originária união
arde como um chama aquilo que na natureza e na história é separado.
- A obra de arte é assim uma exata reprodução do absoluto, alguma coisa que
supera de muito o entendimento do seu criador.
- Na intuição artística não é a vontade subjetiva do homem que se exprime, mas a
voz mesma do absoluto originário.
- Em tal sentindo Schelling pode dizer que a arte, a intuição artística, constitui o
verdadeiro órgão da filosofia: a intuição artística supera os abstratos conceitos do
intelecto e nos fornece a concreta visão da absoluta identidade de Espírito e
natureza.
- O Schelling maduro, todavia, substituirá á intuição artística a intuição místico-
religiosa, identificando o absoluto com um Deus que há em si o princípio da sua
mesma negatividade.
- A natureza e a história se especificam então como “quedas” de Deus no espaço e
no tempo.
- Mas em Deus mesmo, todavia, é presente o princípio positivo do retorno ao
originário, da libertação e resgate da “queda”.
- Tal princípio se encarna no impulso humano verso a liberdade. Através o
homem, Deus retorna a si mesmo.

Metodologia de ensino

Aula expositiva dialogiada auxiliada por esquema interpretativo. Uso de


multimídia fixa, sala 223.

Atividades

Pesquisar os conceitos de ‘natureza‘, ‘absoluto‘ e ‘idealismo estético‘ em


Schelling.

Leitura obrigatória

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: do romantismo até


nossos dias. 7 ed. São Paulo: Paulus, 2005.

Leitura recomendada

ROVIGHI, Sofia Vanni. História da filosofia moderna: da revolução científica a


Hegel. 3 ed. São Paulo: Loyola, 2002.

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