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Avaliação de Formações
Acadêmicos: Rafael Joaquim Alves
Ainda que seja possível utilizar um teste de poço depois de produzir com uma vazão não
estabilizada, os testes realizados com vazão constante antes do fechamento tem sua
análise mais simples.
Método de Ajustamento com Curvas-Tipo
Ainda que as curvas-tipo sejam no geral desenvolvidas para representar o comportamento
de pressão em casos de teste de fluxo, estas curvas podem ser utilizadas para avaliar um
teste de crescimento de pressão. Neste caso a curva depende do tempo de produção, sendo
que no caso de desenvolver curvas para o fechamento o tempo de fechamento seria outra
variável.
Para utilizar as curvas de teste de fluxo é necessário que se leve em conta a sobreposição
de efeitos, considerando que a partir do momento de fechamento existe além do poço que
produz com uma vazão 𝑞 um outro poço que injeta com a mesma vazão 𝑞 anulando os
efeitos a vazão total. Desse modo, a queda de pressão após o fechamento é dada por:
𝑘ℎ
𝑝𝑤𝑠𝐷 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 = [𝑝 − 𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] = 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 − 𝑝𝑤𝐷 (Δ𝑡𝐷 ) (1)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑖
Tomando o tempo final de produção (momento do fechamento) a pressão adimensional é
definida por:
𝑘ℎ
𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) = [𝑝 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ] (2)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑖
Subtraindo (1) de (2):
𝑘ℎ
[𝑝 (𝑡 + Δ𝑡) − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ] = 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 + 𝑝𝑤𝐷 (Δ𝑡𝐷 ) (3)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑤𝑠 𝑝
𝑘ℎ
𝑝𝑤𝐷𝐵𝑈 = [𝑝 (𝑡 + Δ𝑡) − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ] (4)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑤𝑠 𝑝
Δ𝑝𝑤𝐵𝑈 = (𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ) − [𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑓 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] + [𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑓 (Δ𝑡)](5)
É importante notar que para ajustar as curvas-tipo seria necessário que os valores da queda
de pressão sejam ajustados para que a queda de pressão seja similar àquela obtida para
um poço que está produzindo com vazão constante. Para isso, seria necessário que os
efeitos da sobreposição fossem retirados, ou seja que fosse considerado apenas o termo
𝑝𝑤𝐷 (Δ𝑡𝐷 ) (desprezando, 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 ), sendo este proporcional a
(Δ𝑝𝑤𝑓 ) na figura abaixo:
𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜
É importante notar que quanto maior for 𝑡𝑝 menor é o erro relativo entre Δ𝑝𝑤𝐵𝑈 e
(Δ𝑝𝑤𝑓 ) . Desse modo, quanto maior for o tempo de produção menor é o erro
𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜
ao usar as curvas-tipo.
Para corrigir o erro associado ao termo (𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ) − [𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑓 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] foi
desenvolvido o chamado tempo equivalente de Agarwal, que permite levar em conta os
efeitos do tempo de produção.
Agarwal considerou que na equação (3) todos os termos podem ser aproximados pela
solução por aproximação logarítmica do regime transiente, retomando esta solução:
1
𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝐷 ) = (ln 𝑡𝐷 + 0.80907) + 𝑠 (6)
2
Substituindo em (3):
𝑘ℎ
[𝑝 (𝑡 + Δ𝑡) − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ]
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑤𝑠 𝑝
1 1
= (ln 𝑡𝑝𝐷 + 0.80907) + 𝑠 + (ln(𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 + 0.80907) − 𝑠
2 2
1
+ (ln Δ𝑡𝐷 + 0.80907) + 𝑠 (7)
2
Simplificando:
𝑘ℎ 1 𝑡𝑝𝐷 Δ𝑡𝐷
[𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡) − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ] = (ln + 0.80907) + 𝑠 (8)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 (𝑡𝑝 + Δ𝑡) 𝐷
𝑡𝑝𝐷 Δ𝑡𝐷
Definindo Δ𝑡𝑒𝐷 = (𝑡 , tem-se:
𝑝 +Δ𝑡)𝐷
1
𝑝𝑤𝐷𝐵𝑈 (Δ𝑡𝑒𝐷 ) = (ln Δ𝑡𝑒𝐷 + 0.80907) + 𝑠 (9)
2
1 4Δ𝑡𝑒𝐷
𝑝𝑤𝐷𝐵𝑈 (Δ𝑡𝑒𝐷 ) = (ln 𝛾 ) + 𝑠(10)
2 𝑒
Desse modo é possível usar as curvas-tipo relacionando 𝑝𝑤𝐷𝐵𝑈 e Δ𝑡𝑒𝐷 , desde que sejam
aceitáveis as aproximações de reservatório radial se comportando no regime transiente.
Para o uso de curvas-tipo que se baseiam na derivada deve-se fazer o seguinte
desenvolvimento partindo da derivada de (3) com relação a Δ𝑡𝐷 /𝐶𝐷 :
E portanto:
(𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 Δ𝑡𝐷 1
𝑝′𝑤𝐷𝐵𝑈 (Δ𝑡𝐷 ) = (12)
𝑡𝑝𝐷 𝐶𝐷 2
Fazendo uma analogia com o grupo derivada do teste de drawdown no caso de um teste
(𝑡𝑝 +Δ𝑡)
de crescimento de pressão deve plotar curvas log-log de Δ𝑡 𝑝′𝑤𝑠 (Δt) por Δt,
𝑡𝑝
recomendando ser usado a variação total do tempo e não apenas a depois da produção.
Métodos Convencionais
Método de Horner
𝑘ℎ 1 (𝑡𝑝 + 𝛥𝑡)
[𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑠 ] = ln ( ) (13)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝛥𝑡
(𝑡𝑝 + 𝛥𝑡)
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝𝑖 − 𝑚 log ( ) (14)
𝛥𝑡
𝐶2 𝑞𝐵𝜇
𝑚 = 1.151 (15)
𝑘ℎ
𝑝1 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 𝐶1 𝑘 1
𝑠 = 1.151 [ − log ( 2
) + log (𝑡𝑝 + ) − 0.3514] (18)
𝑚 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤 𝑡𝑝
Método de MDH
O método parte da suposição de que o tempo de produção será muito maior que o tempo
de fechamento, desse modo:
1 4Δ𝑡𝐷
𝑝𝑤𝐷 (Δ𝑡𝐷 ) = ln ( 𝛾 ) + 𝑠(20)
2 𝑒
Substituindo em (1):
𝑘ℎ 1 4Δ𝑡𝐷
[𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑠 ] = 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − ln ( 𝛾 ) − 𝑠(21)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒
4𝐶1 𝑘
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝𝑖 − 𝑚[0.8686 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − log ( 𝛾 ) − 0.8686𝑠 ] + 𝑚 log Δ𝑡 (22)
𝑒 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
Definindo 𝑝1:
4𝐶1 𝑘
𝑝1 = 𝑝𝑖 − 𝑚[0.8686 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − log ( 𝛾 ) − 0.8686𝑠] (23)
𝑒 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
Então:
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝1 + 𝑚 log Δ𝑡 (24)
𝑘ℎ
[𝑝 − 𝑝𝑤𝑠 ]
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑖
1 4𝑡𝑝𝐷
= ln ( 𝛾 ) + 𝑠
2 𝑒
1 4Δ𝑡𝐷 1 4𝑡𝑝𝐷 1 4Δ𝑡𝐷
− ln ( 𝛾 ) − 𝑠 = ln ( 𝛾 ) − ln ( 𝛾 ) (24)
2 𝑒 2 𝑒 2 𝑒
Voltando em (16):
𝑘ℎ 𝑘ℎ 1 4𝐶1 𝑘
(𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ) = (𝑝𝑖 − 𝑝1 ) + ln ( 𝛾 ) +𝑠 (26)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
E assim obtém-se:
(𝑝1 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ) 𝐶1 𝑘
𝑠 = 1.151 [ − log − 0.3514] (27)
𝑚 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
Método de Agarwal
1 4Δ𝑡𝑒𝐷
𝑝𝑤𝐷𝐵𝑈 (Δ𝑡𝑒𝐷 ) = ( ) + 𝑠(28)
2 𝑒𝛾
Substituindo em (4):
𝑘ℎ 1 4Δ𝑡𝑒𝐷
[𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡) − 𝑝𝑤𝑓𝑓 ] = ( 𝛾 ) + 𝑠(29)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒
Reorganizando:
𝐶1 𝑘
`𝑝𝑤𝑠 (Δ𝑡) = 𝑝𝑤𝑓𝑓 + m[log Δ𝑡𝑒 + log ( ) + 0.3514 + 0.8686𝑠](30)
𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
𝑝1 − 𝑝𝑤𝑓𝑓 𝐶1 𝑘
𝑠 = 1.151 [ − log ( ) − 0.3514] (31)
𝑚 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
Para a extrapolação da reta entre 𝑝𝑤𝑠 e Δt e para um tempo de fechamento infinito em que
Δt e = 𝑡𝑝 , obtém-se a pressão inicial do reservatório ou a pressão média do reservatório,
dependendo do regime de produção. É possível também demonstrar que este método
também é utilizável para qualquer regime de fluxo.
Método de Horner-MBH
𝑘ℎ 1 4Δ𝑡𝐷
𝑝𝑤𝑠𝐷 [(𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 ] = [𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑠 ] = 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − ln ( 𝛾 ) − 𝑠(21)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒
1
Somando e subtraindo 2 ln [(𝑡𝑝 + 𝛥𝑡)𝐷 ] e reorganizando:
1 𝑡𝑝 + Δ𝑡 1 4(𝑡𝑝 + 𝛥𝑡)𝐷
𝑝𝑤𝑠𝐷 = 𝑝𝑤𝐷 [(𝑡𝑝 + 𝛥𝑡)𝐷 ] + 𝑙𝑛 ( ) − ln [ ] − 𝑠 (32)
2 Δ𝑡 𝐷 2 𝑒𝛾
E:
𝑘ℎ 1 𝑡𝑝 + Δ𝑡 1 4𝑡𝑝𝐷
[𝑝𝑖 − 𝑝𝑤𝑠 ] = 𝑙𝑛 ( ) + 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − ( 𝛾 ) − 𝑠(35)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 Δ𝑡 𝐷 2 𝑒
Como os últimos três termos são constantes com o tempo, é possível traçar uma reta entre
𝑡𝑝 +Δ𝑡
𝑝𝑤𝑠 e log ( ). Desse modo, nota-se que o gráfico de Horner funciona para qualquer
Δ𝑡
regime de fluxo. Fazendo a análise da pressão por balanço de materiais obtém-se:
𝑘ℎ
(𝑝 − 𝑝̅ ) = 2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 (36)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑖
Onde:
𝐶1 𝑘𝑡𝑝
𝑡𝑝𝐷𝐴 = (37)
𝜙𝑞𝐵𝜇
𝑘ℎ 4𝑡𝑝𝐷
2 (𝑝∗ − 𝑝̅ ) = 4𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 + 𝑙𝑛 ( 𝛾 ) − 2[ 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − 𝑠](39)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑒
𝑘ℎ 4𝑡𝑝𝐷𝐴 𝐴
2 (𝑝∗ − 𝑝̅) = 4𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 + 𝑙𝑛 ( 𝛾 2 ) − 2[ 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷𝐴 ) − 𝑠](40)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑒 𝑟𝑤
Segundo Earlougher(1977) é possível que sejam obtidos valores de 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷𝐴 ) para
qualquer razão entre 𝐴 e 𝑟𝑤 :
√𝐴
√𝐴 √𝐴 𝑟𝑤
𝑝𝑤𝐷 ( ; 𝑡𝑝𝐷𝐴 ) = [𝑝𝑤𝐷 ( ; 𝑡𝑝𝐷𝐴 )] + ln (41)
𝑟𝑤 𝑟𝑤 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 √𝐴
(𝑟 )
[ 𝑤 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 ]
𝑘ℎ
2 (𝑝∗ − 𝑝̅)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇
4𝑡𝑝𝐷𝐴 𝐴 √𝐴
= 4𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 + 𝑙𝑛 ( 𝛾 2
) − 2[[𝑝𝑤𝐷 ( ; 𝑡𝑝𝐷𝐴 )]
𝑒 𝑟𝑤 𝑟𝑤 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
√𝐴
𝑟𝑤
+ ln − 𝑠](42)
√𝐴
(𝑟 )
[ 𝑤 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 ]
A curva abaixo representa uma das formas de obter a relação complementar entre 𝑝∗ , 𝑝̅ e
𝑡𝑝𝐷𝐴 :
Desse modo, para obter a pressão média é necessário aplicar os seguintes passos:
Método de MDH
𝑚 4𝑘𝑡𝑝
𝑝̅ = 𝑝𝑖 − ( ) (44)
2.303 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑒2
𝑘ℎ
(𝑝 − 𝑝̅ ) = 2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 (45)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑖
Combinando (45) e (1):
𝑘ℎ
[𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] = 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 − 𝑝𝑤𝐷 (Δ𝑡𝐷 ) − 2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 (46)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇
1 4𝐴
𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷 = 2𝜋(𝑡𝑝 + Δ𝑡)𝐷𝐴 + ln ( 𝛾 ) + 𝑠(47)
2 𝑒 𝐶𝐴 𝑟𝑤2
Substituindo em (46):
𝑘ℎ 1 4𝐴
[𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] = 2𝜋Δ𝑡𝐷𝐴 + ln ( 𝛾 ) + 𝑠 − 𝑝𝑤𝐷 (Δ𝑡𝐷 )(48)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒 𝐶𝐴 𝑟𝑤2
𝑘ℎ 1 4𝐴 1 4Δ𝑡𝐷
[𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] = 2𝜋Δ𝑡𝐷𝐴 + ln ( 𝛾 2
) − ln ( 𝛾 ) (49)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒 𝐶𝐴 𝑟𝑤 2 𝑒
Reorganizando:
𝑘ℎ 1 1
[𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 ] = 2𝜋Δ𝑡𝐷𝐴 − ln(Δ𝑡𝐷𝐴 ) − ln(𝐶𝐴 ) (50)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 2
Para tempos pequenos de fechamento (Δ𝑡𝐷𝐴 ≤ 0.005) o termo 2𝜋Δ𝑡𝐷𝐴 pode ser
desprezado e, portanto:
𝑘ℎ 1
[𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 ] = − ln(𝐶𝐴 Δ𝑡𝐷𝐴 )(51)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2
𝐶1 𝑘Δ𝑡
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝̅ + 𝑚 log (𝐶𝐴 ) (52)
𝜙𝜇𝑐𝑡 𝐴
E, portanto:
𝐶1 𝑘
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝̅ + 𝑚 log (𝐶𝐴 ) + 𝑚 log Δ𝑡 (53)
𝜙𝜇𝑐𝑡 𝐴
É possível generalizar o método de MDH para poços que não atingem o regime
pseudopermanente antes do fechamento, para isso usa-se a definição:
1.151
𝑝𝐷𝑀𝐷𝐻 = (𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 )(54)
𝑚
Para isso utiliza-se o gráficos generalizados para de MDH como o mostrado abaixo:
Assim para determinar a pressão média é necessário calcular 𝑝𝑤𝑠 ,Δ𝑡𝐷𝐴 e 𝑡𝑝𝐷𝐴 usando um
gráfico de 𝑝𝑤𝑠 por Δ𝑡 e usar uma curva como a mostrada acima para obter 𝑝𝐷𝑀𝐷𝐻 .
Método de MDH-Dietz
𝑘ℎ 1 4Δ𝑡𝐷
[𝑝̅ − 𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡)] = 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝐷 ) − ln ( 𝛾 ) − 𝑠 − 2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 (55)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 2 𝑒
4
ln(Δ𝑡𝐷 )𝑝𝑤𝑠 =𝑝̅ = 2𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) − 4𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 − ln − 2𝑠(56)
𝑒𝛾
1 4𝐴𝑡𝑝𝐷𝐴
𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 ) = ln ( 𝛾 2 ) + 𝑠(57)
2 𝑒 𝑟𝑤
Substituindo em (56):
𝐴 𝑡𝑝𝐷𝐴
(Δ𝑡𝐷 )𝑝𝑤𝑠 =𝑝̅ = 2
(58)
𝑟𝑤 exp(4𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 )
𝐴
(Δ𝑡𝐷 )𝑝𝑤𝑠 =𝑝̅ = (60)
𝐶𝐴 𝑟𝑤2
Método de Agarwal-Dietz
1
𝑝𝑤𝐷𝐵𝑈 (Δ𝑡𝑒𝐷 ) = (ln Δ𝑡𝑒𝐷 + 0.80907) + 𝑠(9)
2
𝑘ℎ
(𝑝 − 𝑝̅ ) = 2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 (36)
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝑖
𝐶2 𝑞𝐵𝜇
𝑝𝑤𝑓𝑓 = 𝑝̅ + [2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 − 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 )](61)
𝑘ℎ
𝐶2 𝑞𝐵𝜇
𝑝𝑤𝑠 (𝑡𝑝 + Δ𝑡) − 𝑝̅ − [2𝜋𝑡𝑝𝐷𝐴 − 𝑝𝑤𝐷 (𝑡𝑝𝐷 )]
𝑘ℎ
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 1
= (ln Δ𝑡𝑒𝐷 + 0.80907 + 2𝑠)(62)
𝑘ℎ 2
𝜙𝜇𝑐𝑡 𝐴
(Δ𝑡𝑒𝐷 )𝑝𝑤𝑠 =𝑝̅ = (65)
𝐶1 𝑘𝐶𝐴
Teste de Injetividade para reservatórios de líquidos com razão de mobilidade
próxima de um
Quando a condição de razão de mobilidade igual a 1 é satisfeita, pode-se tomar como uma
aproximação válida para os testes de injetividade os resultados obtidos dos testes de
drawdown. Da mesma forma, as equações utilizadas no caso anterior também são válidas.
Dessa maneira, a pressão de injeção do fundo do poço pode ser tomada como:
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝐶1 𝑘𝑡
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝𝑖 + [ln ( ) − 0.80907 + 2𝑠] (66)
𝑘ℎ 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
Ou:
𝐶2 𝑞𝐵𝜇 𝐶1 𝑘𝑡
𝑝𝑤𝑠 = 𝑝𝑖 + 1.151 [log ( ) − 0.3514 + 0.8686𝑠] (67)
𝑘ℎ 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
Assim, é possível conservar a definição de 𝑚 que vem sendo utilizada até agora para
estimar a permeabilidade com um gráfico de 𝑝𝑤𝑠 por log 𝑡. Da mesma maneira, pode-se
tomar a equação abaixo para o cálculo do fator de película:
𝑝1 − 𝑝𝑖 𝐶1 𝑘𝑡
𝑠 = 1.151 [ − log ( ) − 0.3514] (68)
𝑚 𝜙𝜇𝑐𝑡 𝑟𝑤2
𝐶3 𝐴𝑤𝑏
𝐶= (69)
𝜌
Onde 𝐴𝑤𝑏 é a área do poço e 𝜌 a densidade do fluido injetado. Também é possível usar
as curvas-tipo para fazer o ajuste deste teste.
Este método é utilizado para casos em que o poço de injeção é fechado, é importante
ressaltar que a vantagem deste método em relação a outros métodos usados para o mesmo
tipo de teste é que ele não considera que o fluido injetado move o fluido original do
reservatório como um pistão. A figura abaixo apresenta três curvas para testes de falloff
com diferentes produtos entre porosidade e compressibilidade:
Onde 𝑟𝑓2 é o raio de deslocamento do fluido original do reservatório e 𝑟𝑓1 é a localização
da frente de avanço do fluido injetado. A região A do gráfico acima é dominada pelos
efeitos de estocagem, a região B é a região em que a queda de pressão é decorrente do
fluido injetado, a região C é uma região de transição onde os efeitos do fluido original
começam a incluir, e a região D apresenta uma segunda região com efeitos de ambos os
fluidos, apresentando o comportamento de reta, mas com inclinação diferente da região
B. Merril obteve resultados numéricos que permitem a obtenção de resultados aceitáveis
𝑟
para 𝑟𝑓2 > 10.
𝑓1
O método permite calcular 𝑟𝑓1 de duas maneiras. A primeira delas é pela extrapolação das
retas, como explicado no parágrafo acima, de modo que pode-se obter pela intersecção
delas:
𝑘
0.0002637 (𝜇 ) Δ𝑡𝑓𝑥
√
𝑟𝑓1 = (70)
𝜙𝑐𝑡 Δ𝑡𝐷𝑥
A outra opção é utilizar o ponto em que a curva desvia da reta da primeira reta semilog:
𝑘
0.0002637 (𝜇 ) Δ𝑡𝑓1
√
𝑟𝑓1 = (71)
𝜙𝑐𝑡 Δ𝑡𝐷1
É importante ressaltar que é possível calcular mobilidades para as duas regiões de fluidos
de avanço diferentes, dados que os dois fluídos têm propriedades diferentes.