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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Registro: 2011.0000024810

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº


0035138-48.2011.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que são agravantes
LUCIA HELENA SOUZA (E OUTROS(AS)), MARIA APARECIDA LIMA DE
SOUZA, ANTONIO RODRIGUES DOS SANTOS, IVONE DE PAULO, ELENI
MADALENA VIEIRA, ANTONIO GOMES BISPO, EDILENE CAMPOS DE
OLIVEIRA, ESTELITA NASCIMENTO MOTTA, MARILENE FERREIRA
GOUVEIA, SANDRO LUIZ FERNANDES, MARIA SUELI BARRETO, LUIS
ANTONIO DE CARVALHO, MAGALI MONTE DE MELO e LUZINEIDE DOS
S. F. DE OLIVEIRA sendo agravado PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO
PAULO.

ACORDAM, em 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de


Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Não conheceram. V. U. ", de
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores


FERRAZ DE ARRUDA (Presidente sem voto), BORELLI THOMAZ E LUCIANA
BRESCIANI.

São Paulo, 23 de março de 2011.

Ricardo Anafe
RELATOR
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
13ª Câmara de Direito Público

Agravo de Instrumento nº 0035138-48.2011.8.26.0000 – São Paulo


Agravantes: Lucia Helena Souza e outros
Agravada: Municipalidade de São Paulo
Juízo de origem: 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital
TJSP (voto nº 10.558)

Agravo de Instrumento. Processual Civil.

Ausência de decisão interlocutória - Recurso de Agravo


pressupõe a imposição de gravame, materializado em
decisão interlocutória, ex vi da inteligência do art. 522
do CPC.
A decisão (“julgou extinta a obrigação de fazer”) dá por
cumprida a obrigação de fazer em execução constitui
sentença, recorrível tão-somente por apelação, ex vi da
inteligência do art. 475-M, §3º, do CPC.

Não se conhece do recurso interposto.

1. Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto


contra decisão do MM. Juiz de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública da
Capital que, nos autos da ação de cobrança movida em face da
Municipalidade, entendeu correto o apostilamento do percentual de
19,04% para o mês de outubro e 48,83% para o mês de dezembro de
1994, determinando cumprida a obrigação de fazer, julgando extinta a
execução. Postula a reforma do decisum, a fim de que a ré cumpra com
o apostilamento nos prontuários dos agravantes dos índices de reajustes
de seus vencimentos, abstendo-se da aplicação da Lei nº 12.397/97, em
especial as compensações do artigo 2º.

Processado sobreveio contraminuta (fl. 93/110).

Agravo de Instrumento nº 0035138-48.2011.8.26.0000 - Voto nº 10558 - São Paulo - Аν άφη


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É o relatório.

2. O recurso não pode ser conhecido.

Como é sabido, das decisões interlocutórias cabe o


recurso de agravo, ex vi da inteligência do artigo 522 do Código de
Processo Civil, tenha sido a decisão proferida em processo contencioso
ou voluntário, de conhecimento, de execução ou cautelar, mas, sempre,
decorrente de uma decisão interlocutória que implique,
necessariamente, em efetivo juízo de valor, retratado por ato decisório
que cause gravame à parte.

Assim, descabe o recurso de agravo de instrumento


contra despachos, meramente ordinatório, nos quais não há carga de
comando decisório, não derivando dele nenhuma imposição, positiva ou
negativa. Noutro giro, igualmente não cabe o recurso de agravo quando
a decisão proferida for uma sentença, na medida em que o recurso
adequado é o de apelação, não se cogitando, por certo, no princípio da
fungibilidade recursal, no caso de equívoco, ante o perfil evidente do
erro grosseiro, o qual, hoje, é de rara consideração, na medida em que o
agravo é interposto diretamente perante a Corte ad quem, enquanto a
apelação é processada perante o Juízo a quo.

Na hipótese dos autos, a decisão guerreada é uma

Agravo de Instrumento nº 0035138-48.2011.8.26.0000 - Voto nº 10558 - São Paulo - Аν άφη


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sentença suscetível, pois, do recurso de apelação, o que obsta a cognição


do agravo.

Em verdade, em outrora, os agravantes propuseram


ação de conhecimento, fitando a condenação da Municipalidade a
proceder aos reajustes de cada autor, a partir do mês de fevereiro de
1.995, na forma da Lei nº 10.688/88 e 10.722/89, a qual foi julgada
procedente e confirmada por esta Corte, iniciando, pois, como sói
poderia ser a execução da obrigação de fazer, com fito do apontamento
do reajuste e assinação do dies ad quem no que tange à sucessiva
execução dos atrasados. Nessa esteira, no curso da execução a
Municipalidade sustentou o cumprimento da obrigação, com dedução de
percentual, estabelecendo a dialética processual civil, com antítese da
exeqüente, ora agravada, culminando com a síntese acostada, na qual o
MM. Juiz a quo deu por cumprida a obrigação de fazer, julgando-a
extinta, na forma do artigo 794, inciso I, do Código de Processo Civil
(quando o devedor satisfaz a obrigação).

Assim, proferida a sentença e, expressamente assim o


foi, com dispositivo típico (“Reconheço, portanto, cumprida a obrigação
de fazer e a julgo extinta nos termos do artigo 794, I, do C.P.C.”; sic.,
Cf. fl. 64/65), o recurso cabível é exclusivo, qual seja o recurso de
apelação o que, inclusive, guarda regramento específico da inovação
constante do artigo 475 do Código de Processo Civil, que por força da
Lei nº 11.232/2.005, que entrou em vigor seis meses após a publicação

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acrescentou, dentre os muitos, o subtítulo 475-M, que no parágrafo 3º,


expressa que a extinção da execução é recorrível tão-somente pela
apelação (Cf. §3º, in fine), o que incide na hipótese.

Por todo exposto, outra não é a solução, senão o não


conhecimento do recurso.

3. À vista do exposto, pelo meu voto, não conheço do


recurso interposto.

Ricardo Anafe
Relator

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