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DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
DISCIPLINA MICROECONOMIA E ORGANIZAÇÃO IDUSTRIAL
Professor Dr. Elmer Nascimento Matos
RESENHA
1 APRESENTAÇÃO DA OBRA
A obra tem por objetivo avançar na compreensão das especificidades e dos dilemas que
o enfoque das cadeias de valor traz para a formulação de políticas públicas em países em
desenvolvimento. O capítulo é composto de seis seções, sendo a Introdução a primeira delas.
Na segunda seção encontraremos uma descrição dos principais aspectos envolvidos no enfoque
de cadeias de valor de produção relacionados à dinâmica da interação entre as firmas em um
contexto de fragmentação internacional do processo produtivo, bem como uma discussão do
peso da geografia na constituição de cadeias de valor. A seção 3 apresenta a evolução dos
estudos sobre cadeias de valor. As seções 4, 5 e 6 trazem, respectivamente, a discussão relativa
a dimensão comercial das políticas voltadas para a captura das oportunidades nas cadeias de
valor, o debate sobre as políticas não comerciais e seus aspectos horizontais e setoriais e,
finalmente, as considerações finais.
2 RESUMO DA OBRA
Autores como Baldwin (2012) reconhece que as cadeias de valor são mais regionais do
que globais e estudo de Estevadeordal, Blyde e Suominen (2013), mostra que a criação e a
expansão de blocos de comércio estimularam a constituição de cadeias de valor no seu interior.
Geralmente, estas cadeias organizam-se em função de empresas-líderes dos países
relativamente mais desenvolvidos de cada região. Recomenda-se que os acordos regionais
revejam suas agendas para integração de medidas que facilitem a articulação entre empresas
dos países-membros e incentivem a constituição de cadeias.
A abordagem das cadeias de valor sofre pressão sobre a agenda multilateral, pois sugere
que a convergência regulatória ganhe prioridade em relação aos temas da agenda tradicional
das negociações comerciais, abrindo espaço para a revisão da agenda temática da Rodada Doha,
cujo processo de negociação encontra-se por ora interrompido.
Se no campo das políticas comerciais a perspectiva de cadeias de valor parece ter foco
em alguns temas do que de incorporação de novos temas, no campo das políticas industriais
ainda prevalecem incertezas. As propostas de corte setorial, flertam com mecanismos típicos
das políticas de substituição de importações. Os responsáveis que estudam esse debate
procuram limitar as diferenças entre a nova e a velha agenda de política industrial, mas ainda
se faz indispensável evitar que a nova agenda reforce velhas ideias.
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