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O artigo discute a interdependência entre os seres humanos e a necessidade de aceitar as provações da vida como parte da evolução espiritual. A felicidade verdadeira vem do entendimento de que somos parte de algo maior e de que devemos cooperar com as leis divinas, em vez de lutar contra elas.
O artigo discute a interdependência entre os seres humanos e a necessidade de aceitar as provações da vida como parte da evolução espiritual. A felicidade verdadeira vem do entendimento de que somos parte de algo maior e de que devemos cooperar com as leis divinas, em vez de lutar contra elas.
O artigo discute a interdependência entre os seres humanos e a necessidade de aceitar as provações da vida como parte da evolução espiritual. A felicidade verdadeira vem do entendimento de que somos parte de algo maior e de que devemos cooperar com as leis divinas, em vez de lutar contra elas.
O título deste artigo sugere que existe uma certa chave
que, uma vez obtida, abrirá a porta para a felicidade. O fato de que essa chave existe não pode ser posto em dúvida por aqueles que a receberam; somente aqueles que a ignoram demonstram ceticismo quanto à sua existência. Uma vez que esta chave é conseguida, ela permanece para sempre com você, ainda que possa perdê-la ou emprestá-la a outros.
É preciso que analisem e compreendam sua verdadeira
relação com Deus e toda a humanidade, antes que possam receber esta maravilhosa chave. Deus criou o homem e nele infundiu uma parte de Si mesmo tornando-o semelhante à Sua imagem. Perfeito, imutável e imortal, possuindo todas as qualidades de Deus, porque Deus não poderia criar alguma coisa que fosse menos perfeita do que Ele próprio. Quando nos tornamos plenamente conscientes desta grande verdade e sabemos que somos uma parte de Deus, a chamada individualidade do homem perde todo o seu sentido e o homem se vê ou se reconhece como uma pequena alma intimamente ligada a todas as outras almas, logo, como parte necessária à unidade do todo.
O homem não está individualizado nem no corpo
nem na alma. Sua alma faz parte de Deus e seu corpo faz parte da terra. À terra ele retorna como sua alma retorna a Deus. A interdependência dos homens existe porque é necessária à sua própria existência. O homem não é nem [ 55 ] nunca foi inteiramente independente. Ele gosta de pensar que o é mas, quando aprofunda a questão percebe seu erro e reconhece que sem os outros ele não poderia ser o que é nem estar onde está. Você pode supor, por um minuto sequer, que o homem possa existir sem que tenha alguém para ajudá- lo? Como alguém poderia expressar seus pensamentos, seus ideais e manifestar seus talentos, seus conhecimentos e seu poder interior se não houvesse alguém ao lado para apreciar todas estas coisas?
A interdependência dos homens pode ser comparada à
uma imensa estação de radio. O operador sentado diante de seus comandos, sintoniza a estação com a qual deseja se comunicar e lhe envia sua mensagem. Sintonizando uma outra estação, pode não só enviar a mesma mensagem e entrar em contato com ela como também se comunicar com todas as outras estações. Todas estas estações de rádio combinadas podem ser comparadas à Mente Cósmica, e o homem, quando deseja alguma coisa desta Mente deve agir exatamente da mesma maneira que o operador de rádio; deve entrar em sintonia coma Mente e enviar sua mensagem. Assim como o operador fica na escuta para receber sua resposta, assim também o homem deve aguardar a resposta da Mente Cósmica; e assim como a reposta chega ao operador, assim a resposta do Cósmico chega ao homem, isto se ele tiver que receber uma.
A maioria dos homens, entretanto, inclusive os estudantes
de ocultismo, não se dá conta desta grande verdade. Pensa que, porque deseja alguma coisa, deveria tê-la, e tenta obtê- la sem levar em consideração as consequências. E quando está tomado pelo desejo de conseguir aquilo que pensa ser [ 56 ] necessário à sua felicidade, esquece as consequências. Se pudesse refletir por alguns instantes, logo entenderia que o que julga tão necessário são coisas que poderiam lhe causar muita infelicidade, se as conseguisse.
Vejam a criança, ela chora desesperadamente até
conseguir o que vê e o que quer. O espírito da criança não está suficientemente desenvolvido para lhe dizer que o fogo vai queimá-la se ela tocá-lo. Não, a criança não é capaz de raciocinar como fará mais tarde, por isso chora muito quando não consegue o que quer. E continuará a chorar até que sua atenção seja desviada para outra coisa.
A mãe sabe que nem tudo pelo qual o bebê chora é
benéfico para ele. Tenta então, da melhor maneira, ensiná- lo a distinguir o que é bom do que é ruim, até o momento em que o próprio bebê consegue “saber” e decidir por si mesmo. Da mesma forma, Deus, em Sua infinita sabedoria, sabe o que nos é proveitoso ou não. Concede-nos, quando precisamos, exatamente aquilo de que temos necessidade. E se o que desejamos não é bom para nós, Deus o sabe, e todas nossas preces e desejos, toda nossa concentração para conseguir, de nada valerão. Vocês acham que com nossos espíritos finitos e limitados podemos julgar o que é melhor para nós e assim, para conseguir alguma coisa tenhamos apenas que querer? Refletindo sobre esse assunto percebemos o quanto é absurdo pensar que podemos mudar as leis e os decretos simplesmente querendo que assim seja!
Quando o homem deixará de pensar que sua vontade
é a única coisa que importa? E quando cessará de resistir [ 57 ] constantemente à atuação das Leis Divinas? Na verdade, por que deveria o homem resistir à aplicação da Lei e dos decretos de Deus e dessa forma, sem necessidade ficar sujeito à infelicidade e inquietações? Simplesmente porque o homem ainda não compreendeu o funcionamento das Leis subjacentes à obra de Deus e ao grande plano de todas as coisas.
O homem, egocêntrico e exagerado, pensa que a vontade é
a única coisa que conta e que seus desejos (contanto que não sejam imorais), são, ou deveriam ser, sempre atendidos por Deus, de acordo com Sua vontade e Seus desígnios. Quanto egocentrismo! Se Deus não fosse todo amor, compaixão, misericórdia, se Ele não estivesse sempre pronto a perdoar e a ensinar, eu seria quase tentado a afirmar que Ele estaria rindo muito das tentativas do homem para se enganar a si mesmo sobre sua importância, sua vontade pessoal, sua vaidade e este seu abominável e infundado orgulho!
Em algum momento na vida de todos, vem a
compreensão desta grande realidade: o homem não é tão importante quanto pensa nem tão independente como acredita e deve se voltar para Deus por tudo aquilo que possui e que espera possuir; deve tomar consciência de que, por si mesmo, não é nada, mas em Deus ele é tudo.
Toda a infelicidade deste mundo se deve à luta do
homem contra as provações que vive e que não têm outra finalidade do que a de lhe permitir adquirir experiências capazes de fazer evoluir sua alma. O homem precisa compreender que é inútil combater essas coisas porque nada do que possa fazer poderá impedir essas ocorrências; [ 58 ] poderá, no máximo, retardá-las. Porém, quando são proteladas suas energias se acumulam e no momento em que conseguem superar a barreira erguida pelo homem, elas caem sobre ele como um relâmpago, com sua energia e força redobradas. Se o homem se contentasse em aceitar essas provações e as reconhecesse como necessárias à sua evolução, poderia enfrentá-las, analisá-las e perceber onde e como pode melhor cooperar com elas e, assim, impedir que elas o afetem física e mentalmente.
Não se pode lutar contra a natureza nem contra Deus.
Algumas coisas que nos acontecem sem que possamos compreender o porquê são as que devem ser aceitas e analisadas. Assim como o fogo não nos queima quando sabemos manipulá-lo, nada pode lhe ferir, lhe prejudicar e nem lhe causar infelicidade se souber lidar com os fatos de acordo com as Leis e Princípios Divinos.
Quando tudo vai mal, quando tudo o que se faz
parece ser inútil, quando seus amigos se voltam contra você e a vida parece se tornar insuportável, pare por um momento e reconheça: não é o mundo, não são as pessoas que estão erradas, é você! E está errado porque permitiu que todas essas coisas lhe afetassem, perturbassem, influenciassem.
Nesses momentos, levante a cabeça, abra os braços
e diga: “Venham, eu os aceito, porque sei que vocês são importantes para a evolução de minha alma”. Depois, examine cada situação, analise-a em seus mínimos detalhes, veja como ela é inofensiva e então poderá rir do “monstro” que está dentro de você e não ao seu redor, como poderia [ 59 ] parecer. Vejamos se não podemos agir assim com alguns problemas em geral que parecem nos trazer infelicidade. Procuremos a chave da felicidade e examinemos alguns casos.
O mais importante destes problemas é, frequentemente,
a felicidade no lar, porque se não há felicidade em casa, todos os aspectos da vida se tornam negativos. Como o lar é criado sobre as bases do amor, vamos de início analisar um assim e vejamos o que podemos descobrir. Não tenho intenção de abordar as teorias ou declarações abstratas relacionadas ao amor. Antes, discutirei o amor partindo de um ponto de vista corriqueiro, e mostrarei como e por que a felicidade desta relação entre dois seres humanos é chamada “amor”.
As palavras de raiva e as discussões ocorrem somente
porque há duas pessoas permitindo que elas ocorram. Uma das pessoas pode dizer “eu não vou brigar com você” e ficar indiferente em relação ao outro. Mas a raiva não é aplacada por uma atitude de indiferença. Ela deve ser aplacada pelo pensamento, pelas palavras e atitudes amorosas que mostrarão ao outro que seu único desejo é afastar a causa da raiva ou da briga, e você só poderá fazê-lo nivelando-se com ele.
Se seus pensamentos em relação aos outros são
pensamentos amáveis, atenciosos e de amor, é impossível que alguém fique com raiva de você assim como também é impossível a qualquer coisa ou acontecimento afetar seu equilíbrio, sua harmonia, sua paz. Porém, se você ainda não alcançou esse estágio ou não pode instantaneamente [ 60 ] eliminar a vontade de se enraivecer, de responder golpe com golpe, e não consegue tratar circunstâncias adversas com tolerância, então você pode dar o primeiro passo para esse estágio detendo-se alguns instantes a cada vez que for impelido a dar livre curso aos seus impulsos de reagir com palavras raivosas, exercitando-se em considerar e analisar o outro lado da questão, o que lhe permitirá conhecer a causa da raiva ou da desatenção. Peguemos um exemplo: alguma coisa de errado aconte- ceu hoje em sua casa, o bebê resmungava todo o tempo, o jantar não estava pronto, recebeu uma visita com conversa não muito agradável; aconteceu alguma coisa que deixou sua mulher de mau humor. Aí você chegou em casa e co- meçou a ler seu jornal. Sua mulher pediu que você fizesse alguma coisa e você, não sabendo dos aborrecimentos que ela tinha tido ao longo do dia, respondeu que faria assim que terminasse a leitura de seu jornal. Impaciente, ela pede novamente e você responde de uma maneira que desper- ta sua hostilidade. Uma palavra de mau humor é então pronunciada. Você responde no mesmo tom. A briga está formada e ambos saem dela desgostosos da vida e tristes consigo mesmos. Pode também ter acontecido alguma coisa no escritório. Você volta para casa preocupado, desanimado. Seu jantar não está pronto, o bebê começa a chorar, lhe fazem uma pergunta que lhe parece idiota. Você responde grosseiramente e começa a reclamar de tudo. Talvez pense que sua mulher não compreenderia seus problemas se você lhe explicasse, assim, guarda-os com você. Ela faz alguma observação que você interpreta mal e responde com uma palavra desagradável ou sarcástica. Ela, não sabendo de suas dificuldades ao longo [ 61 ] do dia, faz um comentário que provoca seu revide e uma briga começa. E se as coisas continuarem assim, em pouco tempo um lar feliz será desfeito. Agora, se você compreendesse a causa e o desenrolar dessas situações, você saberia enfrentá-las de tal maneira que elas não teriam provocado desarmonia. Em primeiro lugar, não teria reagido e nem teria lhes dado maior dimensão. Pela compreensão pode-se sempre encontrar a causa de todas as discórdias e assim afastá-las sem dificuldades. Resumindo, digamos que a verdadeira chave da felicidade, aplicável a todos, é: “Ser sempre benevolente em relação ao outro, tanto em pensamentos quanto em ações e palavras.” Deus nunca pretendeu que o homem fosse infeliz. A felicidade é um direito inato do homem e o único fator que o impede de usufruir deste direito é seu próprio e insensato egocentrismo. Porque estamos concentrados em nós mesmos, não conseguimos desfrutar da felicidade que deveríamos ter e conservar. Estamos tão imbuídos de nossa independência que construímos uma muralha de orgulho ao nosso redor, por onde a amabilidade, a alegria, a consideração e o amor não podem passar. Somente quando destruirmos essa muralha e nos conscientizarmos de que existimos para Deus e não para nós mesmos, é que a verdadeira felicidade chegará e permanecerá conosco para sempre.
Pense nisso! Você tentou ser feliz de outra maneira.