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A Chave da Felicidade

O título deste artigo sugere que existe uma certa chave


que, uma vez obtida, abrirá a porta para a felicidade. O fato
de que essa chave existe não pode ser posto em dúvida por
aqueles que a receberam; somente aqueles que a ignoram
demonstram ceticismo quanto à sua existência. Uma vez
que esta chave é conseguida, ela permanece para sempre
com você, ainda que possa perdê-la ou emprestá-la a outros.

É preciso que analisem e compreendam sua verdadeira


relação com Deus e toda a humanidade, antes que possam
receber esta maravilhosa chave. Deus criou o homem e nele
infundiu uma parte de Si mesmo tornando-o semelhante
à Sua imagem. Perfeito, imutável e imortal, possuindo
todas as qualidades de Deus, porque Deus não poderia
criar alguma coisa que fosse menos perfeita do que Ele
próprio. Quando nos tornamos plenamente conscientes
desta grande verdade e sabemos que somos uma parte de
Deus, a chamada individualidade do homem perde todo o
seu sentido e o homem se vê ou se reconhece como uma
pequena alma intimamente ligada a todas as outras almas,
logo, como parte necessária à unidade do todo.

O homem não está individualizado nem no corpo


nem na alma. Sua alma faz parte de Deus e seu corpo faz
parte da terra. À terra ele retorna como sua alma retorna
a Deus. A interdependência dos homens existe porque é
necessária à sua própria existência. O homem não é nem
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nunca foi inteiramente independente. Ele gosta de pensar
que o é mas, quando aprofunda a questão percebe seu
erro e reconhece que sem os outros ele não poderia ser
o que é nem estar onde está. Você pode supor, por um
minuto sequer, que o homem possa existir sem que tenha
alguém para ajudá- lo? Como alguém poderia expressar
seus pensamentos, seus ideais e manifestar seus talentos,
seus conhecimentos e seu poder interior se não houvesse
alguém ao lado para apreciar todas estas coisas?

A interdependência dos homens pode ser comparada à


uma imensa estação de radio. O operador sentado diante
de seus comandos, sintoniza a estação com a qual deseja se
comunicar e lhe envia sua mensagem. Sintonizando uma
outra estação, pode não só enviar a mesma mensagem e
entrar em contato com ela como também se comunicar
com todas as outras estações. Todas estas estações de rádio
combinadas podem ser comparadas à Mente Cósmica,
e o homem, quando deseja alguma coisa desta Mente
deve agir exatamente da mesma maneira que o operador
de rádio; deve entrar em sintonia coma Mente e enviar
sua mensagem. Assim como o operador fica na escuta
para receber sua resposta, assim também o homem deve
aguardar a resposta da Mente Cósmica; e assim como a
reposta chega ao operador, assim a resposta do Cósmico
chega ao homem, isto se ele tiver que receber uma.

A maioria dos homens, entretanto, inclusive os estudantes


de ocultismo, não se dá conta desta grande verdade. Pensa
que, porque deseja alguma coisa, deveria tê-la, e tenta obtê-
la sem levar em consideração as consequências. E quando
está tomado pelo desejo de conseguir aquilo que pensa ser
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necessário à sua felicidade, esquece as consequências. Se
pudesse refletir por alguns instantes, logo entenderia que
o que julga tão necessário são coisas que poderiam lhe
causar muita infelicidade, se as conseguisse.

Vejam a criança, ela chora desesperadamente até


conseguir o que vê e o que quer. O espírito da criança
não está suficientemente desenvolvido para lhe dizer que
o fogo vai queimá-la se ela tocá-lo. Não, a criança não é
capaz de raciocinar como fará mais tarde, por isso chora
muito quando não consegue o que quer. E continuará a
chorar até que sua atenção seja desviada para outra coisa.

A mãe sabe que nem tudo pelo qual o bebê chora é


benéfico para ele. Tenta então, da melhor maneira, ensiná-
lo a distinguir o que é bom do que é ruim, até o momento
em que o próprio bebê consegue “saber” e decidir por si
mesmo. Da mesma forma, Deus, em Sua infinita sabedoria,
sabe o que nos é proveitoso ou não. Concede-nos, quando
precisamos, exatamente aquilo de que temos necessidade.
E se o que desejamos não é bom para nós, Deus o sabe,
e todas nossas preces e desejos, toda nossa concentração
para conseguir, de nada valerão. Vocês acham que com
nossos espíritos finitos e limitados podemos julgar o que
é melhor para nós e assim, para conseguir alguma coisa
tenhamos apenas que querer? Refletindo sobre esse assunto
percebemos o quanto é absurdo pensar que podemos
mudar as leis e os decretos simplesmente querendo que
assim seja!

Quando o homem deixará de pensar que sua vontade


é a única coisa que importa? E quando cessará de resistir
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constantemente à atuação das Leis Divinas? Na verdade,
por que deveria o homem resistir à aplicação da Lei e dos
decretos de Deus e dessa forma, sem necessidade ficar
sujeito à infelicidade e inquietações? Simplesmente porque
o homem ainda não compreendeu o funcionamento das
Leis subjacentes à obra de Deus e ao grande plano de todas
as coisas.

O homem, egocêntrico e exagerado, pensa que a vontade é


a única coisa que conta e que seus desejos (contanto que não
sejam imorais), são, ou deveriam ser, sempre atendidos por
Deus, de acordo com Sua vontade e Seus desígnios. Quanto
egocentrismo! Se Deus não fosse todo amor, compaixão,
misericórdia, se Ele não estivesse sempre pronto a perdoar
e a ensinar, eu seria quase tentado a afirmar que Ele estaria
rindo muito das tentativas do homem para se enganar a
si mesmo sobre sua importância, sua vontade pessoal, sua
vaidade e este seu abominável e infundado orgulho!

Em algum momento na vida de todos, vem a


compreensão desta grande realidade: o homem não é tão
importante quanto pensa nem tão independente como
acredita e deve se voltar para Deus por tudo aquilo que
possui e que espera possuir; deve tomar consciência de
que, por si mesmo, não é nada, mas em Deus ele é tudo.

Toda a infelicidade deste mundo se deve à luta do


homem contra as provações que vive e que não têm outra
finalidade do que a de lhe permitir adquirir experiências
capazes de fazer evoluir sua alma. O homem precisa
compreender que é inútil combater essas coisas porque
nada do que possa fazer poderá impedir essas ocorrências;
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poderá, no máximo, retardá-las. Porém, quando são
proteladas suas energias se acumulam e no momento em
que conseguem superar a barreira erguida pelo homem,
elas caem sobre ele como um relâmpago, com sua energia
e força redobradas. Se o homem se contentasse em aceitar
essas provações e as reconhecesse como necessárias à sua
evolução, poderia enfrentá-las, analisá-las e perceber onde
e como pode melhor cooperar com elas e, assim, impedir
que elas o afetem física e mentalmente.

Não se pode lutar contra a natureza nem contra Deus.


Algumas coisas que nos acontecem sem que possamos
compreender o porquê são as que devem ser aceitas e
analisadas. Assim como o fogo não nos queima quando
sabemos manipulá-lo, nada pode lhe ferir, lhe prejudicar e
nem lhe causar infelicidade se souber lidar com os fatos de
acordo com as Leis e Princípios Divinos.

Quando tudo vai mal, quando tudo o que se faz


parece ser inútil, quando seus amigos se voltam contra
você e a vida parece se tornar insuportável, pare por
um momento e reconheça: não é o mundo, não são
as pessoas que estão erradas, é você! E está errado
porque permitiu que todas essas coisas lhe afetassem,
perturbassem, influenciassem.

Nesses momentos, levante a cabeça, abra os braços


e diga: “Venham, eu os aceito, porque sei que vocês são
importantes para a evolução de minha alma”. Depois,
examine cada situação, analise-a em seus mínimos detalhes,
veja como ela é inofensiva e então poderá rir do “monstro”
que está dentro de você e não ao seu redor, como poderia
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parecer. Vejamos se não podemos agir assim com alguns
problemas em geral que parecem nos trazer infelicidade.
Procuremos a chave da felicidade e examinemos alguns
casos.

O mais importante destes problemas é, frequentemente,


a felicidade no lar, porque se não há felicidade em casa,
todos os aspectos da vida se tornam negativos. Como o lar
é criado sobre as bases do amor, vamos de início analisar
um assim e vejamos o que podemos descobrir. Não tenho
intenção de abordar as teorias ou declarações abstratas
relacionadas ao amor. Antes, discutirei o amor partindo
de um ponto de vista corriqueiro, e mostrarei como e por
que a felicidade desta relação entre dois seres humanos é
chamada “amor”.

As palavras de raiva e as discussões ocorrem somente


porque há duas pessoas permitindo que elas ocorram. Uma
das pessoas pode dizer “eu não vou brigar com você” e ficar
indiferente em relação ao outro. Mas a raiva não é aplacada
por uma atitude de indiferença. Ela deve ser aplacada
pelo pensamento, pelas palavras e atitudes amorosas que
mostrarão ao outro que seu único desejo é afastar a causa
da raiva ou da briga, e você só poderá fazê-lo nivelando-se
com ele.

Se seus pensamentos em relação aos outros são


pensamentos amáveis, atenciosos e de amor, é impossível
que alguém fique com raiva de você assim como também
é impossível a qualquer coisa ou acontecimento afetar seu
equilíbrio, sua harmonia, sua paz. Porém, se você ainda
não alcançou esse estágio ou não pode instantaneamente
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eliminar a vontade de se enraivecer, de responder golpe
com golpe, e não consegue tratar circunstâncias adversas
com tolerância, então você pode dar o primeiro passo para
esse estágio detendo-se alguns instantes a cada vez que for
impelido a dar livre curso aos seus impulsos de reagir com
palavras raivosas, exercitando-se em considerar e analisar
o outro lado da questão, o que lhe permitirá conhecer a
causa da raiva ou da desatenção.
Peguemos um exemplo: alguma coisa de errado aconte-
ceu hoje em sua casa, o bebê resmungava todo o tempo, o
jantar não estava pronto, recebeu uma visita com conversa
não muito agradável; aconteceu alguma coisa que deixou
sua mulher de mau humor. Aí você chegou em casa e co-
meçou a ler seu jornal. Sua mulher pediu que você fizesse
alguma coisa e você, não sabendo dos aborrecimentos que
ela tinha tido ao longo do dia, respondeu que faria assim
que terminasse a leitura de seu jornal. Impaciente, ela pede
novamente e você responde de uma maneira que desper-
ta sua hostilidade. Uma palavra de mau humor é então
pronunciada. Você responde no mesmo tom. A briga está
formada e ambos saem dela desgostosos da vida e tristes
consigo mesmos.
Pode também ter acontecido alguma coisa no escritório.
Você volta para casa preocupado, desanimado. Seu jantar não
está pronto, o bebê começa a chorar, lhe fazem uma pergunta
que lhe parece idiota. Você responde grosseiramente e
começa a reclamar de tudo. Talvez pense que sua mulher não
compreenderia seus problemas se você lhe explicasse, assim,
guarda-os com você. Ela faz alguma observação que você
interpreta mal e responde com uma palavra desagradável ou
sarcástica. Ela, não sabendo de suas dificuldades ao longo
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do dia, faz um comentário que provoca seu revide e uma
briga começa. E se as coisas continuarem assim, em pouco
tempo um lar feliz será desfeito.
Agora, se você compreendesse a causa e o desenrolar
dessas situações, você saberia enfrentá-las de tal maneira
que elas não teriam provocado desarmonia. Em primeiro
lugar, não teria reagido e nem teria lhes dado maior
dimensão. Pela compreensão pode-se sempre encontrar
a causa de todas as discórdias e assim afastá-las sem
dificuldades.
Resumindo, digamos que a verdadeira chave da
felicidade, aplicável a todos, é: “Ser sempre benevolente em
relação ao outro, tanto em pensamentos quanto em ações
e palavras.”
Deus nunca pretendeu que o homem fosse infeliz. A
felicidade é um direito inato do homem e o único fator
que o impede de usufruir deste direito é seu próprio e
insensato egocentrismo. Porque estamos concentrados
em nós mesmos, não conseguimos desfrutar da felicidade
que deveríamos ter e conservar. Estamos tão imbuídos de
nossa independência que construímos uma muralha de
orgulho ao nosso redor, por onde a amabilidade, a alegria,
a consideração e o amor não podem passar. Somente
quando destruirmos essa muralha e nos conscientizarmos
de que existimos para Deus e não para nós mesmos, é que a
verdadeira felicidade chegará e permanecerá conosco para
sempre.

Pense nisso! Você tentou ser feliz de outra maneira.


Agora tente esta!
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