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Tweets

by
Henrique Bredda

V.17

12/02/18 a 24/09/18

Compilados por Pedro Pivotto


pivotto9@gmail.com
twitter: @plpivotto

Disclaimer: este documento é uma coletânea de tweets públicos e não tem qualquer objetivo
comercial ou de recomendação de investimentos. Representa o conteúdo da postagem no
momento da coleta, sem qualquer compromisso de acurácia, ou atualização em caso de
posterior alteração ou deleção de tweets.

Enjoy it.
12 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/963188220946190336

1. Acho bom relembrar alguns pontos básicos sobre ações, q se perdem nessa loucura
diária de s&p, treasury, trump, temer. Parece q estamos a 200 km/h na rodovia à
noite, enxergando apenas 10m à frente. Muita gente apavorada achando q tick de
treasury é prenúncio do apocalipse.


2. O valor das ações p/ um determinado investidor tem q ser um valor presente de


um fcf futuro q ele estimou, descontado a uma determinada taxa q faz sentido pra
esse investidor. Só isso. Se quiser simplificar, todo o mercado é uma expectativa
de fcf, descontando a uma taxa.


3. A taxa ñ tem muita surpresa. Acaba sendo relacionada a taxa de pré longa mais
um prêmio. Cada um tem o seu. Conforme as taxas longas do BZ cedem, em tese,
as ações no geral sobem. Onde acho q o mercado ñ está se atentando é no fcf. E
o ponto do ciclo q estamos é fundamental.


4. Há muita análise disponível sobre o P/E do mercado, ou sobre o ev/ebitda de


algumas cias. No geral, até é uma boa proxy pra geração de caixa. Mas às vezes
ñ. Se as cias estão investindo muito, ou sub-investindo com capex abaixo da
depreciação, muda muito.


5. O capital de giro, se ñ bastasse o capex, ajuda a mudar radicalmente essa


aproximação de P/E e Ev/ebitda. Como a geração de caixa p/ o acionista é, em
síntese, o cash earnings (lucro líquido devolvendo a depreciação), menos o capex
e + o q o WK te tira ou adiciona,...


6. ...hoje e nos proximos 2-3 anos, a simplificação do nível de valuation do mercado


por múltiplos acaba escondendo o quão barato o mercado, de forma geral, está.
No estágio em q estamos, o q é igual à todos inícios de bull markets, q nascem
depois de anos de estragos/recessão...


7. ... as empresas estão lambendo as feridas da recessão. Estão c/ capacidade ociosa


e rodarão um bom tempo c/ capex baixo. Além disso, na bolsa, temos a nata da
nata das empresas do país (mais no BZ do que nos mercados desenvolvidos),
pelas conhecidas dificuldades de se listar um cia.


8. Como são empresas normalmente dominantes em seus setores, as listadas, essas


cias ganharam mkt share na crise, mais espaço p/ espremer fornecedores e mais
poder na cadeia de suprimentos. Isso vira uma capital de giro melhor.


9. Portanto, na saída da recessão, q no nosso caso foi a pior sequência em 100 anos,
as empresas ganharam muito espaço no capital de giro, mais market share e ñ
precisarão investir por um bom tempo.


10. Sendo assim, a geração de caixa nos próximos 2-3 anos será muito maior em
relação ao earnings e ao ebitda do que normalmente é, devido aos estágios iniciais
do bull market. Ou seja, um P/E de 10x hj é muito mais barato q um P/E de 10x
no meio ou no fim do bull market.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 2/201
11. No fim do bull market, as empresas torram dinheiro em capex desnecessário c/ a
enxurrada de capital q os acionistas e credores enfiam na empresa. Working capital
é trocado por lucro líquido pra inflar stock option.


12. Tudo o q há de mais destruidor para o equity holder é feito perto do fim do bull
market, na cara dele, mas o investidor estará embriagado demais pelos vários
anos de ganhos na bolsa, cego pra todo estrago q estará sendo feito e q virará as
sementes para o bear market.


13. Hj estamos na melhor parte do ciclo. Alta geração de caixa, empresários e


investidores ainda tratando o capital com muita disciplina e respeito. Ótimo para
o acionista.

14. Isso é no geral, pois cada empresa tem sua dinâmica e valuation próprios.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 3/201
15 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/964180520514064384

1. tsy 10y e EEM equities (anda junto)

2. tsy 10y e DXY (antagônico)

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 4/201
16 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/964527362279911425

A 1a coisa q aprendi foi a de pichar grafista, tirar sarro. Mas no mercado tem de tudo.
Tem gente graúda q toma decisão olhando grafico. Gráfico tem algum valor. Pouco,
mas tem. E aprendi isso c/ um cara q tem 40 anos a mais de mercado do q eu. Mas
dar call só c/ gráfico é duro.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 5/201
16 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/964544991107452928

1o gráfico: ratio Petr4/Itub4 (linha branca) e Preço de commodities (GSCI, linha


laranja).

2o gráfico: ratio Vale3/Itub4 (linha branca) e Preço de commodities (GSCI, linha


laranja).

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 6/201
3o gráfico, em log: ratio Preço de commodities corrigido pelo CPI, de 40 anos.

Pergunta: sobre o 3º gráfico e margens das empresas do SPX: o q acontece se o ratio


voltar a 20x ? Logica indica q cairia, certo ? Então o P/E de 25x vira, chutado total,
35x, e o UST10YR 5% ? Sell SPX buy IBOV ?

Preços de Commodities e lucro/ação do S&P andam juntos, mais q antagônicos. Só


descola qdo commodities dão um spike muito forte (1990 e 2008). Estamos longe disso.
Então não acho q haja essa relação direta de voltar pra 20x e o P/E do S&P subir.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 7/201
18 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/965244861963210752

Melhor texto que já li sobre investimentos:

http://www.grahamanddoddsville.net/wordpress/Files/Gurus/Charlie Munger/Charlie
Munger _ Art of Stock Picking.pdf

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 8/201
19 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/965596867466878977

1. A regra para investimentos é: cada um tem a sua. E regra boa é aquela que produz
ganho de capital ao longo do tempo. Soros ñ pensa como o Buffett. Investir em
cia q qq idiota possa tocar, ñ funciona no Brasil. Cuidado c/ clichês, q podem ter
inconsistências. Só pra pensar:

2. “Be fearful when others are greedy, and greedy when others are fearful.” - Warren
Buffett
"The trend is your friend." - Martin Zweig

3. "Let your winners run, and cut your losers." - Peter Lynch
"Sell high, buy low." – Unknown

4. “Diversification is protection against ignorance. It makes little sense if you know


what you are doing.” - Warren Buffett
Pra ser concentrado, precisa ser confiante. Qual o limite entre "confidence" e
"overconfidence"?

5. Peter Lynch obteve um cagr de 29%aa de 1977 a 1991 no lendário fundo Magellan
investindo, às vezes, em 1400 cias ao mesmo tempo. Não tem regra.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 9/201
21 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/966365576204554240

1. Na época do Império Romano os generais ao voltarem das batalhas eram recebidos


em Roma para serem homenageados pela população. A homenagem consistia
numa aclamação pelo povo e no recebimento das mãos de um dos representantes
do Senado de uma bandeja de prata com folhas...

2. ...da palmeira (esta era a mais alta honraria dada a um cidadão romano). É dessa
tradição inclusive que vem a expressão salva de palmas , uma bandeja em metal
prateado também é conhecida pela palavra salva.

3. O general romano entrava na cidade sozinho numa biga (os exércitos eram
proibidos de entrarem na cidade, ficavam em campos de treinamento fora dos
muros de Roma) e percorria um longo caminho até o Senado, durante o percurso
o povo o aclamava.

4. Junto ao general, na biga, iam dois escravos, o primeiro para conduzir a biga, e o
segundo ficava ao lado do general agachado. A função do segundo escravo era
extremamente interessante e nos faz refletir sobre a sabedoria dos povos da
antiguidade.

5. Um general voltando vitorioso de várias batalhas, sendo aclamado pelo povo e


sentindo-se invencível poderia ser uma ameaça a democracia romana, para evitar
isso a função do escravo era uma só.

6. A cada 500 metros do percurso, o escravo levantava-se, aproximava-se do ouvido


do general e dizia : - “Lembra-te que és mortal!” Mais 500 metros, e novamente:
- “Lembra-te que és mortal!” Qdo no sentirmos invencíveis e acima de tudo e de
todos, nos lembremos que somos mortais!”

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 10/201
21 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/966389338014670849

Brasil está em recovery. O mundo está saindo de recovery e indo em direção ao


overheat. Bom pra stocks e commodities. Melhor ainda para stocks de commodities.
Mas isso é só um modelo teórico, será que funciona?

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 11/201
21 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/966378540986961920

1. Back in November, I shared a long-term historical chart of the Dow Jones Industrial
Average and pointed out a megaphone pattern breakout that looked bullish for
stocks.

2. After that post, the Dow Industrials rose over 3000 points into January before
embarking on a long overdue correction.

3. So what now? Let’s take a look at an updated chart (see below)…

4. The Dow has spent the majority of the past 70 years inside parallel channels
(points A, B, and C). And as you can see below, the Dow’s latest breakout above
a megaphone pattern (point 3) has lead to a test of the upper channel (point 4).
This is acting as resistance right now.

5. Look familiar? It should. This same pattern took shape during the last megaphone
breakout (point 1). That breakout lead to a test of the overhead parallel channel
(point 2) in 1987. That channel acted as (rising) price resistance until 1995, when
it broke out once more and went on to test the upper channel boundary.

6. If this is any indication, its understandable why stocks are stumbling a bit here (at
first pass). BUT, if they follow the same pattern, they may continue to test this
rising channel resistance… and clearly bulls would LOVE to see the Dow breakout
above point 4! Stay tuned.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 12/201
25 de fev de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/967833117175308289

1. Para justificar ou comentar os movimentos da nossa moeda, o Real, é totalmente


desproporcional a importancia q se da e o tempo q os especialistas gastam em
suas análises, nos jornais, telejornais e qq outra mídia, entre os fatores internos
e externos.

2. Os dois tipos de fatores são importantes, talvez um mais q o outro, mas


certamente ñ é proporcional à importancia q se é dado. São ~25 meses já de
recuperação de nossa moeda e é infindável as explicações para o vai e vem diário.


3. É o impeachment q passa ou ñ; Cunha, Joesley ou Funaro ameaçando delatar;


processo do Lula; Teto de gastos, TLP, Reforma Trabalhista; Reforma da
Previdência q desaponta; Dilma e suas declarações; antes disso tivemos as
trapalhadas c/ as concessões das Usinas q o governo tomou;


4. É infinito os acontecimentos negativos ou positivos INTERNOS sendo usados como


justificativas para a desvalorização ou valorização da nossa moeda. De vez em
quando alguém lembra dos EUA, China, Europa ou das commodities. Vejamos:


5. No período de 2002 a 2008, lembro de ter visto (e ainda ouço) muita gente
enaltecendo os méritos do pragmatismo do Lula como importanres responsáveis
pela valorização de nossa moeda. Óbvio q dava pro Lula estragar, mas qto?
Commodities e o Real (reais/dólar) de 2002 a 2008:






6. E o desastre Dilma? Ela detonou nossa economia ñ renovando as concessões
elétricas (q a FIESP aplaudiu), baixou nossa SELIC q os empresários aplaudiram e
nossa curva longa afundou (mundo aplaudiu). O Real afundou pelos erros dela,
certo? Vejamos comm vs Real:


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 13/201




7. E a recuperação do Real iniciada em jan2016? É pq o mercado já antecipava a
queda da Dilma e o time espetacular q o Temer montaria? Méritos das reformas e
das decisões corretas de nossos governantes e empresários? Somos tão senhores
de nossos destinos mesmo? Vejamos:






8. O Brasil é um barquinho no oceano da economia global. Ñ temos relevância alguma
p/ influenciar as correntezas desses mares. Estamos a mercê dele. Podemos ter
uns capitães e remos melhores, ou piores, p/ tentar aliviar a correnteza contrária,
ou tirar o máximo de proveito dele.


9. Os pontos acima são + provocações do q verdades. Mas é p/ pensar. Nosso R$

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 14/201
depende muito de fatores externos, mais do que de Brasília. Portanto, vale a pena
olhar mais o mundo e menos as intrigas entre o Temer e a oposição. Uma coisa é
o oceano, a outra é o remo do barquinho.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 15/201
1 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/969318262092779520

1. Qdo dizem q a conta do QE vai chegar, já veio. Já está aí. O americano típico acha
q melhorou de vida pq o salário andou mais q a inflação (CPI). Mas imóveis
andaram muito + e o S&P, nem se fala. O americano EMPOBRECEU muito em
relação aos ativos. Essa é a conta do QE.


2. Na próxima recessão americana, q sempre ocorre, o americano vai perder o


emprego, como sempre, mas agora está homeless como nunca. Vai pagar o
aluguel como? Ela será mais severa. E o FED? Vai baixar pra qto os juros pra tentar
amenizar os efeitos recessivos p/ a população?


3. Por isso q o FED não tem escapatória. Tem q subir juros enquanto a economia da
conta disso, para ter essa ferramenta (cortes) na próxima recessão. E o presidente
sempre tenta evitar ou postergar a próxima recessão. Ele nunca quer a bomba
estourando em seu colo.


4. A gordura da economia americana está acabando. Muito diferente do Brasil, lá o


desemprego JÁ caiu. As cias JÁ estão voando. Aqui as empresas ainda lambem
feridas. Lá a confiança está no MÁXIMO dos últimos 17 anos. Aqui, muito longe do
topo ainda.


5. Se vc fosse presidente dos USA, iria fazer o q pra postergar a próxima recessão?
A Dilma tentou "com maestria" por aqui. Desoneração de folha, PSI pra veículos e
incentivos p/ linha branca por aqui no Brasil são equivalentes aos tax cuts por lá.
É uma forma de postergar.


6. Depois q vc isenta de imposto, estimula mais a economia, e a economia não cresce


tanto, o q vc faz? Talvez incentivem a alavancagem e o endividamento por lá.
Banco empresta mais, pessoas e cias se alavancam pra consumir mais e a
tomarem mais risco. Isso da um empurrão final.


7. Depois de desemprego bater a mínima, confiança bater a máxima, tax cuts fizerem
efeito e a alavancagem vier com força... tudo acaba... só pra ser recomeçado
novamente.

8. Se ñ for uma bomba externa, guerra, default, etc, processo natural é sempre o
estouro de algo q era fumaça. Final dos 1920s era alavancagem, final de 1990s
com LTCM e balanços fraudulentos q eram pó, 2008 com os CDS, CDOs, e
patrimônio de bancos q eram pó.


9. Alguma coisa q é pura fumaça normalmente estoura. Seja empresa fraudulenta,


banco podre, derivativos com colateral pó, ou pf se alavancando pra comprar algo
q não vale o preço q estão pagando e se arrebentam no MTM. Acho q os USA,
apesar do S&P muito caro, ñ tem isso ainda.


10. Mas pelo andar da carruagem, os USA já estão esticando a corda pra economia
continuar crescendo mesmo num pleno emprego. Hj foi papo de taxas de
importação pro aço. Talvez o USA ñ esteja tão competitivo ou barato p/ se produzir
por lá. Veremos.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 16/201
5 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/970476079508082688

1. Esse post é top:

https://twitter.com/PedroCerize/status/970336647400378368?s=19 …

Eu sei a teoria de como ganhar dinheiro investindo em ações. Eu só me enrolo com


a prática!

2. Diria q nem na teoria sabemos ao certo. Por exemplo: "vc tem q pagar múltiplos
baratos e vender caro." Tbem não funciona. As melhoras compras q já vi são em
cias sem earnings/ebitda, como a RAIL3 em 2016 e MGLU3 em 2015.



3. "Vc tem q conversar com os executivos/donos da empresa." Se um dos melhores


investidores de todos os tempos, Walter Schloss, value investor raiz e aluno de
Benjamin Grahan ñ faz isso, pois diz q atrapalha, não pode então ser uma regra.


4. "Vc tem q pagar abaixo do VALOR INTRÍNSECO". Bonito dizer "valor intrínseco",
mas q valor é esse? É o mesmo número p/ td mundo? Por acaso, se tds os
investidores tivessem acesso às mesmas informações, será q todos achariam o
tal "valor intrinseco", e ele seria igual? Duvido.


5. "Vc tem q investir em cias com vantagens competitivas duradouras". Como saber
q a vantagem competitiva é realmente duradoura se poderosas titãs da bolsa
americana, as maiores e melhores cias do mundo, em 30-50 anos foram todas
destronadas? Talvez duradoura seja 5-6 anos...?


6. Outra clássica é "investir numa empresa com boa relação risco/retorno." Outro
clichê. Risco é uma coisa pra um, e outra pra outro. E o q vc acha q é risco pode
ñ ser, e o q vc acha q ñ é, é. Retorno então, como calcular? Se for projeção, vão
dizer q é futurologia.


7. Vou descartar numa tacada só tudo o q contém CAPM, beta, VaR. Nada disso
funciona pois nenhum grande e excelente investidor na história defendeu essa
abordagem. A maior utilidade de CAPM e afins é preencher livros e aulas em cursos
caros.


8. "Ninguém bate o índice no longo prazo". No Brasil isso cai por terra bem rápido.
Nos USA é quase verdade, pois a maioria não bate. Não ninguém. Uma minoria
bate sim. Portanto essa regra tbem não vale.


9. Eu diria q existem 2 mundos, e vale uma boa regra genérica p/ cada um. Pro
mundo do curto prazo, é bom investir em algo q o mercado terá vontade de pagar
mais depois. Seja a razão qual for. Ou pq será mais lucrativa do q esperam, ou pq
medos q existem hj, diminuirão.


10. Nesse mundo do curto prazo, vc antecipa mais resultados e/ou menos riscos.
Antecipe um baita resultado trimestral/anual, ou a cia mostrando + previsibilidade,
+ disclaimer de informação ou qq outra coisa q ñ seja resultados mas q o mercado

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 17/201
perca alguns receios. Por exmplo...


11. ... a Petrobrás mostrando disciplina e consistência no preço da gasolina, capex,


venda de ativos. Pro longo prazo, q a IMENSA MAIORIA ñ tem paciência p/esperar,
é crucial investir numa boa combinação de roic/roe, s/ pagar absurdo. Roe alto
mas com roic muito baixo é perigoso.


12. Um roic baixo só produz roe alto com alavancagem alta. Isso pode dar zebra. E
um roic alto com roe baixo pode significar q a cia estoca caixa demais e ñ distribui
e nem reinveste. Mas é menos pior. Já uma combinação de roic/roe altos, é sempre
ganha-ganha.


13. Se roic/roe são altos, ou a cia cresce e reinveste o caixa à taxas gordas, ou a cia
ñ consegue crescer e vira uma cash-cow, o q te da a oportunidade de reinvestir
esse caixa na própria cia. No longo prazo o compouding dessa combinação de alto
roic/roe faz milagre.


14. A gde questão é descobrir quais cias permanecerão por MUITO TEMPO com roic/roe
altos. E agora caímos na tal "vantagem competitiva". E em muitos e muitos anos,
um domínio tecnológico ou uma marca podem se perder num estalar de dedos.
Então qual a melhor vantagem competitiva?


15. Caso se tenha dinheiro suficiente, replica-se quase qualquer tipo de ativo: fábrica,
máquina, logística, tecnologia, processo, time de executivos top, sistemas de TI,
etc. Portanto, o q seria uma vantagem competitiva MUITO DURADOURA e q se
replica, ñ se compra?


16. Volto pro Peter Drucker q sempre reforça esse ponto e q é consistente c/ as
conclusões de Flamholtz e Randle de q "corporate culture is the ultimate strategic
asset" (2011).

17. Mas se quiserem ouvir do próprio mestre, segue:

http://www.finn.be/warren-buffett-reputation-berkshire-hathaway …



Só pra pensar.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 18/201
8 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/971731962414141440

1. Ñ tenho RENT3, mas se inveja matasse, eu estaria morto de novo hj. Que
resultado! Receita cresceu +39% YoY, EBITDA +43% YoY, EBIT +55% YoY,
Lucro Líquido +67% YoY. Tem um fenômeno em andamento q não está em
livros textos, não é ensinado em curso sobre ações, mas é fundamental.


2. A melhor coisa que aconteceu para a Localiza recentemente foi a ameaça da


Movida. Tiraram a Localiza da zona de conforto. É a famosa água no bumbum.
Como o CAPM explica isso, ou vantagens competitivas de Porter? Não explicam,
mas é a mais pura realidade.


3. Ninguém em sã consciência diz que um dos triggers para a melhora de


resultado de uma determinada empresa pode ser o aumento da concorrência.
Aumento de concorrência é sempre ruim, conforme dizem, não é? Não. Não é
sempre ruim. Às vezes era só isso q uma cia estava precisando.


4. Pensando dessa forma, e considerando casos reais, não só da Localiza,


chegamos nos "mentals models" do Charlie Munger, que sabiamente considera
a "art of stock picking" como uma subdivisão de algo muito maior: "the art of
worldly wisdom".


5. E ainda nessa linha, Munger defende q vc deve ter vários modelos mentais,
verdadeiras ferramentas na cabeça. Se vc tem uma única ferramenta, vc acaba
torturando a realidade p/ q ela se encaixe nos seus modelos: "To the man with
only a hammer, every problem looks like a nail."


6. E sabendo q para entender o mundo, cada vez +, os modelos tem q vir de


várias disciplinas. P/ um efetivo processo de "stock picking", segundo Munger,
é preciso q se use várias ferramentas. Muitos concordam de bate pronto q
Matemática, Contabilidade, Economia, são essenciais.


7. Outra disciplina q está bastante na moda, e ajuda no "stock picking", é


Psicologia. Temos agora disponível uma vasta bibliografia de "Behavioural
Investing". Todas são importantes. Mas a minha disciplina preferida é aquela
desenvolvida por Charles Darwin.


8. Utilizando a "ferramenta" darwinismo/evolucionismo, temos acesso a conceitos


como "competição", "seleção natural". Nesse sentido, utilizando essa
ferramenta, fica mais fácil de entender a reação da Localiza. A possibilidade de
perda, a ameaça, triggou a reação, a melhora.


9. Indo além, imagino que a melhor coisa que pode ter acontecido para a
Magazine Luiza, é a ameaça da Amazon. Esse bicho monstruoso vai tirar o
melhor do time da Magazine, talvez mais do que se essa ameaça não existisse.
8 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/971814006485905408

1. O gráfico abaixo é aquelas simplificações q podem ajudar. A linha branca é a


soma simples dos yields de 10 anos dos EUA + UK + França + Alemanha + Itália.
E a linha laranja é o preço das commodities.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 20/201
12 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/973018518013861888

1. Tem um assunto que virou heresia de uns tempos pra cá, talvez pela
"Buffettização" dos investidores, o q induz as pessoas a serem xiitas numa
deterninada metodologia sem olhar ou aprender para qualquer outra. "Value
investor não olha para o ambiente macroeconômico".


2. Ou, "value investor compra para pernamecer com a empresa para sempre".
Clichês não faltam. Acho até válido para investidores nos EUA, em alguns
casos, mas no Brasil já acho fanatismo em excesso. No Brasil, a casa cai de
uma hora pra outra.


3. Assim como podemos sair da lama MUITO rápido, com medidas simples,
tamanha a desorganização do país. Em suma, no Brasil as coisas podem mudar
pra muito ruim ou pra muito bom, muito rapidamente. Sendo assim, acho bom
um pouco de julgamento da situação macro sim.


4. Fechar os olhos para o nosso ambiente macroeconômico e comprar empresas


com análise 100% micro funciona. Há inúmeros estudos e value investing puro
funciona. Não há dúvida. Mas e se isso fosse combinado, no caso do Brasil,
com uma análise macro? Não ajudaria? Ajudaria sim.


5. Muito se fala sobre caixa, hedge, proteções no fundo. Pode-se encarar isso de
2 formas: ou vc sempre tem para os dias de joesleygate, ou vc faz movimentos
mais estruturais e lentos, tentando ficar mais solto no ciclo de alta, e mais
travado nos ciclos de baixa. É o q tentamos.


6. Mas para a 2a alternativa, qdo vc vai alternar períodos mais soltos com os mais
travados, para q isso dê certo, vc precisa acertar. Ou mais acertar q errar. E aí
vem a pergunta: como saber se vc está em ciclo de alta ou de baixa? Como
saber se vc está no low ou no topo?


7. Não tem conta fácil e não há certeza alguma sobre esse assunto. Fosse fácil,
todos arbitrariam esse movimento e os ganhos/perdas seriam imediatos. Não
adianta olhar múltiplo do mercado, pois vc pode estar no low com p/e alto por
falta de lucro, e vice-versa.


8. Pra saber se estamos perto do topo (mercado caro) ou perto do low (ativos
majoritariamente baratos), olhamos uma série de indicadores macro e
anedóticos q nos ajudam muito a nos situarmos. São indícios, e não provas
irrefutáveis.


9. Esses indícios servem para nos policiarmos. Se por acaso estivermos muito
alocados em bolsa, com uma série de indicadores/indícios de q o mercado está
caro, é melhor pararmos e repensarmos. Funciona no low tbem.


10. Por exemplo:


Se o desemprego está alto, o mercado tende a estar barato. Se ñ há mão de
obra disponível, é sinal de mercado caro.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 21/201
Se a confiança dos empresários e consumidores está baixa, o mercado tende
a estar barato. Se estão otimistas e confiantes, tende a estar caro.


11. Se o crédito bancário está escasso, o mercado tende a estar barato. Se é farto,
a estar caro.

12. Se a qtde de IPOs é <10 no ano, não quer dizer muita coisa. Se é corriqueiro
os IPOs, toda semana, tende a estar caro. Empresários vendendo.


13. Uso da capacidade nas indústrias, se estiver baixo com grande ociosidade,
mercado tende a estar barato. Se as indústrias estão no 3o turno já com a
capacidade inteira tomada, o mercado tende a estar caro.


14. Destino do dinheiro dentro das cias. Se estão usando a geração de caixa para
desalavancagem e dividendos, tende a estar barato. Se estão aumentando o
capex e fazendo aquisições/fusões a rodo, tende a estar caro.

15. Se o Brasil é irrelevante no mundo, barato. Se é exemplo, caro.

16. Se investir na bolsa é, segundo a maioria, "perigoso, arriscado", tende a estar


barato. Se investir na bolsa é óbvio e "todos fazem", tende a estar caro.

17. Se commodities estão baratas, Brasil está barato. Se commodities está no high
histórico ever, Brasil tende a estar caro.


18. Se na hora de contratar um estagiário/analista, e justifica o interesse na vaga


pela oportunidade de aprender, o mercado tende a estar barato. Se a 1a
pergunta dele for sobre o bonus do 1o ano, tende a estar caro.


19. Temos outros indicadores tbem. Hj, pela alta ociosidade das indústrias, alto
desemprego, crédito escasso, irrelevância do Brasil, número reduzido de IPOs,
pela preocupação do nível da Bolsa, chuva de currículos, desalavancagem e
disciplina das cias, o BZ tende a estar barato.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 22/201
13 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/973391455656976384

1. Hj, numa conversa com investidores, sobre bolsa e ações, surgiu um problema
clássico: entrar ou não na bolsa? Como saber? Seguindo o ensinamento do
matemático Carl Jacobi que diz para "Invert, always invert!", recomendado por
Charlie Munger, mudamos o questionamento.


2. Perguntamos para os investidores, antes de responder se é pra entrar ou não,


para nos dizer o seguinte: que tipo de prova, informação ou número vc gostaria
de ter em mãos agora, para se convencer de que é para comprar ações?
Invertemos a questão. E agora? Silêncio na sala.


3. Isso serve para várias pessoas indecisas entre migrar ou não para renda
variável. Que tipo de situação deveria ocorrer para vc migrar agora? Que dados
ou convergência de fatores vc está esperando ocorrer para se decidir se migra
ou não? A maioria dos indecisos não sabe.

4. Ou pior, não é que não sabem, mas se trata de um processo de auto-engano


constante. A pessoa acha que mudará numa determinada condição, mas não
muda na realidade. É só auto-engano. Por exemplo: "Ah, se a bolsa voltar pra
80 mil eu compro."


5. Bom, isso só vai ocorrer com uma notícia negativa bem chata aqui no Brasil ou
alguma trumpalhada em US. Caso essa queda de 10% ocorra, pros 80 mil, a
compra que "seria" nos 80 acaba sendo revista para 70 mil. E a pessoa não
compra. E assim segue.


6. Além do processo de auto-engano prosseguir sem fim, a tal convergência de


fatores é irreal. Por exemplo: "se o próximo governo brasileiro for liberal, US ñ
entrar em recessão e os preços das commodities continuarem subindo, eu
compro nos 87 mil." Oi? Me explica como.


7. Isso é só pra exemplificar que muitas coisas que vc imagina que faria "se isso"
ou "se aquilo", são apenas histórias que vc cria, auto-engano, para na verdade
nunca se decidir. Como fazemos para nos desvencilhar dessa armadilha?
Compromisso prévio. Nem q seja simbólico, pouco.


8. Quando colocamos um preço de venda bem pra cima do atual, ou calculamos


que compraremos determinada ação se ela cair mais 30%, nos dois casos nós
agimos qdo chega, nem q seja pequeno, mesmo q a realidade seja céu de
brigadeiro na venda, ou assustadora na queda.


9. É importante vc ñ se desconectar de vc mesmo qdo vc estava + frio, e menos


envolvido no investimento e, lá trás, calculou em q nível venderia ou em q nível
compraria. Muitas vezes qdo o preço chega, vc titubeia pois se deixa levar pela
emoção da derretida ou porrada recente.


10. Isso é só pra pensar. Uma provocação. Hoje vc está colocando limites de onde
compraria/venderia, ou está só se enganando e na verdade não fará nada?

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 23/201
14 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/973898713163882497

1. A eleição da Dilma e o desastre eleitoral e causou uma disparada do Dólar


contra o Real, certo?

2. Pergunta: Foi a Dilma q fez o Dólar explodir no mundo e as commodities


implodirem?

Gráf1 do dólar-real e do DXY (cesta contra o USD)


Gráf2 das Commodities e dólar-real

3. Lula foi um baita estadista, como vários empresários e banqueiros disseram na


época?

Gráf1 do dólar-real e do DXY (cesta contra o USD)

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 25/201
Gráf2 das Commodities e dólar-real








4. As pessoas precisam criar histórias, roteiros, relações de causas-consequências


políticas-econômicas para explicar movimentos diários. Mas a imensa maioria
dessas relações é inexistente. Dilma foi péssima, mas ñ foi ela q fez o dólar
explodir e as commodities derreterem.


5. Lula teve muita popularidade até com alguns presidenciáveis de hj, q agora o
atacam sem parar, qdo no passado o chamavam de gênio, estadista. Nada
disso, Lula foi apenas o maior sortudo do Brasil. O dólar implodiu no mundo e
as commodities voaram na maior parte do seu mandato.


6. O ambiente político tem influencia? Sim. Mas somente em casos extremos,


como o Maduro na Venezuela. Tirando os extremos, o zum-zum-zum e o auê
político ñ é nem coadjuvante. Muitas vezes ñ é nada. Lembre-se disso.

7. Não da pra perceber os erros de política econômica no gráfico abaixo.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 26/201
8. Pib e bolsa em dolar andaram juntos. E os dois foram antagônicos ao dólar no
mundo.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 27/201
16 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/974840545611837441

1. Já vimos q existem várias "regras" de investimento, muitas delas contraditórias


com "the trend is your friend" e "buy low, sell high". Tem os q concentram,
como Buffett e Munger, e tem os q diversificam como Peter Lynch e Walter
Schloss. A regra, geralmente, é ñ ter regra.

2. Mas na verdade, cada um tem a sua. Se quiser usar uma regra, me parece q
existe uma bem efetiva. Não te garante 30%aa, mas te garante performance
melhor q o mercado (em teoria). Para isso, temos q entrar num assunto
específico: a performance média das pessoas em bolsa.


3. Os investidores, na média, PERDEM do retorno do mercado. Isso é óbvio de se


pensar dado q o retorno sas pessoas é o retorno do mercado menos todos os
custos de transação. Além disso, existe uma super minoria q ganham
absurdamente muito, empurrando muitos pra baixo da média.


4. Sendo assim, da pra afirmar tranquilamente q a imensa maioria das pessoas


PERDE do mercado. Isso vale pra qq mercado. No gráfico abaixo se percebe q
em qq janela o retorno médio do investidor é pior que o "market return".






5. Os motivos clássicos dessa performance sofrível já são conhecidos: qdo o
mercado sobe, o investidor tende a comprar mais, e qdo cai, ele tende a vender
mais. Isso é overeaction, q destrói um volume gigantesco de valor. Há
inúmeros motivos psicológicos pra iss.


6. Portanto, a maioria perde. E isso é ótimo saber. Tão espetacular qto achar um
ganhador, pois daí vc "copia" os movimentos dele para ganhar junto, é achar

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 28/201
um perdedor consistente, p/ q vc aposte no contrário sempre dado q ele erra.


7. Nenhum perdedor é mais consistente nos prejuizos versus o mercado do q a


maioria. A maioria perde sempre. Essa entidade, "a maioria", é um baita
perdedor. Sendo assim, se vc for a favor da maioria, perderá junto com todos
vs o mercado. Já se vc ficar do outro lado, muda tudo.


8. Sabendo q a maioria perde, tente ser sempre a contraparte da maioria. Na


média, vc vai ganhar, dado q o outro lado perde. Exemplos: se a maioria tem
renda fixa, vá pra variável. Se é óbvio q o dólar está caro e todos acham q vai
cair, compre dólar.


9. Se o Brasil está "quebrado", compre Brasil, se é investment grade, venda


Brasil. Assim sucessivamente. Se o pessimismo está no máximo histórico,
tenha posições otimistas em bolsa. Conforme o pessimismo vá diminuindo,
diminua tbem o seu otimismo.


10. Qdo o otimismo do país (efetivo, medindo o bolso, não vale da boca pra fora)
estiver no máximo, esteja com o seu risco no mínimo. Seguindo essa regra, vc
estará sempre garantindo q sua contraparte tenha uma performance bem
abaixo da média, o q te ajuda a ter acima da média.


11. Evite ficar metendo a mão nos seus investimentos. Não mexa toda hora, só
faça movimentos estruturais. Como disse o economista Gene Fama Jr. seu
dinheiro é como uma pedra de sabão, pois qto mais vc mexe nele, menos vc
terá.


12. Portanto, se procurar o conforto da maioria, terá o desconforto do prejuízo. Se


vc olha pro lado e é consenso q a ação q vc gosta é boa mesmo, talvez seja
ruim e é melhor rever. E muitas vezes, por uma questão de lógica matemática,
nós vamos pensar como a média.


13. Assim como 80% dos motoristas se acham melhores q a média, e 85% se
acham mais inteligentes q a média, a maioria dos investidores se acham melhor
a a média. Fato é q, no máximo, apenas 50% é acima da média. Ou seja, as
pessoas são overconfidentes e perdem do mercado.


14. Sabendo disso, toda vez q vc tiver vontade de comprar algo ou vender, pense
novamente e se faça as seguintes perguntas: estou pensando como a maioria?
Se a maioria tende a perder, pq dessa vez ela estará certa? Essa pausa e
rechecagem pode te salvar de encrencas.


15. A manada perde do mercado. Fato. Custa caro pertencer à maioria, e o


desconforto de ser contra a manada perdedora costuma recompensar muito.
Lembre-se disso sempre.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 29/201
23 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/977161590876377089

1. Petróleo versus nossa bolsa em dólar:








2. Petróleo desde 1986, 6,7% em dólar. 1 desvio padrão abaixo:



1. 


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 30/201
3. Petróleo versus o dólar (DXY):



4. DXY longo e o gráfico do United States Real Effective Exchange Rate:



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 31/201




5. Resumo:
i. dólar está caro;
ii. petróleo é o inverso do dólar;
iii. petróleo está 1 std abaixo da tendencia de LP;
iv. nossa bolsa em geral tem grande aderência ao oil, seja por ser o inverso
do dólar, seja pelo oil ser uma boa proxy de um basket de commodities.


6. Reconheço meu defeito de supersimplificar as coisas. Certamente é mais


"complexo" que isso, mas não tenho capacidade de análises mega multi-
facetadas. Deixo isso para os especialistas.

7. Reparem q nos gráficos não aparecem STF, Lula, FHC, Impeachment,


Previdência, etc etc...


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 32/201
8. Basket de commodities (índice da bloomberg) e o Real (cotação invertida).
Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência. Gráfico intraday dos últimos
10 dias:

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 33/201
25 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/978068598576082944

1. Investimento num bond que paga juros semestrais, investimento num


restaurante, invesrimento na ampliação de uma fábrica ou investimento numa
ação é tudo a mesma coisa. Estão sujeitos às mesmas leis da matemática
financeira: quanto eu pago versus quanto eu recebo.


2. O que linka pagamento e recebimento de um determinado fluxo de caixa no


tempo é a taxa interna de retorno (TIR). Pagar menos, receber mais ou receber
antes é bom, aumentam a TIR. Isso é fundamental. Qto antes, qto mais, e qto
menos eu pago, maior a TIR.


3. Vc já ouviu algum empresário dizer que o target price da nova fábrica é de


"tantos milhões"? Ou já ouviu falar que o "upside do restaurante" que alguém
está investindo é de 70%? Duvido q tenha ouvido, e nem vai ouvir. No mundo
real esses termos ñ existem.


4. E se no mundo dos empresários eles não falam essa linguagem, pq raios vc vai
usá-la com ações, as quais são simplesmente frações patrimoniais de ativos
reais?? Isso, ação tbem é ativo real, não é video game. Sendo assim, ñ seria
melhor pensar como empresário-investidor?


5. Gosto da seguinte abordagem: uma cia A está custando 10 bilhões na bolsa,


por ex. E dado o fluxo de caixa que projeto, seja um desembolso nos primeiros
anos e depois uma geração positiva nos próximos, a TIR desse fluxo fica em
20%, por exemplo.


6. Sendo assim, essa cia A, de acordo com as projeções, possui uma taxa interna
de retorno de 20%. Sei lá o upside. Sei lá o target. Mas sei o duration, ou a
sensibilidade do valor presente qdo se mexe a taxa de desconto em 0,01%.
Guarde esse número, ele é importante.


7. O q vc faz com esses dados da cia A, q são a TIR de 20% e duration de 8, por
exemplo? Compara. Todo investimento se faz no RELATIVO. Compare com
outras alternativas q vc tem. Por exemplo: imagine q vc achou uma cia B com
TIR de 20% e duration 10, e ambas c/ riscos similares.


8. Nesse sentido, prefiro a cia A. Pois p/ uma mesma TIR eu recebo o fluxo antes.
Tenho menos risco de crescimento. Dependo menos do futuro e dou menos
chance para o azar. Mas facilitei a comparação A com B pois são riscos
similares. O segredo é ter uma TIR requerida p/ cada cia.


9. Se vc conseguir atribuir risco p/ cada cia, levando em consideração track record


do mngment, idoneidade do dono, barreiras de entrada, lucratividade do
negócio, por exemplo, vc terá p/ cada cia um PRÊMIO, q é a diferença entre a
TIR q vc vê na tela e a TIR mínima requerida.


10. Pronto. Isso é um bom processo de investimento. Invista sempre nos maiores
prêmios que vc achar, ou seja, nas maiores TIRs implícitas dado o preço em

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 34/201
bolsa menos as TIRs requeridas. E em caso de empate, escolha os durarions
mais curtos. Não é difícil.


11. Por exemplo, se ambev e lopes possuem a mesma TIR de 18%, ñ perca tempo,
vá de ambev pois o business é menos arriscado. Se iguatemi e multiplan
possuem TIR de 17%, mas igta tem duration 6 e mult tem 10, vá de igta, pois
seu modelo de mult tem muito crescimento e isso é risco.

12. Esse sistema funciona muito bem pra nós na Alaska. Espero que ajude.

Obs.: não tenho a mínima ideia, a menor noção, do "target" ou "upside" dos
nossos investimentos e vivemos muito bem assim. Mas a TIR de cada cia nossa
eu tenho de cor na cabeça.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 35/201
28 de mar de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/979189075650465793

1. Só de curiosidade, tente estudar os lucros das empresas no agregado ao longo


dos anos. Vc vai descobrir algo espetacular, pouco difundido, e q te dará uma
luz de como a bolsa funciona, apesar de ser uma conclusão óbvia se vc
realmente pensar sobre o assunto.

2. Ao somar os lucros das cias, e ver como essa soma se comportou nos últimos
10-15 anos, tudo vai ficar + claro. Vai ficar claro que o zigue-zague da bolsa
não tem absolutamente nada a ver com a imensa maioria das coisas com as
quais vc se preocupa, desperdiçando tempo precioso.


3. Vc vai descobrir, ao estudar os últimos 10-15 anos, q a bolsa não subiu por
causa de declarações do nosso presidente em exercício. A bolsa não caiu por
causa de um ato falho do Obama, ou por causa da demissão do Palocci na
época.


4. A bolsa não sobe pq o tipo de investidor A resolve entrar, ou não cai pq o tipo
B resolve sair. Nada disso. Nem o PIB é um grande motivador da bolsa. Ora
funciona, ora não. O q move a bolsa de verdade, no geral, é o qto essas cias
estão ganhando ou perdendo de dinheiro.


5. A bolsa sobe pq as cias estão ganhando mais dinheiro, e cai pq as cias estão
perdendo mais dinheiro. Simples assim. Não é um tweet de um presidente
fanfarrão q tem q te tirar ou te colocar dentro da bolsa. Isso é perigoso e
ineficiente. São os lucros das empresas q importam.


6. Venda ou fique pessimista c/ bolsa se vc achar q as cias terão dificuldade p/


ganhar dinheiro (no geral), ou vice versa. Qdo se fala q ações são frações do
patrimônio das empresas, leve a sério isso. O q alimenta o acionista é a geração
de caixa q vai pro PL ou vira dividendo.


7. Qq outro tipo de detalhes q NÃO mudam os lucros das cias, então NÃO
deveriam ter relevância na tomada de decisão de investimento em bolsa. Essa
abordagem muda tudo. O q vemos é q "as pessoas tem medo do q da medo
nas outras pessoas". É uma "referência circular" desnecessária.


8. Obviamente q não está se falando aqui de 3-5% de variação diária nas ações,
mas sim de movimentos estruturais. Quer entender pra onde vai a bolsa? Então
procure entender os lucros das cias, e não se Kim Jong-un, Trump ou Romero
Jucá estão de mau humor.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 36/201
3 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/980983454144835584

Pra quem acha q estamos falando desse assunto de ciclos só agora, segue a carta
do 3T15 da Alaska. Naquele instante, a única coisa q existia era Dilma-Tombini, o
caos e a "fé". Das 28 fases, acredito q estamos na 4.

https://docs.wixstatic.com/ugd/8c9dd6_d26f04b00c1a4f8e8f12ffc0822cc
252.pdf …

2. Seguindo
Mais
Seguindo @hbredda
Ciclo é um fenômeno da natureza.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 37/201
Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 38/201
4 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/981473244669718528

1. Não importa qtas vezes se fala, se prova, se mostra com números, que as
ações são frações patrimoniais de empresas e q, portanto, se valorizam ou
desvalorizam ao longo do tempo conforme os lucros e geração de caixa, as
pessoas não acreditam e não reagem de acordo.


2. "Se o STF soltar fulano?" "Se o general tweetar?" "Se o ciclano repudiar
publicamente?" Coisa de cartomante isso, concurso de achismo, brincadeira de
tentar achar o q os outros vão achar do q acharam... Se fala de tudo, menos
do q interessa.


3. Se quiser entender pra onde vai a bolsa, pense pra onde vai os lucros das
empresas. E o lucro vai na direção da atividade econômica. Pergunte-se e tente
responder o q vai acontecer com a atividade econômica. E isso ñ é algo
complexo, é simples.


4. Tente entender se as pessoas vão ter mais trabalho ou menos. Se as pessoas


irão fazer mais negócios ou menos. Se vão contratar mais ou menos. Pergunte
se as pessoas empreenderão mais ou menos. Se a atividade econômica ruir, é
ruim. Se acelerar, é bom. É isso q interessa.


5. Se os empresários ficarem menos inseguros, se começarem a acreditar q a


baderna tem limite e q o crime NÃO compensa no Brasil, farão mais negócios
e isso aumentará os lucros. Ponto.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 39/201
9 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/983323457000701952

Bonds e Equities respeitam o business cycle locais. Commodities respeitam o


business cycle global.

Gráf1: desenho do business cycle;


Gráf2: o Brasil está saindo da lama;
Gráf3: o mundo está, na média, se acelerando;
Gráf4: US está no fim de festa.

Gráf1: desenho do business cycle

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 40/201
Gráf2: Brasil saindo da lama

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 41/201
Gráf3: o mundo está, na média, se acelerando

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 42/201
Gráf4: US está no fim de festa.

1. Pergunta:
como um fundo de ações se posiciona quando chegar o late cycle


por aqui? o Alaska pode investir em bonds também? pergunto isso pro longo
prazo


2. Henrique Bredda: Zeraremos a exposição em bolsa, ficando no cash and carry


(cdi), compraremos juros longo e dólar. Esse é o plano. Mas acertar são
outros quinhentos...


3. Pergunta:
Esse fim do ciclo deles não afeta o bom inicio do nosso?


4. Henrique Bredda: Em US, eles recuperam antes e entram em recessão antes.


Somos consequência dos US, com delay. Somos fornecedores dos
fornecedores dos US. Eles batem o pico, começam a cair, e por aqui ainda

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 43/201
subimos por um tempo. Mas isso é uma aproximação grosseira e simplista.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 44/201




Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 45/201




Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 46/201



5. Pergunta:
Brasil é a seta azul nesse exemplo ?


6. Henrique Bredda: Sim


7. Pergunta: Bredda, quanto tempo dura cada o ciclo e cada um de seus


estágios, neste exemplo? Gostei muito da simplificação, salvei para estudos
futuros. Grande abraço!


8. Henrique Bredda: Boa pergunta. A média no Brasil é de 12 anos. Mas essa


média tem desvio padrão gigante. A média quase nunca ocorre.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 47/201
11 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/984062542233440257

1. Se vc quiser ser um motorista melhor, ou ainda, se quiser tirar o melhor


proveito do seu carro se pudesse colocá-lo na pista, seria bom tentar aprender
c/ os tops do automobolismo. Ou muito treino sozinho, sem aprender c/
ninguém. Mas tentar aprender td sozinho é ineficiente.

2. Se vc quiser aprender tudo sozinho, vc irá cometer erros toscos q podem ser
evitados com muita leitura e conversas com pilotos profissionais, se possível
os bons. Mas, se quiser refinar e se aprofundar na técnica, é ainda melhor se
preocupar com que tipo de piloto conversar.

3. Nossos carros do dia-a-dia possuem características físicas e mecânicas mais


parecidas com a stock car do que com um F1. Nossos carros são pesados, sem
aerofólio, são verdadeiras banheiras desengonçada se comparadas com um F1
de fibra de carbono, com aerofólio e super baixo.

4. É de se imaginar q ao entrar numa curva, ao sair dela, e todo tipo de reação


física do nosso carro, seja muito mais parecido com a stock, pesadão e mole,
do q com um F1. Sendo assim, é muito melhor estudar o carro de stock car e
conversar com os pilotos dessa categoria.

5. Quais são as particularidades de um carro pesado e mole na pista? O q o piloto


faz qdo o carro sai de traseira? Se tem understeer, como corrige? Vale a pena
mudar a cambagem? Esses detalhes q se aplicam ao seu carro, mais normal,
é mais parecido com a stock do a c/ a F1.

6. Qdo se olha fundos de investimentos em ações, carteiras de ações na física, ou


seja, investimentos em ações de forma normal, a metodologia é a mesma.
Tente aprender, ler, ouvir, aprender com os melhores nessa atividade
específica (se quiser). E há uma vasta gama de melhores.

7. Peter Lynch gerindo o Magellan de 1977 a 1990 foi excepcional: Pep Boys,
Dunkin' Donuts, McDonald's, Walmart, Philp Morris, foram todas mais de 10
vezes, e algumas mais de 100x.

8. John Neff, gerindo o Windsor por 31 anos de 1964 a 1995, deu 55x enquanto
q o S&P deu 22x. Sempre investiu em low p/e, alto dividend yield. Deu uma
grande taca em Ford em 1984.

9. T. Rowe Price Jr., começou em Wall St na década de 1920, fundou sua firma
em 1937. Ele deu 200x na Merck na década de 1940, seguida por porradas em
Coca-Cola, 3M, Avon e IBM. O 1o fundo foi aberto na década de 1950 e foi o
melhor fundo da década com 500% de retorno.

10. São poucos os exemplos acima, mas são todos de gestores de ações. Não são
tão conhecidos para o público geral, mas não são tão estranhos para o pessoal
q acompanha o mercado de ações e fundos. Mas mesmo para os profissionais,
eles são pouco estudados. Deveriam ser muito mais.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 48/201
11. Os ensinamentos do Peter Lynch, Jonh Neff, T Rowe, e outros com David
Tepper são MAIS ÚTEIS para os investidores em ações e aos gestores de fundos
do que os ensinamentos do Warren Buffett. Esses gestores pilotam um stock
car, um fundo. O Buffett pilota uma F1.

12. Os gestores de fundos de ações normais não se alavancam, não captam float,
não possuem custo de dívida abaixo do treasury (considerando float), ñ
consolidam cias fechadas no fundo. Os fundos precisam se preocupar c/
liquidez. Enfim, o Buffett gere um outro tipo de veículo.

13. O Buffett não precisa se preocupar com funding para a Berkshire. Os gestores
de recursos precavidos precisam. Desde qdo Buffett descobriu o poder do float,
desde a Blue Stamps e a Geico, e começou a comprar cias que compravam
outras cias, o game dele mudou. É outro esporte.

14. Já falamos aqui do paper "Buffett's Alpha" q disseca o retorno genial do Buffett,
q em resumo foi uma carteira de defensivas alavancada 1.6x com funding
barato. Essa carteira defensiva deu um bom retorno, mas muito menor do que
o resultado final alavancado.

15. Se vc tem uma seguradora, ou alguma fonte de funding subsidiado e ultra


estável, os ensinamentos do Buffett são perfeitos pra vc. Só da pra alavancar
em ações "q qualquer idota consegue gerir" ou cias high quality mesmo, caso
contrário pode ser fatal.


16. Mas se vc gere um fundo ou uma carteira não alavancada, pra terceiros ou na
física, sem aquele funding maravilhoso, eterno e estável, então vc tem um
stock car, e não um F1. Sendo assim, há conselhos mais adequados a sua
realidade.


17. Os gestores tem q se preocupar sim c/ questões mais mundanas q o Buffett.


Não da pra "comprar pra sempre", comprar business totalmente ilíquidos e
engessar o seu cotista, ñ da pra levantar mais caixa qdo seu caixa acaba
(Buffett consegue). Em suma, é outra realidade.


18. Se é outra realidade a do Buffett, pq a paranóia e a insistência em copiá-lo e


repetir as estratégias exatamente iguais a dele, e não a de uma vasta gama
de outros excepcionais gestores? Ainda mais se pensarmos q a Berkshire
Hathaway ñ é fundo.


19. Talvez seja pq o Buffett fala mais, se expõe mais é o mais rico se todos. E é
interessante vermos essa dinâmica em algumas pessoas: "O Buffett é um
gênio. Repito as frases dele. Penso igual a ele." Ótimo. Mas isso mostra mais
quem vc gostaria de ser do q qq outra coisa.


20. Pensando estritamente em utilidade prática e em melhorar a performance de


sua carteira, existe vida em gestão de recursos além do Warren. Existe uma
versão do WB, antes da Berkshire, qdo ele ainda estava focado nas
partnerships e ações puras, muito mais útil p/ nós.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 49/201
21. Appaloosa, do David Tepper, tem 30%aa por mais de 20 anos, e é um genio.
Q tal essa frase: "This company looks cheap, that company looks cheap, but
the overall economy could completely screw it up". Bem mais a nossa
realidade. E ñ é uma heresia se preocupar c/ a economia, ok?


22. E essa: "We don't really buy high-flyers. We buy before they get high-flyers".
Viu? Tbem ñ é heresia antecipar melhoras operacionais em cias. Insisto no pto
q existe vida prolífica e + útil em gestão além do Buffett. Não me entenda mal,
Buffett é um alien de tão inteligente.


23. Mas não fique repetindo as frases SÓ E SOMENTE SÓ do Buffett como um


papagaio de pirata. Pode ser fã dele, mas seus quotes não são verdades
absolutas para quem não tem as mesmas condições de gestão q ele, e nem
são as mais úteis. Mas q é bonito assistir um F1, ah isso é.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 50/201
26 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/989679445857521665

1. Todo dia alguém diferente escreve a mesma coisa, dizendo q a principal razão
para o movimento de alta do dólar é alta da taxa de juros dos EUA. Vivem
dizendo q rendimentos maiores por lá, tiram dinheiro daqui e valorizam o dólar.

2. O q vejo é o contrário do q dizem todos os dias:

3. Pergunta: Quando se falam em moedas, o costume é usar taxas de juros de


curto prazo. Vc deveria olhar libor de 3 meses, swap de 1 ano ou no maximo
bonds de 2 anos. Veja como os resultados mudam.


4. Mas o pessoal insiste em torturar a realidade até q ela se encaixe num conceito
pré-concebido, custe o q custar! Vamos lá. Ficou melhor ainda o Fed Funds vs
EM currencies. Ficou perfeito. Juros de curto prazo SOBEM nos EUA, e moedas
de EM SOBEM tbem. E vice-versa. Convencido?


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 51/201
5. Estou tentando aqui e não dá. A realidade se impõe.

6. Agora é o treasury de 2 anos andando junto com basquet de moedas de


EM:




7. Pergunta: Desculpe a ignorância. Então qual seria o motivo da alta do dólar?


8. Contra qual moeda?

9. Real


10. Aqui temos eleição, jogo de carry trade com gringos fazendo funding rm Real
contra MXN por exemplo (o q era impossível no passado), fundo MM hedgeando
bolsa com dólar comprado, etc.…






Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 52/201
11. Comentário: Mas o DXY é USD contra um basket de moedas de DM de baixo
carry.... quando falam acho que é USDBRL contra UST.

12. Mas falam q o dólar vai pra EUA pq o juros lá engordou. Se o dolar não vai nem
contra as moedas de baixo carry, preferindo ficar com juros baixo fora dos EUA
do q lá com juros engordando, pq justamente contra as de alto carry
funcionaria?


Pronto, está aí abaixo. Espero que resolva. Basket de MSCI Emerging Markets
Currencies versus o yield de 10 anos. Mais claro q é impossível.

Yield cai dos treasuries, moedas de emergentes CAEM. Yield de treasuries


sobem, moedas de emergentes VALORIZAM.








13. Pergunta: Desculpa o abuso, mas, consegue mostrar um período mais longo?


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 53/201
14. Da na mesma. Yield sobe junto com a valorização das moedas dos emergentes,
e vice-versa.






15. Comentário: Racional bem simples...economia forte nos EUA = Risk On =
Inflação mais alta nos EUA = juros mais altos nos EUA = mais crescimento
global = maior busca por retorno dado um certo nível de risco.


16. Eu sei. Mas pensa num assunto q da nó na cabeça do brasileiro. Nossa!


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 54/201
27 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/989692750793670656

1. Falando mais uma vez: yield de treasury subindo NÃO ROUBA FLUXO DE
MOEDAS DE EMERGING MARKETS. Sobe juros lá nos EUA, valorizam moedas
de emergentes.

Gráficos:
Fed funds vs EM currencies
Tsy 2y vs EM currencies
Tsy 10y vs EM currencies

Fed funds vs EM currencies

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 55/201
Tsy 2y vs EM currencies

Tsy 10y vs EM currencies

Cu rt ir

2. Tenho certeza que continuarão a distorcer a realidade e darão explicações


erradas. O vício da mentalidade brasileira do CDI é visceral. Duro de largar
isso.


3. Mais um gráfico para o assunto Treasuries e Equities. O Tst 10y yields estão
ao redor do "apocalíptico" 3%. Nos últimos 55 anos, td variação do yield do
10y era +mente correlacionado c/ bolsa. Acima de 5%, a correlação inverte
e a subida do yield fica danosa p/ equities (JPM).



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 56/201
4. Pergunta: Desculpe pela ignorância, mas não sua visão qual o motivo para
alta do dólar?


5. Alta do dólar contra qual moeda em específico e em qual janela de tempo?


Pergunto isso pq em curtíssimo tempo pq ser qq coisa, e dependendo da outra
moeda vs o dólar, a explicação ppde estar nela e não no usd.


6. Resposta: Contra real

7. Ah tá. No caso é o Real q está apanhando do dólar. O dólar, versus moedas


de emerging markets não está andando. Aqui temos eleição, jogo de carry
trade, fundo MM hedgeando bolsa com dólar comprado, etc. É o Real q está
mal, e não o dólar q está bem. Mas acho q isso vai virar.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 57/201
29 de abr de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/990420415339220992

1. Charlie Munger, 1994: "…we’re way less diversified. And I think our system
is miles better. However, in all fairness, I don’t think a lot of money managers
could successfully sell their services if they used our system."



2. "But if you’re investing for 40 years in some pension fund, what difference does
it make if the path from start to finish is a little more bumpy or a little different
than everybody else’s so long as it’s all going to work out well in the end?"



3. "In investment management today, everybody wants not only to win, but to
have a yearly outcome path that never diverges very much from a standard
path except on the upside. Well, that is a very artificial, crazy construct

4. "That’s the equivalent in investment management to the custom of binding the


feet of Chinese women. It’s the equivalent of what Nietzsche meant when he
criticized the man who had a lame leg and was proud of it. That is really
hobbling yourself."



5. "Now, investment managers would say, “We have to be that way. That’s how
we’re measured. “And they may be right in terms of the way the business is
now constructed. But from the viewpoint of a rational consumer, the whole
system’s “bonkers” and draws a lot of talented people into socially useless
activity."



6. "I think a select few—a small percentage of the investment managers—can


deliver value added. But I don’t think brilliance alone is enough to do it. I think
that you have to have a little of this discipline of calling your shots and loading
up—you want to maximize your chances of becoming one who provides above
average real returns for clients over the long pull."

7. RESUMO: Em ações, falou de "sharpe" ou "volatilidade", pode pular. Não vale


nada. Se em nenhum momento não há uma aposta diferente e loaded,
dificilmente vc sai da média.

8. E se não der de Charlie Munger, vamos de Rocky Balboa:



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 58/201
3 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/992091501109755904

1. Pq as pessoas perdem tanto tempo com assunto q não interessa? Quer vc queira,
quer vc não queira, ações são frações do patrimônio das empresas. Olhe p/ a
empresa. Lucro/ação dos últimos 12 meses e preço por ação das empresas:

gráf1: ugpa3
gráf2: brfs3
gráf3: petr4
gráf4: mglu3

gráf1: ugpa3

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 59/201
gráf2: brfs3

gráf3: petr4

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 60/201
gráf4: mglu3

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 61/201
4 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/992381494927724544

Seguindo
1. Apenas como exercício, rodei uma regressão múltipla do ibov em dólar em
função do (i) IPCA, (ii) CRB commodities, (iii) Tsy 10yr e (iv) o CPI US. Numa
regressão, os pesos de cada input serão calibrados para dar o melhor fit dessa
equação linear calculada, com o q é real.

2. A utilidade principal não da regressão linear múltipla não é ficar fazendo


previsões sobre o futuro, mas pra entender como cada variável input (IPCA,
CRB, Tsy e CPI) impacta o ibov em dólar. Nem tanto para buscarmos exatidão,
mas apenas um pouco da direção e da intensidade.


3. E mesmo assim, dado que a análise foi feita de julho de 1994 até hoje, a
regressão linear só mostra como foi, e não como será. Bom, feito os
disclaimers, vamos aos resultados. Segue abaixo o Ibov em dólar real (azul) e
o resultado da regressão (vermelho).

4. Até que os grandes movimentos apresentam um fit bom, desde a porrada de


2002 até o pico de 2008, passando pelo drawdown de 2008 até o rebound em
2009-2010. Tbem fica bom a queda de 2011 até a afundada em 2015-2016.
Visualmente ficou bem colado os dois gráficos.


5. Mas o mais importante é ver o peso atribuído a cada variável input: (i) IPCA,
(ii) CRB commodities, (iii) Tsy 10yr e (iv) o CPI US. E aqui temos a parte mais
interessante da história.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 62/201
6. O IPCA possui fator NEGATIVO, enquanto o índice de commodities CRB, a taxa
do treasury de 10 anos e a inflação americana possuem fatores POSITIVOS.
Em suma, inflação alta no Brasil é ruim para Ibov em usd, commodities em
alta é bom, taxa do tsy 10y subir é bom, CPI US é bom.


7. Isso quer dizer q muito do q se escreve hj como temeroso, como a inflação


americana e a taxa dos treasury de 10 anos, na verdade, de 1994 até hoje,
eles são positivos para o ibov em dólar. As commodities são obviamente
positivas para o nós, e o IPCA é o único fator negativo.


8. Só como curiosidade, segue alguns impactos no ibov em dólar para cada


mudança isolada nas variáveis input:

Se o IPCA SUBIR 5,0%, o ibov_usd CAI 16,1%;


Se o CRB SUBIR 5,0%, o ibov_usd SOBE 7,3%
Se o Tsy SUBIR 1,0%, o ibov_usd SOBE 7,9%
Se o CPI SUBIR 1,0%, o ibov_usd SOBE 7,3%


9. A conta englobou os últimos 24 anos, q até q foram divertidos: tivemos crise


do México em 95, Ásia em 97, Deval BZ em 99, estouro Nasdaq em '00, twin
towers em '01, Argentina em '01, Lula em '02, bolha commodities em '08,
quebra da Lehman, juros zero US, e agora a retomada.

10. gráf1: Tsy 10y e o Ibov deflacionado pelo IPCA (pra ficar mais adequado a
comparação, dado que Tsy é taxa e o ibov só se acumula). A correlação é
visualmente positiva.

11. gráf2: correlação de 104 semanas rolling (2 anos) da taxa dos treasuries com
o bov deflacionado pelo IPCA.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 63/201
gráf1: Tsy 10y e o Ibov deflacionado pelo IPCA

gráf2: correlação de 104 semanas rolling (2 anos) da taxa dos


treasuries com o bov deflacionado pelo IPCA.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 64/201
9 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/994259214284582912

1. Petr4 em Reais e Petróleo em Reais nos últimos 10 anos:

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 65/201
2. Nos últimos 10 anos:

S&P +92%
MSCI MUNDO +38%
MSCI EM +15%
MSCI BRAZIL -41%


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 66/201
11 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/995129184358891520

1. Há justificativas bonitas, mas em essência:

"There are two concepts we can hold to with confidence: - Rule No. 1: Most
things will prove to be cyclical. – Rule No. 2: Some of the greatest opportunities
for gain and loss come when other people forget Rule No. 1."
- Howard Marks

2. Não-cíclicas vs cíclicas

Ou...

Defensivas vs cíclicas

Ou...

"High quality" vs "low quality"

Ou...

Resilientes vs commodites

Cada um separa de um jeito, mas é por aí.

3. Pergunta: Bredda, qual a sua opinião em CIEL3? Ela também seria uma não-
ciclica. Em qual preço ela passaria a ter um possível retorno atrativo?


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 67/201
4. Estamos analisando ela. Qdo tomo mundo achava a empresa do kct, não nos
interessava. Agora acham q ela é loser, então agora interessa estudar. O
consenso está sempre errado.

5. Pergunta: Bredda na tua opinião, o quanto as eleições podem interferir no atual


ciclo? O ciclo pode transformar um candidato ruim em herói? Visto que o Lula
quase virou "santo" devido ao último boom das commodites.

6. O ciclo econômico é soberano ao ciclo político.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 68/201
18 de mai de 2018
https://twitter.com/A_Mastrocinque/status/997549776613888000

1. Mastrocinque:

Olhando três empresas na sequência que reportaram o "melhor


Ebitda para um primeiro trimestre de nossa história". Aquela combinação de
retomada com balanço enxuto e operações redondas. Agora, porque cazzo os
dados macro ainda estão tão fracos?


2. Henrique Bredda: Pq PIB não é bolsa. Nada a ver.


3. Mastrocinque: Concordo que PIB e o preço das ações não tem relação tão
definida, mas o desempenho operacional das empresas tem a ver com o PIB,
sim.


4. Henrique Bredda: Receita tem sim, desempenho operacional não tem.

Bolsa = FCF das cias de forma geral


PIB = receitas + capex das cias
FCF = receitas - capex
confiança baixa = capex muito baixo = geração de caixa alta = PIB baixo
confiança altíssima = muito capex = consumo de caixa = PIB alto


5. Mastrocinque: O que vc entende quando falo "dados macro"? Se várias


empresas de shopping tiveram bom Ebitda pq vendas avançaram, é de se
esperar que dados do varejo estejam melhores, não? Empresas listadas estão
reportando, na média, bons nº, enquanto dados de atividade ainda estão
fracos...


6. Henrique Bredda: Ok. Iguatemi, Multiplan, Aliansce e Sonae são a nata da


nata da nata dos shoppings. A elite da elite. O setor de shoppings está mal,
mas as listadas é outra liga. Isso funciona para outros setores tbem. O ibov é
mais elitizado vs o Brasil do q o S&P vs os EUA, por exemplo.


7. Mastrocinque: 
Essa, sim, é uma explicação que faz sentido e tem mais a ver
com o que eu penso... as empresas listadas vão melhorar bem antes do que a
média da economia. Mesmo assim, ainda está muito ruim no macro para o
desempenho que as listadas têm apresentado.


8. Henrique Bredda: Depois de recessão/depressão como o a q tivemos em


2013-2015, a "elitização" da bolsa aumenta. No setor da Randon, por ex,
morreram 40 competidores por ano nos últimos 3 anos. Mas no ibov, nenhuma
do setor morreu. A bolsa fica ainda mais distante da realidade.

9. Mastrocinque: Em resposta a @hbredda 
Randon tomou conta dos


implementos... Marcopolo comprou a Neobus para não quebrar... até por isso,
minha tese sempre foi de que essas empresas iam voar (e estão) pq ficaram
"sozinhas". Mas é difícil acreditar que o varejo agregado esteja caindo enquanto
tem cia subindo mais de 5%


10. Henrique Bredda: Tem cia de eletrodomésticos antiga, com SSS na loja FÍSICA

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 69/201
de 16%... Dezesseis! E o varejo patinando...


11. Mastrocinque: 
Pois é. É surpreendente.


12. F_C_Leite: 

Por isso tudo que vcs brilhantemente expuseram, essas empresas
listadas mencionadas, “peneiradas” pela crise, ainda vão “porrar”. Nem
começamos a ver isso ainda.

13. Henrique Bredda:
PIB e bolsa tem correlação de longo prazo de zero a


negativo, dependendo do período, e dependendo do mercado em estudo. Bolsa
depende 100% do resultado das cias em prazos longos e PIB e muitas vezes
até atrapalha a bolsa. Tem empresa q melhora o desempenho operacional
demitindo.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 70/201












14. Mastrocinque: 
Ok, Bredda... acho que, definitivamente, vc não entendeu meu
ponto.

Mais
Seguindo @hbredda
15. Henrique Bredda: Entendi. É q vc acha q cia listada tem grande significância
versus o PIB. Não tem. O processo darwinista p/ se tornar uma cia listada é
bizarro. A Magazine ñ representa o e-comm brasileiro, ou a Randon ñ
representa o setor de implementos, ou a Radl ñ representa as farmácias.

16. Mastrocinque:
Em resposta a @hbredda 
Sim, tem muita coisa ruim segurando
a média... eu só acho que a melhora macro deveria estar um pouco mais
acelerada dada a recuperação das listadas, por mais que elas tenham passado
pelo crivo do Darwin.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 71/201
17 de mai de 2018
https://twitter.com/apratesr/status/997223693708398592

1. André Prates: "A maioria das ferramentas q temos em finanças foram criadas
para empresas maduras: P/L, ROIC, etc; Mas para muitas empresas hoje, usar
essas ferramentas é como usar um martelo para a cirurgia: vai ser sangrento,
e vai acabar mal. Não funciona." @AswathDamodaran


2. Henrique Bredda:
Perfeito!

3. Ralpher Guimarães: Agora q vc avisa André? rsrsr Hein, qual a fonte dessa
referência do Damodaran? Ainda to no Lynch, depois Valuation do Damodaran
e por ai vai. E todo dia um degrau...

4. André Prates:
http://people.stern.nyu.edu/adamodar/pdfiles/papers/younggrowth.pdf


5. Ralpher Guimarães: Na verdade, estou verificando os meus erros, ou seja, qual


era a minha posiçāo no gráfico quando comprei e vendi a açāo? Já vi que errei
feio em algumas escolhas e o que parece ser o mais correto: preço acompanha
EPS.


6. Henrique Bredda : Isso sim. Acompanha ao longo do tempo.

7. Henrique Bredda: Gráficos de lucro por ação (últimos 12 meses) em linha


branca e preço da ação em linha laranja de MGLU, PETR, VALE e ITAU.

MGLU

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 72/201
PETR

VALE

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 73/201
ITAU

8. Henrique Bredda: Bolsa é isso, não quem vai ser presidente ou o voto da Rosa
Weber.

9. Ralpher Guimarães: A respeito do gráfico de lucro/ açāo e preço da ação, como


vcs o utilizam na hora da compra e venda?

10. Henrique Bredda No ponto mais barato de uma ação, muitas vezes nem há
lucro ou é ínfimo, o q daria um P/L altíssimo. Por outro lado, por exemplo, no
caso do minério estar a 300 dólares a tonelada, o lucro da Vale fica
estratosférico, e ñ seria sustentável. Portanto, P/L não serve pra nada.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 74/201
18 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/997551871224156161

1. Nessas horas, é sempre bom consultar nossos modelos matemáticos. São


equações de 2o e 3o graus, de certa complexidade. Mas c/ habilidade vc insere
os inputs corretos e chega numa conclusão inequívoca se as ações de forma
geral tendem a estar baratas ou caras. Seguem as equações:

2. Pergunta: Os recursos sao limitados entao nao questao de começar um


processo de compras ate chegar o chao, o mais logico é tentar confirmar o
chao e apenas confirmado compra barato. Porque vc nao sabe o que é barato
ate nao confirma o chao


3. No nosso caso, ñ temos ideia do q vai acontecer c/ a ação. Nós só comparamos


o preço da ação c/ os fundamentos da cia. Se estiver suficientemente

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 75/201
descontada, compramos. Se continuar caindo, acumulamos +. Se acabar o
dinheiro, vende outra. Se acabou td, espera e coleta dividendos.

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18 de mai de 2018
https://twitter.com/bitencourtbas/status/997285218959544321

1. Pergunta: E agora? É buy ou sell? Será que foi por isso que o mercado caiu hj?






2. Henrique Bredda:
Tanto faz. O próximo presidente ou faz mais ou menos o q
precisa ser feito, ou cai e próximo faz. Se o vice não fizer, cai tbem. Então,
algo será feito, nem q seja meia sola.


3. Pergunta: o PT nao causou danos pesados ao Alaska Black?


4. Henrique Bredda: A crise do triênio 2013-2015 causou as melhores cotas de


compra da minha vida no fundo. Ela barateou ativos. Foi a crise q não teve
nada (ou ínfima) de participação do PT. Ou foi o PT q fez o Brasil voar de 2002
a 2008? Foi o PT q deu investment grade?

Olha commodities e ibov:



5. Pergunta: 
indice,30% commodities hje, la atras mais de 50%.vida segue, mas


ideal é ser capaz de defender sell offs grandes no meio dos ciclos. facil falar,
dificilimo, pra nao dizer impossivel, fazer. era melhor vc ter subido o q subiu
sem ter caido 50% antes, nao? missao impossivel?


Bz, o país das commodities, ainda q diretamente nossa economia dependa


pouquissimo delas e servicos sejam 60% do pib.


6. Henrique Bredda: Imagine o Brasil na depressão. Todo mundo endividado,


desempregado e sem perspectiva. Se nada ocorre, a fossa só aumenta. Mas,
de repente, a Vale embarca umas toneladas de minério, recebe dólares, troca
por reais, compra mais caminhão da Mercedes...


..., q por sua vez compra + peças da Randon, q aumenta o turno contrata +

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 77/201
gente, q por sua vez saem do desemprego, acertam a dívida c/ o banco e limpa
seu nome no Serasa. Essas pessoas, passam a ir no Shopping, q diminuem a
vacância, q pagam o qto devem pra cia de energia, etc.

... Em suma, UM REAL apenas da Vale, fez a roda de 10 ou 15 reais girarem.


Commodities representam uma parcela pequena da economia, mas é o q faz a
economia sair da lama.

Para quem gosta de analogias automobilísticas, commodities são o nosso motor


de arranque.

7. Pergunta: Na sua visão, há alguma condicionante (política, institucional,etc)


para esse motor de arranque ser acionado nos próximos anos? Ou o
acionamento, de certa forma, será inevitável no novo ciclo que está se
formando?


8. Henrique Bredda: Já foi acionado em jan/16. Está funcionando bem até hj.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 78/201
19 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/997819762804707329

1. Segue abaixo um guia de longevidade para as gestoras de fundos, ou guia de


sobrevivência. Tento resumir em alguns pontos críticos as principais razões de
morte das gestoras, e o q fazer para evitar. Não adianta estar certo e morrer
no meio do caminho.


2. O q mata uma empresa de Asset Management são um ou mais dos seguintes


itens:
- problemas societários;
- má performance aguda e/ou contínua por muito tempo;
- iliquidez dos ativos
- concentração e/ou má qualidade do passivo


3. Problemas societários quer dizer q os sócios não se entendem. Divergências


qto ao futuro da gestora, qto à filosofia de trabalho, qto ao papel de cada um
se avolumam e o clima fica insustentável culminando na saída de pessoas
chaves ou até dissolução da sociedade.


4. Por isso q a ideia é saber escolher muito bem os sócios, não só pela
competência, mas pelos objetivos e filosofia de vida. Na Alaska, é até estranho.
Do Luiz Alves, passando por todo time de equities até os estagiários, até as
piadas são as mesmas. A afinidade tem q ser total.


5. A má performance aguda vem se alguma posição gigante q vira pó do dia pra


noite. Isso acontece com nomes do tipo cias do Eike, HRT ou fraudes. Ou ainda
apostas binárias em cases q dependam de canetada, como privatização por
exemplo. É mortal. Se errar, acaba o fundo.


6. A má performance contínua vem de incompetência mesmo. Os investimentos


são mal escolhidos. Vc compra, cai, e vc vende. Compra outra coisa e vai caindo
ano após ano. Não há milagre. Se ano após ano a performance é pior q o
mercado, o fundo e a gestora vão morrer.


7. Para ñ ter morte aguda ou ñ perder por anos a fio, ñ invista pesado no fdo em
algo binário, nunca dê all-in. E não fique acumulando um monte de ações q ñ
geram ou queimam muito caixa esperando q um dia, talvez, quem sabe, elas
passem a gerar. Uma ou outra cia, ok. Mas ñ todas.


8. O q ñ nos deixa fazer isso são os limites (máx 15% ativamente e 18%
passivamente por cia), e o modo de avaliarmos as cias. Damos suma
importância à geração de cx corrente, atual. Se tiver isso, o patrimônio da cia
anda p/ frente, e ñ p/ trás. Quem gera cx ñ vira pó tão rápido.


9. Iliquidez dos ativos q vc investe pode ser mortal p/ quem tem clientes externos.
Uma carteira 100% proprietária, ñ tem problema. Mas quem tem alguma coisa
de cotistas externos, é um problema, mesmo q a carteira seja diversificada em
um monte de boas cias ilíquidas.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 79/201
10. E as razões aqui são bem feias de nossa indústria de fundos, e a gde maioria
dos clientes ñ percebem do pq uma carteira muito ilíquida c/ clientes externos
ser um problema grave. 1o risco é o de underperformance provocar ainda mais
underperformace num ciclo destrutivo.


11. Se por acaso uma carteira ilíquida começa a ir mal, e de tempos em tempos
ocorre com qq um, com qq carteira, os problemas são potencializados. Um
fundo com carteira ilíquida q começa a ir mal e depende de capital de terceiros,
terá um certo aumento nos resgates.


12. Até aí td bem. Faz parte. Mas o gestor, p/ levantar caixa para arcar os resgates,
terá q vender ações ilíquidas, difíceis de vender. O impacto no preço será
dramático. As ações caem + ainda, o q faz a cota do fundo cair +, q provoca
+ resgates, + vendas e + quedas. Desastre.


13. E o pior vem agora. Fdos oportunistas, se perceberem cheiro de sangue, tirarão
proveito da situação. Várias e várias vezes já vi fdos monitorarem resgates de
outros. Se percebem dificuldades em alguém, os oportunistas vendem forte,
shorteiam as ações do fdo em dificuldade.


14. Pois sabem q o fdo em dificuldade será obrigado a vender (resgates). Nesse
círculo vicioso, os oportunistas vendem a descoberto a 20 e recompram a 5
enquanto o fdo q está sendo resgatado morre. Bingo! Um concorrente a menos,
é assim q pensam. Ñ pensem q é incomum isso. Não é.


15. Por isso q limitamos as cias ilíquidas. Hj, felizmente, estamos achando as
melhores oportunidades justamente nas grandes líquidas, mas qdo não for
assim, tomaremos cuidado mesmo tendo grande parte do capital proprietário.
Vale sempre ficar de olho.


16. E por último vem o passivo. O melhor passivo é o proprietário, esse é o ideal.
Esse nunca é resgatado, é perpétuo. Qq outro tem suas vantagens e
desvantagens. Desconfio por experiências passadas q o varejo é um pouco
melhor q os outros, vindo em 2o lugar.


17. Mas há qualidades e defeitos no capital de estrangeiros, family offices,


fundações, alocadores institucionais, de grandes bancos, de privates, family
and friends. O ideal é diversificar o seu funding. NUNCA fique na mão de
ninguém q não seja seus sócios na gestora.


18. NENHUM cliente é perfeito o suficiente para vc ancorar seu fdo. As instituições
tem motivos muito diversos para reagatarem ou prejudicaram o seu fdo e
muitas vezes não será algo racional. Já vi clientes importantes apertarem um
botão de resgate e matar um fdo do dia p/ noite.


19. Pensando nisso, hj temos 60% do capital da Alaska vindo dos sócios, 20% de
clientes estangeiros, 12% de 27 mil pessoas físicas de todas as plataformas,
4% de alocadores institucionais e 4% de amigos e parentes. E vamos trazer
mais perfis diferentes. Está em andamento.


20. Quis escrever isso pois os donos das gestoras e cotistas não devem apenas
pensar nos fundos e na performance. Isso ñ é suficiente. É preciso pensar na

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 80/201
continuidade e resiliência da gestora de recursos tbem. Reitero q isso serve
para quem quer ter clientes.


21. Quem tem apenas fundo proprietário não deveria ter essas preocupações. Em
suma:
-sócios alinhados
-diligência nos investimentos
-cuidado com a liquidez
-cuide, diversifique e eduque o seu passivo

Abs e bom fds!

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 81/201
21 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/998571970756317184

Tudo na mesma moeda (BRL).

gráf1: Ebitda dos últimos 12 meses da MGLU e do MELI


gráf2: Lucro líquido dos últimos 12 meses da MGLU e do MELI
gráf3: Receita líquida dos últimos 12 meses da MGLU e do MELI
gráf4: Valor de mercado da MGLU e do MELI

Diferença grotesca.

gráf1: Ebitda dos últimos 12 meses da MGLU e do MELI

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 82/201
gráf2: Lucro líquido dos últimos 12 meses da MGLU e do MELI

gráf3: Receita líquida dos últimos 12 meses da MGLU e do MELI

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 83/201
gráf4: Valor de mercado da MGLU e do MELI

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 84/201
23 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/999386995087601664

1. Palavras tem poder, tanto de indução, de instrução quanto de desinformação.


Dependendo da terminologia, se cria tendências, biases, que podem ajudar ou
atrapalhar quando se quer passar uma mensagem.


2. Por exemplo, chamar o socialismo e capitalismo de sistemas antagônicos é


fraude intelectual. É como dizer que Azul é o contrário de bicicleta, ou que
carne moída é o contrário de carro elétrico. Não tem absolutamente nada a
ver.

3. Capitalismo leva o sujeito a acreditar q é "foco no capital", enquanto o


socialismo é o "foco no social". Que bonitinho... Só q ñ. Capitalismo é um
sistema econômico de trabalho e produção q a humanidade concebeu p/
maximizar a criação de riquezas, inovações, o bem estar.


4. Capitalismo seria melhor entendido se mudássemos o nome para


"Producialismo". Já o Socialismo é uma ideologia, uma crença, uma ilusão de
algo que é contra a natureza humana e, quando posta em prática, produz
pobreza e fome. A China não é socialista.


5. Socialismo seria melhor entendido se mudássemos o nome para


"Pobrezalismo". Dito isso, uma outra palavra que induz a uma série de erros e
de focos errados é a palavra Rentabilidade, para Fundos de Investimento em
Ações.


6. Essa palavra é um câncer para os investidores, cotistas e gestores. Por


exemplo, se alguêm quer descobrir a rentabilidade do banco Itau, ele olha o
ROE do banco, o spread da operação, a margem líquida do banco, num
determinado período.


7. No entanto, qdo se troca o veículo, um processo estranho ocorre qdo o sujeito


troca o foco. Se o ativo analisado passa a ser um FIA q tem, por exemplo,
100% do capital investido no bco Itau, ele APENAS olha a cota do fdo, q na
prática reflete apenas a variação dos preços...


8. ...das ações do Itau. Num mesmo período, pode-se chegar na conclusão que o
Itau é um baita bco, com margens e ROEs altos, o q é positivo, mas o FIA com
Itau esquece-se de olhar o q existe dentro dele e se olha tão somente a cota,
q pode ter caído 30% no período analisado.


9. Quando vc passa a pensar somente em rentabilidade de um FIA, seu foco vai


na cota, e vc esquece o que tem dentro do fundo. Quando vc pensa numa cia,
aí vc passa a pensar na rentabilidade daquela empresa.


10. Do ponto de vista de acumulação de capital, de adições de ativos, o foco


deveria ser no quanto está sendo adicionado de ativos produtivos em seu
patrimônio, e a que preço.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 85/201
11. Se estão sendo adicionados ativos c/ capacidade produtiva num preço atrativo,
seguindo essa estratégia à risca por anos a fio, inevitavelmente vc conseguirá
compor um patrimônio produtivo q te gerará renda, seja ela na forma de
dividendos, ou na forma de geração de caixa...


12. ...q é reaplicado nos próprios negócios das cias investidas. Esse é o foco. E a
cota não vai te dar NENHUMA informação sobre a capacidade produtiva dos
ativos sendo acumulados, ou ainda se os preços estão sendo atrativos no curto
prazo.


13. Qualquer "rentabilidade" de um FIA em prazos inferiores a 5 anos tem pouca


relevância. Quando os prazos se estendem pra 6, 7, 10, >15 anos, a
capacidade produtiva dos ativos subjacentes vão aparecendo.


14. A qualidade dos ativos carregados, combinados com a eficiência das trocas
(vendas de ativos sobrevalorizados e realocação em ativos subvalorizados)
aparecem e vão ficando evidentes em prazos de vários anos.


15. Mas, se tentar obter essa informação de capacidade produtiva dos ativos
subjacentes e da atratividade de preço vs os valores justos olhando apenas a
rentabilidade de prazos curtos, vai errar. Não é possível.


16. Mas isso serve apenas para os fundos fundamentalistas com foco no longo
prazo. Para quem tem foco no curto prazo, a lógica é outra. Em suma,
"rentabilidade" em prazos curtos de um FIA q tem abordagem fundamentalista
é uma aberração q desfoca o investidor p/ o q interessa.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 86/201
25 de maio de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/999994950069751808

1. Como fazer uma conta simples, não tão detalhada, mas q tem uma ótima
assertividade, de Taxa Interna de Retorno implícita para o acionista. Partindo
de um exemplo corriqueiro, antes de ir pra ações. Imagine um restaurante e
alguns números da operação:


2. Esse restaurante, por exemplo, gera de caixa 1 milhão por ano ANTES de
despesas financeiras e antes de IR. Ele tem uma dívida bancária de 2 milhões,
um custo de dívida de 10%, e um IR de 34%. Imagine que esse 1 milhão por
ano cresça 1% acima de uma inflação de 4%aa.


3. Portanto esse restaurante cresce a geração de caixa em 5%aa. Esse


restaurante está a venda por R$ 5 milhões. Se o comprador pagar 5 milhões,
qual a Taxa Interna de Retorno para o comprador?


4. Segue, traduzindo para ações: o mkt cap é de R$ 5mm, o net debt é R$ 2mm,
portanto o EV é de R$ 7mm. O Ebit é de R$ 1mm. Sendo assim, o "ebit yield
real" do EV é de 14,3% (1mm/7mm). Como esse Ebit cresce, o "ebit yield
nominal" é igual ao "ebit yield real"+5%, o que dá 19,3%.

5. Esse "Ebit yield nominal" vezes o EV de R$ 7mm dá R$ 1,35mm. Isso quer
dizer q vc transformou o 1mm que cresce 5%aa em um fluxo nominal, flat, de
R$ 1.3 para facilitar a conta. Da na mesma. Seguindo, o custo de dívida é de
R$ 200 mil (10% x R$ 2mm).


6. Portanto, seu FCF antes de IR é de R$ 1,15mm. Depois de IR, o FCF nominal


para o acionista é de R$ 760 mil. Pronto. Dividindo R$ 760 mil de FCF pro
acionista pelo valor ofertado de R$ 5mm, vc tem uma TIR pro equity de
15,18%.


7. Portanto, de acordo c/ as premissas acima, a Taxa Interna de Retorno esperada


pelo comprador se ele pagar R$ 5mm pelo restaurante é de 15,18%aa. O
comprador agora julga o risco do investimento, compara c/ suas alternativas e
seu custo de oportunidade e decida de compra ou não.


8. Só para efeito de sensibilidade, se o comprador conseguir baixar o preço de R$


5mm para R$ 4mm, um desconto de 20%, a TIR para o equity sobe p/ 18,15%.
Melhor. Da até pra ver a sensibilidade da taxa vs preço (DV01 de equity), o q
seria aproximadamente 6,7 (20%/(18.15%-15,18%).


9. Só para se ter uma ideia, esse é um duration perto do normal de uma ação, o
que normalmente fica entre 6 e 12x. Agora vamos para um caso real de uma
empresa listada.


10. A cia gera tem Ebit de R$ 76,4 bilhões. Ela tem uma dívida bancária líquida de
R$ 276 bi, um custo de dívida de 10%, e um IR de 23%. Imagine q esse Ebit
cresça 7%aa (volume+inflação de preço).


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 87/201
11. Essa cia está a venda por R$ 285 bilhões. Se o comprador pagar esses 285
bilhões, qual a Taxa Interna de Retorno para o comprador? Mesmo processo
se segue:


12. O mkt cap é de R$ 285bi, o net debt é R$ 276bi, portanto o EV é de R$ 561bi.


O Ebit é de R$ 76bi. Sendo assim, o "ebit yield real" do EV é de 13,55%
(76bi/561bi). Como esse Ebit cresce 7%aa, o "ebit yield nominal" é igual ao
"ebit yield real"+7%, o que dá 20,55%.


13. Esse "Ebit yield nominal" vezes o EV de R$ 561bi dá R$ 115,3bi. Isso quer dizer
q vc transformou o 76bi que cresce 7%aa em um fluxo nominal, flat, de R$
115,3bi p/ facilitar a conta. Seguindo, o custo de dívida é de R$ 27,6bi (10% x
R$ 276bi).


14. Portanto, seu FCF antes de IR é de R$ 87,7bi. Depois de IR, o FCF nominal para
o acionista é de R$ 67,5bi. Pronto. Dividindo R$ 67,5bi de FCF pro acionista
pelo mkt cap de R$ 285bi, vc tem uma TIR pro equity de 23,69%.


15. Portanto, de acordo c/ as premissas acima, a TIR esperada pelo comprador se


ele pagar R$ 285bi pela cia é de 23,69%aa. O comprador agora julga o risco
do investimento, compara c/ suas alternativas e seu custo de oportunidade e
decida de compra ou não.


16. Para efeito de sensibilidade, se o crescimento de 7%aa para o Ebit diminuir


para somente 5%aa, a TIR cai para 20,65%. Mas agora, em cima disso, cada
um q simule e estresse sua conta, comparando com outros riscos e outras
alternativas.


17. Essa cia acima é a Petrobrás, e o nosso modelo mais completo não foge muito
dessa conta. A ideia aqui é mostrar uma forma rápida e simplificada, mas não
perfeita, de se estimar uma TIR pro acionista numa empresa listada.

Enjoy it!

18. Pergunta: Se puder abusar, nessa cálculo de TIR, como vocês chegam no prazo
estimado para esse retorno? Ou vcs já consideram essa TIR para o ano
subsequente e repetem o processo constantemente?

19. É como qq TIR de projeto. Calculamos todos os dias, dado o preço da cia na
tela e fluxo de caixa estimado. Funciona para uma padaria, uma máquina nova,
qq coisa q produza fluxo de caixa.

20. Pergunta: Você conhece o Forward Rate Return do Yacktman? Tem uma certa
semelhança no método!


21. De fato, muito semelhante. Bom ponto.

22. Pergunta: Vcs dão algum desconto na taxa calculada como margem de
segurança?


23. Colocamos a margem de segurança nas premissas. E o risco tentamos


expressar na TIR mínima exigida.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 88/201
28 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1000939579799752705

1. Esse fds foi p/ soltar os cachorros, fazer terapia em grupo, xingar e ser xingado,
tomar block, falar q o Brasil já era, q o futuro do Brasil vai ser sombrio, etc. Td
balela. Só estamos enchendo linguiça e aproveitando q ñ da pra tirar o carro
da garagem. Vamos ao q interessa.


2. O q estamos vendo é o q sempre houve no Brasil, e o q sempre veremos. Não


muda. Grupinhos e grupelhos brigando por teta estatal. Qual a novidade nisso?
É inédito? Não. Não poderia ter algo mais corriqueiro em nossa história. E
teremos infinitas reivindicações pela frente.


3. De 1963 até hj, 52 mil % em dólar no índice. Qq gestor meia boca bate o
índice, portanto o run rate é ainda maior numa gestão ativa em ações. Os
preços das ações brasileiras embutem no seu preço o q o mundo já sabe:
somos uma zona de país. O Japão é perfeito e o Nikkei ñ anda.


4. De tempos em tempos o Brasil se da conta de uma mega cagada q precisa ser


resolvida. Cria-se um consenso suprapartidário e a situação começa a ser
atacada de forma errática, até ser superada. E partimos pra próxima. Sempre
foi assim.


5. Na década de 60 e 70 o país era praticamente um pasto sem luz, sem estrada,


sem energia. Construiu-se as 1as infra estrutura, usinas, Portos, aeroportos e
rodovias q estão aí até hj. O país deu um salto no pib, pib/capita, mas detonou
suas finanças externas.


6. Década de 70 e 80, começamos a tentar endereçar mortalidade infatil,


analfabetismo e dívida externa. Qtos erros no início. Hiperinflação veio. Vários
planos idiotas, e nada. Só piorou. Mas era consenso q hiperinflação era
selvageria e precisava ser resolvida.


7. Eis q o vice do Collor, montando um time de economistas brilhantes, junto com


um sociólogo q não sabia fazer conta e era muito brother do Lula, essa galera,
estanca a inflação q o país todo queria. Foi um plano q resolveu muitos
problemas, mas provocaram outros.


8. Criamos uma dívida interna, um câmbio artificial, e uma frouxidão fiscal


excessiva. A correção do câmbio veio em 99. Criamos metas de inflação,
COPOM, Selic. O país chegou até ali s/ nada disso. E a bolsa já tinha saído de
50 p/ 2000 pts em usd de '63 a '94.


9. De 1963 a 1994, a zona foi intensa. Regime militar, fechamento de congresso,


Sarney, congelamento de preços, moratória, duas deval grandes do Cruzeiro,
impeachment do Collor, confisco... pqp! O Brasil é punk. E a bolsa deu 40 vezes
em dólar. Quarenta. Lembre-se disso.


10. De 1994 até a eleição do Lula, tivemos a tequila crisis em '95, Ásia se

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 89/201
arrebentando em '97, Rússia em 98, td isso detonando EMs e fazendo o dólar
voar no mundo. '99 o Real desaba, '00 vem a Nasdaq estourando, '01 vem
torres gêmeas e Argentina pro saco. Molezinha né?


11. Nesse período todo, tivemos greves recorrentes, falta de energia,


desabastecimento, empréstimo do FMI. Quem ñ se lembra do "Fora FMI!!"? Eis
q o cara mais sortudo do planeja assume a presidência do Brasil no low do low,
depois de uma sequência infernal de crises externas.


12. Lula surfa um alívio global e o surgimento de uma China com fome de soja e
minério. Qq mané faria superávit primário e comercial naquele período. Podia
ter mensalão e Francenildo q fosse, o povo não liga. Tem grana pro povo, está
belezinha.


13. Como foi um período de vacas gordas, não teve reforma pq NÃO PRECISOU.
Mas veio a sucessora, e com ela um Brasil mais normal. Veio a crise externa,
queda das commodities, e o Brasil estava nadando pelado qdo a água baixou.
A Dilma esperneou mas caiu.


14. O vice Temer, volta com a agenda q o Brasil tem desde sempre: reformas. O
Brasil é um país tosco, jovem, mal montado. Precisaremos de dezenas de
reformas e só fazemos qdo acaba a grana. Igual agora. E vamos fazê-las, por
mal ou por bem.


15. Nesses 50 anos batemos os recordes de erros de política monetária, de


segurança pública, de educação, de roubos do dinheiro público, de como falir
o Estado. Somos craques. Até PROER já tivemos q fazer. E mesmo assim, a
bolsa já deu 520x em dólar desde 1963, ou 11x desde '94.


16. Hj vejo catastrofista e gente apavorada pq uns donos de caminhões estão


jogando duro contra o governo. Isso ñ é nada. É o atrito normal no Brasil pra
ver quem consegue arrancar mais dinheiro de quem. O q está se formando por
trás de tudo isso é o q mais importa: um consenso.


17. Assim como nas 1as infras, na constituição de 88, na hiperinflação, na


estabilização, no tripé macroeconômico, está se formando um consenso
suprapartidário q nosso Estado é burocrático, gastão, e precisa diminuir
dramaticamente via, principalmente, a reforma da previdência.


18. Assim como nos outros problemas, a 1a solução é tosca, mas com o tempo vai.
As 1as tentativas de solucionar a hiperinflação deram errado. As primeiras
tentativas de se solucionar a previdência vai dar errado. Mas com o tempo se
conserta.

19. Depois da previdência teremos q ver sistema tributário, sistema educacional,


reforma política, etc.

20. E qdo o Brasil estiver jóia, a bolsa não estará lá te esperando no preço atual,
ok? Será várias e várias vezes mais cara a o preço de hoje.

Esse é o Brasil.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 90/201
29 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1001518123865034753

1. Tema recorrente por aqui. A tal da qualidade, as "high-qualities stocks",


aquelas ações com altos ROIC, altos ROE, empresa bacana. Costuma-se dizer
que essas empresas outperformam as ações de baixa qualidade na bolsa.
Será?


2. O q se tem são estudos exaustivos sobre o sucesso do value investing sobre


as outras metodologias. Esse temos fontes aos montes? E "high-qualities
stocks" vs "low-qualities stocks"? Como funciona?


3. Muitos investidores insistem que só investem em ações de empresas com


excelente track record comprovados, crescimentos e alto retorno sobre o
capital. É claro q td isso é importante, mas são dados passados e falta um dado
crucial pro investimento dar certo: preço pago.


4. Quando se investe, é o futuro que importa. O passado da uma pista, mas pode
enganar. "High quality" no ano passado não necessariamente quer dizer "high
quality" no ano que vem.


5. Tem um teste moleza para ver o efeito "quality" nos investimentos. Pegue a
famosa fórmula de Joel Greenblatt, a "Magic Formula". Essa fórmula procura
achar a melhor combinação de "high quality value stocks". É o velho "bom e
barato".


6. A seleção de empresas procura empresas altamente lucrativas via ROIC


(retorno sobre o capital investido), e empresas com grande earnings yield (E /
P) ou, como outros preferem (eu inclusive) com altos Ebit / EV. A melhor
combinação dos 2 rankings, entra no portfolio.


7. A "Magic Formula" tem produzido portfolios que foram exaustivamente


testados contra o S&P500 e a melhor performance é evidente. A fórmula é de
fato mágica e produz carteiras melhores que o índice. As ações boas e baratas
são uma ótima estratégia de investimento.


8. No entanto, os estudos mostram OUTRA conclusão importantíssima. A "Magic


Formula" produz resultados muito maiores se o fator qualidade for RETIRADO.
Só "baratas" é melhor que "boas e baratas".


9. Qdo testados de 1974 to 2011, a Magic Formula retornou 13,94%aa vs o S&P


c/ 10,46%aa nesses 37 anos. Ótimo. Mas, baseado SOMENTE no earnings
yield, sem o fator QUALIDADE, o retorno foi de 15,95%aa.

10. Qdo eliminamos o fator preço, olhando apenas qualidade, o resultado fica em
10.37%aa, o que é abaixo do mercado no período. Dito isso, a ideia ñ é EVITAR
qualidade. Nada disso. O pto é focar em ações baratas. Preço, preço e preço.
Isso gera overperformance.


11. Selecione ações baseado no desconto versus o valor justo. Não se preocupe se

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 91/201
ela é "high quality" ou se ela é "low quality". "Quality" não é um fator q tem
garantia de se perpetuar no futuro ou de ser prevista com consistência.


12. Quem quiser se aprofundar nessa fórmula ainda mais simples e mais rentável
que a boa "Magic Formula" do Greenblatt, recomendo essa leitura:



13. Quantitative Value, Web Site: A Practitioner's Guide to Automating Intelligent


Investment and...
A must-read book on the quantitative value investment
strategyLegendary investment gurus Warren Buffett and Ed Thorp represent
different ends o...











14. Deixo 2 conclusões por aqui:

• 1a: qdo vc ouvir "mas a empresa é ruim", "a empresa é muito boa", "a
empresa é premium", "a empresa tem baixo retorno sobre o capital", etc,
nada disso tem QUALQUER RELEVÂNCIA se ñ vier associado ao preço. A
q preço? Qual o preço? Qual o desconto?

• a 2a conclusão são qto às 3 certezas da vida, segundo Michael J.


Mauboussin: Morte, Impostos e Reversão à Média.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 92/201
30 de mai de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1001878756510887936

Esses 2 minutos e 46 segundos podem mudar a história do Brasil.


Todos os políticos deveriam ver esses 2 min e 46 seg.
Todos os empresários deveriam ver esses 2 min e 46 seg.
Todos os brasileiros deveriam ver esses 2 min e 46 seg.

https://youtu.be/4qmlJvytsBU





É matemático.
Técnica de John Nash em "Uma Mente Brilhante" LEGENDADO - "A Beauti...


E se vc ainda não entendeu, esses 4 min e 32 seg podem te convencer.


Todos os brasileiros deveriam ver esses 4 min e 32 seg.

https://youtu.be/uDdgX2jl08k - Um Domingo Qualquer

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 93/201
31 de maio de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1002352156580700161

Nem chegou perto e já teve diarréia, pânico, arritmia cardíaca, síndrome do pânico:

https://twitter.com/hbredda/status/978797232169345025?s=19

Uma voltada pra 70k é perfeitamente possível e será apenas um


blipizinho no gráfico de longo prazo, mas pode deixar lesões profundas
num pessoal criado em período de vix sub 10. Dói.

Essa maratona é life long, e não será nada lisinho. Só p/ conforto, o LAPB, q é muito
bem sucedido, já dividiu seu PL por 2 várias vezes. Por 3 algumas, e por 4 poucas.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 94/201
1 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1002370803944607747

De 1964 até hj, o ibov deu 500x em dólar e o S&P 115x. De 1983 até hj, o ibov de
84x em dólar e o S&P 34x. De 1992 até hj, o ibov e o S&P deram 10x em dólar,
cada um. Só q aqui estamos no lamaçal econômico. E lá está um paraíso econômico.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 95/201
4 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1003439395171635201

1. A "Magic Formula" funciona e bate o mercado. A "Magic Formula" sem a


componente de altos ROEs funciona melhor ainda. Nada novo aqui. Fama-
French já mostraram q value, over the long run, bate outras estratégias.
Desconto, desconto, desconto. Isso sim é poderoso.


2. Repara quantas discussões e argumentações são travadas sem sequer


mencionar preço e desconto. Fala-se de tudo, menos do principal. Parecem
discursos do Fidel Castro sobre investimentos. Nunca acabam, são muito
subjetivos e quase sempre não servem pra nada.


3. O management é isso, a empresa é bem gerida, a empresa é estatal, tem


influência política, a marca é valiosa, o dono é ladrão, a empresa está ganhando
mkt share, a empresa é familiar... E continuam infindáveis descrições da cia.
Falam de tudo, menos do preço e do desconto.


4. Se a "Magic Formula" fica ainda mais mágica qdo se olha apenas o yield do EV,
ou precisamente o ebit/ev, antes de tecer comentários sobre uma cia, olhe os
números. Está cara? Está barata? Comece por aí. "Não sei opinar" tbem é uma
possibilidade honesta.


5. Duas das páginas + importantes do livro, sobre risco, "high-quality" e "low-


quality". Avaliar se está barata olhando números evidentes de geração de cx
vs preço de mercado, é + seguro do que julgar se uma empresa é boa ou ruim.
Nossos vieses nos atrapalham p/ julgar quality.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 96/201

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 97/201





Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 98/201
6. Não é pq foi boa no passado e é boa hj, que continuará a ser boa no futuro. Se
nem Walter Schloss se achava capaz de julgar qualidade dos business,
preferindo se ater aos números crus e geração de caixa atuais, acho q devemos
ter cuidado com julgamentos futuros.


7. O desconto, o preço baixo que vc paga hj, pode ser a maior fonte de retorno
futuro. E não somos tão bons qto nos achamos para julgar a perenidade da
qualidade das empresas.


8. “This paradox exists because most investors think quality, as opposed to price,
is the determinant of whether something’s risky. But high quality assets can
be risky, and low quality assets can be safe. It’s just a matter of the price paid
for them…”

9. Pergunta: Obrigado por compartilhe Bredda. Vendo MGLU subir dia após dia,
me pergunto, não está cara? Tive receio de entrar msm há um tempo atrás-
levando em consideracao justamente essa lógica. Como é possivel Market cap
d MGLU > BRFS3? Isso é uma aberração.


10. Henrique Bredda: Dá uma olhada no balanço, crescimento, ROE/ROIC,


margens, endividamento líquido. Só mkt cap fica uma análise capenga. Mas
BRF parece barata mesmo.

11. Pergunta: Na verdade isso diverge um pouco do value investing tradicional


né?


12. Henrique Bredda: 
Não. Isso é puro value investing RAIZ.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 99/201
5 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1004089861421363200

Bolsa testando a fé da moçada:



gráf1: bull mkt de 2002-2008, +1959% de subida total do ibov em dólar. Quatro
correções maiores q 25%

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 100/201
gráf2: bull mkt de 2016-??, +121% de subida total do ibov em dólar até agora.
Tivemos a primeira correção maior q 25%







gráf3: bull mkt de 1991-1997, +1009% de subida total do ibov em dólar. Essa
enfartou alguns. Uma correção de 48% e outra de 62%. Algumas maiores q 20%
de queda.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 101/201
6 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1004454488277684224

1. Linha laranja é o índice de ações de mercados emergentes em dólar (MSCI EEM)


e a linha branca é o juros americanos (FED FUNDS), desde 1994.

2. Pergunta: Indo nessa linha. Oq vc pensa do call do Xavier ontem no BTG?


3. Henrique Bredda: Saio correndo da apresentação do Xavier e vou rapidamente


tomar um café com o Luiz Alves como antídoto.


4. Pergunta: LAPB continua otimista?


5. Henrique Bredda: Precisa aumentar muito, mas muito os preços das ações para
ele começar a ficar pessimista.

Preço cai ele fica otimista, preço sobe ele fica pessimista.


6. Pergunta: Esse é o mindset do investidor de LP certo Mestre Bredda?


7. Henrique Bredda: Exato. Preço bom pra comprar é preço baixo.

8. Pergunta: Qual seria o motivo da correlação? Fluxo da bolsa americana para


emergentes?


9. Henrique Bredda: Acho q fed sobe qdo US está forte, q por sua vez consome
se tudo, compra dos EMs e puxa todo o resto. US é a grande locomotiva do
mundo.

10. Pergunta: E dai? Em 1994 era o Brasil do FHC e Real. E hoje? EWZ descolou
do EEM...


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 102/201
11. Henrique Bredda: Talvez o gráfico não signifique nada mesmo. Talvez tenha
andado junto com EEM por coincidência.

Mas não acho coincidência.

FED sobe pq US está forte. US forte é boa notícia pro mundo. Se US entra em
recessão, FED vai p/ zero e isso sim é péssimo.

12. Pergunta: Muito interessante o seu gráfico. De fato a subida de juros nos EUA
está relacionado à crescimento econômico e beneficia os emergentes. Você tem
algum insight sobre o efeito do juros de LP? Se o 10Y ou 30Y forem para
patamares próximos à 4% ou 5%?


13. Henrique Bredda: Linha laranja é o índice de ações de mercados emergentes


em dólar (MSCI EEM) e a linha branca é o yiled do treasury de 10 anos, desde
1994.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 103/201
7 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1004759742705750017

1. Pergunta: Em todo ciclo de alta o preço das commodites (mais especificamente


petróleo e minério de ferro) bate a máxima histórica anterior?


2. Henrique Bredda: Sim, por isso q se chama um novo ciclo. Se não bateu, é pq
não foi um novo ciclo ou ainda não terminou.

3. Pergunta: E depois corrige uns 80% parecido com o IBOV? Sou engenheiro de
minas, vários colegas atuam na área ainda. Quer dizer q chance alta de nós
próximo anos o minério de ferro passar dos 150 dólares (máxima histórica 170
acho) a tonelada então?

4. Henrique Bredda: Próximos anos, 1 ou 2, acho q não da tempo. Se puder ser


5-10, acho muito provável.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 104/201
10 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1005626794828058624

1. O brasileiro ñ costuma respeitar os + velhos, revenciá-los na verdade, ao


contrário do q acontece em outras culturas + evoluídas do q a nossa.
Deveríamos. Os mais velhos viveram, tiveram skin in the game, em coisas q
os mais novos só leram em livros ou nem ouviram falar ainda.


2. Pior ainda. Nós damos muita importância ao q é moda. Nos esquecemos dos
clássicos. Em qq área. Na área de investimentos, é exatamente a mesma coisa.
Quem são os + velhos? Quem são os clássicos? Quem é bom e ñ é modinha?
Comece por aí.


3. No Brasil temos 4 ou 5 investidores clássicos, dependendo do pto de vista.


Muito pouco. Olhe p/ fora. Tem um q gostaria de lembrar, muito importante,
top, um verdadeiro clássico. Ele é um dos heróis do Warren Buffett. Fundou
sua firma de investimentos m 1928.


4. No 1o de sua firma, já teve q enfrentar nada menos q o mega crash de 1929


(2008 foi baby perto de 1929). No todo, ele pegou 31 bull markets, 30 bear
markets e 20 recessões. Será q ele tem pouca ou muita experiência? Será q
ele sabe ou não sabe o q funciona? Esse tem lastro.


5. Ñ bastasse ele ter passado por 31 bull markets, 30 bear markets e 20


recessões, ele teve uma vida muito longa, durante todo o século passado.
Nasceu em nov/1896, e faleceu em maio/1998. Teve mais tempo de vida e de
experiência q muitos gestores brasileiros somados.


6. Foi piloto de avião na 1a Guerra Mundial, se formou Bachelor of Science em


Harvard, geriu o seu fundo por 55 years, onde um investimento de $10 mil se
tornou $8 milhões. Warren Buffett diz q ele é "the best long term investment
record of anyone I know."


7. Esse investidor, em meados de 1940s, tradou com Howard Buffett (pai de


Warren), e foi um acionista de longo prazo da Berskshire Hathaway, do menino
Buffett. Ele era da época em q ñ existia esse preconceito, essa baboseira, de
se separar o q é investimento e o q é especulação.


8. Especular, vem de "speculum", ou "enxergar mais longe". Esse herói,


apostando em 1939 q a guerra iria fazer o açúcar porrar, comprou ações de
um cia produtora de açúcar por $1.75, e as vendeu no comeco de 1940s por
entre $65 e $200. Mestre.


9. Esse investidor deu 5%aa a mais q o S&P500 por 55 anos. Deu 15x o retorno
do S&P500. Warren diz sobre ele: "He’s one of my heroes. You’ll learn more
talking with him for 15 minutes than by listening to me here all day”.



10. Portanto, o q Philip Carret, um ex piloto da 1a Guerra Mundial, herói do Buffett,


super bem sucedido em investimentos, a maior longevidade em gestão q já li,
depois se viver 31 bull markets, 30 bear markets, 20 recessões, tem a dizer?


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 105/201
11. Qual foi a coisa mais importante que ele aprendeu sobre investimentos e o q
ele faz qdo ele acha q haverá um grande crash ou correção nos mercados? Ele
responde no video abaixo.


12. Antes, uma reflexão. Se Philip Carret, com experiência, conhecimento e tendo
criado riqueza INFINITAMENTE maior do q a nossa pensa e age dessa forma,
pq vc acha q agindo diferente irá obter retornos melhores?

Pequeno vídeo:

https://youtu.be/hvr-f-ERXKA

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 106/201
11 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1006189944812040197

1. Uma das maneiras + abrangentes de se definir o ato de investir é abrir mão de


algo hoje, p/ q se tenham benefícios no futuro. Em ações, o q se investe é
capital, c/ expectativa de retornos futuros na forma de proventos, ou através
da valorização do próprio ativo.


2. Investir em cias, abertas ou fechadas, é na essência a mesma coisa, c/ exceção


de um único detalhe. Em cias abertas, há o fator mercado, q mostra a todos o
preço de compra e venda daquele ativo, em tempo real. Nas fechadas, essa
mesma informação não é pública.


3. Mas a simples presença de um preço online faz c/ q as pessoas tratem


empresas listadas em bolsa de forma irracionalmente diferente das privadas.
A origem dessa irracionalidade está em achar que preço e valor são a mesma
coisa.


4. O empresário qdo abre seu negócio tem várias preocupações em sua cabeça,
sua estrutura societária, seu K de giro, como está o mercado em q atua, como
é sua equipe, seus concorrentes, etc., porém qto seu negócio estaria valendo
a cada minuto ñ é algo q ele perderia o seu tempo.


5. Seja o negócio um restaurante, pequena indústria, franquia de roupas ou


oficina mecânica, a variação diária positiva ou negativa de 10%, 15%, no seu
preço de mercado não importa nada para o dia a dia do empresário.


6. P/ montar uma oficina mecânica, entre máquinas, equipamentos e K de giro,


imagine q uma pessoa invista um milhão de reais, c/ requerimento de retorno
de 20%aa. Depois de um ano, essa mesma oficina está rentabilizando o capital
investido em 22%, por conta de boas operações.


7. Sendo uma empresa de capital fechado, seu controlador não sabe do preço
minuto a minuto de seu negócio, mas sabe do seu valor. Também não cogitaria
vendê-la com desconto.


8. Imagine agora, se a empresa tivesse seu capital aberto em bolsa, seu preço
variaria de acordo c/ as últimas negociações realizadas, sejam elas próximas
do valor real do negócio ou ñ.


9. Nesse último cenário, imagine q um detentor de mil das ações da empresa seja
um fdo de investimento sofrendo resgates, e, portanto, precisa vender suas
ações no mercado a qualquer custo. Imagine q essas ações representem 0,01%
do capital total da oficina.


10. Do outro lado, os possíveis compradores se interessariam em pagar o menor


preço que conseguirem por essa posição. Na eventualidade do negócio sair a
um desconto de 50% ao preço de mercado, há o seguinte efeito: o vendedor
perdeu 50% de seu investimento, pois realizou a venda.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 107/201
11. Um comprador q já fosse investidor da oficina conseguiu aumentar sua posição
em um preço vantajoso, porém a precificação do ativo “marcará a mercado”
seu estoque atual de ações da empresa, e por consequência, sua "cota".


12. Se os cotistas desse fdo ñ souberem a diferença entre o preço de mercado, e


o real valor do negócio, se assustariam com a cota, ordenariam resgates e o
ciclo vicioso continuaria.


13. A mesma dinâmica poderia acontecer no sentido inverso, caso alguém aceite
comprar ações muito acima do valor, a fim de precificar seu estoque de ações
para cima.


14. O cotista perceberia uma valorização positiva no preço de sua cota q ñ


representaria o real valor dos seus investimentos, mas atrairia “investidores”
empolgados com as recentes cotas positivas do fundo.


15. Apesar de extremos, os cenários acima servem p/ mostrar q o preço nem


sempre reflete o valor. Com essa lição em mente, investir em empresas de
capital aberto ou fechado se torna muito semelhante, e um bom investidor
pode se beneficiar muito de quedas irracionais de preço.


16. Basta olhar a lógica do comprador das ações da oficina, no ex acima. Deram-
lhe a oportunidade de pagar metade do preço por algo q, p/ ele, ñ mudou de
valor. Matematicamente seu retorno sobre o capital empregado será o dobro
nesta transação.


17. A variação diária do preço das ações nada mais é do que um “consultor” na
porta da “nossa empresa” nos falando minuto a minuto por quanto o mercado
compra ou vende uma fração da mesma. Quando o mercado está otimista, ele
aceita pagar caro.


18. Quando ele está com medo do futuro mal “aparece” em nossa porta pra dar
preço, ou quando aparece oferece um preço baixo. O consultor não influencia
diretamente nos lucros de nossa empresa e muito menos nos seus
fundamentos de longo prazo.


19. Sem a estrutura psicológica adequada, sem o real entendimento da diferença


entre preço e valor, o investimento em ações acaba resultando em retornos
medíocres ou até mesmo desastrosos.


20. O principal equívoco é assumir que ações são investimentos extremamente


arriscados apenas por conta da volatilidade de preços.


21. No capítulo “The Pattern of Change in Stock Earnings and Stock Prices” do livro
“The Intelligent Investor” de Benjamin Graham (1949), ele raciocina que o
valor intrínseco de uma companhia é baseado na geração de caixa média ao
longo de um ciclo econômico completo.


22. Com o temperamento adequado, e com o real entendimento das instabilidades


emocionais do mercado, o investidor pode tirar grandes vantagens dos preços
oferecidos pelos participantes do mercado.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 108/201
23. Se o investidor entender a natureza dos ativos em q investe, especificamente
no caso das ações, ele passa a se colocar numa situação ANTIFRÁGIL. Caso
contrário, vivendo ansiosamente de acordo c/ as variações diárias da cota, a
situação de fragilidade provocará gdes estragos.


24. Os trechos acima foram retirados da Carta do 2o Trimestre de 2015 disponível


em nosso site.

Achei oportuno esse trecho de 2015 oportuno dada as semelhanças com os


medos e receios atuais. Abs!

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 109/201
12 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1006626720328318983

1. Um dos nossos objetivos é tentar reverter, pelo menos para alguns, essa
realidade angustiante do investidor em ações. O Investment Company Institute
contabiliza os fluxos de entrada e saída de capital dos fundos de investimento.


2. E dele tiramos uma conclusão clara: o investidor compra na alta e vende na


baixa. O gráfico abaixo nos mostra que os grandes fluxos de entrada de capital
coincidem com as altas do mercado e as grandes saídas ocorrem nas baixas.







3. O gráfico acima nos mostra q os grandes fluxos de entrada de capital coincidem
c/ as altas do mercado e as gdes saídas ocorrem nas baixas. Estão nele o fluxo
líquido nos fundos de ações e o retorno percentual nos últimos 12m do MSCI
All Country World Daily Total Return Index.


4. Outra empresa de pesquisa, DALBAR, nos mostra o custo desse tipo de


comportamento para o investidor médio. Em uma análise da indústria de
fundos entre os anos 1995 e 2014, o investidor médio obteve metade do
retorno anual médio do índice S&P 500.


Isso se traduz em um retorno absoluto no período de cerca de três vezes menor


que o mercado (555% do S&P 500 e 162% para a média). O comportamento
padrão no gráfico abaixo tem q ser entendido como algo viceral, difícil de lutar
contra, mas vale não sucumbir à tentação:



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 110/201




5. Faça o contrário. Saia qdo a maioria quer entrar. Entre qdo a maioria quer sair.
Lembre-se que tão bom qto achar um ganhador e tentar replicar a estratégia,
é achar um perdedor e fazer o contrário. E, infelizmente, a massa perde. Não
siga a massa. Pelo menos é assim q agimos.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 111/201
12 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1006660098897465344

1. "Investing should be more like watching paint dry or watching grass grow. If
you want excitement, take $800 and go to Las Vegas." - Paul Samuelson



2. "A lot of people with high IQs are terrible investors because they've got terrible
temperaments. And that is why we say that having a certain kind of
temperament is more important than brains. You need to keep raw irrational
emotion under control." - Charlie Munger


3. "You need patience and discipline and an ability to take losses and adversity
without going crazy." - Charlie Munger


4. “If you are a value investor, every now and then you lag, or experience what
consultants call tracking error. It can be very painful. To be a value investor,
you have to be willing to suffer pain." - Jean-Marie Eveillard



5. "Read, every day, something no one else is reading. Think, every day,
something no one else is thinking. Do, every day, something no one else would
be silly enough to do. It is bad for the mind to be always part of unanimity." -
Christopher Morley

6. "Based on my own personal experience - both as an investor in recent years


and an expert witness in years past - rarely do more than three or four variables
really count. Everything else is noise." - Marty Whitman



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 112/201
12 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1006726498693402625

1. Pq razão, o vice do Collor, na sequência de um processo de impeachment pós


caos, pós confisco, qdo assumiu, acabou montando uma excelente equipe
econômica q liderou enormes avanços e importantes reformas no país? Ele fez
isso pq era gênio, bonzinho, visionário?


2. Pq razão, o vice da Dilma DUAS vezes, na sequência da pior crise do século e


de um processo de impeachment, qdo assumiu, ele montou uma equipe top q
liderou importantes reformas e avanços no país? Ele fez isso pq era gênio e
bonzinho, visionário?


3. Como pode um Itamar Franco sair da mediocridade e da vice presidência de


um louco, para ser o líder de um processo transformacional tão gde qto o Plano
Real e inciar várias privatizações? Era ele o grande protagonista ou a atmosfeta
político-econômica demandava os avanços?


4. Como pode um cara aguentar subir no palanque DUAS VEZES c/ a jênia da


Dilma, ser vice daquilo, ver de camarote o estrago na economia, assume e de
repente, do nada, ocorre uma explosão de reformas? Era ele o protagonista ou
a atmosfera político-econômica demandava os avanços?


5. Atribuímos muito protagonismo às pessoas, e pouco ao establishment, mas


aqui no sentido bom. O sistema evolui independente das pessoas. Como disse
Taleb no seu livro "Skin in the Game":


6. "Systems don't learn because people learn individually – that's the myth of
modernity. Systems learn at the collective level by the mechanism of selection:
by eliminating those elements that reduce the fitness of the whole, provided
these have skin in the game."



7. O instinto de sobrevivência, ou "self-preservation", é uma das forças mais


poderosas num ser vivo. Funciona p/ uma pessoa, p/ uma cia e p/ o Estado.
Sob a ameaça de morte, o instinto de sobrevivência faz c/ q reformas antes
"impossíveis" se tornem inevitáveis.


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8. Pra quem acha que "agora é diferente":

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13 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1006972044444098560

1. Basket de moedas de Emerging Markets (linha branca) Real (linha laranja)






2. Pedro Cerize: Refaça esse gráfico começando em dez 2002. Vamos assumir
que nossa inflação e produtividade ficaram em linha com nossos pares (moque
não é verdade)

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 115/201

3. Henrique Bredda: Desde dez/2002:






4. Pedro Cerize: Qual o peso das moedas dessa cesta?


5. Henrique Bredda: The MSCI EM Currency Index sets the weights of each
currency equal to the relevant country weight in the MSCI EM Index.
-----
The index captures large/mid cap representation across EM countries. The
index covers approximately 85% of the free float-adjusted mktcap in each
country.



6. Henrique Bredda: Não tenho permission pra ver o peso exato de cada país. Mas
achei isso:





Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 116/201
7. Pedro Cerize: Tecent Ali Baba e Samsung distorceram tudo.


8. Henrique Bredda: O q importa é o mkt cap total de cada país. Samsung é top,
mas outras nem tanto. Aqui temos uns Itau, Bradesco, Ambev, Petro e Vale q
já fazem alguma diferença tbem...


9. Pedro Cerize: Vc entendeu meu ponto. Isso pode indicar 2 coisas. A moeda ou
o preço das ações está barato. Não isola só a moeda

10. Henrique Bredda: Exato.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 117/201
14 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1007073496302784512

1. Vejo muito investidor tentando racionalizar o mercado de DI. Ou de dólar. Às


vezes o mercado é norteado por conta, expectativas, preços relativos. Outras
é só pânico, zeragem, stops e deus-nos-acuda. Não é sempre q existe uma
conta justificando um preço.


2. Quem se lembra do dia 20/jan/16 qdo o BC do Tombini surpreendeu a todos


ao NÃO SUBIR a Selic de 14.25% p/ 14.75%? Nesse dia o dólar saiu de 4.09
p/ 4.15. O DI jan23 ficou flat em 16.76%, e o DI jan17 caiu de 15.14% p/
14.88%.


3. O mercado embutiu na curva uma SELIC de 17% no fim daquele ano de 2016,
mesmo com depressão no PIB. Tony Volpon e Sidnei Corrêa Marquer
foram dissidentes e queriam mais 0.50% de alta. O ano terminou com Selic a
13.75%.


4. Apenas 11 meses antes o mercado achava 17%, e terminou c/ 13.75%. Esses


17% eram conta ou estresse? O IPCA YoY começou 2016 a 10% e em jan/17
já era 5%. Qual foi o poder de antecipação do mercado em jan/16? O mercado
estava fazendo conta em jan/16 ou apenas panicado? Panicado.


5. Assim como as ações, q ora reflete os fundamentos, e ora fica extremamente


de graça ou em patamar de bolha, tbem ocorre a mesma situação com juros e
câmbio. São pessoas q ora estão fazendo conta, ora estão tendo q zerar,
comprar ou vender a qualquer preço. Ñ tem conta.


6. No mercado acionário, quando há enormes exageros nos preços pra cima,


temos as famosas enxurradas de IPOs e follow ons como em 1971, 2007. Em
2007 tivemos 63 IPOs e 13 Follow ons. São vendas e mais vendas de ações
colocando um "teto" nos preços.


7. E qdo há enormes pessimismos e exageros nas quedas de preço, há


fechamentos de capital e donos COMPRANDO. Em 2016, Souza Cruz a BAT
fechou. Arteris, foram os espanhóis. Daycoval, fecharam. Essas OPAs criam um
floor para as ações.


8. Os próprios acionistas, q tem chance de conhecer + os ativos, arbitram os


exageros. IPO em cima, OPA em baixo. Se deixar somente o mercado arbitrar,
pode demorar muito. Enquanto os saques na indústria ñ cessarem as ações ñ
param de cair. Aí entra o estratégico p/ aproveitar.


9. No câmbio, certo ou errado, quem é o estratégico q tenta arbitrar é o BC. Este


comprou dólar (diminuiu swap) no 3.25, 3.20, 3.15. Agora vende dólar
(aumenta swap) no 3.90, 3.80, 3.70). O investidor ora sabe fazer conta,
antecipando o q vai ocorrer, e ora está apenas c/ medo.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 118/201
14 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1007342742089814016

1. Atualizando o FED FUNDS com o último movimento de alta para 2,00%.

Gráf1: Linha branca FED FUNDS, linha laranja ibov em dólar.


Gráf2: Linha branca FED FUNDS, linha laranja MSCI mundo em dólar.

Gráf1: Linha branca FED FUNDS, linha laranja ibov em dólar.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 119/201
Gráf2: Linha branca FED FUNDS, linha laranja MSCI mundo em dólar.

2. Bredda, dá uma animada na galera aí... estamos precisando

3. Henrique Bredda: Every once in a while, an up-or-down-leg goes on for a long


time and/or to a great extreme and people start to say "this time it's different."
They cite the changes in geopolitics, institutions, technology or behaviour that
have rendered the "old rules" obsolete."



4. Henrique Bredda: They make investment decisions that extrapolate the recent
trend. And then it turns out that the old rules still apply and the cycle resumes.
In the end, trees don't grow to the sky, and few things go to zero.” - Howard
Marks

5. Pergunta: Lembra do suicida durante a queda: so far, so good...? Em cada um


desses dias que vcs convocaram o comitê extraordinariamente este ano, eu me
peguei pensando se não estamos pensando como o suicida...


6. Henrique Bredda: Contas correntes bombando. Entrada de dólar físico no país.


Resultados das cias estão fortes. BRKM ñ sabe o q fazer com tanto dinheiro.
Petro vai desalavancar antes do previsto, uma dívida q era "impagável", etc.
O mau humor está nos preços, não na rua.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 120/201
8. Pergunta: @hbredda, qual sua visão?


9. Henrique Bredda: Business as usual. Falamos com 2 empresas especificamente


hj por bastante tempo. Uma delas sofreu impacto da greve, mas está
retomando os volumes perdidos. Outra não sentiu nada e continua c/ resultado
forte. As exportadoras estão nadando de braçada (brkm, suzb, vale, etc).

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 121/201
14 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1007365288642404355

1. Montamos um fdo, o Alaska Black, de forma q o LAPB aceitasse por o seu nome
na gestão. Para isso, tinha q ser um fdo q pode ganhar qdo as ações estão
estruturalmente baratas (ñ taticamente), e tbem pode se proteger qdo tudo
estiver caro, estruturalmente caro.


2. Com isso chegamos no Black. É um fundo q da pra ficar comprado qdo


acharmos q temos opções baratas, e é um fundo q dá pra ficar zerado qdo não
acharmos ativos baratos. Isso independe do bom/mau humor momentâneo do
mercado. Aliás, humor costuma ser um sinal contrarian.


3. Em ações, o Alaska Black é tradicional: somente ações compradas, de 67% a


100% do patrimônio e ñ faz shorts em ações. Mas podemos vender índice
futuro em até 2x o que o fdo estiver em caixa, desalocado.


4. Sendo assim, caso o fundo tenha uma visão pessimista p/ o PREÇO das ações,
e nossa alocação caia para 67%, isso nos permite vender 2 vezes os 33% que
estaríam em caixa, ou seja, 66%. Nesse caso o fundo fica com a exposição
líquida em ações de apenas 1%. Praticamente zero.


5. Qdo ñ encontrarmos mais oportunidades na bolsa, geralmente isso coincide c/


um pico de otimismo dos investidores e de preços dos ativos, mínima histórica
do desemprego, recorde de utilização da capacidade das indústrias e recorde
na confiança dos investidores/consumidores.


6. Com relação ao câmbio, podemos ficar de 100% vendidos até 100%


comprados. Desde início de 2016 temos trabalhado majoritariamente vendidos,
tanto para proteger nossas exportadoras de uma valorização excessiva do Real,
quanto para ganhar com a valorização do Real versus o Dólar.


7. Ora a bolsa cai por alguma denúncia contra alguém, ora ela sobe por alguma
notícia positiva nos EUA, etc. Esse zigue-zague ñ importa p/ nós, além de ser
imprevisível e insignificante no longo prazo. O único prazo q consideramos p/
o investimento q realizamos é o longo.


8. O Alaska Black despertou gde interesse nos últimos meses, devido


majoritariamente à performance, mas esse período diz pouco sobre o fdo. Vale
lembrar q o período recente (de 2016 até hoje) é anormal. O Black muito
provavelmente ñ manterá esse ritmo no longo prazo.


9. Isso só foi e está sendo possível pois temos conseguido achar cias
demasiadamente baratas p/ investir, além de oportunidades atípicas nos juros
e no dólar. Nem sempre isso será possível. Desde jan2016, o Black subiu
290%, o ibov 65% e o CDI 29%


10. Esse ritmo do fundo Black resulta num retorno médio ao ano de 74%, com Ibov
retornando 22% ao ano e o CDI 11% ao ano. Um ritmo claramente anormal
no longo prazo. No entanto, apesar do retorno de 290% nesse período, nesse

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 122/201
mesmo tempo não faltaram períodos de queda:


11. Tivemos queda de 20% do início de 2016 até 21 de janeiro/16, queda de 8,58%
de 5 a 16 de fevereiro de 2016, queda de 7,79% de 11 a 15 de março de 2016,
queda de 6,73% de 30 de março a 6 de abril, queda de 9,74% de 12 a 19 de
maio, de 6,42% de 8 a 14 de junho...


12. ...queda de 5,80% de 11 a 26 de agosto, de 7,78% de 8 a 14 de setembro, de


6,33% de 25 de outubro a 3 de novembro, 10,89% de 2016 de 9 a 16 de
novembro de 2016, queda de 10,71% de 23 de fevereiro até 14 de março de
2017 depois de uma sequencia muito forte desde novembro/16...


13. ...quando o fundo andou 52,43% de 16 de novembro até 23 de fevereiro,


queda de 9,21% de 4 de abril até 13 de abril de 2017, queda de 30% de 16 a
18 de maio, queda de 7,78% de 19 a 27 de junho, queda de 12,24% de 13 de
outubro até 14 de novembro de 2017...


14. ...queda de 9,65% de 1 a 9 de fevereiro de 2018, e agora mais recentemente


uma queda de 20% de 10 de maio até hoje. Por tanto, em prazos curtos, o
Black tende a ter um caminho extremamente sinuoso e volátil.


15. Ora a queda é apenas uma correção depois de uma performance forte e pelo
esgotamento de fluxo comprador, ora a queda se deve a preocupações
econômicas ou políticas q dominam a pauta. É curioso notar q os períodos de
queda são bem numerosos e frequentes nesse período.


16. E mesmo assim, nesse período de quedas intermináveis, o retorno total no


período foi bem alto. Durante os últimos 29 meses, especificamente, tem sido
uma constante as fontes de volatilidade.


17. Tivemos as ameaças de aumento de juros nos EUA e seus potencias impactos
negativos nos EMs, preocupações de desvalorização do yuan e o seu impacto
nos países q exportam p/ a China, preocupações qto aos acordos dos países da
OPEC em relação aos cortes na produção de petróleo..


18. ...tensões no Oriente Médio, ISIS, escândalos políticos e delações no Brasil


colocando em risco a governabilidade, julgamento da chapa Dilma/Temer no
TSE, o risco de não execução das reformas da Previdência, Trabalhista e PECs
como a do Teto de Gastos, delação do Joesley...


19. ...crises políticas, impeachment na Coréia do Sul, greve de caminhoneiros, as


ações imprevisíveis do Trump, e o impacto nos outros países asiáticos, eleições
na Europa, Brexit, etc.


20. Enfim, o mundo e o BZ está c/ uma pauta enorme de assuntos c/ gde potencial
de impacto de curto prazo nos preços das ações há vários e vários meses.


21. Qdo ocorre, e ocorrerá inúmeras vezes na história do fundo e do mercado, a


“demora” p/ se voltar p/ a máxima ou p/ o “terreno positivo” é, p/ muitas
pessoas, angustiante. Normal. Ñ faltaram e ñ faltarão momentos em q
fiquemos negativos “sem direção” por um tempo.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 123/201
22. Já ficamos em queda ou sem direção em inúmeras ocasiões e na imensa
maioria delas não conseguimos antever com precisão quando iriam ocorrer.
Essa é a nossa natureza. Gde parte do nosso ganho de longo prazo vem de não
termos medo de "cair", "perder", no curto prazo.


23. No entanto, tbem ñ faltaram e ñ faltarão momentos em q o fdo teve ou terá


resultado surpreendentemente positivo. Já foram inúmeras vezes e a imensa
maioria delas não conseguimos antever quando iriam ocorrer. Não tínhamos a
mínima ideia de q ocorreriam naquele período.


24. Certamente no futuro tbem seremos pegos de surpresa. Já tivemos 14,35% de


alta em um único dia, no 3/mar/16, um mês de 36,49% tbem em março,
24,19% em julho/2017, um mês de 17,60% em agosto/2017. E antes desses
eventos, ñ tínhamos a menor expectativa de suas ocorrências.


25. Se ñ enxergamos qdo as ações iriam cair ou iriam subir, o q estamos fazendo
c/ o fundo de ações Alaska Black? Simplesmente comprando grandes
assimetrias, gdes descontos em ativos q entendemos (ou tentamos).


26. Se o preço q pagamos pelo ativo é suficientemente baixo versus a geração de


caixa q estimamos, ótimo. Se algo q possuímos na carteira ficar ainda + barato,
o q vai provocar queda nas cotas do fundo, ótimo, pois alocaremos mais capital
com retorno futuro esperado ainda maior.


27. Felizmente, qto + incerto e inseguro o mercado está, melhores são as


oportunidades de compra de ativos baratos. Tivessem todas as preocupações
sanadas, com o Brasil sendo percebido novamente como modelo de democracia
no mundo...


28. ...provavelmente teríamos uma infinidade de ações caras na bolsa e


praticamente nenhum investimento atrativo p/ nossos investidores, o q geraria
retornos futuros baixos, zeragem do risco ou a devolução do capital do cotista.


29. Como estamos no meio de uma grande turbulência político-econômica, as


perspectivas de retornos para os próximos anos são muito boas. Assim com
eram no fim de 2002, no fim de 2015, etc. Pode piorar antes de melhorar, mas
o pto de partida é bom.

30. Isso é apenas um resumo de nossa filosofia, certa ou errada, agradável ou


desagradável. É simplesmente no q acreditamos funcionar, e os resultados
nesses 6 anos e meio de fundo e de bolsa, apesar de pífia, tem nos agradado
muito. Nem vou falar do track do Luiz Alves.
Abraço!

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 124/201
Recomendo ler essa série de 3 papers sobre investimento no longo prazo. São
espetaculares. São 146 páginas q passa ponto a ponto sobre os benefícios de se
focar no longo prazo, e não no curto. Muito proveitoso. Esse é o 1o:

https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2442631

Pergunta: Mas Sr Henrique, por que boa parte dos investidores pessoa física não
seguem todo este conceito ? Todos que conheço só querem curto-prazo, é só
ombro-cabeça-ombro, ninguém tem interesse seguir estas filosofia de GRANDES
investidores. Por que isto acontece na sua opinião?


Ramon, boa pergunta. Vou tentar responder de um jeito simples. Tem várias formas
de se ganhar dinheiro. A nossa por aqui é bem difícil de seguir, pq vc fica exposto
às oscilações e dores de curto prazo, e o foco no long prazo requer paciência,
estudo, convicção. É trabalhoso.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 125/201
21 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1009788784899129345

1. Sobre os gdes stockpickers de todos os tempos (ñ necessariamente os maiores


ganhadores de dinheiro), gostamos muito do Walter Schloss (1916 – 2012).
Simples, humilde, low profile, extremamente consistente e um dos alunos mais
longevos do Ben Graham.


2. No famoso discurso sobre os “Superinvestors of Graham and Doddsville” de


Warren Buffett em 1984 na Columbia University, comemorando o 50o
aniversário do livro "Security Analysis" de Benjamin Graham e David L. Dodd,
Walter Schloss é um dos gênios citados.


3. Walter Schloss nunca fez faculdade, mas fez o curso do Ben Graham à noite no
New York Institute of Finance. O Walter trabalhou junto com Buffett na
Graham-Newman, e saiu em 1955.


4. Buffett apresentou Schloss para Adam Smith, autor do livro "Supermoney", de


1972. Adam Smith conta que Schloss disse uma vez para ele q "Eu não sou
muito inteligente". Genial!


5. Ao apresentar Schloss p/ Adam Smith, Buffett disse que Walter nunca se


esquece que ele está gerindo o dinheiro de outras pessoas, disse que Walter
era totalmente íntegro e tinha uma visão de si próprio muito realista. Dinheiro
e ações eram coisas muito reais para ele.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 126/201
6. E seguindo na linha de diversificar o aprendizado com outros stockpickers,
expandirmos nossa literatura, e desmistificar alguns track records (para poder
entender, para poder humanizar), segue um dado interessante sobre o Walter
Schloos versu a Berkshire do Buffett:



7. Nos 28 anos de coexistência, até onde consegui os dados, o track record do


Walter Schloss e do Buffet são impressionantes. 23% de retorno ao ano do
Schloss, e 35% do Buffett. E agora vem algo curioso.


8. Nesse mesmo período, o desvio padrão dos retornos (volatilidade anual) foi de
21% do Walter Schloss e 38% do Buffett. Se pegarmos o porfolio do Walter e
alavancarmos 1.6x, como é a natureza da Berkshire, olha o q acontece:


9. O retorno anualizado do Walter Schloss sobe p/ 35%, cravando com o da


Berkshire. Mas a vol fica menor, subindo de 21% para 33,5%, ficando abaixo
dos 38% do Buffett. O curioso é q isso corrobora com as conclusões do artigo
"Buffett's Alpha": http://docs.lhpedersen.com/BuffettsAlpha.pdf …


10. Uma das conclusões do artigo de Andrea Frazzini, David Kabiller e Lasse Heje
Pedersen é q se vc desalavancar o porfolio da Berkshire Hathaway, vc chega

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 127/201
numa performance boa e consistente com uma boa carteira de ações, muito
parecida (pouco + fraca) com o do Walter Schloss.


11. Walter Schloss é tão bom ou até melhor stockpicker puro q o Buffett, e segue
sendo + um superinvestidor q os investidores deveriam se interessar, estudar
mais. Sua filosofia de investimento, e de vida, tem muito a nos ensinar. Assim
Philip Carret.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 128/201
21 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1009860946649669632

1. Estou vendo ânimos + acirrados c/ alguns fundos MM. Por favor, ñ caia nessa.
Ninguém ganha dinheiro forte ininterruptamente por anos a fio. Assim como
ninguém desaprende tudo o q sabe por causa de 1 ou 2 anos negativos.
Sejamos menos passionais e mais racionais. Não faça isso:

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 129/201
22 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1010166431051329537

1. Statement:

Comecei aqui no Twitter a pedido de amigos q me alertavam sobre comentários


sobre o fundo Alaska Black q estavam sendo feitos. Muita alegoria e ninguém
escrevia o q de fato estávamos fazendo. Alguns chutes, algumas invenções, e
alguns surpreendentemente corretos.


2. Como já estávamos com uma quantidade alta de cotistas, achei de bom tom
começar a escrever sobre como pensamos, sobre investimento em ações, sobre
o Luiz Alves (meu herói na minha profissão), sobre o fundo Alaska Black, sobre
algumas ideias, certas ou erradas, mas nossas.


3. Esperar de 6 em 6 meses para nos comunicar com as pessoas via as cartas


seria muito tempo. Acreditamos nesse mundo novo de interação e conexão
direta entre as pessoas. O mundo pede isso. Todos saem ganhando, se bem
usado. Para nosso fundo, é fundamental.


4. Se a pessoa concordou e entendeu, seja bem vindo à nossa trincheira. Se não


concordou ou não entendeu, ótimo, pois minimizaremos frustrações. Passado
quase 1 ano desde que escrevo por aqui, o negócio de escrever no twitter ficou
mais sério do q imaginava.


5. Existia e ainda existe uma gde demanda reprimida nesse tipo de comunicação.
Estimulo e convido outros gestores a escreverem, a mostrarem como pensam.
Saiam detrás dos avatares no Twitter! É difícil, mas vale muito a pena.
Começando pelo lado desconfortável dessa atividade:


6. (i) vc erra e perde ao vivo; (ii) seus pontos fracos, defeitos e desinformação
ficam evidentes pra todos; (iii) te obriga a falar "não sei" para vários assuntos
q antes o público assumia q vc sabia. Isso gera desconforto para muitos q
preferem não ser confrontados.


7. No entanto, há gdes vantagens: (i) as pessoas saberão com mais precisão


como vc pensa, no q vc acredita, qual o seu viés, qual a sua lógica; (ii) ao
acertar e errar ao vivo, vc tornará a atividade de gestão menos inatingível,
menos elitista, mais realista, menos "livro texto".


8. Nos livros é tudo bonitinho, muito diferente da prática q envolve perdas reais,
medos reais, dinheiro de verdade de muitas famílias. Na prática, a teoria
realmente é outra;


9. (iii) outra grande vantagem é sentir de perto os medos e convicções de várias


pessoas ao mesmo tempo, o q pode te dar sinais contrarians importantes
(Todos pessimistas? Compra. Todos com medo? Compra. Todos muito
confiantes? Venda. Todos despreocupados? Venda.);


10. (iv) outra grande vantagem é melhorar o preparo p/ responder inúmeras

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 130/201
perguntas q surgem, e isso te força a estudar ainda mais. Há ainda o
aprendizado c/ pessoas muito boas q surgem no meio do caminho.


11. Sendo assim, espero q c/ o tempo essa exposição contínua atraia semelhantes,
freie quem pensa diferente p/ ñ causar frustrações ou sensações de enganação,
e ajude a quem quiser aprender alguma coisa a + sobre investimentos. Ñ
sabemos td, mas alguma coisa nós temos a oferecer.


12. E o fato de estarmos totalmente com "skin in the game", sem firula, sem o
famoso "winner's club" (eu avisei, eu sabia, era óbvio...), e c/ o famoso c. na
reta o tempo todo com o nosso capital apostando no q acreditamos, nos
sentimos muito à vontade de expor o q pensamos.


13. Se conseguirmos mostrar ao longo do tempo que dilatar e estender o seu prazo
de investimento trás muito benefícios, já teremos contribuído com algo. Pelo
menos de acordo com a nossa filosofia, q está longe de ser única ou a mais
eficaz. É apenas na qual acreditamos.


14. Ajuda muito conseguir se desprender do ritmo cada vez mais frenético das
notícias q mais balançam os preços do q alteram os valores das cias, e focar
mais no que é essencial, como a empresa e as pessoas q o gerenciam,...


15. ...pelo menos no nosso estilo de gestão. Pessoalmente fico no meio de gigantes
por aqui tentando passar pra frente o q eu gostaria de ter recebido qdo era
mais novo. Eu teria evitado uns estragos e erros grotescos q já cometi no
passado.


16. Mas dizem que a vida e investimentos são assim mesmo, é como fotografia,
precisamos dos negativos para nos desenvolvermos.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 131/201
27 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1012028606682488832

1. A natureza de um bull market é curiosa. Sempre diferente, mas muito igual.


Nosso recente ciclo de alta começou dia 21/01/2016, qdo o índice bateu 9.077
pts em dólar. Desde então já tivemos 100% em dólar, e 88% em Reais. E essa
queda forte recente agora? É normal?


2. No gráfico1 abaixo mostro as quedas desde o máximo no meio do caminho no


ciclo de 2002 a 2008. Temos q muitas vezes o índice em dólar ficou bem abaixo
do máximo. Em destaque temos 25%, 35%, 30%, 28% e 23% de queda. No
gráfico2 está o ibov_usd acumulado c/ as mesmas quedas.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 132/201




3. Repare pelo gráfico1 acima que a queda média, ou ainda, o drawdown médio,
foi de 7,2%. Isso quer dizer q o ind_usd ficou durante os 6 anos de 2002 a
2008, na média, 7,2% abaixo do high. Como está sendo esse bull market de
2016?


4. Fazendo a mesma coisa, no gráfico abaixo mostro as quedas desde o máximo


no meio do caminho no ciclo de jan/16 até hj. Temos q muitas vezes o ind_usd
ficou comportadamente abaixo do máximo. Só agora q foi uma queda +
normal. Em destaque temos 14%, 18%, 20%, 28% e 23% de queda.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 133/201



5. Repare q no gráfico acima, foi usado o mesmo eixo X de 2002 a 2008. É como
se "estivéssemos em 2005". Só pra ter uma ideia. Isso ñ tem nada a ver com
a duração ou intensidade do bull mkt atual. É só pra dar ideia. O ind_usd desde
jan/16 ficou, na média, 6,6% abaixo do high.


6. Até aqui, tudo normal. Correções normais, média de distância pro high
normais. Aproveitando p/ comparar com outros bull markets fora do ibov em
dólar, como fica? Olhando o S&P500 q desde o low em mar/2009 já deu +389%
com os dividendos reinvestidos, como ficamos?


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 134/201
7. Olhando os nossos primeiros 888 dias corridos, de 21/jan/2016 até hj, e
comparando com os primeiros 888 dias corridos da subida do S&P500 à partir
de 9/Mar/2009 até 12/Ago/2011, como ficam os gráficos? Segue:







8. Repare na natureza incerta, medrosa, cambaleante da recuperação dos 2.
Coincidentemente, subidas e correções em índices diferentes, em geografias
diferentes, em composições de carteiras diferentes, deslocadas em épocas
diferentes... mas tão semelhantes. Destaco as semelhanças:


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 135/201
9. Curiosamente, o teste mais desagradável do S&P nos 1os 888 dias foi o
downgrade em 8 de agosto de 2011. Naquele dia o S&P500 caiu 6.66%, uma
segunda-feira. Na sexta anterior tinha sido -0,06% e na quinta -4,78%. O clima
era péssimo. A qualidade do EUA era questionada.


10. Ao redor do 888o dia, acontecia uma boa correção do S&P500, por motivos
particulares dos EUA. Aqui, na mesma época, acontece por nossas próprias
incertezas. E como está nossa trajetória de longuíssimo prazo em dólar? Algo
anormal? Veremos.


11. No gráfico abaixo, c/ o ibov em dólar desde 1965, temos os pontos relevantes:
o máximo, o mínimo, o ponto que iguala ao último máximo, e o novo máximo.
O 18.335 pts é onde estamos agora. Obviamente q retirei todas as
perturbações no meio do caminho, mas os ptos são reais:


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 136/201





12. Em cada realização, em cada queda, em cada perturbação, uma notícia
bombástica, ou cenário preocupante se instaurava. Essa é a natureza que
movimenta os preços no curto prazo.


13. Os gráficos e semelhanças entre '02-'8 vs '16 até hj, seja nas correções ou na
intensidade, e entre nossa recuperação atual vs a do S&P500, servem pelo
menos para mostrar q hj não tem nada de anormal se compararmos com nós
mesmos no passado, ou até mesmo com os EUA.

14. Com vcs, Howard Marks https://twitter.com/HowardMarksBook/status/1012038139286900744

Mark Twain once said, “History doesn't repeat itself, but it does rhyme.” Within
#investing, cycles come in many forms, but the underlying reasons for them (and the
patterns they produce) have a lot in common, and tend to be somewhat consistent
over time.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 137/201
28 de junho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1012338490040832001

3. @F_C_Leite Vou seguir por aqui q é melhor. Mais fácil via thread:

Muito resumidamente, o FED comprou $2.5 tri em treasuries e $1.8 tri em


mortgage-backed securities. Foi um "PROER" americano pra salvar banco.


4. Dos 2.5 tri em tsy, $1.4 tri maturam em <5 anos. Esse tsy q vence é um gde
zé c/ zé entre tesouro e FED. É um $$ eletrônico q desaparece. O efeito prático
já foi qdo essa compra de títulos injetou dinheiro dentro dos bancos desde '08,
p/ salvar a liquidez e o sistema bancário.


5. Conforme esses tsy e MBS vão vencendo, o balanço do FED desinfla sem q
exista $$ sendo jogado ou retirado de algum lugar. O efeito já foi. Se tentarmos
ver o que aconteceu quando o balanço do FED estava sendo inflado e os efeitos
no DXY, na verdade vemos q...


6. ... o inchamento do balanço do FED valorizou o usd no mundo. Ora, fica


esquisito imaginar q o inchamento valoriza o dólar e o deleverage tbem valoriza
o dólar. Penso q não é por aí. O QE é mundo em riskoff com medo e precisando
de ajuda. Balanço do FED vs DXY:


7. Qdo o FED volta ao normal, o q significa um mundo que NÃO precisa mais
respirar por aparelhos, é um mundo q anda c/ as próprias pernas, é riskon, o
q desvaloriza o dolar.


8. O efeito prático da injeção de dinheiro promovido pelo FED nos bancos, esse
grande "PROER", foi uma desalavancagem brutal do sistema bancário. Somei
os balanços dos seguintes bancos: JPM, BAC, Citi, RY, GS, MS e DB. Olha a
soma dos ativos / soma dos patrimônios:


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 138/201




9. Em 2008, esses loucos tinham 37-40 vezes o patrimônio em ativos, muito deles
podres. Hj está nos mais baixos níveis desde 2001. Os bancos estão
extremamente líquidos e sem risco, muito graças ao FED. Liquidez alta, risco
baixo, é igual a dólar caro.


10. O dólar injetado no sistema bancário não foi usado. Qdo o processo de
alavancagem começar novamente (sempre ocorre), esse dinheiro será
colocado pra trabalhar, tanto em coisa boa qto em porcaria. E aí esse dólar no
caixa será trocado por alguma outra coisa. Abs!

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 139/201
2 de jul de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1013861105242959873
Seguindo
Mais
Seguindo @hbredda
1. Já q esse questão vira e mexe volta, vamos lá. O IBOV NÃO perdeu do CDI no
longo prazo. É um mito isso, às vezes até sem nexo. 1o pq o CDI ñ tem prazo
longo de existência. Começa aí o erro. O CDI é de +/-1980, e o ibov existe
desde 1968. O CDI tem 38 anos e o ibov 50 anos.

2. Se quiser comparar o longo prazo, q seja feita a comparação longa de fato. O


Luiz Alves investe em bolsa bem mais tempo do q existe o CDI. O CDI é um
baby perto dos velhos de bolsa no Brasil. Felizmente, os dados são públicos e
dá p/ se fazer a VERDADEIRA comparação longa.


3. Como o próprio IPCA é baby, existe só desde jan/1980, usei o IGP-DI q é mais
raiz e existe desde fevereiro de 1944 para ajustar o Ibovespa. Usei o próprio
IGP-DI para ajustar o overnight/CDI desde 1968 para ver o retorno real da
nossa toda poderosa taxa livre de risco.


4. Vamos direto aos resultados e comento a seguir a anomalia. O Ibov deu um


retorno real de 2.481,89% e o Overnight/CDI deu um retorno real de 71,37%.
Isso é CAGR real de 6,72%aa pro Ibov e um CAGR real de 1,08%aa pro
Overnight/CDI, ambos desde 1968.


5. Pelo gráfico acima, fica claro pq quem tem 50 anos de bolsa construiu alguma
coisa, e quem tem 50 anos de CDI/Overnight não construiu nada. Além disso,
a tributação em cima do CDI/Overnight é muito pior q nas ações, com seus
dividendos isentos e sendo reinvestidos.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 140/201
6. Mas então, da onde vem esse dogma irrefutável de q o CDI é imbatível no
longo prazo? Dizer "longo prazo" está errado pois 34 anos não são 50, e nem
tão longos qdo se pensa em construção patrimonial de verdade. Mas ainda
assim, da onde vem essa força implacável do CDI?


7. Essa força vem de um período extremamente anômalo. No fim da década de


90, e no início dos 2000s, tivemos um CDI quase q criminoso: 53,1% em 95,
27,2% em 96, 24,5% em 97, 28,6% em 98, 25,2% em 99, 17,3% em 00,
17,3% em 01, 19,1% em 02, 23,3% em 03, 16,2% em 04, 19,0% em 05.


8. Essa sequencia de retorno real sem risco é sem precedentes. Esse juros, um
subproduto do endividamento interno q escolhemos como o lastro do recém
criado Real, foi um alto preço a se pagar p/ enterrarmos uma inflação de 80%
ao mês. Mas isso já foi.


9. Portanto, os anos de 50%, 30%, 20%, 15% de CDI fazem a concorrência com
o Ibov desde o início do Plano Real ficar dura. Mas a lógica diz q daqui p/ frente
a rentabilidade das cias pode ser replicada no futuro c/ mais probabilidade do
q os anos de 50%, 30%, 20%, 15% de CDI.

10. Aproveitando a thread, temos um outro problema fundamental na comparação.
Apesar do Ibovespa ser bem melhor q a taxa livre de risco em 50 anos, ainda
temos um problema de construção no ibov, que já foi corrigido em 2013, mas
deixou estragos no seu histórico.


11. O ibovespa dava muito peso pra liquidez, e menos para o tamanho (mkt cap),
do q o IBX. O IBX, além de mais diversificado, ñ cometeu tantas atrocidades
em sua carteira teórica como o Ibovespa, por construção. O Ibov se lambuzou
c/ as empresas do Eike, além dos 45% em telebrás.


12. Desde fim de '13, IBOV e IBX andam muito parecidos. Mas, pegando os dados
do Bloomberg desde início do IBX (03/Jan/1996), temos q o IBX deu 2686%,
o Ibov 1448% e o CDI 2527%. Ou seja, mesmo c/ CDI de outro mundo como
na década de 90 e início de 2000s, o CDI perdeu do IBX.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 141/201
13. Gostaria de terminar aqui c/ o seguinte:
(i) o CDI ganhou do Ibov desde início do Plano Real, mas CDI/Overnight em 50
anos ñ ganhou do IBOV;
(ii) o ibov teve problemas em sua carteira e foi ajustado em 2013. O IBX,
melhor construído, ganha do CDI mesmo no período anômalo;

(iii) é mais provável termos a mesma natureza de rentabilidade p/ as empresas
no futuro, do q anos de 50%, 30%, 20%, 15% de CDI;

14. O IBOV ganhou do CDI no longo prazo. O IBX ganhou mais ainda. Daqui pra
frente, ninguém sabe, mas tenho um palpite de quem ganhará.


15. Boa parte da devoção ao CDI, de colocá-lo no pedestal, vem daqueles q


incentivam e precisam de poupadores estáveis e despreocupados funcionando
como funding barato p/ aplicações lucrativas. Quem construiu algo poderoso
no Brasil, ñ investiu em CDI, mas o usou como funding.

Comentário: O Acid Test para mim é a baixissima alocação em Bolsa no Market


Portfolio brasileiro. Mesmo no IHFA, (Faria Lima e Leblon) está abaixo de 7%. Isso
vem de longe. Alguém está deixando nota de 100 reais no chão? Acho q não. LDI-
Liability- driven-Investment.


Bredda

Deixam nota de 100 reais no chão o tempo todo. É q o jogo do itaim-leblon é outro
Chicago-boy. É o jogo do assets under management, ñ o de performance. Conheço
muito bem, e detalhes indizíveis sobre isso.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 142/201
Cansei de receber conselhos de grãos-mestres buffettianos p/ ñ divergir tanto do
benchmark. "Pq vc ñ compra a ação XX e a YY q todos tem e é gde no índice? Pq se
arrisca tanto? Pelo menos vc ñ coloca o 'busines em risco' ". Ouvi isso num almoço
semana passada sem rodeios.


Muitos fundos preferem ser medíocres mas manter o cotista cobrando %adm, do q
tentar fazer algo bem diferente pra gerar performance, mas q pode afugentar o
cotista e vc perde %adm. Conheço bem isso. Se vc visse essa mentalidade de perto,
iria entender.


Entendo esse jogo, mas discordo radicalmente. Eu ñ saberia fazer isso p/ viver.
Muito menos o Luiz Alves. É por isso q montamos a Alaska: p/ pegar as notas de
R$ 100 q muitos deixam no chão em troca de sharpe e outros nomes bonitos q
levantam dinheiro p/ gestor, mas ñ p/ cotista.


Acho q uma hora vai acontecer sim essa mudança em adm e perf. De td forma,
ainda ñ é %adm e %perf q diferenciam os fdos. É a performance líquida. Vai
continuar existindo os bons e os ruins. E ainda apareceriam muitos fundos ruins
cobrando pouco e fazendo "promoçoes de fees".

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 143/201
16 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1018945521292111881

1. Sem entrar em detalhes demais, nosso principal critério de seleção é simples:


dado o preço da ação na bolsa, versus a geração de caixa que estimamos para
a empresa, procuramos entender qual a taxa interna de retorno sobre o capital
alocado do acionista.

2. Pra quem já está acostumado com modelos de fluxo de caixa descontado, o


que queremos descobrir é qual a taxa de desconto q, se usada, iguala o valor
presente do fluxo de caixa com o preço na tela. Não falamos sobre preço alvo,
upside. Falamos sobre prêmio sobre a TIR exigida.


3. Quanto maior essa taxa, ajustada ao risco da companhia (temos uma análise
de crédito p/ cada cia), mais tendemos a investir. A taxa interna de retorno
esperada sobe conforme o preço da ação cai, se mantivermos a estimativa de
geração de caixa inalterada.


4. A TIR esperada tbem sobe se o preço da ação fica constante enquanto


revisamos p/ cima nossa estimativa de geração de caixa. Em resumo,
queremos saber aproximadamente a q TIR rodará o nosso capital se pagarmos
o preço de tela e a geração de caixa for minimamente o q esperamos.


5. Mas tudo isso acima é só teoria, só Excel, só estimativa e tem valor zero se a
prática não confirma. Em investimentos, a teoria tem valor zero se os
resultados não se confirmam. Aqui não cabe teoria pela teoria. Tem que ter
relevância prática. E como a TIR tem sido na prática?


6. Embora calculássemos a TIR de todas as posições desde 1/1/2012, só


passamos a registrar diariamente à partir de 21/08/2012 (bobeamos!). Nesse
período, desde 21/08/2012, o fundo teve 203%, o q dá um retorno anualizado
de 20,7%aa.


7. Se olharmos a média das TIRs diárias do Black, onde cada dia tivemos um
portfólio com ações e/ou tamanhos diferentes, chegamos numa TIR média
desde 21/08/2012 de 21,9%. Em prazos muito curtos, a performance do fundo
e média da TIR da alocação de capital podem ñ ter nada a ver.


8. Mas em prazos mais longos, a performance do fundo em % anualizado e média


da TIR da alocação de capital TEM que convergir. Se não convergir p/ algo
parecido, sua estimativa de TIR está errada.


9. É claro q muitas vezes erramos p/ cima, e outras tantas p/ baixo nas


estimativas. Mas são tantos investimentos q, somados c/ anos de portfólio, os
erros deveriam se anular +/-. Vc ñ pode sempre investir com TIR >25% e
acabar c/ CAGR no portfolio de <20%. Algo estaria errado.


10. Esse acompanhamento da TIR do portfólio e da performance subsequente


serve como autodisciplina. Não enxergamos nosso portfólio como um
amontado de papel com retornos aleatórios, mas sim como fatias patrimoniais

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 144/201
de cias q nos dão direito a uma fatia do fluxo de caixa.


11. Além disso, enxergamos ações como "bonds de cupom variáveis". Assim como
bonds, as cias possuem "yield to maturity" (TIR), possuem "duration"
(sensibilidade à mudanças na tx de desc.) e, sobretudo, cias são ativos vivos
q se adaptam, evoluem, mudam. Tem q ficar atento.


12. Segue nosso gráfico de retorno acumulado desde 21/08/2012, em paralelo com
a TIR diária. Essa data é o início do nosso registro diário de TIRs. TIR e retorno
deveria ter retorno contrário, como num bond (NTN-B 2050 ao lado, preço vs
yield):



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 145/201




13. Assim como em bonds, quanto maior a taxa interna de retorno implícita (qto
maior o yield), maior o retorno subsequente. Isso fica evidente no final de 2015
e início de 2016 quando tivemos TIRs da ordem de 35% no Black. Hoje nossa
TIR é de 23%, ainda bem alta.


14. Sob esse ponto de vista, o portfólio não nos deixa ficar míopes. A TIR de hoje
nos dá uma pista de como será o retorno futuro. E, sendo assim, preço baixo
hoje fica sendo evidentemente um ponto de partida de retornos altos pro
futuro, e vice-versa (TIR baixa é péssimo).


15. Mas uma outra forma bem mais interessante é ver o retorno do portfólio
comparando com o prêmio que a TIR teve acima do pré de 10 anos. Nossa TIR
média foi de 21,9% nominal, o que foi equivalente a uma média de pré de 10
anos + 10,02%:







16. A TIR do Black era de 13-14% em meados de 2012, o que dava na época 3%-
4% de prêmio em cima do pré de 10 anos. Hj a TIR do Black é de 23%, o que
da 11,3% de prêmio em cima do pré de 10 anos.


17. Só p/ se ter uma ideia, como o Black tem um duration médio de ~7 anos, p/ o
Black voltar a ter uma TIR de 13%, as ações da carteira precisam subir
aproximadamente ~70% (10% x 7). Isso é só uma ideia de tamanho, pois o
duration muda ñ linearmente conforme a TIR (convexidade).


18. Cálculo de TIR, de upside, de target, de múltiplo de saída, ou qq outra coisa,


cada um q julgue o q mais lhe serve. Pra nós, acompanhar a taxa interna de
retorno implícita é a que mais nos deixa focados. Quem quiser adotar esse
método, recomendamos. Não temos do q reclamar.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 146/201
Pergunta: vocês usam análise gráfica para definir pontos de entrada? Ou vocês
compram quando a análise interna de vocês dá compra, independentemente do
preço?


Bredda:

Os cálculos de TIR não levam em torno gráficos.

Mas gráficos de longuíssimo prazo para o mercado como um todo, olho sim.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 147/201
19 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1031954365488275457
Seguindo
Mais
Seguindo @hbredda
1. No curto prazo, vale tudo. Qq coisa pode fazer preço se mexer. Pesquisas
eleitorais, tweet do Trump, resultados da Apple lá fora, negociações entre
China x EUA, ameaças de conflito, golpe na Turquia, etc. É infinito as fontes de
ruídos.

2. E ñ são necessariamente ruídos pequenos. Oscilações de 30, 40% nos preços


das ações ou no ibov são suficientes p/ matar do coração muita gente, mesmo
sendo ruídos. Ruídos tem uma definição simples: td aquilo q muda as txs de
desconto, mas não substancialmente o fluxo de caixa.


3. Ao longo dos anos (ANOS), o seu retorno total vai dependendo menos e menos
dos ruídos (expansão ou contração de múltiplos), e mais do retorno composto,
do compounding, do caixa gerado dentro das cias e reinvestido ou distribuído
via dividendos e vc mesmo reinveste.


4. O q potencializa e turbina esse retorno total são os períodos de baixa e/ou


muita volatilidade nos preços. Os dividendos recebimos te possibilitam comprar
mais ações. Volatilidade e dispersão de retornos te possibilitam trocas. Vender
as menos baratas e acumular as + baratas.


5. Mas no meio da baixa, vc não enxerga esse benefício. Todo o seu estoque fica
marcado lá embaixo, e os ganhos q estão sendo contratados nas trocas,
demorarão um pouco para aparecer. Mas virão.


6. Vejo esse período eleitoral como lição ao vivo novamente. Ou ébo candidato
pró mercado, ou é o caos. Ou o presidente é o mega tocador de reformas, ou
o país explode. É isso mesmo? Sério? Não, não é.


7. Todos os presidentes e congresso no Brasil q se encontraram numa situação


de pais sem grana, se mexeram. Seja privarizando na década de 90, seja
mexendo na previdência como Lula em 2003, seja o Temer agora.


8. Dilma ñ fez reformas pq qdo assumiu ela estava atendendo outras demandas.
FIESP queria a ñ renovação das concessões de usinas de energia. Indústria
automobilística de pesados queria PSI. Indústria de linha branca foram
atendidas. Donos de escola tiveram o FIES. E assim vai.


9. O mercado e empresários pedem, o governo atende, de uma forma ou de outra.


FHC deu o PROER, etc. Já veio de governos improváveis coisas q mudaram o
país, como o Plano Real do Itamar. E Meirelles surgiu com Lula, levando o juros
de exorbitantes 30-40, para sub 10%.


10. Mas tbem somos experts em fazer o inverso. Logo após o conserto, as mesmas
pessoas, presidentes ou congressistas, q geraram a economia e fizeram as
reformas, gastam e torram recursos novamente.


11. O próximo presidente terá orçamento apertadíssimo. As despesas com juros e

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 148/201
previdência são enormes e crescem exponencialmente comendo todas as
receitas como um buraco negro. Não há espaço ou alternativa senão cortes,
privatizações e reformas.


12. Se brincar de imprimir dinheiro, inflação explode. Se der default na dívida, fim
da linha pro Brasil c/ o resto do mundo. Se aumentar impostos
demasiadamente, receita total cai. E eles sabem disso. Podem bancar o
socialistinha nas redes, mas na prática sabem muito bem disso.


13. Em essência, acredito q, novamente, ainda mais se considerarmos as contas


externas brasileiras q nem sempre estiveram tão bem, desse período de hj,
inclusive, até o dia prévio de se definir o próximo presidente, se desenha um
belo momento de acúmulo de ativos brasileiros.


14. Vai piorar? Provavelmente. Muito mais? Não sei. Vai dar pra saber qdo será o
mínimo preço? Não. Os preços atuais estão bons para compra? Muito.

------

É nisso q acredito.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 149/201
19 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1019979245676875777

Seguindo
Mais

Cesta de moedas emergentes e o Dólar-Real. Essa boquinha de jacaré já tem um


bom risco político dentro.

"The MSCI EM FX Hedge [USD] Index reflects the investment process of hedging
the currency exposure of the MSCI Emerging Markets Index in USD."

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 150/201
19 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1019925228078686213

Se as explicações do primeiro gráfico do ibov em dólar estão corretas, as explicações


para segundo gráfico das commodities também deveriam ser corretas, ok?

(gráf de 1992 até hj)

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 151/201
Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 152/201
23 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1021460961067261954

1. Quiz

Imagine uma cia q o lucro líquido cresce 8%aa, e distribui dividendos c/ um payout
de 60%. Vc compra essa cia no múltiplo inicial e reinveste os dividendos durante 40
anos comprando mais ações nos 3 cenários abaixo:


2. 1. Vc paga 10x P/E e ao longo de 40 anos a ação vai barateando linearmente


até 5x P/E.

2. Vc paga 10x P/E e ao longo de 40 anos a ação fica estável em 10x P/E.

3. Vc paga 10x P/E e ao longo de 40 anos a ação vai encarecendo linearmente


até 15x P/E.

3. Entre as 3 alternativas acima, comparando o capital inicial com o capital total
final depois de 40 anos, qual lhe dará o maior retorno total?



44%entra a 10x,sai a 5x P/E 



11%entra a 10x, sai a 10x PE 



45%entra a 10x, sai a 15x PE 


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Resultado final











1>2>3

A expansão de múltiplo funciona muito bem no curto prazo, mas em prazos


longos, mesmo os investimentos q emagrecem o múltiplo podem ser excelentes
se distribuírem dividendos e vc usá-los nessa fantástica máquina de
compounding.

Senhores, seguem as 3 alternativas de investimento com o CAGR do preço da


ação na coluna 'P', o CAGR do número de ações na coluna 'Shares', e o CAGR
do valor total do estoque na coluna 'Financeiro'. O que importa é o preço da
ação composto com o aumento do número de ações.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 153/201
Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 154/201

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 155/201



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23 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1022597890915618816

Crença

1. Acredito q a bolsa tem vida muito mais independente do ambiente político do q


imaginamos. Dependemos principalmente das commodities. Isso já mostrei
algumas vezes:








2. Da até pra brincar com as justificativas dos movimentos de bolsa seguindo a


visão padrão dos jornais como no 1o gráfico. Mas isso implicaria tbem no 2o
gráfico, o q seria uma zoeira sem nexo. Portanto invalida as explicações do 1o
gráfico:



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 157/201






3. Isso posto, nossa bolsa deu 40x em dólares desde 1985, enquanto o S&P com
os dividendos de 20x, independemente dos nossos "heróis" abaixo:



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 158/201




4. O Brasil faz reformas qdo o Estado fica pobre, e torra dinheiro quando o Estado
fica rico. Isso independente de ideologia. Não vamos mudar tão cedo. Um
presidente mais esperto ou mais burro implica num certo adiantamento ou
atraso nas reformas, mas vai.


5. Sendo assim, vc NÃO precisa se preocupar com o grande salvador da pátria dos
seus investimentos. Isso se resolve naturalmente. Aqui fala pras pessoas
preocupadas com bolsa, moeda e juros por exemplo.


6. Mas... todo o resto, a roubalheira nos órgãos públicos, o ensino atrasado, o


puxasaquismo do fidel/che nas eacolas, oa 70 mil homicídios por ano, a
ineficiência dos órgãos públicos, o aparelhamento ideológico no judiciário...
Ahh... isso depende sim de quem formos eleger.
eguindo
Mais
Seguindo @hbredda
Isso é só uma opinião. Longe de ser fato. É só como eu vejo a coisa andando por
aqui no nosso país.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 159/201
30 de julho de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1023931443519676416

1. Commodities (linha branca) versus o Real (cents de dólar por Real) (linha
laranja):

gráf1: 10 dias

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 160/201
gráf2: 5 anos

gráf3: 10 anos

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 161/201
31 de jul de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1024282521893257216

1. Um dos maiores gênios da atualidade, q está na moda, Daniel Kahneman, 82


Prêmio Nobel de Economia em 2002 pelos trabalhos e estudos aplicados de
psicologia na economia, nos ensina muito sobre os vieses cognitivos.


2. Esses vieses são padrões de distorção de julgamento q ocorrem em situações


particulares. São distorções de percepção, de julgamento ou interpretações
ilógicas. São irracionalidades influenciadas por algo q o indivíduo mal se dá
conta.


3. No link abaixo temos um bom mapa sobre os vieses cognitivos agrupados por
grandes temas. http://ritholtz.com/2016/09/cognitive-bias-codex/ …. Vale
gastar um tempo e dar um zoom no mapa. Interessantíssimo.








4. Se nem o próprio Daniel Kahneman, o papa dos vieses cognitivos,


inteligentíssimo, com mais de 80 anos de idade, tendo vivido nos meios mais
intelectualmente desenvolvidos do mundo, conseguiu se livrar de viés cognitivo,
o q dizer de nós meros mortais?


5. Daniel Kahneman, no evento "New Yorker TechFest", em outubro de 2016,

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 162/201
disse sobre Trump q “the idea that that person can secure some 40% of the
base of the electorate is just astonishing and I’m really quite worried.” Era
surpreendente pq q razão? Viés.



6. Na entrevista dada por Daniel Kahneman ao "O Financista", em junho de 2016,


"O Financista" perguntou "Em quem pretende votar: Hillary Clinton ou Donald
Trump?" Kahneman: "Essa é fácil, eu não conheço ninguém que votará em
Trump."



7. Juntando as peças, é surpreendente para Daniel Kahneman que Trump tivesse


40% das intenções de votos (mal ele sabia q Trump ganharia), pois ele ñ
conhecia NINGUÉM q votaria no Trump. Ninguém.


8. Pelo mapa do link, vemos o item "nós achamos q sabemos o q as outras pessoas
pensam". Não sabemos. E a convivência num meio acadêmico dominado por
pessoas mais propensas a serem de esquerda do q de direita, tornaram a
popularidade do Trump estranha até mesmo p/ Kahneman.


9. Se até quem ganhou o prêmio Nobel em estudos sobre vieses cognitivos SOFRE
vieses, e ele certamente está ciente disso e tenta se corrigir, imagina as outras
pessoas.


10. Os vieses distorcem a percepção da realidade. Preenchemos características de


estereótipos, generalizações e histórias sempre q há falta de informação.
Convenientemente, esquecemos então quais partes eram reais e quais foram
preenchidas, inventadas, imaginadas por nós.


11. Ontem no #BolsonaroNoRodaViva #RodaViva foi um festival de vieses


cognitivos dos entrevistadores: erro de atribuição de grupo, estereotipação,
efeito de credibilidade moral, viés da autoridade, viés da automação, efeito
adesão.


12. E a uniformidade dos entrevistadores, q atuaram mais como representantes


uníssonos de uma classe, evidenciou tbem vários outros vieses, como: efeito
halo, favoritismo intragrupo, erro da atribuição grupal, diminuição reativa de
valor, efeito da positividade.


13. Em suma, os entrevistadores pareciam viver num mundo a parte, desconectado


do q a população quer saber, de quais são as reais preocupações da população,
das dúvidas das pessoas. A entrevista parece ter ocorrido numa bolha, num
ambiente apartado da realidade.


14. A população ñ está nem aí pra regime militar, quer saber de propostas pra
educação. Pq gastar saliva c/ quilombola/racismo/misoginia ao invés de forçar
o candidato a dar soluções pro gasto público? Temos q falar de tortura ou temos
q resolver a dívida pública e gerar emprego?


15. Enfim, foi um prato cheio p/ fã nenhum de Daniel Kahneman botar defeito. Se
aquilo era a nata do jornalismo, o q lemos todos os dias certamente está
infestado de vieses. Triste. Isso faz os leitores perderem a referência e a
questionar a credibilidade de tudo e de todos.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 163/201
16. Ontem ficou + evidente, mas ocorreu em menor grau tbem c/ João Amoedo.
Cheio de vieses. Minha conclusão foi uma só: qto mais vc conseguir checkar a
informação pessoalmente, melhor. Mais vale seguir dois ou três jornalistas de
extrema confiança, do q ler de tudo. Triste.


17. Essa thread é apenas um alerta de nossa vulnerabilidade frente aos nossos
próprios vieses, e p/ nunca nos esquecermos dos vieses cognitivos de quem
passa uma informação, q pd ser uma opinião disfarçada de fato. Em essência,
aplique a filosofia de research independente p/ td.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 164/201
4 de agosto de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1025540742243074049

Uma pergunta muito importante foi feita hj num evento: qual o prazo mínimo
recomendado p/ se investir em ações? Dizem 5 anos, mas ñ consigo pensar em
data. P/ mim é projeto de vida, é p/ sempre. Todos os meus heróis nessa empreitada
investem a vida inteira, ou fizeram até morrer.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 165/201
7 de agosto de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1026905810687934469

1. Toda essa discussão surgiu de uma conversa minha com o Luiz Alves qdo
perguntei sobre a história de renda fixa no Brasil, sobre essa lenda do CDI ser
"fortíssimo". E a resposta foi q ele sempre viu a renda fixa muito ruim.

2. Óbvio q o histórico do CDI recente é forte, e queria saber pq ele tinha essa
impressão de ser péssimo, horroroso, desde 1963 quando o Luiz Alves
começou. Ele viu, esteve lá, e o overnight era pífio. Era o q se tinha a disposição
e muita gente perdeu dinheito real nele.


3. Pra fazer o estudo, peguei tudo o q se tem a disposição, no maior período


possível. Assim como Stocks for the Long Run de Jeremy Siegel, long run tem
q ser longo mesmo, para diluir as anomalias no tempo.


4. Se for pra cortar período anômalo, poderia então cortar os dois, o de juros real
negativos, e os extremamente positivos. Fica estranho tirar somente os antes
de 1986, e deixar a bizarrice de 30, 35, 40, 45% da década de 90. Como ficaria
nesse seu cálculo ajustado?


5. Uma outra conta importante é a própria composição do ibov (concentrado)


versus o IBX (mais diversificado). Mesmo considerando o período de existência
do ibx, q pega os anos bizarros do CDI, o ibx ganha. Mas isso não vem ao caso
pois ainda acho muito curto.


6. Ainda fico com o período total, ou corta os juros negativos da década de 70 e


os muito alto da década de 90. Mas mesmo assim, estaríamos descartando nos
2 casos algo que ocorreu de verdade.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 166/201
8 de agosto de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1027315304005861376

Mais
Seguindo
1. O tipo de congresso, reformista ou gastão, é consequência, e não protagonista.
O ciclo econômico determina o ciclo político. País na lama demanda corte de
gastos. País surfando mundo forte, produz congresso leniente, gastão
irresponsável.

2. O mesmo parlamentar pode ser gastão, ou reformista, dependendo das


necessidades circunstanciais. Essa é a nossa história. Nem os "super-heróis"
abaixo (fig 1) conseguiram impedir a alta da bolsa e não nos desvincularam do
ciclo de commodities no mundo (fig 2).






3. O motivo de existir ciclos, principalmente no Brasil q gravita em torno do centro,
é uma analogia com o provérbio oriental abaixo:

"Homens fortes criam tempos fáceis,

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 167/201
Tempos fáceis geram homens fracos,
Homens fracos criam tempos difíceis,
Tempos difíceis geram homens fortes."


4. Traduzindo:

"Pessoas, empresas e governos responsáveis criam bull markets,


Bull markets criam pessoas, empresas e governos irresponsáveis,
Pessoas, empresas e governos irresponsáveis criam bear markets,
Bear markets criam pessoas, empresas e governos responsáveis."





5. Já dizia Howard Marks:

“Ignoring cycles and extrapolating trends is one of the most dangerous things
an investor can do”.
“Rule 1: most things will prove to be cyclical. Rule 2: some of the greatest
opportunities for gain and loss come when other people forget rule number
1.”



6. “I think it’s essential to remember that just about everything is cyclical. There’s
little I’m certain of, but these things are true: Cycles always prevail eventually.
Nothing goes in one direction forever. Trees don’t grow to the sky. Few things
go to zero."


7. "And there's little that’s as dangerous for investor health as insistence on


extrapolating today’s events into the future.”

-----

Repare q aqui não está sendo dito q "depending on the politician, the cycle may
invert!"



8. Se vc achar q o protagonismo político (gráf 1 com o ibov em dólar) é verdade,


tbem é verdade o gráfico 2 com o gráfico das commodities ao lado. E não é.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 168/201






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9. Portanto, pra longo prazo, esquece o político. O político A ou B não muda a
história da bolsa. Mas pode mudar sim, sem dúvida, todo o resto.

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Faça sua escolha política, mas nem pense q isso irá mudar o ciclo econômico.

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11 de agosto de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1028283094187614208

1. Na Venezuela sentiram cheiro de esquerda crescendo com leniência (pensado?)


do governo. Ricos foram p/ Miami. Continuou crescendo o bolivarianismo e a
classe média foi p/ Chile. Veio a cagada e pobres entram em Roraima. Qdo vc
perceber, vc já não tem mais país.


2. Como estamos hj? Se vc parar pra pensar é impossível privatizar algo. Juízes,
MP e STF bloqueam tudo. Cadê Eletrobrás privatizada? E esse STF legislando?
O negócio está esquentando. No Brasil como 15 mil sindicatos e 200 mil
semterrinhas, o q vc acha q está se formando?


3. Não dou a mínima para reformas pq isso o Brasil sabe fazer. Cedo ou tarde faz.
Reformas ou SELIC, ou sei lá o q mais, é td cortina de fumaça p/ a verdadeira
desgraça, q é a degeneração da cultura e da inteligência no país. Universidades,
judiciário, mídia, ONGs, td aparelhado.


4. Qdo colocarem esses MST ou lixos do gênero colocarem 500 pneus incendiados
debaixo de 3 ou 4 torres de transmissão de energia e apagar o país, quero ver
se tem ref da previdência, BC independente ou SELIC controlada q vá resolver.
Não vai.


5. A degeneração ideológica, o aparelhamento político, a cegueira dos doutrinados


estão criando uma bomba relógio. Começam invadindo terras. Depois imóveis.
Depois aulas sobre o golpe... No futuro, atos de terrorismo terão apoio, pois a
roupagem será de atos sociais.


6. Mesmo sendo investidor, mesmo tendo todo o patrimônio em ações, de


familiares, amigos e vários clientes, sei q a bolsa e as empresas líderes acham
uma forma de ganhar dinheiro. Mas todo o resto sofrerá forte na mão de quem
não por uma basta nessa doença a se alastra.


7. Seja quem for q ganhe, Alckmin, Bolsonaro, Ciro, Marina. Espero q sejam
cobrados para enfretar com rigor essa contaminação.

Veremos.

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20 de agosto de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1031633207748435968

1. O preço de uma ação pode ser dividido em dois blocos: (i) geração de caixa
futuro, q depende de inúmeras variáveis operacionais, e (ii) trazidos a valor
presente descontado por uma determinada taxa de desconto.

2. O preço de um título público, vamos imaginar que seja por exemplo uma NTN-
B 2035, que tem "duration" parecida com uma ação, só depende da taxa de
desconto, q nesse caso específico é um prêmio + IPCA.

3. Ao se comparar o ibovespa com a NTN-B 2035, nota-se a semelhança. Linha


branca é o ibov e a linha laranja é a NTN-B 2035, dos últimos 5 anos. Qq
semelhança NÃO é mera coincidência:






4. Isso ocorre pois no curto prazo os principais drivers das ações, NO AGREGADO,
não são mudanças de opiniões qto a geração de caixa futura das cias, e sim o
desconto disso no tempo. Somente depois de muitos anos q as gerações de cx,
NO AGREGADO, fazem a diferença.


5. E n ocurto prazo, o q influencia taxas de juros são expectativa de inflação e


aversão ao risco. No gráfico abaixo temos o risco Brasil (CDS de 5y) vs a NTN-
B 2035. CDS está invertido. Veja que anda colado, ou seja, no curto prazo, o q
manda é o risco-Brasil.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 172/201




6. Portanto, no curtíssimo prazo, o a variação no preço das ações se devem
principalmente às variações nas taxas de juros, e que por sua vez dependem
majoritariamente do risco Brasil.


7. Olhando os CDS de Brasil, Russia, México, Índia, Turquia, África do Sul,


Indonésia, Nigéria e Tailândia, fica evidente como subiram as taxas de desconto
no Brasil. Em 2010, 2011 e 2012, COM A DILMA, éramos bem menos
arriscados. Hj estamos pior q África do Sul.


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8. No longo prazo, pra ações. o compounding effect dos dividendos reinvestidos,
ou caixa retido dentro das empresas é soberano, mas no curto é taxa de
desconto, que nada mais é do que uma derivação dos CDS.

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21 de ago de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1032093306740719617

Mais

1. Investimento em ações, p/ as pessoas em geral, tinha q ser igual cirurgia. Entra


na sala, dorme c/ anestesia geral, e sai c/ o médico dizendo a cirurgia foi um
sucesso. O q importa é o resultado final. Esse negócio de ver a a variação diária
deixa nervoso.

2. É como assistir acordado a própria cirurgia. Se vc pudesse assistir o corte sendo


feito, o sangue saindo entre as vísceras, muitos entrariam em pânico.
Investimento em renda variável é assim. Estamos, no momento atual, c/ o
tórax aberto e coração pulsando a olho nu.


3. Não é moleza assistir a tudo isso sem amolecer as pernas.


Pergunta: Bredda, o que mais estressa não é o vai e vem, o “tô mais rico, tô mais
pobre”... é a incerteza. A dúvida. Estamos no caminho certo? Em 2022 de fato vamos
ter multiplicado por 5-10xx o que tenho? Ou vamos estar com PETR4 a R$4,00,
VALE a R$10,00 e com 20% do que tenho hoje?


Henrique Bredda: Luiz Alves Paes de Barros faz cta pra tentar adivinhar o qto ele
vai ter em 2022. E ñ fazia conta em 1980 de qto ele teria em 1984. Ações é ato
contínuo, ininterrupto, por décadas. Se em 2022 estiver mais baixo, qual o
problema? Acumule mais ainda e segue o processo.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 175/201
30 de ago de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1035274846878486528

Mais

Magnitude dos movimentos:

Gráf1: 2002 - 2008


Em 6 anos, 6 correções maiores q 15%

Gráf2: 2016 - hoje


Em 2 anos, apenas uma correção acima de 15%

Oscilações e correções são normais num processo de alta. E todas as correções tem
justificativas de dar frio na espinha.

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Pergunta: Henrique me gustaría ver en dólares las correcciones. Esta última fue
fuerte.



Bredda: Olhando novamente o último ciclo de alta do ibov em usd (2002 a 2008) no
gráfico 1, e nesse de 2016 até agora no gráfico 2. De 2002 a 2008, 5 correções
acima de 20%, sendo uma acima de 30% em 6 anos. De 2016 até hj, só uma
correção acima de 20%, q tbem é acima de 30%, em 2 anos.


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2 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1036416157119590400

1. RISCO APLICADO A INVESTIMENTO EM AÇÕES

O q se fals e se escreve são fragmentos de raciocínios, fórmulas q não ajudam


ou ficam muito longe da realidade. Muitos repetem mantras, e não pensam no
q acabaram de repetir. Parece um verdadeiro mistério, e não é nada disso. É
simples.

2. Já está razoavelmente difundido q volatilidade de preço da ação, de cota de


fundo (média ponderada dos preços), ñ é risco. Assim como fundo de crédito
privado sem volatilidade na cota tem risco, apesar de Sharpe infinito, FIA c/
volatilidade pode ter baixo risco.


3. Volatilidade alta do preço de uma ação traz uma única informação: os


participantes de mercado estão mudando de opinião muito rapidamente sobre
o ativo. Eles estão variando muito de opinião sobre qto vale. Há muita incerteza,
muito medo, pouco entendimento sobre qto é o valor.


4. Volatilidade baixa do preço de uma ação traz a informação contrária: os


participantes de mercado estão c/ opinião constante sobre o ativo. Eles estão
variando pouco de opinião sobre o qto vale. Geralmente há pouca incerteza,
pouco medo e muito entendimento sobre o qto vale.


5. Em investimento em ações, quase tudo q tentam generalizar, da errado. Muitas


coisas são pessoais. Por exemplo, quando se tenta calcular o fluxo de caixa
futuro descontado a um custo de capital, para se determinar o valor justo,
quase tudo é pessoal.


6. Projeção de fluxo de caixa é pessoal, cada um tem o seu. Custo de capital do


acionista, ñ o da dívida, é pessoal. Não caia nessa baboseira de CAPM senão vc
vai achar q cia com beta negativo tem custo de K abaixo do CDI. CAPM é bom
p/ preencher livro inútil e só. Nada prático.


7. Qdo vc calcula o custo do seu capital, vc leva em consideração o seu custo de


oportunidade e a sua avaliação de risco p/ o ativo em questão. Cada tem o seu.
E isso muda dramaticamente a relação entre o investidor e o ativo investido.
Exemplo: suponha um investimento em VALE3.


8. Suponha q João entenda muito de ciclo de commodities, de China, de minério


de ferro, e a cultura corporativa da Vale. E Pedro conhece a VALE apenas pelos
jornais, relatórios dos analistas e pelo Excel. A relação do João c/ a Vale será
extremamente diferente do Pedro c/ a Vale.


9. Caso o Pedro, q ñ tem a profundidade de conhecimento q o João tem, ñ tomar


cuidado, ele tem mais chance de se dar mal, de perder dinheiro c/ a Vale.
Explico. Vamos supor, hipoteticamente, q o João tenha um custo de capital
próprio p/ investir na Vale de 14% em Reais nominal.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 180/201
10. Seria bom q o Pedro, q é mais raso no assunto, tivese um custo bem maior, de
20% por ex. Pq isso? P/ o Pedro se proteger DE SI PRÓPRIO. Essa é a jogada.
A Vale ignora o q os investidores "sentem por ela", mas os investidores ñ são
imunes às suas próprias ignorâncias e medos.


11. Se o Pedro ñ tomar cuidado e ñ exigir + margem de segurança, pois ele entende
menos de Vale, o q quer dizer q Vale é MAIS ARRISCADA PARA ELE, ele ficará
vulnerável. Já João pode se dar ao luxo de exigir menos mg de segurança pois
ele entende + do assunto. É menos vulnerável.


12. Suponha q João, q entende mais, e Pedro, q é raso, invistam a mesma


proporção de seus portfolios em Vale, pagando 50 reais/aç. Na sequência, sai
um relatório de um bco gringo alertando sobre shadow banking na China e
possível hard landing da economia chinesa, e Vale3 cai 5%.


13. João lê esse relatório e o joga no lixo. Entende q é bobagem, q o processo de


urbanização secular continua e compra + um pouco de Vale3. Pedro, por sua
vez, lê esse relatório, revira o estômago, e vende 1/2 da posição a 47,50, nos
5% de queda. Em 1 semana o preço volta p/ 50.


14. Pedro deveria ter investido muito menos do q João se tivesse utilizado uma taxa
de desconto bem maior, pois Vale é mais arriscada pra ele do q pro João. Risco
ñ é independente de quem o experimenta. O q é arriscado p/ um, é moleza p/
outro.


15. Portanto, qdo se diz q a bolsa ñ compensou o risco versus o CDI num
determinado período de tempo mesmo tendo dado mais retorno, essa é a sua
opinião dado o seu estômago. Aversão ao risco diferentes faz duas pessoas
diferentes terem opiniões diferentes sobre UM MESMO FATO.


16. Se a bolsa deu inflação+7%aa em 50 anos, e a renda fixa deu inflaçã+1.5%aa,


por exemplo, João pode ter achado q a bolsa compensou o risco e Pedro achou
q não. Nada se errado nisso. É pessoal mesmo. Cada um reage de um forma
diferente frente às oscilações de preço.


17. Se oscilação de preço te faz "borrar as calças", vc precisa entrar c/ muito +


margem de segurança no investimento. Mas se oscilação de preço p/ vc é algo
natural e muitas vezes apenas termômetro do humor das pessoas, vc tenderá
a exigir menos margem de segurança do q outros.


18. Sendo assim, fique sempre atento às generalizações sobre risco. Não são
verdades absolutas, são verdades individuais. Oscilação de preço de ação é
risco p/ alguns, e oportunidade de compra ou de venda p/ outros. E isso muda
tudo. Assim como o custo de K, risco é individual.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 181/201
6 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1037698939317874689

Mais

1. Alguns ptos sobre risco de recessão nos EUA: olhando os últimos 40 anos, qdo
o yield curve inverte, (2 anos ficando acima do 10 anos), recessão aparece na
sequencia. Inverte no mínimo 10 meses antes, e algumas vezes 2-3 anos antes.
Hj o 10 anos ainda tem premio p/ os 2 anos.

2. 2. Talvez nem em 2019 veremos recessão nos EUA. Yield de 10 anos menos
yield de 2 anos:




3. Vendas no varejo nos EUA continua batendo novos recordes, e a tendência
continua acelerada. Antes das recessões isso desacelera e fica flat:



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4. O índice Conference Board's Leading Economic Indicator (LEI) Index atingiu
novo recorde em junho. Esse índice inclui ordens/horas trabalhadas na
indústria, e até o mercado de ações. Nos últimos 50 anos, qdo o LEI cai do pico,
passam-se pelo menos 7 meses antes da recessão:



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6 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1037750812712292353

Seguindo
Mais

1. Trechos de uma notícia da Bloomberg de 26 de Julho de 2002:

"Sao Paulo, July 26 (Bloomberg) -- Brazilian bonds fell on increased concern an


opposition presidential candidate may win election in October, boosting the
likelihood of a debt default."

2. "Investors said a poll yesterday put the ruling coalition's Jose Serra out of the
race against opposition rivals who may try to end recession and pare
joblessness with more government spending."



3. "The prospect of Brazil adding to its $337 billion debt, triple its level of 1995,
has shaken investor confidence that South America's largest nation can
refinance its borrowings."



4. "Serra dropped to 13% in the widely followed Ibope poll released last night.
Popular Socialist Ciro Gomes rose to 26% from 22% in the poll, while Luiz Inacio
Lula da Silva of the Workers' Party had 33% of support, unchanged from the
last Ibope poll published nine days ago."



5. "Because four-fifths of Brazil's debt is linked to the dollar or interest rates,


currency and bond declines have increased Brazil's debt to 78% of its GDP. For
every % point that the currency falls against the U.S. dollar, Brazil's total debt
jumps by $1.4 billion."



6. "Arminio Fraga, the central bank's president, said Wednesday that Brazil has
the IMF's support and would have access to more credit when it chooses to ask
for it."



7. Depois, no dia 27 de setembro de 2002:

"Sao Paulo, Sept. 27 (Bloomberg) -- Brazil's bonds fell to six-year lows and its
currency fell to a record low on concern opposition candidate Luiz Inacio Lula
da Silva has the votes to be elected president in the Oct. 6 first round."



8. "The 8% bond due 2014 fell to its lowest since 1995, losing 3.21 cents on the
dollar to 48.31 at 4 p.m. NY time. Investors are concerned Lula as president
may step up deficit spending, relax inflation controls and lead South America's
largest economy into default."



9. "Falling Brazilian bond prices and a declining currency are boosting the cost of
servicing the country's public debt of 1.05 trillion reais ($335 billion), 80 percent
of which is linked to the dollar or floating interest rates."



10. "Ruling coalition candidate Jose Serra, favored by many investors, late last
month rose from third to second-place in polls, reviving hope for his
candidacy."



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 184/201
11. "Investors are concerned reserves needed to prop up the currency and bonds
may be running low, as currency hits new lows, Brewin said. Foreign exchange
reserves, including cash, gold, securities and loans, fell $267 million to $38.7
billion yesterday."



"Some investors said debt prices are falling because the outcome isn't clear.
``People are selling because the level of uncertainty is too high,'' Kassin said.
``Investors don't even know if there will be a second round or not.''"


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6 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1037718018409857024

Demanda (Retail Sales, por exemplo, gráf1) no Brasil colapsou em 2015 e em 2016 e
inflação só subiu nesses 2 anos. Não é só demanda.

No caso atual acho q o fator mais importante é a capacidade ociosa (gráf2). Pode até vir
demanda mais forte q demora pra impactar preço.

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 186/201
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11 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1039686473551962115
Mais

1. Árvore de probabilidade.

Vamos colocar um viés pessimista só pra deixar divertido. E lembrando q isso


é pra curto prazo (<2 anos).

Começando:

2. Candidatos pró mercado sobem nas pesquisas até o 2o turno: 40% de chance,
bolsa porra. Show.

Candidatos anti mercado sobem nas pesquisas até o 2o turno: 60% de chance,
bolsa desaba. Problema.


3. Candidato anti mercado subiu até o 2o turno e:

Perde a eleição pro pró mercado: 40% de chance, bolsa porra. Show.

Ganha a eleição do pró mercado: 60% de chance, bolsa desaba. Problema.


4. Candidato anti mercado ganhou a eleição e:

Assume e fala/toma atitudes racionais pró mercado: 20% de chance, bolsa


porra. Show.

Assume e fala/toma atitudes populistas anti mercado: 80% de chance, bolsa


desaba. Problema.


5. Assume e toma atitudes populistas anti mercado. Risco país estressa, confiança
fica horrível e incorre em crime de responsabilidade.

Presidente é impeachado e cai rápido: 50% de chance, bolsa porra.

Presidente demora pra ser impeachado e pra cair: 50% de chance, bolsa
porra.


6. O caminho + doloroso, q seria o candidato anti mercado subir, ganhar, tomar


atitudes irracionais, e sofrer um longo processo de impeachment, teria uma
chance de 60% x 60% x 80% x 50% = 14,4%, por ex. Nesse cenário, bolsa
em usd volta pra 9k ptos em longos 2 anos. Depois porra.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 188/201
12 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1039934020539359232

1. VOLATILIDADE

Imagine uma empresa q o lucro sobe 8% aa na média. Essa empresa paga


50% do lucro em dividendos. Vc investe nas ações dessa empresa e com os
dividendos recebidos vc compra mais ações ao longo do tempo.
2. Imagine dois cenários de investimento.

No 1o, por 40 anos essa ação fica sendo negociada a 15x lucros (P/E). Vc paga
15x P/E nessa ação e esse múltiplo nunca muda. Assim sendo, o P vai subindo
8%aa conforme o E cresce. E todo dividendo q vc recebe, vc recompra em mais
ações.


3. Nesse cenário, se vc investe R$ 1.000 no ano zero, vc vai terminar o ano 40


com R$ 80.643,21. Isso dá um retorno total de 11,60%. Esse 11,60% é
resultado do 8% ao ano nos lucros MAIS as ações adicionais q vc comprou com
os dividendos recebidos... e dividendos sobre dividendos.


4. Num 2o cenário, vc investe nessa mesma empresa, c/ mesmo E q cresce os


mesmos 8% e tem o mesmo payout de 50%, só q ela é volátil. O P/E num ano
é 25x e noutro é 5x. E isso vai se alternando, 25x, 5x, por 40 anos. Na média
da 15x, mas é uma pancadaria de volatilidade no preço.


5. Nesse cenário vc investe os mesmos R$ 1.000, e adivinha com qto vc termina?


Mais ou menos q os R$ 80.643,21? Muito mais. Vc terminaria com 169% a
mais, com R$ 217.173,76. Repare q o múltiplo médio foi o mesmo. Lucro/ação
é o mesmo, e cresce o mesmo percentual ao ano.


6. No 1o cenário vc teria um retorno total de 11,60% ao ano e no segundo vc


teria 14,40% ao ano. Essa diferença é brutal no longo prazo. Sabe pq isso
acontece? Pq o efeito do barateamento das ações, qdo o P/E e as ações
desabam, vc tem um efeito turbinado no dividend yield.


7. Volatilidade gera ganhos brutais na baixa, ao ser possível se acumular mais


ações. No 2o cenário foi possível se ganhar mais, devido a volatilidade. A
volatilidade, q muitos tem medo de enfrentar, foi uma vantagem. A marcação
de preço é infernal, mas vol é vida! (@helocruz)


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 189/201
12 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1040356080054882306

1. May 10, 2004 (Bloomberg) - Latin American stock indexes fell for a third session
amid concern the U.S. Federal Reserve may increase interest rates as soon as
next month, reducing investment in emerging markets.

-------

Olha q gráfico "horroroso" do ibov em usd na época:

2. O que q os especialistas fazem quando volta a subir? Ajusta o canal... Mas aí


em 2006 perdeu a resistência de novo do "novo canal".

-------

June 12, 2006 (Bloomberg) - Brazil's real weakened against the dollar for a
fourth day as concern over rising U.S. interest rates



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 190/201





3. O que q os especialistas fazem quando volta a subir? Ajusta o canal... De "canal


em canal", vai se ajustando...







4. Depois de ajustado o canal, em 8 de agosto de 2008 perdeu a resistência de
novo do "novo canal". E esse foi pra valer!

Ver gráfico/canal, ajuda. Mas ver SOMENTE gráfico pode ser perneta, vira
relógio quebrado: uma hora acerta!


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 191/201
18 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1042046701496881154

1. Comprar barato funciona. Os estudos que contradizem a eficiência do mercado


mostram que portfólios baratos, com baixos P/B (“price to book”, ou preço
dividido por valor contábil), tem desempenho melhor que a média de mercado
em todos os períodos, qualquer que seja o país.


2. Há razões estatísticas e históricas para acreditar que comprar barato seja uma
forma de se estar do lado correto. Os primeiros estudos foram feitos na década
de 30 e continuaram a ser tema até hoje.


3. Um estudo de Roger Ibbotson, professor da Yale School of Management e


president da Ibbotson Associates, entitulado Decile Portfolios of the NYSE, 1967
– 1984” mostrou a relação entre os retornos anuais das ações versus seus
descontos ou prêmios para o valor contábil.


4. O estudo considerou 18 anos entre 1966 e 1984, com os seguintes resultados


abaixo. Durante esse período, o retorno médio do mercado foi de 8,6% ao ano.








5. Outro estudo, feito por Werner F.M. DeBondt (Univ de Wisconsin) e Richard H.
Thaler (Univ de Cornell) abordou a mesma relação de valor de mercado em
relação ao valor contábil. Foram formados 6 portfolios, c/ amostras entre 1.015
e 1.339 ações, divididas em 5 quintis...


6. ...de acordo com seus preços em relação ao valor contábil, um para cada ano:
31 de dezembro de 1969, 1971, 1973, 1975, 1977 e 1979. O retorno para o
investimento em cada portfolio foi medido nos próximos 4 anos. Resultados a
seguir:

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 192/201








7. Os ativos subvalorizados do estudo provavelmente eram alvos de notícias


negativas e de um pessimismo exacerbado pelo mercado. Muitos participantes
não conseguiram imaginar uma mudança no status quo e por isso as ações
permaneceram nesses preços.


8. Mensurar com frequência o sucesso de seu investimento é estressante e


equivocado. O que se enxerga ao olhar preço no curto prazo é na verdade o
humor do mercado, e não o valor do ativo. O estresse vem do peso maior que
damos para as perdas, em comparação com os ganhos.


9. Abaixo fizemos uma demonstração ilustrativa, considerando q sentimos 2x


mais as perdas q valorizamos os ganhos. No gráfico dividimos os últimos cem
anos do índice Dow Jones em períodos diários, semanais, mensais, anuais, e
de 5, 10 e 20 anos, p/ representar várias frequências.


10. 10. A coluna laranja representa a soma simples dos retornos nos períodos
determinados. Na coluna azul, a cta é simples: se de um período p/ outro houve
valorização, somamos o valor da valorização; se houve desvalorização,
subtraímos este valor multiplicado pelo fator 2 (perdas).

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 193/201
11. Vemos que nos períodos diário, semanal e mensal, os retornos negativos
pesam muito mais, pelo simples fato de os vermos mais vezes. O investidor
que revisita os preços anualmente é muito menos provável de ver um retorno
negativo, e por isso a coluna azul é positiva.


12. Na periodicidade de 20 anos as contas são iguais, pois não há período de 20


anos com retorno negativo na história do Dow Jones. Conseguimos minimizar
a dor se evitarmos medir nossos investimentos por preços de curto prazo.


13. Em outro gráfico separamos a pior variação já vista dentro de cada um dos
períodos definidos, utilizando a mesma lógica.



Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 194/201




14. Dois períodos chamam a atenção: O primeiro diz respeito a pior variação diária,
de -23%, no evento chamado de “Black Monday” em 19 de Outubro de 1987.
Já o segundo relevante é o período de 20 anos, em que mesmo a pior
rentabilidade foi uma variação positiva de 45%.


15. Destes fatos tiramos duas conclusões: (i) se olharmos os preços dos
investimentos com frequência anual temos mais chances de ver um retorno
positivo; (ii) para um indivíduo nunca sofrer ao ver perdas com perdas, um
período de 20 anos é recomendado.


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18 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1031633207748435968
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Mais

1. O preço de uma ação pode ser dividido em dois blocos: (i) geração de caixa
futuro, q depende de inúmeras variáveis operacionais, e (ii) trazidos a valor
presente descontado por uma determinada taxa de desconto.

Portanto: (i) geração de caixa e (ii) taxa de desconto

2. O preço de um título público, vamos imaginar que seja por exemplo uma NTN-
B 2035, que tem "duration" parecida com uma ação, só depende da taxa de
desconto, q nesse caso específico é um prêmio + IPCA.


3. Ao se comparar o ibovespa com a NTN-B 2035, nota-se a semelhança. Linha


branca é o ibov e a linha laranja é a NTN-B 2035, dos últimos 5 anos. Qq
semelhança NÃO é mera coincidência:


4. Isso ocorre pois no curto prazo os principais drivers das ações, NO AGREGADO,
não são mudanças de opiniões qto a geração de caixa futura das cias, e sim o
desconto disso no tempo. Somente depois de muitos anos q as gerações de cx,
NO AGREGADO, fazem a diferença.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 196/201
5. E n ocurto prazo, o q influencia taxas de juros são expectativa de inflação e
aversão ao risco. No gráfico abaixo temos o risco Brasil (CDS de 5y) vs a NTN-
B 2035. CDS está invertido. Veja que anda colado, ou seja, no curto prazo, o
q manda é o risco-Brasil.








6. Portanto, no curtíssimo prazo, o a variação no preço das ações se devem


principalmente às variações nas taxas de juros, e que por sua vez dependem
majoritariamente do risco Brasil.


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7. Olhando os CDS de Brasil, Russia, México, Índia, Turquia, África do Sul,
Indonésia, Nigéria e Tailândia, fica evidente como subiram as taxas de
desconto no Brasil. Em 2010, 2011 e 2012, COM A DILMA, éramos bem menos
arriscados. Hj estamos pior q África do Sul.







8. No longo prazo, pra ações. o compounding effect dos dividendos reinvestidos,
ou caixa retido dentro das empresas é soberano, mas no curto é taxa de
desconto, que nada mais é do que uma derivação dos CDS.


Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 198/201
24 de setembro de 2018
https://twitter.com/hbredda/status/1044271868633657344

Muita gente c/ dúvida se commodities estão em alta ou ñ. Ou se elas de fato subirão


nesse ciclo q imaginamos. Muitas dúvida sobre o futuro. O curioso é q o petróleo
saiu de 25 usd em jan/16 para 80 usd hj e ninguém explica o pq. Ñ conseguem
entender nem o passado q já aconteceu.

gráf1: Petróleo vs ibov em usd


gráf2: Minério 62% (CFR Qingdao USD) vs ibov em usd
gráf3: Cobre vs ibov em usd
gráf4: CRB vs ibov em usd
------
Coincidência?

gráf1: Petróleo vs ibov em usd

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gráf2: Minério 62% (CFR Qingdao USD) vs ibov em usd

gráf3: Cobre vs ibov em usd

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gráf4: CRB vs ibov em usd

Tweets by Henrique Bredda. Compilados por Pedro Pivotto (twitter: plpivotto) Pág. 201/201

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