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Serviços Públicos

A expressão serviço público admite dois sentidos fundamentais, um subjetivo e outro


objetivo. No primeiro, levam-se em conta os órgãos do Estado, responsáveis pela
execução das atividades voltadas à coletividade. Nesse sentido, são serviços públicos,
por exemplo, um órgão de fiscalização tributária e uma autarquia previdenciária. No
sentido objetivo, porém, serviço público é a atividade em si, prestada pelo Estado e seus
agentes. Aqui nos abstraímos da noção de quem executa a atividade para nos
prendermos à idéia da própria atividade.
É no sentido objetivo que o tema será desenvolvido.

Mas as dificuldades não se exaurem na demarcação desses dois sentidos da expressão.


Mesmo quando chegamos à idéia de serviço público como atividade, é preciso averiguar
quais são os fatores que o caracterizam. E o tema também suscita discrepâncias,
calcadas em enfoques especiais levados em consideração pelo estudioso, o que nos leva
a três correntes distintas.
A primeira baseia-se no critério orgânico, pelo qual o serviço público é o prestado por
órgão público, ou seja, pelo próprio Estado. A crítica consiste em que essa noção
clássica está hoje alterada pelos novos mecanismos criados para a execução das
atividades públicas, não restritas apenas ao Estado, mas ao contrário, delegadas
freqüentemente a particulares.
Há, ainda, o critério formal, que realça o aspecto pertinente ao regime jurídico. Vale
dizer, será serviço público aquele disciplinado por regime de direito público. O critério
é insuficiente, porque em alguns casos incidem regras de direito privado para certos
segmentos da prestação de serviços públicos, principalmente quando executados por
pessoas privadas da Administração, como as sociedades de economia mista e as
empresas públicas.

Por fim, temos o critério material, que dá relevo à natureza da atividade exercida.
Serviço público seria aquele que atendesse direta e essencialmente à comunidade. A
crítica aqui reside no fato de que algumas atividades, embora não atendendo
diretamente aos indivíduos, voltam-se em favor destes de forma indireta e mediata.
Além disso, nem sempre as atividades executadas pelo Estado representam demandas
essenciais da coletividade. Algumas vezes são executadas atividades secundárias, mas
nem por isso menos relevantes na medida em que é o Estado que as presta, incumbindo-
lhe exclusivamente a definição de sua estratégia administrativa.

A conclusão a que se chega é a de que, insuficientes os critérios, tomados de forma


isolada, devem todos eles ser considerados na formação da moderna fisionomia que
marca a noção de serviço público. Esse o sentido moderno que, segundo entendemos, se
deve emprestar à noção. Dada a diversidade de critérios para a noção de serviço
público, no entanto, é imperioso reconhecer que sua abrangência pode alcançar todo e
qualquer serviço prestado pelo Estado; com menor amplitude, prestados, individual ou
coletivamente, à coletividade; e, com sentido ainda mais restrito, apenas os que
beneficiam especificamente certos indivíduos.

Serviço público = toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados
basicamente sob regime de direito público, com vistas á satisfação de necessidades
essenciais e secundárias da coletividade.
Serviços delegáveis: são aqueles que, por sua natureza ou pelo fato de assim dispor o
ordenamento jurídico, comportam ser executados pelo Estado ou por particulares
colaboradores. Como exemplo, os serviços de transporte coletivo, energia elétrica,
sistema de telefonia etc.

Serviços indelegáveis: são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado diretamente,
ou seja, por seus próprios órgãos ou agentes. Exemplifica-se com os serviços de defesa
nacional, segurança interna, fiscalização de atividades, serviços assistenciais etc.

Alguns serviços, embora delegáveis, são prestados pelo próprio Estado, mas o fato se
deve a determinada diretriz política e administrativa que pretenda implementar, o que
não impede que, em outro momento, sejam executados por terceiros. Já os indelegáveis
são inerentes ao Poder Público centralizado e a entidades autárquicas e fundacionais e,
em virtude de sua natureza específica, não podem ser transferidos a particulares, para
segurança do próprio Estado.
O aspecto da essencialidade, apontada por eminentes publicistas, apresenta-se, em nosso
entender, com linhas de certo modo imprecisas. A essencialidade resulta do reclamo
social para atividades reputadas básicas para a coletividade, mas tal caracterização não
diz respeito à delegabilidade ou não do serviço. Há serviços públicos essências que são
delegáveis a particulares, e nada impede que o sejam, desde que o poder público não se
abstenha de controlá-los e fiscalizá-los.

A classificação ora comentada corresponde, com mínimas alterações, à de serviços


públicos e impróprios, adotada por alguns doutrinadores. Semelhante nomenclatura,
vernia concessa, não tem a exatidão desejável: de fato, se os serviços se destinam à
coletividade, não há como deixar de considerá-los próprios. Em nosso entender, é a
delegabilidade ou não do serviço que demarca a sua natureza. Por outro lado, a
classificação em serviços essenciais e não essenciais padece da mesma imprecisão,
pois que se trata de juízos de valor sujeitos à alteração dependendo do tempo e lugar.
Como é sabido, o que é essencial para uns poderá não o ser para outros; daí ser
subjetiva essa valoração.

Serviços administrativos e de utilidade pública:

O Estado, ao prestar serviços públicos, sempre se volta aos interesses da coletividade.


Mas a fruição dos serviços pode ser direta ou indireta. De fato, quando executa serviços
de organização interna, o Estado, embora atendendo à conveniência sua, beneficia
indiretamente a coletividade.
Por essa razão, consideram-se serviços administrativos aqueles que o Estado executa
para compor melhor sua organização, como o que implanta centros de pesquisa ou edita
a imprensa oficial para a divulgação dos atos administrativos.

Já os serviços de utilidade pública se destinam diretamente aos indivíduos, ou seja, são


proporcionados para sua fruição direta. Entre eles estão o de energia domiciliar,
fornecimento de gás, atendimento em postos médicos, ensino etc.

Serviços coletivos e singulares:

Serviços coletivos (uti universi) são aqueles prestados a grupamentos indeterminados


de indivíduos, de acordo com as opções e prioridades da administração e, em
conformidade com os recursos de que disponha. São exemplos os serviços de
pavimentação de ruas, de iluminação pública, de pública, de implantação do serviço de
abastecimento de água, de prevenção de doenças e outros do gênero.

Já os serviços singulares (uti singuli) preordenam-se a destinatários individualizados,


sendo mensurável a utilização por cada um dos indivíduos. Exemplos desses serviços
são os de energia domiciliar ou de uso de linha telefônica.

Os primeiros são prestados de acordo com as conveniências e possibilidades


administrativas e, desse modo, não tem os indivíduos direito subjetivo próprio para sua
obtenção, muito embora possam suas associações mostrar à administração a
necessidade de serem atendidos. Os serviços singulares, ao revés, criam direito
subjetivo próprio para sua obtenção, muito embora possam suas associações mostrar à
administração a necessidade de serem atendidos. Os serviços singulares, ao revés,
criam direito subjetivo quando o indivíduo se mostra em condições técnicas de recebê-
los. Se o serviço é prestado a outro que esteja na mesma situação jurídica, pode o
interessado pleitear que a prestação também o alcance. A não ser assim, vulnerado
estaria princípio da impessoalidade (art. 37, CF).
Ocorrendo a vulneração, poderá o prejudicado recorrer à via judicial para
reconhecimento de seu direito.

Princípios:

Generalidade
Continuidade
Eficiência
Modicidade
Concessão, permissão e autorização de serviço público:

Concessão

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