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1.

INTRODUÇÃO

Entende-se criança como um ser diferente do adulto, diferenciando na idade, na maturidade, alé
limite entre criança e adulto é complexo, pois este limite está associado à cultura, ao momento h
classe social-econômica em que está inserida a criança e sua família. Não tem como tratar a cria
sociais de produção existente na realidade.
A valorização e o sentimento atribuídos à infância nem sempre existiram da forma como hoje sã
econômicas e políticas da estrutura social. Essas transformações são percebidas em pinturas, d
escola nem sempre existiram da mesma forma.

2. UMA BREVE HISTÓRIANa Idade Média, vivia-se uma sociedade


feudal, onde os senhores de terra possuíam um poder quase que
monárquico nos seus domínios, construindo suas leis, sua cultura,
suas moedas, seus valores etc. A Igreja e o Estado serviam para
legitimação política e limitação dos poderes dos senhores feudais.
Nesta época, a criança era considerada um pequeno adulto, que
executava as mesmas atividades dos mais velhos. As mesmas
possuíam pequena expectativa de vida por causa das precárias
formas de vida. O importante era a criança crescer rápido para entrar
na vida adulta. Aos sete anos, a criança (tanto rica quanto pobre) era
colocada em outra família para aprender os trabalhos domésticos e
valores humanos, através de aquisição de conhecimento e
experiências práticas. Essa ida para outra casa fazia com que a
criança saísse do controle da família genitora, não possibilitando a
criação de laços entre pais e filhos. Os colégios existentes nesta
época, dirigidos pela Igreja, estavam reservados para um pequeno
grupo de clérigos (principalmente do sexo masculino), de todas as
idades. Não existia traje especial para diferenciar adulto de criança,
mas os trajes que diferenciavam as classes sociais.

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3. UMA BREVE HISTÓRIA IIA partir do século XIII, há um crescimento


das cidades devido ao comércio. A Igreja Católica perde o poder com
o surgimento da burguesia, sendo este o responsável pela assistência
social. Concentra-se a pobreza. E a partir do século XVI, descobertas
científicas provocaram o prolongamento da vida, ao menos da classe
dominante. Neste mesmo momento surgem duas atitudes
contraditórias no que se refere à concepção de criança: uma a
considera ingênua e inocente e é traduzida pela bajulação dos
adultos; enquanto a outra a considera imperfeita e incompleta e é
traduzida pela necessidade do adulto moralizar a criança. Essas duas
atitudes começam a modificar a base familiar existente na Idade
Média, dando espaço para o surgimento da família burguesa. Na
Idade Moderna, a Revolução Industrial, o Iluminismo e a constituição
de Estados laicos trouxeram modificações sociais e intelectuais,
modificando a visão que se tinha da criança. A criança nobre é tratada
diferentemente da criança pobre. Tinha-se amor, piedade e dor por
essa criança. Lamentava-se a morte de dela, guardando retratos para
torná-la imortal. A criança da plebe não tinha esse tratamento.

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4. UMA BREVE HISTÓRIA IIIÉ na Idade Moderna que surgem as


primeiras propostas de educação e moralização infantil. Se na
sociedade feudal a criança começava a trabalhar como adulto logo
que passa a faixa da mortalidade, na sociedade burguesa ela passa a
ser alguém que precisa ser cuidada, escolarizada e preparada para
uma atuação futura. Essa missão é incumbida aos colégios, muitos
leigos, abrindo portas para os leigos, nobres, burgueses e classes
populares (não misturando as classes – surge a discriminação entre o
ensino de rico e de pobre). O ensino é, primeiramente, para os
meninos (meninas, só a partir do século XVIII). A educação se torna
mais pedagógica, menos empírica. Nessa época surge o castigo
corporal como forma de educação (disciplinar), por considerar a
criança frágil e incompleta. É utilizado tanto pelas famílias quanto
pelas escolas. Isso legitimava o poder do adulto sob criança. Com a
educação e com os castigos, crianças e adolescentes foram se unindo
cada vez mais devido ao mesmo tratamento, passando a se distanciar
da vida adulta. Também surgem as primeiras creches para abrigarem
filhos das mães que trabalhavam na indústria. Nesse período as
crianças da burguesia passam a ter trajes diferenciados. As crianças
das classes baixas continuam com os trajes iguais dos adultos.

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5. UMA BREVE HISTÓRIA IV

No capitalismo, com as mudanças científicas e tecnológicas, a criança precisava ser cuidada pa


caracteriza e concebe a criança como um ser não-histórico, não-crítico, fraco e incompetente, ec
subordinação da criança perante o adulto. Na educação, cria-se o primário para as classes popu
o ensino secundário para a burguesia e para a aristocracia, de longa duração, com o objetivo de
escola popular se tornou deficiente em muitos aspectos. O padrão de criança era a criança burg
familiar a qual aproveitada pelo sistema educacional. E para resolver tal problema, criaram-se os
nutrição, educação e as do meio sócio cultural. Essa educação compensatória começou no sécu
encarada por esses pensadores como uma forma de superar a miséria, a pobreza, a negligência

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6. UMA BREVE HISTÓRIA VÉ tão somente depois da Segunda


Guerra Mundial que o atendimento pré-escolar tomou novo impulso,
pois a demanda das mães que começaram a trabalhar nas indústrias
bélicas ou naquelas que substituíam o trabalho masculino aumentou.
Houve uma preocupação assistencialista-social, onde se tinha a
preocupação com as necessidades emocionais e sociais da criança.
Crescia o interesse de estudiosos pelo desenvolvimento da criança, a
evolução da linguagem e a interferência dos primeiros anos em
atuações futuras. A preocupação com o método de ensino reaparecia.
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7. EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASILNo Brasil Escravista, a criança


escrava entre 06 e 12 anos já começa a fazer pequenas atividades
como auxiliares. A partir dos 12 anos eram vistos como adultos tanto
para o trabalho quanto para a vida sexual. A criança branca, aos 06
anos, era iniciada nos primeiros estudos de língua, gramática,
matemática e boas maneiras. Vestia os mesmos trajes dos adultos.
As primeiras iniciativas voltadas à criança tiveram um caráter
higienista, cujo trabalho era realizado por médicos e damas
beneficentes, e se dirigiram contra o alto índice de mortalidade infantil,
que era atribuído aos nascimentos ilegítimos da união entre escravas
e senhores e a falta de educação física, moral e intelectual das mães.
Com a Abolição e a Proclamação da República, a sociedade abre
portas para uma nova sociedade, impregnada com idéias capitalista e
urbano-industrial. Neste período, o país era dominado pela intenção
de determinados grupos de diminuir a apatia que dominava as esferas
governamentais quanto ao problema da criança.

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8. EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL II

No Brasil, o surgimento das creches foi um pouco diferente do restante do mundo. Enquanto no
indústrias, no Brasil, as creches populares serviam para atender não somente os filhos das mãe
8. EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL II

domésticas. As creches populares atendiam somente o que se referia à alimentação, higiene e s


Em 1919 foi criado o Departamento da Criança no Brasil, cuja responsabilidade caberia ao Estad
realizar histórico sobre a situação da proteção a infância no Brasil; fomentar iniciativas de ampar
promover congressos; concorrer para a aplicação das leis de amparo à criança; uniformizar as e
estado de bem-estar social e aceleração dos processos de industrialização e urbanização, mani
centralização do poder.

9. EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL III

Da década de 60 e meados de 70, tem-se um período de inovação de políticas sociais nas área
básico é obrigatório e gratuito, o que consta a Constituição. Há a extensão obrigatória para oito a
municipalização do ensino fundamental. Contudo, na prática, muitos municípios carentes começ
Em 1970 existe uma crescente evasão escolar e repetência das crianças das classes pobres no
educação compensatória) para crianças de quatro a seis anos para suprir as carências culturais
referentes à educação pré-escolar são: ausência de uma política global e integrada; a falta de co
preparatório para o primeiro grau; insuficiência de docente qualificado, escassez de programas i

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10. EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL IVAtravés de congressos, da


ANPEd e da Constituição de 88, a educação pré-escolar é vista como
necessária e de direito de todos, além de ser dever do Estado e
deverá ser integrada ao sistema de ensino (tanto creches como
escolas). A partir daí, tanto a creche quanto a pré-escola são incluídas
na política educacional, seguindo uma concepção pedagógica,
complementando a ação familiar, e não mais assistencialista,
passando a ser um dever do Estado e direito da criança. Esta
perspectiva pedagógica vê a criança como um ser social, histórico,
pertencente a uma determinada classe social e cultural. Ela
desmascara a educação compensatória, que delega à escola a
responsabilidade de resolver os problemas da miséria.
Com a Constituição de 88 tem-se a construção de um regime de
cooperação entre estados e municípios, nos serviços de saúde e
educação de primeiro grau. Há a reafirmação da gratuidade do ensino
público em todos os níveis, além de reafirmar serem a creche e a pré-
escola um direito da criança de zero a seis anos, a ser garantido como
parte do sistema de ensino básico. Neste período, o país passa por
um momento muito difícil, pois aumentam-se as demandas sociais e
diminuem-se os gastos públicos e privados com o social. O objetivo
dessa redução é o encaminhamento de dinheiro público para
programas e público-alvo específico.

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11. EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL VCom a criação do Estatuto


da Criança e do Adolescente, lei 8069/90, os municípios são
responsáveis pela infância e adolescência, criando as diretrizes
municipais de atendimento aos direitos da criança e do adolescente e
do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
criando o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e
o Conselho Tutelas dos Direitos da Criança e do Adolescente. Nos
anos 90, o Estado brasileiro vê na privatização das empresas estatais
o caminho para resolver seu problema de déficit público, não tentando
resolver com um projeto mais amplo de ampliação industrial. Com
essa situação, na educação tem-se aumentado a instituição de
programas de tipo compensatório, dirigido para as classes carentes.
Esse programa requer implementação do sistema de parceria com
outras instituições, já que o Estado está se retirando de suas funções.
A educação infantil é muito recente, sendo aplicada realmente no
Brasil a partir dos anos 30, quando surge a necessidade de formar
mão-de-obra qualificada para a industrialização do país. E a educação
infantil pública é muito ineficiente devido à politicagem existente no
governo brasileiro, que está favorecendo a privatização da educação,
como a de outros setores também.

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12. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO – ALGUMAS QUESTÕESMas, diante de um
mundo em constante mudança e de uma sociedade globalizada, que
propostas pode-se fazer para a Educação Infantil hoje, na perspectiva
da formação de sujeitos capazes de intervir na realidade de maneira
crítica e criativa? Que questões afetam o que é ser criança hoje?
Como as crianças interagem com os objetos culturais que a elas são
disponibilizados? Como as crianças têm se apropriado das imagens e
da linguagem dos meios de comunicação, em especial, da televisão?
Como e de quê as crianças brincam hoje? Como têm sido as relações
entre adultos e crianças? Como as instituições de Educação Infantil
têm enfrentado as novas relações entre a criança e a sociedade?
As questões levantadas impelem o educador a refletir sobre as
práticas educativas voltadas para a criança e provocam a necessidade
de ressignificar e de reorganizar os espaços educacionais, mais
especificamente a creche e a pré-escola, de modo a estruturá-los
criticamente diante das transformações sociais que afetam a criança
na contemporaneidade.
Que tal iniciar a reflexão enfocando a criança, sujeito de práticas
pedagógicas, e suas relações com a sociedade atual. Para tanto, é
necessário tornar presente as relações passado-presente-futuro,
buscando compreender, através da trajetória da infância na história, o
que é ser criança hoje.

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13. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CONTEMPORAN

Diversos autores vêm se dedicando à reflexão sobre as relações entre infância e contemporane
empobrecimento das relações comunitárias e familiares; a perda crescente de espaço físico inte
pelas crianças dos espaços públicos para brincadeiras coletivas; a erotização precoce; a grande
a conseqüente exposição a todo tipo de programa e informação e a cultura do consumo como fo
Souza, 1998; Larrosa, 1999). Como pensar uma proposta para a Educação Infantil que seja cap
sociedade, hoje? Não se deve imaginar que seja possível a existência de um modelo único, ade
sabe sobre as diferenças que constituem as crianças, famílias e educadores, fruto de suas difere
em alguns eixos orientado¬res da construção das práticas pedagógicas, que deverão ser prioriz
conhecimentos de forma crítica, criativa e consistente.

14. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – ALGUMAS PRÁTIC

Diante das questões colocadas até aqui, dois grandes eixos devem ser considerados: a brincade
Infantil; o papel mediador do professor e a idéia da construção do conhecimento em rede como o
conteúdos curriculares. A brincadeira: espaço de aprendizagem, de imaginação e de reinvenção
ação sobre o mundo é determinada pelo contexto perceptual e pelos objetos nele contidos. Entre
processo psicológico para a criança, o processo de imaginação, que lhe permite desprender-se
modificar o significado dos objetos, transformando uma coisa em outra. Assim, o campo de signi
importantes no desenvolvimento da criança, particularmente naquilo que se refere à construção
usar os objetos, a partir da flexibilidade em instaurar-lhe novos significados pelo processo de im
campo de compreensão e de invenção da realidade.

15. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO – ALGUMAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS IIPara as
crianças, um cabo de vassoura torna-se cavalo e com ele galopa para
outros mundos, pedrinhas viram comidinhas e com elas faz deliciosos
e saborosos pratos, um pedaço de tecido transforma-as em príncipes,
princesas ou heróis, conduzindo-as aos castelos, campos e outros
tempos e lugares. Ao criar suas histórias de faz-de-conta, retira os
elementos de sua fabulação das experiências reais vividas
anteriormente, mas combina esses elementos, produzindo algo novo.
Essa capacidade de compor e combinar o antigo com o novo é a base
da atividade criadora do homem (Vygotsky, 1987a).
O brincar é, portanto, uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento das crianças pequenas. Através das brincadeiras, a
criança pode desenvolver algumas capacidades importantes, tais
como: a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Ao brincar, as
crianças exploram e refletem sobre a realidade a cultura na qual
vivem, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando regras e
papéis sociais. Pode-se dizer que nas brincadeiras as crianças podem
ultrapassar a realidade, transformando-a através da imaginação.
Embora o jogo de faz-de-conta seja caracterizado pela dimensão
imaginária, é preciso, segundo Vygotski, argumentar que, ao lado do
desprendimento possibilitado pela imaginação, encontra-se a
subordinação às regras impostas pela realidade.

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16. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO – ALGUMAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS IIIA
gênese do processo do brincar está naquilo que a criança conhece e
vivencia; é com base nessa experiência que a criança reelabora
situações de sua vida cotidiana, combina e cria novas realidades,
desempenha papéis que vivencia no cotidiano (filha) e também papéis
que ainda não pode ser (mãe, pai, motorista de ônibus, professora
etc.), papéis que aspira ser (cantora, bombeiro etc.) e papéis que a
sociedade condena (ladrão, bêbado etc). Refletindo sobre suas
relações com esses “outros”, vivenciando esses outros, a criança
to¬ma consciência de si e do mundo, construindo significados sobre a
realidade. Essa relação entre o já dado e o inovador, entre o
vivenciado/conhecido e o imaginado revela o paradoxo, como aponta
Rocha (2000), existente no processo de brincar. A esfera lúdica
permite a relação dialética entre a fantasia e a realidade. Como
ilustração dessas relações contraditórias, pode-se observar o uso dos
objetos pela criança: objetos usados de acordo com suas funções
reais (panelinha para fazer comidinha) e objetos usados com novos
significados (panelinha usada como tambor); ações concretas e literais
(mexe com uma colher a comidinha imaginada) e ações substitutivas
(vira a panelinha para baixo e bate com a colher imitando o som do
tambor). Essa flexibilidade tem na sua base o conhecimento e a
vivência que a criança tem do objeto e a capacidade da criança de
ignorar-lhe certas características, ao mesmo tempo em que deve
considerá-las para que a ação substitutiva seja possível (um pedaço
de pano não serviria como tambor, uma vez que não produziria som).

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17. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – ALGUMAS PRÁTIC

Também é possível identificar relações dialéticas entre a imaginação e a realidade: na convivên


relações já vividos e papéis e relações não vivenciados; ações reproduzidas e ações antecipada
como falas dos papéis e sua utilização como instrumento de planejamento, de negociações, de e
fazer no futuro (“agora eu era o príncipe”); o desenrolar do jogo em dois planos simultâneos: o te
processo de imaginação, estreitamente relacionado ao brincar, é a base de qualquer atividade c
cultura é produzido pela atividade criadora do homem que, por sua vez, não é uma capacidade i
tornam vivas e significam as relações do sujeito com o mundo e que possibilitam a produção hum
ocorre quando o sujeito imagina, combina e modifica a realidade. Portanto, não se restringe às g
capacidade do homem de imaginar, descobrir, combinar, ultrapassar a experiência imediata.

18. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO – ALGUMAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS VNa
atividade criadora, imaginação e realidade constituem uma unidade
dialética, relacionando-se mutuamente e possibilitando a expansão e a
transformação da experiência sensível do homem na sua relação com
o mundo (Vygotsky, 1987a). Quanto mais ricas forem as experiências
que as crianças vivenciam, mais possibilidades têm de desenvolver a
imaginação e a criatividade em suas atividades, especialmente
através de suas brincadeiras. E, quanto mais possibilidades tiverem
de desenvolver sua imaginação, mais criativas serão nas suas
ações/interações com a realidade. O brincar é um processo histórica e
socialmente construído. Isto é, as crianças aprendem a brincar com os
outros membros de sua cultura e suas brincadeiras são impregnadas
pelos hábitos, valores e conhecimentos de seu grupo social. As mães
ou pessoas responsáveis pelos cuidados com os bebês ajudam-lhes a
brincar, desde cedo, quando, através dos vínculos afetivos
estabelecidos, interagem com eles, criando diferentes situações que
poderíamos identificar como o início deste processo. As conhecidas
brincadeiras que os adultos costumam fazer com os bebês, de
esconder e de achar os próprios bebês ou objetos atrás de panos ou
cobertas, são um exemplo disso. Esse tipo de brincadeira, além de
estreitar os vínculos afetivos adultos-bebês, auxiliam as crianças na
elaboração da imagem mental do objeto ou pessoa ausente base da
construção de sistemas de representação pelas crianças.

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19. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – ALGUMAS PRÁTIC

Através da interação com os objetos e brinquedos oferecidos pelos adultos, a criança, desde pe
que a ajuda a compreender as formas culturais de atividades do seu grupo social. A brincadeira,
aprendizagem social, fruto das relações entre os sujeitos de um grupo social. Essa abordagem,
Educação Infantil papel fundamental na organização e no planejamento de condições propícias
Na Educação Infantil tem-se visto diferentes formas de se conceber a brincadeira. Uma delas é a
calcada numa visão de natureza infantil, biologicamente determinada, segundo a qual a brincade
essência da criança. As práticas de Educação Infantil calcadas nessa visão encaram a brincade
liberem energias contidas. Em práticas mais tradicionais, observa-se a restrição ou o impedimen
situação de aprendizagem; as oportunidades de brincar limitam-se à hora do recreio e, quando p
tendência, talvez a mais comum, é a utilização da brincadeira como instrumento didático. O brinc
através da sua transformação em exercícios e treinamentos. O educador usa a brincadeira para
entre outras. É usada como forma de sedução e treinamento para a aprendizagem.

20. A EDUCAÇÃO INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO – O PAPEL DO EDUC

E qual o papel dos educadores nas brincadeiras? Em primeiro lugar é necessário salientar a imp
conhecimento das mesmas quanto às suas formas próprias de pensar e agir sobre o mundo. Alé
das crianças fornecendo-lhes espaço, tempo e materiais apropriados e convidativos para o brinc
participar da brincadeira e a desempenhar um papel. Essa participação deve ser orientada pela
desenrolar da situação imaginária. É preciso que o educador não imponha seus desejos e vonta
respeito às decisões e escolhas das crianças, o educador poderá ser um participante (não um o
relações que poderão ser estabeleci¬das. A chave para uma boa intervenção do educador nas b
possível pelo conhecimento do jogo da criança, do que brincam, de como brincam, de sua cultur
verdadeiramente com elas essa experiência torna-se um imperativo, para formar sujeitos criativo
infância, combinando o novo e o velho, construindo um presente mais rico. Quanto mais experiê
de criar e re-criar a realidade.

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