Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
htm
• >Matérias >Trabalhos
Busca • >Links >Agenda
Home Page • Ausculta • Chat • Quem Somos • Wap • Piadas • Enviar Trabalhos • Fale Conosco • Mapa
• Mecanismos de Contenção
Até agora, foram descritas lesões em pacientes que não usavam mecanismos de
contenção no momento do impacto. Mas, com a propagação do uso destes dispositivos,
houve uma grande redução da morbi-mortalidade dos pacientes vitimas de acidentes.
O cinto de dois pontos é eficaz nas colisões laterais, mas nos outros tipos de colisões,
podem ocorrer lesões graves de cabeça e pescoço. Em vista disto, faz-se necessário o uso
do cinto de três pontos. Este tipo de dispositivo reduz muito a gravidade das lesões de
tórax, pescoço e cabeça quando utilizados corretamente. Existem muitos relatos de
lesões pelo uso do cinto, tais como fratura das clavículas e contusão miocárdica.
Entretanto, se a vítima estivesse sem ele, dificilmente teria sobrevivido. O uso
inadequado da faixa diagonal pode resultar em graves lesões cervicais.
O “air-bag” é outro dispositivo que reduz significativamente algumas lesões frontais. Ele
absorve parte da energia do impacto, aumentando a distância de parada e
consequentemente diminui a permuta de energia. Entretanto, ele só é eficiente no
primeiro impacto. Nos impactos subsequentes ele não tem qualquer ação, bem como nos
impactos laterais, traseiros e capotamentos. Portanto, ele deve ser encarado como
complementar e não substituto ao cinto. A sua expansão pode causar lesões no tórax,
braços e face, principalmente se a vítima usar óculos.
Alguns veículos contam com barras laterais de reforço. Isso diminui as lesões produzidas
pela projeção da carroçaria para dentro da cabine.
Em vista disto, para uma proteção mais completa, os usuários dos veículos devem usar o
cinto de três pontos de maneira correta e se possível o “air-bag”. Cabe ressaltar que
estes dispositivos são projetados para adultos. Portanto crianças devem trafegar no
banco traseiro utilizando mecanismos contensores adequados ao seu tamanho.
• Quedas
Vítimas de queda estão sujeitas a múltiplos impactos e lesões. Nestes casos, devem ser
avaliados:
· Altura da queda: quanto maior a altura, maior a chance de lesões, visto que a
velocidade em que a vítima atinge o anteparo é proporcionalmente maior e
consequentemente a desaceleração.
1 de 6 03-10-2010 11:16
Cinemática do Trauma (3ª parte) http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/cinematica_trauma_3.htm
· Parte do corpo que sofreu o primeiro impacto: este dado permite levantar a suspeita de
algumas lesões. Quando ocorre o primeiro impacto nos pés, ocorre uma fratura bilateral
dos calcâneos (“Síndrome de Don Juan”). Após, as pernas absorvem o impacto, levanto a
fraturas de joelho, ossos longos e quadril. A seguir o corpo é flexionado, causando
fraturas por compressão da coluna lombar e torácica. Já quando a vítima bate
primeiramente as mãos resulta em fraturas bilaterais do rádio (Fratura de Colles). Nos
casos em que a cabeça recebe o primeiro impacto ocorre lesões de crânio e coluna
cervical.
• Explosões
Esta ocorrência não é exclusiva dos tempos de guerra. Devido à violência civil, às
atividades terroristas e ao transporte e armazenamento de materiais explosivos, as
explosões ocorrem de modo rotineiro. Elas resultam da transformação química,
extremamente rápida, de volumes relativamente pequenos de materiais sólidos,
semi-sólidos, líquidos ou gasosos que rapidamente procuram ocupar volumes maiores.
Tais produtos, em rápida expansão, assumem a forma de uma esfera, a qual possui no
seu interior uma pressão muito mais alta que a atmosférica. Na sua periferia, se forma
uma fina camada de ar comprimido que atua como uma onda de pressão que faz oscilar o
meio em que se propaga. A medida em que se afasta do local de detonação, a pressão
rapidamente diminui (à 3ª potência da distância). A fase positiva pode atingir várias
atmosferas com duração extremamente curta. A fase negativa é de duração mais longa.
• Lesões no esporte
Muitos esportes ou mesmo atividades recreativas são capazes de levar à lesões graves.
Elas podem ser por desaceleração, compressão, hiperextensão, hiperflexão, etc. Isto é
agravado pelo grande aumento de “esportistas” ocasionais ou recreacionais, os quais não
têm o treinamento e técnica necessários, além da falta de equipamento de proteção.
Esportes que envolvem alta velocidade (ex. esqui, skate, ciclismo) levam a lesões
similares às causadas por motocicletas, já descritas anteriormente.
Uma importante pista para suspeita de lesões são os danos ocorridos nos equipamentos.
A quebra por exemplo de um capacete, evidencia a violência do impacto, bem como sua
localização e mecanismo de trauma envolvido.
Cada esporte tem um mecanismo específico de lesão, mas existem princípios gerais, que
são:
2 de 6 03-10-2010 11:16
Cinemática do Trauma (3ª parte) http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/cinematica_trauma_3.htm
· Quais outras lesões podem ter sido produzidas pela troca de enrgia estimada;
· Quais lesões podem ter sido produzidas por movimentos ocorridos (hiperflexão,
hiperextensão, etc.).
Trauma Penetrante
Níveis de Energia
O vácuo criado pela cavitação, leva fragmentos de roupa, bactérias, etc. para dentro da
lesão.
3 de 6 03-10-2010 11:16
Cinemática do Trauma (3ª parte) http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/cinematica_trauma_3.htm
“assassinas”.
· Tórax: (1) Pulmões: devido à sua baixa densidade, o projétil entra sem causar
grandes lesões. Mas do ponto de vista clínico, estas são muito importantes,
principalmente pelas alterações do espaço pleural (ex. pneumotórax, hemotórax, etc.).
(2) Estruturas vasculares: pequenos vasos não são firmemente fixados à parede torácica,
podendo ser afastados do objeto lesivo sem sofrerem grandes danos. Já os grandes vasos
(ex. aorta, cavas) não podem se mover facilmente, sendo mais suscetíveis à lesões. O
miocárdio quando atingido por armas potentes, sofre lesões que levam à exasangüinação
imediata. Mas, quando atingido por armas mais leves (ex. estiletes, facas, calibre 22),
devido à sua contração, reduz o tamanho das lesões permitindo que a vítima chegue viva
ao hospital. (3) Esôfago: sua poção torácica pode ser penetrada, derramando seu
conteúdo na cavidade torácica. Os sinais e sintomas desta lesão podem aparecer
tardiamente (horas ou dias após). Portanto, mesmo sem estes sinais, tais lesões devem
ser suspeitadas e investigadas, permitindo tratamento precoce, o que previne muitas
complicações graves (ex. mediastinite).
· Abdome: armas de baixa energia podem penetrar a cavidade abdominal sem causar
danos significantes. Somente 30% dos ferimentos por faca requerem reparação cirúrgica.
As armas de média energia são mais lesivas, requerendo reparação em 85 a 95% dos
casos. Quando estas armas atingem estruturas sólidas ou vasculares, podem não
produzir sangramento imediato, permitindo a vítima chegar viva ao hospital.
Geralmente, os orifícios de entrada são lesões ovais ou redondas, cercadas por uma área
enegrecida (1 a 2 mm de extensão) devido à queimadura e/ou abrasão do tecido.
Dependendo da distância da arma, podemos ter aspectos diferentes. Se muito próximo ou
encostado à pele, gases são forçados para dentro do subcutâneo. A explosão deixa uma
visível queimadura na pele. Quando ocorre de 10 a 20 cm pode ser visto um pontilhado
(tatuagem) devido às partículas de pólvora lançadas em ignição. Estas características
podem variar de acordo com a vestimenta da vítima. Já o ferimento de saída tem um
aspecto estrelado, sem as alterações mencionadas acima.
Para fins médico-legais, uma lesão só pode ser dita de entrada ou saída em duas
situações: quando há somente uma lesão ou quando se tem documentação histológica da
presença de queimadura por pólvora ao redor da lesão.
Guia de Informações
· Impacto:
Que tipo de impacto ocorreu - frontal, lateral, traseiro, angular, capotamento ou ejeção?
4 de 6 03-10-2010 11:16
Cinemática do Trauma (3ª parte) http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/cinematica_trauma_3.htm
· Queda:
Qual a altura ?
· Explosões:
· Penetrantes:
Que arma foi usada ? Se uma arma de fogo, qual o calibre e munição utilizada ?
Respostas a estas questões são essenciais para localizar os efeitos ocultos do trauma no
corpo. Uma adequada avaliação da cinemática do trauma pode ajudar a equipe à predizer
e suspeitar de possíveis lesões e orientar exames específicos, a fim de encontrar lesões
ocultas.
Referências Bibliográficas
2. FELICIANO, D.V.; WALL, M.J.Jr. Pacient of injury. In: MOORE, E.E.; MATTOX K.L.;
FELICIANO,D.V. Trauma. East Norwalk, Connecticut, Appleton & Lange, 1.ed.
1991,p.81-93
3. Basic and Advanced Pre Hospital Trauma Life Support - PHTLS. 3.ed. Mosby Lifeline.
1995.
anterior
índice Traumatologia
Autor
Ac. Carlos Roberto Puglia
Revisão
5 de 6 03-10-2010 11:16
Cinemática do Trauma (3ª parte) http://estudmed.com.sapo.pt/traumatologia/cinematica_trauma_3.htm
Home Page - Matérias - Trabalhos Científicos - Ausculta Cardio-Pulmonar - Enviar Trabalhos - Chat Médico - Links - Cadastro
Agenda Médica - Mapa do Site - Quem Somos - Wap - Fale Conosco - Enquetes - Testes Interativos - E-mail
6 de 6 03-10-2010 11:16