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Nascimento da Criminologia
Criminologia Clássica
- Método: Dedutivo. Significa o método que parte das concepções gerais para
os casos concretos. Premissas maiores para premissas menores.
- Objeto de Estudo: o Crime. O crime era percebido como ente jurídico, opção
de escolha pessoal do indivíduo em face de seu livre-arbítrio. Opção abstrata.
O crime era realizado através de uma ação de um indivíduo que sabe o que
faz, que tem livre-arbítrio. Essa noção de livre-arbítrio é muito importante para
a escola clássica.
Criminologia Positivista
Postulados:
- Objeto de estudo era o Criminoso. E não o crime que era o objeto para a
escola clássica.
3º) ou Prevenção Especial Negativa (PEN), que almejava a pena de morte dos
incorrigíveis.
Matrizes:
- Comte (Positivismo)
- Darwin (Evolucionismo)
Adeptos:
- Lombroso
- Ferri
- Garofalo
- Ingenieros
- Nina Rodrigues
Criminologia Crítica
Matrizes:
Adeptos:
Postulados:
- Daí que, os crimes muitas vezes traduzem uma revolta individual, falta de
consciência de classe não canalizada para uma transformação ou mesmo
revolução.
Postulados:
- Crime
- Delinquente
- Vítima
- Controle Social
Vítima
a)- No primeiro modelo a vítima era muito valorizada. A Justiça era vindicativa,
quando vítima ou seus familiares aplicavam a punição. Tratava-se da vingança
privada.
Controle Social
Para Zaffaroni:
Para Zaffaroni:
b.2) Punitivo: Sistema Penal, que compreende: Poder Legislativo (leis penais),
Polícia, Ministério Público, Poder Judiciário (sentenças condenatórias) e
Sistema Penitenciário.
b) Com relação aos destinatários o controle social pode ser difuso (toda a
comunidade) ou localizado (grupos estigmatizados).
c) Com relação aos agentes fiscalizadores o controle social pode ser formal
(pelo Estado) ou Informal (pela própria sociedade civil).
FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA
Para Molina:
- Prevenir o crime.
DIREITO PENAL
Classificações:
Características:
Funções:
Conceito:
Conceito:
O Direito Penal é uma disciplina normativa, que define as infrações penais (os
crimes ou delitos e as contravenções), através de um sistema de normas
abstratas com respectivas penas, que funcionam como forma de controle social
formal punitivo, em que o Estado as aplica aos indivíduos, por ofenderam o
bem jurídico tutelado (relevantes valores da vida em sociedade).
Para Zaffaroni:
O Direito Penal deve atuar de modo a conter o poder punitivo, diante de uma
perspectiva humanista e um viés garantista.
Política Criminal
Conceito:
Ciências Criminais
Para Liszt:
Ciência Total do Direito Penal seria fruto da fusão da Dogmática Jurídico-
Penal, da Criminologia e da Política Criminal. Do contrário, o Direito Penal seria
uma torre de marfim alijada da realidade social. “O Direito Penal é uma barreira
intransponível da Política Criminal”.
Biologia Criminal
Conceito:
- A Biologia em sua interação com a Criminologia deve ser vista com muito
cuidado, especialmente com o incremento da neurociência e da genética, com
pretensões de controle sobre a conduta humana em intervenções pré ou pós
delitivas, para que não se tenha generalização indevida, relações simplistas de
causa e efeito, reducionismos preconceituosos, que conduzam à
estigmatização de indivíduos.
- Daí que, na Criminologia Moderna nota-se o enfraquecimento das teorias
biológicas, sofisticando concepções já superadas, de desvios patológicos.
Psicologia Criminal
Sociologia Criminal
- Conflito x Consenso
- As Teorias do Conflito entendem que na ordem social há disputas,
confrontos, força. Como o controle social formal institucionalizado, que exerce
poder. Exemplo: de Teorias do Conflito, Labelling Approach (Teoria do
etiquetamento ou rotulação) e Teoria Crítica.
- As Teorias do Consenso defendem que na ordem social há acordos,
negociações na busca do funcionamento pleno das instituições, com objetivos
comuns. Exemplo: Escola de Chicago (década de 20), Teoria da Associação
Diferencial, Teoria da Anomia e Subculturas Criminais.
Teorias Sociológicas
Escola de Chicago
- Ernest Burguess criou a Teoria das Zonas Concêntricas. Esta é formada por
círculos variados, um dentro do outro, em um total de cinco, em que chama de
zona cada espaçamento. Na Zona I, no miolo, tem-se a zona central, com
comércios, bancos e Zona II, encostada à Zona I, tem-se a transição do distrito
comercial para residências, ocupadas por pessoas dos segmentos mais baixos
da população. Diferindo das Zonas III (média baixa), IV e V de classe média e
alta.
Na Zona II, há maior criminalidade, conectada às gangues juvenis.
- Robert Merton afirmou que a explicação para o crime radica na distância entre
o padrão cultural almejado e a estrutura social. O insucesso de se atingir o
padrão cultural (riqueza, sucesso e status profissional) devido à insuficiência de
metas ou meios institucionalizados na estrutura social produz anomia. Daí, o
modelo com modos de adaptação:
CIRER:
- Conformismo - entende a adaptação em que o indivíduo aceita o padrão
cultural e adere totalmente aos meios institucionalizados buscando alcançá-lo
(+,+).
Postulados:
A Teoria do Etiquetamento surgiu nos EUA, em 1970. Não enfoca o crime em
si, mas a reação proveniente dele. Os grupos sociais criam os desvios na
qualificação de determinadas pessoas percebidas como marginais. O desvio
ocorre em decorrência da profecia anunciada da repetição da imputação do
crime à pessoa estigmatizada. O indivíduo rotulado como delinqüente assume
o papel.
- Logo, é a Reação Social quem cria o crime. O crime não é uma qualidade
intrínseca da conduta, é uma conduta qualificada como criminosa pelo controle
social, por processos seletivos, discriminatórios. A reação social é que é
deflagrada com a prática do ato pelo delinqüente, há um deslocamento do
plano da ação para o plano da reação social.
- Há deslegitimação do poder do sistema penal. Pois o crime coloca-se como
uma etiqueta social, que deriva do processo de rotulação, com efeito
estigmatizante, pelo controle social.
Para Zaffaroni:
- Atenta para a relevância da racionalidade do poder punitivo do Estado.
- Adverte para o papel do Direito Penal na relação de tensão entre o Estado
Democrático de Direito e o Estado de Polícia.
OBS: o modelo prevencionista quando não suficiente para reduzir a
criminalidade, o Estado de Polícia intervirá. No entanto, exige-se que esse
Estado atue com fulcro nos princípios constitucionais e garantias estabelecidas
expressamente em nosso ordenamento jurídico. O direito penal deve assegurar
a efetividade dos direitos fundamentais, limitando o Estado de Polícia no
exercício do poder repressivo.
- Reforça que o Direito Penal deve funcionar como uma baliza jurídica, na
contenção do Estado Policial e do Poder Punitivo, para assegurar os direitos
fundamentais. Tais premissas servem para que o Direito Penal não regresse ao
sistema inquisitivo onde as funções de investigar, acusar e processar se
concentravam num único órgão. O sistema acusatório deve prevalecer.
Prevenção
Prevenção Primária:
- Dirige-se a toda à sociedade, é mais ampla, com elevados custos, tem longo
prazo. Atua na raiz dos conflitos sociais, que deterioram as relações humanas.
Desenvolve atividades, como: educação, assistência social e psicológica,
atendimento médico, infraestrutura de lazer e recreação, elevação da qualidade
de vida.
Baratta observou como a desigualdade expressiva funciona como acirramento
da criminalidade. Em contraponto, nos países em que as pessoas vivem de
modo semelhante, com diferenças salariais mínimas, tende-se a ter uma
pequena margem de criminalidade.
Ex: Baratta: Bologna, o Projetto Città Sicura.
Prevenção Secundária:
- Trata-se de uma atuação mais focada, em zonas de concentração de
violência. Consistem em práticas pontuais de intervenção no espaço público.
Opera a curto e médio prazo, em programas de prevenções policiais, de
reordenamento urbano, de práticas de monitoramento.
OBS: As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Estado do RJ retratam
essa prevenção secundária, atuando nas zonas pobres (favelas) no Rio de
Janeiro.
Cuidado:
- Muitas vezes a Prevenção Secundária ao incidir nos espaços de violência
localiza-se em zona de segregação sócio-econômica. O que ocasiona uma
aproximação equivocada entre criminalidade e pobreza, o que reforça a
estigmatização dessas populações.
Prevenção Terciária:
- Destina-se aos apenados, aos indivíduos que estão encarcerados. Almeja
evitar a reincidência criminal. A Prevenção Terciária atua tardiamente, sendo
bem mais complicado, diante da prisão, que segrega e isola, além de impor
regras da administração prisional e dos próprios presos.
- Dificuldade da Prevenção Terciária: Prisão é uma instituição total, possui
violações físicas e morais, produz estigmatização, há perda de sua identidade,
prisionização e reificação (indivíduo vai perdendo a sua identidade em virtude
da sua prisão, em especial pela falta de carinho, etc. O indivíduo vai se
desumanizando).
Reação ao Crime
OBS:
Teoria da Prevenção Geral Positiva: reafirmar supremacia da norma penal.
Teoria da Prevenção Especial Negativa: evitar a reincidência.