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DE
PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL
Equipe Principal:
Sérgio H. Ferreira (Supervisor)
Lauro E. S. Barata (Coordenador)
Sérgio L. M. Salles Fº
Sérgio R. R. de Queiroz
Auxiliares:
1998
OBS: A edição deste livro está esgotada. Uma nova edição está sendo preparada. Cópias cuja
comercialização é proibida, podem ser feitas á partir deste arquivo. É vedado o uso do todo ou de
parte desta obra, sem a expressa licença do seu Coordenador (lbarata@iqm.unicamp.br). Pede-se
citar a fonte.
2
MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
1. INTRODUÇÃO
A nossa proposta inicial era de realizar uma análise ampla dos problemas associados ao
desenvolvimento de medicamentos no Brasil com o intuito de promover o incentivo desta área.
Esta proposta se impunha pelo fato do Brasil, apesar da enorme diferença de poder aquisitivo de
suas camadas sociais, encontrar-se, já há alguns anos, entre os dez maiores consumidores de
medicamentos do mundo.
Grande parte dos medicamentos que estão no mercado originam-se de produtos naturais, em
especial, de plantas. Entre as vinte drogas mais vendidas nos EUA em 1988, apenas sete não
derivavam diretamente de produtos naturais. Ainda assim, estes participaram em algum momento
da história farmacológica dessas drogas. Naturalmente, o Brasil, com a sua enorme biodiversidade,
pode contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos produzidos a partir de plantas. O
grande problema consiste em saber que parcela desse esforço de desenvolvimento caberá aos
cientistas e às empresas brasileiras.
Neste relatório foi levantado um conjunto amplo de dados quantitativos através de pesquisa
bibliográfica e consulta a bases de dados informatizadas. Essas informações foram organizadas em
um banco de dados bibliográficos, com acesso por assunto ou por autor, cuja estrutura é apresentada
no Anexo 1.
Também fez parte da metodologia utilizada no trabalho a aplicação de questionários (vide Anexo 2)
dirigidos a empresas, cientistas e órgãos do governo. O objetivo básico destes questionários era
obter dados qualitativos a respeito do quadro nacional na produção, na pesquisa e no apoio do
governo a atividades na área de plantas medicinais. Esse mesmo objetivo foi também buscado
através de entrevistas com empresários, cientistas e agentes governamentais, visando reforçar
alguns pontos deste relatório que poderiam vir a ser polemizados.
Uma grande dificuldade que pode ser percebida durante a pesquisa foi a falta de dados estatísticos
da área de negócios, bem como problemas para extrair informações de fontes oficiais. As empresas,
além de não disporem dos dados, têm uma grande dificuldade de produzi-los quando instadas a
fazê-lo.
O capítulo final pretende esboçar uma estratégia para desenvolver a produção de medicamentos a
partir de plantas medicinais no Brasil.
3
Definições utilizadas neste trabalho:
Plantas medicinais
São plantas que têm atividade biológica, possuindo um ou mais princípios ativos, úteis à saúde
humana. Muitas delas são hoje usadas em cosméticos e neste caso se denominam cosmecêuticos (do
inglês, cosmetics + pharmaceuticals).
Fitoterápicos ou Fitomedicamentos
A expressão fitoterapia é atribuída a medicamentos originados exclusivamente de material botânico
integral ou seus extratos usados com o propósito de tratamento médico1.
Fitoterápicos são classificados como medicamentos e como suplemento alimentar. Podem ser:
1) Plantas Medicinais - no Brasil são consideradas como produtos não-éticos e tratados em muitos
casos como suplemento alimentar. Podem ser adquiridas em Farmácias de Manipulação,
Supermercados ou Feiras Livres; são regulamentadas pelo DINAL (Ministério da Saúde); o
controle de qualidade é precário ou não existente; não há necessidade de registro no MS ou
qualquer outro órgão controlador para o comércio e venda de plantas medicinais, a granel ou
embalados como chás em saquinhos. Esta situação deve mudar em janeiro de 2000 com a
entrada em vigor da Portaria nº 6, de 31 de janeiro de 1995, da Secretaria de Vigilância Sanitária
do MS.
2) Extratos de Plantas - são muitas vezes produzidos por empresas não cadastradas. Produtos
técnicos produzidos por empresas respeitadas (ex. Sanofi, Sanrisil) são adquiridas por outras
empresas que frequentemente adulteram o produto final ao consumidor.
Fitofármaco
É a substância medicamentosa isolada de extratos de plantas, como a rutina e a pilocarpina, alguns
dos raros fitofármacos produzidos no Brasil.
1
Diferentes outras expressões aparecem em jornais e revistas estrangeiros para designar os medicamentos originados de
plantas medicinais: herbal drugs, medicinals & botanicals, etc.
4
2. INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E DE FITOTERÁPICOS
Desse modo, as margens de lucro da indústria farmacêutica - usualmente bastante elevadas - vêm
sendo comprimidas. A isto soma-se ainda o aumento dos custos de inovação. O custo médio da
P&D de um novo medicamento passou de US$ 1,5-2,0 milhões no período 1956-62 para US$ 20-22
milhões entre 1966 e 1972 (dólar de 1973), segundo Rigoni (1985). Em 1985 o autor estimava esse
custo em torno de US$ 100 milhões, valor que no início da década de 90 teria mais do que
dobrado2. As despesas em P&D como percentagem do faturamento passaram de algo como 10%
nos anos 60 e 70 para um valor acima de 15% nos anos 80. Como se pode ver no Quadro 2.1, a
média do gasto em P&D nos principais países atingia quase 16% em 1991, com números
significativamente maiores em alguns casos (Reino Unido, Suíça e Suécia).
2
Segundo outras fontes, o valor poderia chegar a US$ 300 milhões por medicamento.
5
O Quadro 2.2 mostra o gasto em P&D por empresa, confirmando os dados apresentados acima.
O efeito combinado dos gastos crescentes com P&D e aperto nas margens de lucro vêm
estimulando uma onda de fusões e incorporações na indústria farmacêutica, iniciada na década de
80 e que prossegue até hoje. O Quadro 2.3 mostra as 15 maiores empresas do setor em 1991.
Aparecem nesta lista a terceira (Bristol-Myers Squibb), sétima (SmithKline Beecham) e décima-
segunda (Rhône-Poulenc Rorer) como resultado de fusões. Desde então a Glaxo comprou a
Welcome, a Ciba-Geigy (quinta da lista) fundiu-se com a Sandoz (sexta) e a Roche comprou a
Sintex, para ficar nos maiores negócios apenas.
(1)
Quadro 2.3 - As 15 maiores companhias farmacêuticas em vendas no mundo, 1991-92
Companhia Vendas Farmacêuticas (US$ milhões) % do total de vendas
1 Glaxo (UK) 7.247 100,0
2 Merck (US) 7.225 84,0
3 Bristol-Myers Squibb (US) 5.908 52,9
4 Hoechst (Ger) 5.429 19,1
5 Ciba-Geigy (Sw) 4.612 31,4
6 Sandoz (Sw) 4.441 47,4
7 SmithKline Beecham (UK/US) 4.370 52,7
8 Bayer (Ger) 4.309 16,9
9 Roche (Sw) 4.120 51,6
10 Eli Lilly (US) 4.031 70,4
11 American Home (US) 4.018 56,8
12 Rhône-Poulenc Rorer (Fra/US) 3.824 100,0
13 Johnson & Johnson (US) 3.795 30,5
14 Pfizer (US) 3.771 54,3
15 Abbott (US) 3.512 51,1
(1) Números para ano terminado em dez/91, exceto Glaxo (jun/92) e Johnson&Johnson (jan/92)
Fonte: Scrip’s Yearbook, 1993.
6
Pode-se afirmar, portanto, que a indústria farmacêutica internacional passa por transformações
importantes. As fusões e incorporações estão criando empresas gigantescas, com enorme
capacidade de investimento em P&D, tornando ainda mais difícil a participação nesse mercado de
países como o Brasil. Conforme apontado em Queiroz (1993), a competitividade da indústria
químico-farmacêutica brasileira é praticamente nula no caso dos produtos patenteados. O aumento
de escala da P&D deixa ainda mais remota a possibilidade de reverter esse quadro em um horizonte
de tempo previsível.
Além disto, as empresas buscam também novas oportunidades de diversificação e, como veremos
adiante, o segmento de fitoterápicos tem se mostrado atraente.
Segundo outras estimativas, este mercado poderia ser bem maior. O Departamento de Comércio
americano apresenta, apenas para os EUA, os seguintes dados de vendas de medicinals/botanicals:
7
Quadro 2.5 - Mercado americano de produtos farmacêuticos e de fitoterápicos
Item 1987 1988 1989 1990 1991 1992(2) 1993(3)
Vendas (1) 35.283 39.532 43.796 47.832 51.880 55.607 58.428
Medicinals & botanicals 4.224 4.948 5.393 5.789 6.647 6.898 7.116
(1) Valor de produtos classificados na indústria farmacêutica produzidos por todas as indústrias.
(2) Estimativa, exceto exportações e importações.
(3) Estimativa
Fonte: Bureau of the Census - U.S. Department of Commerce
Estes dados indicam valores quase cinco vezes maiores para o mercado dos EUA em relação aos
dados do Quadro 2.4. Pode estar havendo diferenças nas definições empregadas pelo Departamento
de Comércio dos EUA (medicinals/botanicals) e por Jörg Grünwald (herbal remedies). Mas a
discrepância entre os dados também pode decorrer do fato de que este último autor utiliza dados de
venda no varejo (Retail Sales Price - RSP), que deixam de incluir vendas efetivadas através de
outros canais ou vendas dirigidas a outros segmentos da indústria , inclusive exportações. De todo
modo, não se pode ignorar as dificuldades na delimitação do mercado de fitoterápicos.
As diferenças entre países são também pronunciadas. A Alemanha é, de longe, o maior mercado
mundial de herbal drugs, com vendas de US$ 3 bilhões, isto é, metade do mercado da UE
apresentado no Quadro 2.4, e um consumo anual por habitante de US$ 39. A França, com US$ 1,6
bilhões e 26,5% do mercado da UE, vem em segundo.
Em termos do peso desse segmento no conjunto da indústria farmacêutica as variações também são
grandes. Na Alemanha, os fitoterápicos representavam aproximadamente 25% do mercado
farmacêutico total em 1990. Naquele país, 27% dos medicamentos que não exigiam receita médica
(OTC) em 1993 eram produtos de plantas, cabendo aí a divisão entre os que eram receitados e
reembolsados pelo sistema de seguridade de saúde (12%) e desse modo modo poderiam ser
classificados como “semi-éticos”, e os que eram OTC “puros” (15%).
O Quadro 2.7 mostra que esse crescimento, além de expressivo, é bastante generalizado:
Um fator importante para explicar esse dinamismo é o aparecimento da “onda verde”. Desde o final
dos anos 60, com o movimento hippie, grupos diferenciados da sociedade começaram a buscar
modos de vida mais em harmonia com a natureza e processos e produtos mais naturais. Nos anos
80, o mercado de consumo na Europa e EUA absorve esta tendência que leva a sociedade a exigir
alimentos sem contaminação de pesticidas e outras substâncias tóxicas. Este movimento da
sociedade conhecido como “onda verde” (green wave) está ampliando significativamente o
interesse em produtos terapêuticos derivados de plantas como uma alternativa “natural” aos
medicamentos sintéticos com sua costumeira lista de efeitos colaterais. Os consumidores típicos
dessa medicina complementar, a maior parte deles com níveis educacionais e de renda acima da
média (Jörg Grünwald, 1995), crêem que ela pode aumentar a resistência a doenças. Esta “onda”
tem levado empresas de distribuição de plantas medicinais na Europa a buscar em toda parte
“produtos novos” para atender o mercado em expansão, inclusive para aplicação em cosméticos.
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Características do mercado
A Europa é bastante representativa do mercado global de fitoterápicos, respondendo por
aproximadamente metade das vendas registradas no mundo3. Naquela região, os medicamentos
originados de plantas distribuem-se pelas principais categorias terapêuticas conforme o Gráfico 2.1.
Tônicos Outros
14% 12%
Hipnótico/sedativo
9%
Respiratório
15% Digestivo
15%
3
Vale observar que boa parte do comércio de fitoterápicos nos países periféricos não é formalizado. Considerando
ainda que esses países devem consumir proporcionalmente mais fitoterápicos que os países desenvolvidos, pode-se
concluir que o valor das vendas registradas no mundo está subestimado.
10
Nos EUA, apesar de o próprio Departamento de Comércio ter observado que desde os anos 60 a
indústria de herbal products vem deixando sua posição marginal, a situação ainda difere bastante. A
medicina complementar e a medicina convencional continuam pertencendo a mundos distintos.
Mas, como aponta Jörg Grünwald (1995), essa situação deve mudar rapidamente à medida que as
autoridades de saúde daquele país vão se apercebendo da crescente demanda da população por
alternativas seguras de tratamento médico. As diferenças que ainda permanecem podem ser
ilustradas pela Figura 2.1.
Europa
Como sugere o esquema acima para o caso europeu, “fitomedicamentos podem ser vistos como
fechando a brecha entre a medicina complementar de base tradicional e a medicina convencional
altamente científica” (Jörg Grünwald, 1995). Como mostra a Figura 2.1 esta ligação é melhor
estabelecida no sistema de saúde europeu. Na Alemanha, por exemplo, 80% dos médicos
prescrevem regularmente preparações fitoterápicas. Na Europa a fitoterapia vem crescendo
significativamente, como mostrado no Quadro 2.7, revelando uma aceitação cada vez maior não só
dos pacientes mas também dos médicos. Já nos EUA a situação da medicina convencional e da
fitoterápica é de flagrante separação, sendo esta última compreendida como uma medicina à parte,
11
apenas complementar. Esta situação de confronto tem raízes históricas e na desinformação por parte
dos médicos americanos.
12
A novidade está no maior envolvimento dessas empresas com a indústria de fitomedicamentos,
expandindo a atuação nessa direção e/ou adquirindo empresas já existentes.
Não menos importante é o efeito dessa entrada das multinacionais farmacêuticas em termos de
revolucionar as técnicas de marketing e distribuição do setor de medicamentos de plantas. Muitas
empresas desse segmento adquiriram sofisticada capacitação tecnológica mas não dispõem de
capital para comercializar seus produtos em nível mundial. Surge então uma oportunidade
vislumbrada pelas companhias farmacêuticas que compram essas empresas, rebatizam seus
produtos e fazem seu marketing e comercialização através da enorme rede de que já dispõem.
A principal lição que parece ficar desse processo é a de que a fase do “amadorismo” na área dos
produtos naturais está sendo deixada para trás rapidamente. É bastante provável que as empresas
que não promoverem mudanças no sentido apontado enfrentem dificuldades de sobreviver no futuro
ou, na melhor das hipóteses, deixem de usufruir do dinamismo que deverá continuar caracterizando
o mercado de fitomedicamentos pelos próximos anos.
Cabe agora mostrar o quadro nacional na área de fitoterápicos e fitofármacos. Inicialmente, vamos
apresentar alguns dados básicos a respeito de faturamento, comércio exterior, principais produtos e
produtores. Ao final, buscaremos avaliar como esse quadro pode ser impactado pelas mudanças
internacionais discutidas acima.
13
Em 1994 as vendas de medicamentos em farmácia somaram US$ 3.831 milhões, dos quais US$ 212
milhões, em torno de 5,5% daquele valor, correspondiam a produtos contendo exclusivamente
princípios ativos de origem vegetal (ver Anexo 3). Tomando como base esse percentual e
considerando um mercado global de produtos farmacêuticos de US$ 6.410 milhões naquele ano4,
chega-se a US$ 355 milhões como estimativa do mercado de medicamentos produzidos a partir de
plantas no Brasil. Se incluirmos ainda os medicamentos com princípios ativos de origem vegetal
associados a princípios ativos de outra natureza podemos concluir que o mercado é ainda maior do
que esta estimativa 5.
Como mostra o Quadro 2.10, os 25 principais medicamentos contendo apenas princípios ativos de
origem vegetal venderam em farmácias US$ 145 milhões (representando 68% do total de vendas
desse tipo de produto).
4
A diferença de US$ 2.579 milhões entre o mercado global de US$ 6.410 e os US$ 3.831 milhões vendidos em
farmácia corresponde a consumo em hospitais e postos de saúde, distribuição governamental, etc.
5
As vendas de medicamentos associados somadas às vendas dos não-associados chega a 15,6% do total, o que
representaria vendas globais de US$ 999 milhões. Mas esse número significaria uma estimativa exagerada do mercado
de produtos obtidos a partir de plantas já que nos medicamentos associados estes podem ter uma participação marginal.
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Quadro 2.10 - Medicamentos com princípios ativos de origem vegetal
vendidos em farmácias
PRODUTO LABORATORIO US$ mil (*)
VICK VAPORUB LEP.M BIOLAB/SEARLE 14.742
HYDERGINE SANDOZ 14.374
FLORATIL MERCK S.A. 11.560
DIGOXINA WELLCOME ZENECA 10.459
TEBONIN BYK QUIMICA E FARM 8.399
VENOCUR TRIPLEX KNOLL 8.391
TAMARINE BARRENNE 7.379
TANAKAN KNOLL 6.136
TRANSPULMIN ASTA MEDICA 5.766
VALDA CANONNE 5.687
EPAREMA BYK QUIMICA E FARM 5.662
NATURETTI MERRELL/LEPETIT 5.050
PASSIFLORINE MILLET-ROUX 5.043
GIAMEBIL HEBRON 3.823
METAMUCIL BIOLAB/SEARLE 3.544
NICOTINELL TTS BIOGALENICA 3.424
TANAKAN F KNOLL 3.334
CHOPHYTOL MILLET-ROUX 3.314
BUSCOPAN BOEHRINGER ANGELI 3.195
LEGALON BYK QUIMICA E FARM 3.110
POLYTAR STIEFEL 2.753
PASALIX MARJAN 2.421
AGIOLAX BYK QUIMICA E FARM 2.409
PROSTEM PLUS BALDACCI 2.396
HYDROCARE ALLERGAN-LOK 2.336
Total 144.707
(*) Vendas em farmácia de medicamento contendo um ou mais princípios
ativos de origem vegetal exclusivamente
Fonte: IMS, 1994.
Com respeito ao comércio exterior, como se pode observar no Quadro 2.11, as exportações
brasileiras de produtos naturais em 1995 e 1996 foram de US$ 47,8 milhões e US$ 53,9 milhões,
respectivamente.
Essas vendas ao exterior estão fortemente concentradas em apenas dois fitofármacos - pilocarpina e
rutina -, que respondiam por 57% do total em 1995 e 48% em 1996 (vide Anexo 4). Se
considerarmos que o Grupo Merck é o grande exportador de rutina e pilocarpina, podemos inferir
que a concentração também é alta em termos do número de exportadores (um único grupo industrial
responde por grande parcela do total exportado de produtos naturais).
15
Quadro 2.11 - Exportações de produtos de origem vegetal aplicados a medicamentos
CAPÍTULO NBM 1995 1996
US$FOB US$FOB
CAP. 12 – SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E 5.757.699 5.855.260
FRUTOS DIVERSOS; PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E
FORRAGENS
CAP. 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS 3.647.512 7.490.165
CAP. 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS 30.789.912 34.082.718
CAP. 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS 7.205.023 6.331.910
CAP. 35 - M ATÉRIAS ALBUMINÓIDES, PRODUTOS À BASE DE AMIDOS 433.963 104.395
OU DE FÉCULAS MODIFICADAS; COLAS; ENZIMAS
Como mostra o Quadro 2.12, as importações brasileiras de produtos naturais foram de US$ 193,3
milhões em 1995 e US$ 178,0 milhões em jan-out/1996.
Essas importações estão melhor distribuídas por diversos produtos. O único item que ultrapassa
10% do total nos dois anos é o Acetato de ciproterona (vide Anexo 4).
Chama a atenção a disparidade entre os níveis de exportação e importação registrados nos Quadros
2.11 e 2.12. O Quadro 2.13, com o balanço comercial, mostra o déficit existente em quatro dos
cinco capítulos da NBM selecionados, com destaque para o capítulo 29 (Produtos Químicos
Orgânicos).
16
Quadro 2.13 - Balanço do comércio exterior para as categorias de produtos de origem vegetal
aplicados a medicamentos
CAPÍTULO NBM 1995 1996 (estimativa)
US$FOB US$FOB
CAP. 12 - SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E 1.355.720 1.262.601
FRUTOS DIVERSOS; PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E
FORRAGENS
CAP. 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS (15.814.449) (14.256.689)
CAP. 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS (129.910.103) (142.796.003)
CAP. 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS (466.609) (3.790.040)
CAP. 35 - MATÉRIAS ALBUMINÓIDES, PRODUTOS À BASE DE AMIDOS (606.711) (187.127)
OU DE FÉCULAS MODIFICADAS; COLAS; ENZIMAS
O Quadro 2.14 mostra as 25 maiores empresas por faturamento em medic amentos contendo
exclusivamente princípios ativos de origem vegetal.
17
A partir do Quadro 2.14, podemos montar os Quadros 2.15 e 2.16. No Quadro 2.15 estão 11
empresas que figuram entre as 25 maiores empresas farmacêuticas por faturamento total (Quadro
2.17), indicando que as grandes empresas têm forte presença no mercado de medicamentos obtidos
a partir de plantas, com vendas variando entre 2,5 e 21 US$ milhões. Pode-se notar também que a
participação desses medicamentos no total de vendas é pequena (máximo de 22%; 9% em média).
O Quadro 2.16 é composto pelos 7 laboratórios cujas vendas de m.o.v. representam mais de 30%
das vendas totais, isto é, por aqueles que estão mais fortemente direcionados para
fitomedicamentos. Como se pode notar, são empresas farmacêuticas de menor porte, nenhuma das 7
aparecendo na lista das 25 maiores.
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Quadro 2.17 - 25 maiores empresas farmacêuticas em vendas em farmácia
EMPRESA US$ mil
BRISTOL MEYERS SQUIBB 252.847
ACHE 237.700
BIOGALENICA 220.445
ROCHE 198.229
WYETH 153.832
MERRELL/LEPETIT 132.672
BOEHRINGER ANGELI 132.284
PRODOME 128.261
LILLY 113.575
SCHERING PLOUGH 105.493
SANOFI WINTHROP 102.669
BYK QUIMICA E FARM 102.076
RHODIA 101.174
SANDOZ 99.358
HOECHST 94.648
MERCK SHARP DOHME 88.483
BIOLAB/SEARLE 87.123
WELLCOME ZENECA 82.475
KNOLL 80.673
ASTA MEDICA 75.986
MERCK S.A. 72.999
CILAG FARM.LTDA 72.709
ORGANON 67.697
ABBOTT 65.777
FARMASA 57.414
Total 2.926.599
Fonte: IMS
Os Quadros acima sugerem a existência de pelo menos dois grupos distintos de empresas entre as
maiores fabricantes de medicamentos de origem vegetal no Brasil. De um lado, grandes empresas
farmacêuticas, cujo peso nesse mercado específico na verdade reflete seu porte e atuação no
conjunto da indústria farmacêutica. A maior parte de suas vendas (na média, mais de 90%)
concentra-se em produtos sintéticos e a pequena parcela dos medicamentos de origem vegetal é
composta principalmente de produtos cujos princípios ativos são obtidos por extração
(fitofármacos). De outro lado, estão os laboratórios menores, com produção direcionada mais
fortemente para medicamentos de origem vegetal, entre os quais, possivelmente, seja maior a
participação de fitoterápicos em relação a fitofármacos.
As do segundo grupo são, de modo geral, pequenas e médias empresas familiares. Dentre estas,
apenas algumas poucas se destacam pelo profissionalismo e seriedade com que atuam na área de
produtos naturais. Por exemplo, uma das empresas entrevistadas possui uma área de P&D
estruturada, com 8 farmacêuticos, 2 químicos, 1 engenheiro químico e 3 técnicos, em grande
19
medida voltada para pesquisa em produtos naturais 6. Seu faturamento está na casa dos US$ 17
milhões (1994), dos quais aproximadamente 65% correspondem a produtos naturais puros ou
associados (percentagem que vem crescendo continuamente desde 1990, quando atingia 45%). Essa
empresa mantém acordos de cooperação com universidades, basicamente voltados para a realização
de pesquisas pré-clínicas e clínicas com o objetivo de comprovar a eficácia terapêutica dos produtos
e garantir sua qualidade e segurança desde o cultivo da planta até a extração dos princípios ativos.
De todo modo, o exemplo acima deve ser encarado antes como a exceção do que a regra entre as
empresas desse primeiro grupo.
O exemplo da Merck é ilustrativo. A empresa, uma das mais importantes em produtos naturais do
país, possui plantações próprias de jaborandi e de fava d’anta para extração da pilocarpina e rutina,
que comercializa como substâncias puras, principalmente no mercado externo7. Entretanto, os
produtos naturais representam pouco mais de 20% das vendas da empresa, os sintéticos somando
quase 80%, segundo dados da empresa8.
Esse ponto deve ser destacado na análise das dificuldades para desenvolver a produção de
medicamentos a partir de produtos naturais. As firmas, de modo geral, encaram esse segmento
6
As atividades incluem otimização dos processos de extração, processos de separação, isolamento, identificação e
doseamento dos princípios ativos das plantas e do produto acabado, busca de comprovação científica das atividades
terapêuticas e segurança do produto, entre outras.
7
Vale registrar a balança comercial positiva da Merck, atestada no Quadro 4, fato pouco usual na indústria farmacêutica
brasileira.
8
O dado do Quadro 2.15, limitado a vendas em farmácia, é de 17% para vendas de produtos de origem vegetal.
20
como marginal e concentram-se fundamentalmente na produção de sintéticos. Uma grande empresa
farmacêutica nacional, apesar de revelar um grande interesse na área de produtos naturais,
acompanhando os desenvolvimentos internacionais, realiza menos de 3% de suas vendas com esses
produtos.
Por outro lado, os laboratórios que concentram suas vendas (acima de 30%) em produtos naturais
são, quase sempre, pequenos e com baixa capacidade de investir no desenvolvimento da área. Não
por acaso, a Portaria 123 de 1º de outubro de 1994 do Ministério da Saúde, regulamentando a
comercialização de fitoterápicos, encontra forte resistência entre as empresas - com exceção de uma
única, já mencionada acima como caso raro de empresa que investe em P&D e mantém acordos de
cooperação com universidades.
Em síntese, vários problemas dificultam a atuação das empresas farmacêuticas brasileiras na área de
produtos naturais:
1) O elevado grau de internacionalização da indústria farmacêutica (algo como 70% das vendas
pertencem a empresas estrangeiras) define uma orientação dada pelas matrizes dessas grandes
multinacionais. Como vimos acima, de modo geral, essa orientação privilegia as substâncias
isoladas e obtidas por síntese. Embora, como apontado na seção anterior, essas grandes firmas
revelem um interesse crescente pelos produtos naturais, os efeitos das mudanças em curso (como as
aquisições do Quadro 2.8) ainda levarão algum tempo para repercutir no Brasil.
2) São diminutos os investimentos em P&D. Isto também decorre, em parte, da orientação dada
pelas grandes firmas internacionais. Estas tendem a concentrar suas atividades de P&D nas
matrizes, diversificando no máximo para um segundo centro (em geral na Europa, quando se trata
de firmas americanas, e nos EUA, quando são firmas européias). As firmas nacionais, que
tenderiam a fazer pesquisa no país, simplesmente não têm porte suficiente para realizar os
investimentos necessários (porte esse que, como apontado no capítulo 2, é cada vez mais
expressivo). Tudo isto acaba favorecendo a aquisição de pacotes tecnológicos prontos.
21
3) Os baixos investimentos em P&D limitam drasticamente a interação universidade-empresa. Não
existem mecanismos de comunicação eficientes entre essas instituições, a exemplo do que ocorre
nos países desenvolvidos. Tecnologias simples, muitas vezes disponíveis na universidade, acabam
não se tornando acessíveis a empresas que teriam a possibilidade de explorá-las.
4) É baixa a qualificação dos recursos humanos. A oferta de pessoal técnico de bom nível é muito
restrita e a disponibilidade de recursos das empresas para treinamento é limitada.
Concluindo, a indústria nacional necessita realizar um grande esforço para atingir os padrões de
qualidade que estão sendo exigidos mundialmente e até mesmo no país, a partir de medidas como a
Portaria 123. Em um primeiro momento as empresas podem considerar impossível o atendimento
de todas as exigências da Portaria, mas o fato é que se não caminharem rapidamente na direção por
ela sinalizada estarão na contra-mão das tendências internacionais.
A partir daí, pode-se imaginar alguns desdobramentos possíveis. Caso os investimentos das
empresas em pesquisa, melhor controle de qualidade, etc, não venham a ocorrer, a defasagem em
relação às empresas de fitoterápicos de outros países irá se ampliar. Como estas empresas estão se
internacionalizando, eventualmente associadas ou incorporadas a multinacionais do setor
farmacêutico, é razoável supor que o futuro da produção brasileira de fitomedicamentos dependerá
diretamente das estratégias das grandes empresas. A exemplo do que já ocorreu no segmento de
medicamentos sintéticos, tenderá a haver uma internacionalização da produção, com a atuação das
empresas nacionais restrita a nichos de mercado e com participação marginal.
22
3. A PESQUISA DE MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS
“Nós ainda não atingimos o avanço científico que permita desenhar drogas rotineiramente a
partir de princípios básicos, sem quaisquer pistas” (Lynn Caporale, diretor de avaliação
científica da Merck, citado em Science, vol. 256, 22/5/1992).
As empresas internacionais não esperam “descobrir” novos compostos de uso terapêutico a partir de
plantas medicinais, ainda que isto tenha uma pequena chance de ocorrer. Elas procuram, na
verdade, modelos na natureza (templates) que lhes permitam utilizar como ponto de partida para o
desenho de drogas. Trata-se, portanto, de uma combinação de técnicas novas com o screening, e
não a sua substituição.
A Glaxo também está estudando análogos do camptotecin e está pesquisando novas plantas
medicinais como parte de um consórcio de pesquisa com a Universidade de Illinois, Chicago, um
dos mais importantes centros acadêmicos na área.
O enfoque dessas grandes empresas farmacêuticas está na identificação de princípios ativos, e não
na utilização direta de plantas medicinais. Estas podem eventualmente ser a matéria-prima para
extração das substâncias puras (fitofármacos), embora as empresas naturalmente busquem
desenvolver métodos de síntese. Mas o que deve ser sublinhado aqui é a importância renovada das
plantas medicinais na descoberta desses novos princípios ativos, seja por utilização direta, hemi-
síntese ou síntese.
Das 250.000 espécies de plantas no mundo, menos de 10% foram exaustivamente investigadas com
vistas ao descobrimento de propriedades terapêuticas (Scientific American, jan/93 - segundo outras
estimativas, o número de plantas investigadas é muito menor, inferior a 0,5%). A pesquisa desse
enorme acervo, longe de ser relegada a segundo plano, ganha impulso com as novas técnicas
biotecnológicas.
Em um trabalho que busca estimar o valor de fármacos ainda não descobertos nas florestas
tropicais, onde se encontram metade das plantas do mundo, Mendelsohn e Balick (1995) calculam
em 375 o número potencial de drogas existentes naquelas florestas. Desse total, 47 já teriam sido
descobertas, como a vincristina, vinblastina, curare, quinino, codeína e pilocarpina.
Esta seguramente é uma das razões para que 125 das maiores empresas farmacêuticas mundiais, que
não tinham qualquer projeto com plantas medicinais há cerca de 15 anos, estejam agora
empenhadas em pesquisas nessa área.
Existem inúmeras dificuldades no percurso que vai da idéia de um medicamento até o mercado:
tempo longo, custo alto, necessidade de domínio de tecnologias avançadas e de equipes bem
treinadas e multidisciplinares. Isto faz com que apenas empresas grandes, competentes e com
grande disponibilidade de recursos para investimento desenvolvam medicamentos.
25
Figura 3.1 - a produção de novos medicamentos: da idéia ao mercado
Idéia A
ê
Pesquisa em laboratório
î
ê Screening B
P&D ê
ê C Ensaios pré-clínicos
Produção piloto ê
Ensaios clínicos
ê í
Produção industrial
Formulação D
ê marketing
Mercado
Tomemos como exemplo as metodologias de P&D de medicamentos (que podem ser aplicáveis à
P&D de qualquer outro produto derivado do metabolismo secundário de plantas, sejam inseticidas,
cosméticos, corantes, etc.). Desde a idéia inicial até o produto ser colocado no mercado, consome-
se entre 7 a 20 anos. A média dos últimos anos (McChesney, 1993) atingiu 12,6 anos nos EUA e
segundo outras fontes o valor pode chegar a US$ 600 milhões/medicamento, aí incluídos os custos
com marketing, e demorados estudos biológicos, conforme já apontado na seção 2.1. Esses
26
números indicam que essa atividade é restrita a poucas e grandes empresas multinacionais
farmacêuticas.
Os 4 conjuntos A, B, C e D (Figura 3.1) raramente são executados pelo mesmo organismo mesmo
na área empresarial. Na China há informações de que isto é algumas vezes realizado com base em
decisões políticas de governo.
No Brasil a P&D e produção piloto (conjunto C) raramente são realizadas, exceções feitas a
algumas cópias de medicamentos sintéticos comerciais, desenvolvidas no passado pela Codetec e
algumas poucas empresas brasileiras.
Existe uma razoável capacitação técnica, mas a interação entre os atores principais é muito
deficiente.
Empresas médias fizeram aquisições, fusões, mas sobretudo joint-ventures e acordos de cooperação
para conseguir seus objetivos e metas.
• Etnofarmacologia
• Triagem e Erro
• Estudos Micromoleculares
27
A etnofarmacologia é uma ciência ainda mal desenvolvida e mal compreendida no Brasil, onde há
poucos profissionais que se definem como etnofarmacólogos e a disciplina praticamente não existe
nos cursos de pós-graduação. Além isso é pouco acreditada por amplos setores da ciência oficial.
No entanto a etnofarmacologia é um elemento metodológico hoje fundamental para empresas dos
EUA e Europa buscar medicamentos de plantas nos trópicos.
A empresa inglesa Hutton Molecular Development e a Shaman Pharmaceuticals dos EUA, adotam a
etnofarmacologia para a sua estratégia de pesquisar medicamentos. O NIH nos anos 90 publicou
um edital internacional o seu interesse de pesquisar plantas medicinais das áreas tropicais para
AIDS e Câncer .O mais interessante é que o edital exigia a pesquisa de informações diretamente
com curandeiros e outros profissionais não reconhecidos pela ciência ortodoxa.
Com relação aos estudos micromoleculares, são quase sempre estudos de fitoquímica clássica:
extração, isolamento, purificação e identificação de substâncias naturais de plantas. São também
chamados, “estudos de substâncias do metabolismo secundário”, como os alcalóides, glicosídeos,
esteróides, terpenos, flavonóides, e outras moléculas de baixo peso molecular (< 1000), e que
frequentemente são os princípios ativos das plantas medicinais.
Os estudos micromoleculares aliados a botânica algumas vezes são advogados (Gottlieb, 1993)
como uma metodologia alternativa para a busca de fitofármacos. No entanto, não foi demonstrado,
até agora, que esta metodologia possa substituir os meios ortodoxos como a etnofarmacologia e
etnobiologia aliada à busca on-line em banco de dados.
Banco de dados bem organizados e acessíveis como o NAPRALERT da Univ. de Illinois (Prof. N.
Farnsworth), tem sido usados por importantes empresas estrangeiras na área de Produtos Naturais,
para a descoberta (drug discovery) de novos medicamentos (Seidl, 1993)
Triagem e erro e estudos micromoleculares têm sido usados em pequena escala por empresas
farmacêuticas usando medicamentos naturais.
28
poderia proliferar no Brasil, já que, como veremos, não falta ao país competência científica, mas
objetivos e metas.
Infraestrutura
O Brasil possui a maior base universitária e técnica das Américas, excluindo os EUA. Nossos
cientistas publicam nas melhores revistas internacionais. O sistema de pós-graduação tem bom
nível, com 36.000 bolsas de estudos no país e 4.000 no exterior (Barreto de Castro, 1993).
Há uma inegável capacitação científica, nas áreas de química de produtos naturais (pelo menor 900
profissionais) e farmacologia (pelo menos 1500 outros), que permite o desenvolvimento de
fitofármacos. As outras áreas afins como medicina, botânica, farmácia e engenharias, estão
igualmente bem qualificadas e em número adequado.
Recursos
Embora regrados, nos últimos anos os recursos para a pesquisa de plantas medicinais existem, como
se pode observar pelo que foi dispendido pela CEME-MS desde a sua criação.
Em 1995 o MCT teve um orçamento de US$ 1 bilhão, sendo US$ 550 milhões atribuídos ao CNPq.
Outros recursos para a pesquisa científica foram fornecidos pelas FAP’s, FINEP, CAPES, FIPEC,
PADCT, e outros internacionais. No capítulo 4 estão indicados os valores destinados à área de
produtos naturais e afins. Infelizmente, não foi possível destacar desse total quanto foi alocado para
a pesquisa de plantas medicinais.
Apesar dessa razoável base científica, a distância necessária para realizar P&D de compostos bio-
ativos é ainda muito grande. Conforme apontado acima, os custos de desenvolvimento são muito
altos, o tempo é longo e são exigidas equipes multidisciplinares e competentes para a tarefa
específica. Devido à complexidade e custo para colocar um novo medicamento no mercado, quase
sempre são as multinacionais as que conseguem desenvolver novos produtos farmacêuticos. O fator
29
limitante, e isto transparece das entrevistas feitas, não são os recursos alocados mas outros fatores
como a vontade política de fazer medicamentos e a cooperação entre grupos multidisciplinares.
Sem dúvida, a massa crítica capaz de desenvolver pesquisas em plantas úteis/medicinais está nas
universidades (Redwood, 1995). As universidades e institutos de pesquisa brasileiros, apesar das
dificuldades, têm contribuído fortemente para a descoberta de novas moléculas que poderão vir a
ser aproveitadas para a pesquisa fitofarmacêutica de plantas medicinais.
Muitas patentes que deram origem a medicamentos hoje comercializados por empresas
multinacionais tiveram origem em universidades brasileiras, através de pesquisas financiadas pelo
governo brasileiro (Gottlieb, 1980; Pharma 1994; Napralert, 1995).
Inclusive, muitas plantas que não são consideradas medicinais podem vir a ser a base de novas
moléculas biologicamente ativas, se exploradas dentro de um programa adequado voltado para a
P&D e produção de novos fármacos (Barata, 1976 e 1994). Para um programa deste tipo é
necessário um trabalho multidisciplinar, envolvendo botânicos, biólogos, farmacológos, médicos,
agrônomos, economistas, químicos e engenheiros químicos, mas ainda isto não é suficiente. É
necessário uma metodologia adequada e objetivos e metas bem definidas.
Não existem no Brasil institutos de pesquisa como a Caltech e o MIT (EUA), ou de apoio como o
BTG (Inglaterra), dirigidos à pesquisa aplicada/tecnológica, e a universidade brasileira, cuja
competência para produzir recursos humanos é inegável, não revela o mesmo dinamismo na
pesquisa aplicada. Entretanto, ela poderia ser mobilizada nesta direção, como indicam os cerca de
70 grupos de pesquisa em química e farmacologia de produtos naturais no Brasil que poderiam
participar do esforço da produção de medicamentos no país (Quadro 3.1).
30
Quadro 3.1 - Grupos de pesquisa em química de produtos naturais, botânica e farmacologia.
Amapá IRDA - ex-Icomi, atual Grupo CAEMI
Museu Costa Lima SEPLAN Gov. Estado
Pará UFPa - Depto. Química
POEMA - Eng. Química
MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi
Instituto Evando Chagas
Embrapa - PA
Amazonas INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazonia)
UFAm
Embrapa - AM
Ceará UFCe - Inst. Química
Instituto de Biologia
PADETEC
Embrapa - CE
Paraíba UFPb: IQ e LTF (Laboratório Tecnologia Farmacêutica)
UFPb – FCM (Faculdade de Ciências Médicas)
Pernambuco UFPe: IQ e Instituto de Antibióticos
Embrapa – PE
Alagoas UFAL - Grupo de Biotecnologia
Bahia UFBa-IQ
EMBRAPA-BA
Minas Gerais UFMG: IQ e Fac. Farmácia
Univer.Fed. Viçosa
FIOCRUZ Inst. Reneé Rachou
Embrapa-M G
Brasília UNB-IQ
CENARGEM
EMBRAPA
Rio de Janeiro UFRJ: NPPN; Instituto Carlos Chagas e Instituto Biofísica
FIOCRUZ-RJ
UFF-IQ
UFRRJ-Rural
UERJ
EMBRAPA-RJ
São Paulo USP- SP: IQ; IB; Fac. Farmácia; RP-
USP-RP: Fac. Farmácia e FCM
USP – S. Carlos
UNESP: Botucatu e Araraquara
UNESP-
ESALQ-Piracicaba
UNICAMP: IQ; IB; FCM; HC;CPQBA e FEA - Lab. Óleos e Gorduras
IAC-(Instituto Agronômico de Campinas) Grupos de Fitoquímica e Plantas Medicinais
EPM (atual UFSP)
EMBRAPA- Jaguariuna
ITAL
Instituto Butantã
Instituto Adolpho Lutz
Instituto Florestal
Instituto Biológico
UF São Carlos - IQ
Univ. MetodistaPiracicaba-UNIMEP
Paraná UFPr: IQ e Fac. de Farmácia
UE Maringá
Santa Catarina UFSC - Depto. de Química e Farmacologia
Rio Grande do Sul UFRGS: IQ e IB
Sta Maria
Mato Grosso UFMT - Inst. Biologia
31
Goiás UFGo
São aproximadamente 45 os grupos de Fitoquímica no Brasil. (Quadro 3.1). Estão distribuídos pelo
Norte, Nordeste (15 grupos) Sudeste (25) e alguns poucos no Sul (5). Estão localizados sobretudo
nas universidades e apenas 10 em instituições governamentais e outras. Estão sediados sobretudo
nos institutos de química mas também em faculdades de farmácia, e mais raramente nos institutos
de biologia. Na sua imensa maioria fazem parte do sistema de pós-graduação e como consequência
geram teses de mestrado e doutorado, além de publicações.
A imensa maioria dos grupos é coordenada por pesquisadores seniors com titulação mínima de
doutor em ciência, muitos com pós-doutorado no exterior.
São fitoquímicos com pós-graduação no país sendo formados em diferentes cursos de graduação,
sobretudo química mas também farmácia e biologia além de outras.
Das equipes fazem parte um vasto número de bolsistas de iniciação científica9, mestrandos,
doutorandos e técnicos. Mas são raros os contratados como free-lancer para projetos específicos. As
bolsas de especialização são muito difíceis de obter e em S. Paulo o Programa RHAE-CNPq é sub-
utilizado.
Os grupos de pesquisa de produtos naturais quase sempre fazem parte dos departamentos de
química orgânica, distribuídos por 15 universidades e outras instituições governamentais. De fato,
um terço dos orientadores na área de química orgânica pertence a grupos de produtos naturais
(SEIDL, 1991)10.
9
Em 1995, havia em todo o país aproximadamente 15.000 bolsistas de I.C. do CNPq e menos que 1000 da FAPESP.
10
SEIDL, P.R. - Potencial da Pesquisa Química nas Universidades Brasileiras, Estudos e documentos no 17, CNPq
(1991)
32
Há registro de apenas alguns poucos grupos de pesquisa e desenvolvimento de produtos naturais
ligado a empresas ( ex.: CAEMI, ex-ICOMI, Brasmazon ,Estado do Amapá e Centroflora -SP). É
certo que outras empresas eventualmente fazem convênios ou contratos com universidades para
estudos específicos, mas estes dados não puderam ser levantados. Há ainda um competente exemplo
na Universidade do Ceará (UFCe), coordenado p/ Prof. Afranio Aragão Craveiro, que instalou
várias empresas de Produtos Naturais numa incubadora dentro da Universidade. São empresas que
já tem produtos no mercado como a empresa Selachii. Muitos dos empresários são originados da
área de pesquisa da própria Universidade.
33
Metodologia
Realizou-se uma análise quantitativa dos trabalhos de pesquisa experimental com plantas medic-
inais no Brasil, assim como as instituições que desenvolveram esses trabalhos e as áreas que
despertaram maior interesse nesse tipo de pesquisa. Para isso montou-se um banco de dados dos
trabalhos publicados no Brasil que foram desenvolvidos em universidades, por pesquisadores
seniores, estudantes de graduação e pós-graduação.
Como em qualquer área de pesquisa, esses trabalhos na sua maioria são divulgados em congressos e
simpósios regionais e nacionais, sob forma de pôsters e/ou comunicações orais. Por isso, os
números obtidos e os resultados apresentados em seguida são baseados em trabalhos coletados de
livros de resumos de eventos de divulgação científica ocorridos a nível nacional, no período de
1986 até 1995.
Alguns resumos não foram computados devido a dificuldade de obtenção de alguns livros ou por
alguns eventos não ocorrerem anualmente.
Foram escolhidos todos os resumos nos quais constatou-se a presença de trabalhos experimentais
com substâncias extraídas de plantas e que apresentaram uma possibilidade de aplicação futura nas
diversas áreas ligadas a saúde. Não foram datados resumos referentes à pesquisa em nutrição, ou
aspectos de aproveitamento dessas plantas como alimento. A atenção voltou-se para os resumos dos
trabalhos de pesquisa básica ou clínica que tiveram importância em farmacologia, toxicologia e
terapêutica.
34
Os quadros a seguir mostram a quantidade de resumos analisados, assim como os respectivos anos
em que os trabalhos dos diversos grupos de pesquisa em plantas medicinais foram divulgados nos
eventos científicos.
BOT 47 1988,1989,1991,1994,1995
RESEM 85 1987,1988,1989,1994,1995
OBS.: (1) Os resumos do congresso de química eram apresentados até o ano de 1991 junto com os da SBPC.
(2) O congresso da SPM é bianual.
Quadro 3.4 - Número de resumos referentes a plantas medicinais, em eventos nacionais por ano de
publicação.
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
BOT -- -- 05 07 -- 09 -- -- 16 10 047
GEN -- -- -- -- 10 -- -- 23 12 -- 45
QUI -- -- -- -- -- -- 31 23 35 60 150
RESEM -- 19 30 17 -- -- -- -- 03 04 85
TOTAL 271 170 204 254 195 97 11 136 309 203 1 950
RESUMOS
35
Os resumos analisados foram divididos em 4 grandes categorias destacando-se fitoquimica,
toxicologia e farmacologia e ação em sistemas
1. FITOQUÍMICA
B. Screening Químico
C. Ambos
2. TOXICOLOGIA
A. Geral
B. Mutagênese
C. Ambas
3. FARMACOLOGIA
A. Inflamação
I. Antiinflamatórios/Antipiréticos.
II. Antiinflamatórios/Analgésicos
III. Antiinflamatórios/Cutâneos
IV. Cicatrizantes
B- Anticancerígenos
C- Antiparasitários/antibacterianos/antifúngicos.
D- Antialérgicos
4- ACÃO EM SISTEMAS
A- Sistema Cardiovascular
II. Coagulação/Ateroesclerose
III. Infarto/Perfusão
IV. Outros
II. Antidiarréicos
IV. Outros
I. Anticonvulsivantes
II. Analgésicos
III. Neuroprotetores
IV. Psicoestimulantes
V. Antidepressivos
VI. Outros
II. Filtração/Excreção/etc.
III. Outros
E- Hepático
I. Secreção/Metabolismo
II. Outros
F- Sistema Respiratório
I. Antiasmático/Broncodilatador
II. Outros
G- Sistema Imunológico
I. Imunologia Celular
III. Outros
H- Reprodutor
I. Fertilizantes
37
II. Anticoncepcionais
III. Outros
I- Endócrino
I. Eixo Hipotálamo-Hipófise
II. Glândulas
III. Outros
Resultados
Seguindo a ordem de classificação apresentada acima, os gráficos a seguir indicam o número de
resumos distribuídos nas categorias que mais se destacaram - número de resumos superior a 20 - o
que corresponde aproximadamente a 1% do total de resumos (1950). A percentagem que
corresponde ao número de resumos em relação ao total levantado apresenta-se entre parênteses.
Também é mostrado número de resumos e o percentual das respectivas subdivisões dentro das
categorias analisadas. Os números indicativos das categorias de Antiparasitários / antibacterinos /
antifúngicos e Antialérgicos, foram irrelevantes.
Cada resumo classificado pode aparecer em mais de uma categoria, por exemplo: um resumo de
trabalho publicado por um grupo de pesquisa que realizou a análise fitoquímica de uma planta, pode
somar-se aos resultados de outros grupos que pesquisaram os efeitos toxicológicos das substâncias
ativas dessa planta, assim como as ações antiinflamatórias das substâncias isoladas.
Substância
química isolada
(707) 64,10%
38
TOXICOLOGIA 187 resumos (9,59%)
Geral (120)
64,17%
Antiinflamatório Antiinflamatório
Agentes flogísticos antipirético (22) cutâneo (13) 6%
(45) 10%
Cicatrizantes (07)
20% 3,17%
Antiinflamatório
analgésico (134)
61%
ambos
49%
in vivo
28%
in vitro
23%
39
CARDIOVASCULAR 120 resumos (6,15%)
Outros (19)
39,58%
Antidiarréicos (22)
17%
Outros (44) 35%
Gastro-Protetores
(60)
48%
40
SNC 112 resumos (5,74%)
Psicoestimulan- Neuroprotetores
tes (13) 12% (06) 5%
Outros (05) 4%
Anticonvulsivan- Antidepressivos
tes (32) 28% (01) 0,88%
Analgésicos (56)
49,56%
Musculatura lisa
urogenital (25) Outros (07)
40,98% 11,48%
Filtração/
Excreção (29)
47,54%
Antiasmático (19)
44%
Outros (24)
55,81%
41
SISTEMA IMUNE 80 resumos (4,1%)
Imunologia
Humoral (09) Outros (07)
12,68%
9,86%
Imunologia
Celular (55)
77,46%
Fertilizantes (03)
9,38%
Outros (14)
43,75%
Anticoncepcio-
nais (15) 47%
42
SISTEMA ENDÓCRINO 23 resumos (1,18%)
Eixo Hipotálamo-
Hipófise (01)
18,52%
Outros (10)
37,04%
Gândulas (12)
44,44%
Antiinflamatório
analgésico (57)
62,64%
Mutagênese (08)
12,90% Ambos (05)
8,06%
Geral (49)
79,03%
44
TGI + FITOQUÍMICA 138 resumos (30,8%)
Antidiarreicos
Outros (44) (22) 11,90%
40,48%
Gastro-
protetores (60)
47,62%
Coagulação
Outros (19) Aterosclerose (16)
7% 19%
P. Arterial
F. Cardíaca (67)
74%
45
SNC + FITOQUIMICA 57 resumos (50,8%)
Neuroprotetores
Psicoestimulan-tes (01) 3%
Outros (02) 6%
(06) 19%
Antidepressivos
(01) 3%
Analgésicos (08)
26%
Anticonvulsivan-
tes (13) 43%
Outro parâmetro investigado foi que autores mais publicaram resumos (acima de 30) nos eventos
nacionais, e paralelamente quais os trabalhos desses autores que apresentados em forma de resumos
transformaram-se em trabalhos publicados em revistas de divulgação científica indexadas, no
mesmo intervalo de tempo (1986-1995). O gráfico ilustra que os pesquisadores mais atuantes não
transformam o material de estudo em uma publicação que possa ser acessada pelos sistemas
internacionais de informação literária e científica (“medline”, “index medicus”, “current contents”).
Numa análise qualitativa observou-se que, com raras exceções, a maioria destes trabalho foram
realizados por químicos, que apresentaram pequeno ou nenhum interesse pelas propriedades
farmacoterapêuticas de seus produtos isolados.
46
O gráfico a seguir mostra, a correlação entre o número de resumos dos autores que mais publicaram
trabalhos com plantas medicinais (barras escuras) e o número de trabalhos publicados em revistas
científicas indexadas - “papers” (barras claras).
Gráfico 3.1 - Número de publicações em eventos nacionais e em revistas científicas indexadas, dos 18
autores que mais apresentaram resumos de trabalhos a nível nacional.
Resumos
60
Papers
40
20
0
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R
As instituições de pesquisa que mais publicaram trabalhos sobre plantas medicinais em eventos
nacionais
O gráfico a seguir mostra as instituições que mais se destacaram na publicação de resumos em
eventos nacionais são apresentadas a seguir. Os resultados demonstraram que a Universidade de
São Paulo - USP (REPRESENTADAS POR São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos E
Pirassununga) e a Universidade Federal do Ceará (UFC), acima de 200 resumos.
47
400
USP
UFC
300
UFRJ
UFPB
UFSC
200
UNICAMP
UFMG
100
UFPE
UNIFESP
0
Faz-se necessário observar que as bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq, para projetos de
fitofármacos se concentra mais nas áreas de Química e Farmacologia (vide adiante quadro 4.8, pp.)
e a distribuição dessas bolsas por regiões concentra-se mais nas Sudeste e Nordeste (quadro 4.9,
pp.).
CONCLUSÕES
Apesar de existirem grupos altamente capacitados na realização de bioensaios com plantas
medicinais, são ainda poucos os grupos que associam Fitoquímica À caracterizacao
farmacologica dos produtos isolados. Talvez porque na historia recente quimicos e farmacólogos
raramente se associaram para desenvolver um prototipo ou um produto.
A cooperação internacional entre cientistas e técnicos é ainda insuficiente. Quando se trata de áreas
altamente dinâmicas como a pesquisa de novos princípios ativos, esta cooperação é fundamental.
48
A comunicação entre grupos de pesquisadores, tão necessária para o desenvolvimento de produtos,
é ainda pequena mas pode melhorar com a RNP e Internet.
A universidade, parece claro, não tem competência para desenvolver sozinha produtos para a
sociedade. Para isto é necessária a participação das empresas.
Dificuldades
Existem diferentes problemas que afetam os que lidam com a química e a farmacologia de produtos
naturais.
3)As competentes empresas multinacionais têm obtido os maiores proveitos dos estudos feitos com
os recursos governamentais.Quase sempre não há o cuidado de se proteger os inventos com patentes
ou mesmo resguarda-los com o necessario sigilo,mesmo que temporário.Neste caso,as empresas
ligadas á área farmacêutica se apropriam legitimamente das informações, que publicadas são de
uso irestrito.Estas empresas dispoem de equipes treinadas especificamente para obter da literatura
evidências que apontem à descoberta de novos fármacos.
4) Os cursos de pós-graduação em química orgânica recebem cada vez menos estudantes na área de
fitoquímica e os profissionais desta área têm frequentemente mudado para a área de síntese.
49
Outrossim, os poucos profissionais da área fitoquímica raramente pesquisam plantas medicinais e
quando isto ocorre não realizam os necessários ensaios biológicos que conduzam ao isolamento dos
princípios ativos.
Conclusões Finais
- A pesquisa e desenvolvimento (P&D) de fitoterápicos e fitofármacos, em uma base moderna,
praticamente não existe no Brasil. Existem esforços nesta direção vindos principalmente da
universidade, que raramente está associada a empresas. Sem empresas não há caminho viável na
descoberta e P&D de fitofármacos e fitoterápicos.
- As várias competências nessas áreas para a P&D de um fármaco existem no Brasil. No entanto,
são localizadas em diferentes bolsões, quase excludentes, nas universidades e IPQs e empresas que
não se comunicam entre si.
- A maioria das empresas nacionais na área de fitoterápicos são pequenas e médias e praticamente
não investem em pesquisas. A portaria da Vigilância Sanitária deve mudar estas tendências para um
apoio ao desenvolvimento dos fitoterápicos.
- Os recursos financeiros não são a condição sine qua non para a P&D de drogas a partir de plantas.
Antes disso, há que considerar a necessidade de juntar os esforços dos atores necessários para este
fim (Figura 3.1).
- Os dados nos fazem supor que us$ 100 milhões de dólares foram aplicados nos ultimos 10 anos na
pesquisa cientifica relacionada a produtos naturais e apesar disso nemhum medicamento baseado
50
em plantas medicinais foi desenvolvido no pais.nem mesmo a ceme-ms que pesquisou 72 plantas
medicinais chegou a qualquer fitomedicamento.
51
4. A AÇÃO GOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE FITOFÁRMACOS
Apesar da riqueza da flora brasileira -com cerca de 55 mil espécies- e da ampla utilização de plantas
medicinais pela população, existe consenso sobre a insuficiência de estudos científicos sobre o
assunto. Pouca atenção foi dada tradicionalmente a esta área de conhecimento pelas instituições
acadêmicas e pelas agências governamentais de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de
fitofármacos. Com os recentes avanços na área de biologia molecular e com o crescente interesse
das grandes corporações farmacêuticas pelo potencial de mercado dos produtos naturais, é
imprescindível dar maior atenção ao aprofundamento do conhecimento das propriedades das
espécies vegetais e sua utilização na formulação de medicamentos. Neste capítulo apresentam-se as
ações das principais agências públicas envolvidas no apoio ao aprimoramento do conhecimento
científico, do desenvolvimento tecnológico e da produção industrial de fitofármacos nos últimos
anos. Essas ações serão apresentadas por instituição, com atenção à Central de Medicamentos -
CEME, à FINEP e ao CNPq, comentando-se ainda as atividades de outras agências como a
Fundação Banco do Brasil e a CAPES.
Central de Medicamentos
A Central de Medicamentos - CEME, além de sua atribuição principal de compra e distribuição de
medicamentos, tem apoiado sistematicamente atividades de pesquisa em produtos fitofarmacêuticos
nas últimas duas décadas. Já em 1973 foram realizados alguns estudos pioneiros com plantas
medicinais no âmbito da CEME, como o “Screening farmacológico de plantas brasileiras”,
executado pela Escola Paulista de Medicina, mas a função de assistir instituições governamentais na
formulação, coordenação e execução de políticas e programas de desenvolvimento tecnológico e
industrial do setor químico-farmacêutico só seria atribuída formalmente ao órgão pelo decreto
presidencial No 75.985 de 17 de julho de 1975.
Nos primeiros anos não existia uma política clara para orientar a seleção de projetos, sendo uma
atividade de “balcão”, em que os apoios eram concedidos na medida da disponibilidade dos
recursos. Em 1982, visando uma orientação mais consistente para suas ações na área, a CEME
promoveu um Encontro sobre Plantas Medicinais, que resultou na elaboração do Programa de
Pesquisas em Plantas Medicinais -PPPM.
Este Programa começou a operar em 1983. Seu objetivo era promover a investigação científica
sobre as propriedades terapêuticas de espécies vegetais utilizadas pela população brasileira,
favorecendo o futuro desenvolvimento de medicamentos, assim como orientar a população sobre o
52
verdadeiro potencial terapêutico e os possíveis efeitos tóxicos destas plantas, normalmente
utilizadas de forma pouco criteriosa. O Projeto visava à criação de uma alternativa medicamentosa
de baixo custo, principalmente para os 50 milhões de brasileiros que não têm acesso a
medicamentos. Foram privilegiados projetos de rápido retorno, com um prazo médio de execução
de 1 a 2 anos. Uma das metas do programa foi a constituição de um banco de dados com cerca de
9.000 informações sobre plantas medicinais.
No início, foram selecionadas 21 espécies para estudo a partir de critérios médicos, antropológico-
sociais, botânico-agronômicos e econômicos. Essa seleção foi feita por um Comitê formado pelos
melhores profissionais da área. Entre elas estavam: quebra-pedra, funcho, maracujá, capim-cidrão,
espinheira-santa, abacateiro, alho, guaco, confrei, artemísia, hortelã, jambolão, etc. Em 1986 as
espécies selecionadas foram ampliadas para 74 (ver Quadro A.1 no Anexo 6).
53
Gráfico 4.1 - Distribuição dos projetos executados pela CEME (1983-1993) por região
Nordeste Norte
11% 7% Sul
Centro-Oeste 11%
9%
Sudeste
62%
Vemos que houve uma intensa atividade nos anos 80, mas o programa praticamente parou nos anos
90. Este arrefecimento correspondeu a um brusco corte orçamentário, como pode ser constatado na
Quadro 4.2, em razão das reformas impostas durante o governo Collor.
54
Gráfico 4.2 - Recursos liberados pela CEME para o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais
1800
1600
1400
1200
de 1995
US$ mil
1000
800
600
400
200
0
1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
O Gráfico 4.2 permite uma melhor visualização dos dados do Quadro 4.2. Observa-se que os
recursos globais da Fase I (de 1983 a 1993) foram da ordem de US$ 5 milhões. Nos últimos dois
anos o Programa parece ter tomado novo impulso, depois de ter passado por três anos em que a
maioria dos trabalhos precisou ser interrompida, em razão da desativação de várias funções do
Estado promovidas pelo governo Collor. Hoje existem 13 projetos em andamento, mas a maioria
das propostas apresentadas nos anos 90 não foi ainda implementada, havendo 19 projetos em
carteira, conforme pode ser visto no Quadro 4.3.
55
Quadro 4.3 - Projetos em carteira no Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Ceme
Título do projeto Ano Instituição
“Verificação do possível efeito adaptógeno ou resistógeno
de plantas brasileiras. Parte II. Pfaffia e Catuaba”. 1994 EPM/UNIFESP
“Avaliação clínico-laboratorial de plantas medicinais como
possíveis agentes diuréticos, antihipertensivos e 1995 UERJ
eumetabólicos”.
“Identificação de antiparasitários de origem vegetal e
desenvolvimento de formas farmacêuticas”. 1991 UFRS
“Avaliação da ação tóxica de plantas medicinais em ensaios
biológicos”. 1991 USP
“Endoscopia funcional nasal e cirurgia funcional sinusal
associadas à avaliação da Luffa opercutata (cabacinha) no 1989 EPM/UNIFESP
tratamento das patologias nasosinusais”.
“Estabelecimento de bases analíticas para estandartização de 1991 UFPA
chás medicinais”.
“Ensaio de atividade de Amaranthus viridis e Luffa
cilindrica contra helmintos parasitas de galinhas e cães”. 1991 UNESP
“Analise farmacológica dos extratos brutos de Bacharis 1991 UFSC
trimera”.
“Estresse oxidativo hepático: Modulação por produtos 1991 USP
naturais da flora brasileira”.
“Extração e identificaçào de substâncias com atividade 1991 UFMG
antiúlcera de Maytenus ilicifolia”.
“Determinação do efeito farmacológico potencial de extratos 1991 UFRS
vegetais utilizados em medicina popular”.
“Investigação farmacológica da atividade central de plantas 1991 EFSC
medicinais”.
“Esquemas terapêuticos alternativos, farmacologia e química 1991 UFPB
de novas drogas de origem vegetal”.
“Determinação de componentes polifenólicos 1991 USP
farmacologicamente ativos obtidos de vegetais”.
“Avaliação toxicológica de vegetais empregados em 1991 UNESP
medicina pop ular”.
“Estudo toxicológico pré-clínico do B-mirceno: Substância 1991 FIOCRUZ
analgésica encontrada no capim-cidrão”.
“Núcleo de fornecimento de plantas medicinais selecionadas 1990 UFMA
pela CEME”.
“Estudo fitoquímico e fitorápico de plantas brasileiras”. 1991 FIOCRUZ
“Coleta e conservação de plantas medicinais”. 1991 EMBRAPA
Observa-se que apenas três projetos envolvem extração de principios ativos de plantas medicinais,
ou seja, estudos fitoquímicos farmacológicos. Maciçamente os projetos concentram-se no estudo de
chás ou no máximo extratos de plantas.
11
Carlini E. L. (Coordenador) Farmacologia pré-clínica, clínica e toxicologia do capim-cidrão, Cymbopogum citratus,
Brasília, CEME, 1985.
56
28 espécies vegetais, cujos resultados aparecem na série de publicações “Programa de Pesquisa em
Plantas Medicinais” da CEME. Em alguns casos as plantas medicinais não provaram ter efeitos
significativos, em outros revelaram-se tóxicas, enquanto certas espécies confirmaram ação
terapéutica, sendo as duas principais Maytenus ilicifolia (espinheira-santa) e Phyllantus niruri
(quebra-pedra). Após a conclusão das pesquisas para testar o real efeito das diversas espécies
procurar-se-ía aprimorar as técnicas de cultivo para posterior industrialização.
O Programa tem atuado co-financiando Projetos de Pesquisa através de contratos e convênios com
instituições públicas e privadas. Na realidade, a grande maioria dos estudos foi realizada pelas
universidades federais e estaduais, sendo pouco significativa a participação de empresas privadas.
FINEP
A FINEP atua no financiamento a projetos de fitofármacos através, principalmente, de três
Departamentos: Agropecuária, Ciências Biológicas e da Saúde, e Ciências da Natureza. Nos últimos
57
10 anos os projetos vêm sendo apoiados fundamentalmente com recursos do PADCT (Porgrama de
Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e, em menor monta, com recursos do FNDCT
(Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). A seguir, apresentamos uma breve
avaliação dos financiamentos da FINEP nessa área, nos três Departamentos citados.
Estimava-se que o tempo necessário para transformar uma espécie em planta cultivada seria de 5 a
10 anos. Assim, foram privilegiados cultivos que pudessem se de fácil e rápida adoção pelo sistema
produtivo nacional. Pretendia-se sistematizar o conhecimento necessário para o cultivo dessas
espécies, uma vez que a maioria tem sido explorada só pelo sistema extrativista, chegando, em
alguns casos, à quase extinção. Os principais objetivos do Programa eram:
O detalhe dos projetos realizados dentro do Programa Cultivos Pioneiros, no relativo a plantas
medicinais, aparece no Quadro 4.5.
59
Quadro 4.5 - Projetos de pesquisa em plantas medicinais realizados com o apoio do Programa Cultivos
Pioneiros (PROCULT) da FINEP/CNPq
Título Objetivos Instituição Ano do Recursos
convênio aproximados
(US$)
“Biologia, cultivo Estudar a biologia e estimular o seu UNICAMP/CP
experimental e cultivo QBA 1988 24.500,00
aspectos sócio-
econômicos de
ipecacuanha”
“Coleta e conservação Coleta de germoplasma para EMBRAPA/
de germoplasma de domesticação da espécie e CENARGEN 1988 21.000,00
ipecacuanha” estabelecimento de Banco de
Germoplasma
* Estabelecer o cultivo racional de UNICAMP/CP
jaborandi, com plantas de QBA
caraterísticas uniformes e 1990 5.000,00
produtivas, visando ao fornecimento
de matéria-prima para a indústria de
sais de pilocarpina
*sem título
Os auxílios na segunda metade da década de oitenta foram da ordem de US$ 1,5 milhões. Após
1990, coincidindo com a segunda fase do PADCT, esses auxílios cresceram significativamente.
60
A distribuição dos financiamentos por região é apresenta no Quadro 4.7. Observa-se que os auxílios
foram distribuídos a instituições de diversas regiões, destacando-se a participação de grupos da
UFRJ, UFSC, UFCE e UFPA, dos respectivos departamentos de química e farmacologia. Alguns
projetos visaram à criação de laboratórios para atender às demandas em nível regional, como por
exemplo, a implantação do Laboratório de Espectrometria (LEMAR) para atendimento multiusuário
na região Norte e Nordeste, em 1994.
Todavia, na maioria dos casos, os resultados das pesquisas não tiveram aplicação comercial direta,
resultando basicamente na formação de recursos humanos com divulgação de resultados através de
congressos e publicações em periódicos nacionais e estrangeiros.
Quadro 4.7 - Projetos financiados pela FINEP segundo região de origem da instituição apoiada
Região No de projetos
Sul 5
Sudeste 6
Centro-Oeste 4
Nordeste 7
Norte 4
TOTAL 25
CNPq
Com relação à formação de Recursos Humanos especializados na área de fitofármacos, coube às
agências de financimento, como CNPq e CAPES, um papel destacado. A informação consolidada
dos auxílios concedidos no período 1992/1994 aparece nos Quadros 4.8 a 4.12. Como vemos nos
Quadros 4.11 e 4.12, coincidindo com o financiamento concedido pelas instituições acima
analisadas, destacam-se as participações da UFCE e da UFRJ no uso de bolsas e auxílios. A maior
parte das pesquisas foi desenvolvida pelos departamentos de química e farmacologia. Porém, no
caso da UFCE existe também participação dos departamentos de botânica, bioquímica e agronomia,
o que pode significar um tratamento mais integrado em relação ao tema. Nas bolsas e auxílios a
região Nordeste participou com cerca de 40% nesse período, o que também estaria indicando a
existência de uma significativa capacitação regional na área de fitofármacos. Além da UFCE,
também a UFPB teve uma participação importante.
61
Em nível nacional, destacam-se ainda a UFRJ e a UFMG, que o apoio das agências e instituições de
fomento criaram núcleos de pesquisa importantes na área de fitofármacos. Como pode ser visto no
Quadro 4.12, todas as modalidades de bolsas e auxílios foram utilizadas por essas instituições.
Observe-se que mais da metade dos auxílios concedidos correspondem à área de química.
Além da informação apresentada, tanto a CAPES como o CNPq oferecem auxílios na forma de
bolsas de mestrado e doutorado em áreas relacionadas com fitofármacos. Entretanto, este tipo de
auxílio não pode ser discriminado por corresponder a quotas de demanda social das instituições.
Quadro 4.8 - Bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq para projetos de fitofármacos de 1992 a 1994
Área do Bolsas Auxílios Total
conhecimento
No Valor US$ No Valor US$ No Valor US$
Botânica 48 102.687,14 4 25.611,52 52 128.298,66
Farmácia 8 22.323,89 1 0,04 9 22.323,93
Farmacologia 54 196.089,60 11 90.961,28 65 287.050,88
Química 125 559.643,06 17 41.638,85 142 601.281,91
Genética 2 2.386,54 2 2.386,54
Bioquímica 3 29.993,14 1 2.675,62 4 32.668,76
Agronomia 3 2.231,15 1 0,02 4 2.231,17
Quadro 4.9 - Distribuição por região das bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq, de 1992 a 1994
Área do Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
conhecimento
No Valor US$ No Valor US$ No Valor US$ No Valor US$ No Valor US$
Genética 2 2.386,54
Bioquímica 2 20.208,17 1 10.958,24 1 1.502,35
62
Quadro 4.10 - Bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq segundo modalidade, de 1992 a 1994
Tipo No de projetos Valor US$ correntes
Inic. Científica 159 223.374,54
Aperfeiçoamento 17 34.930,21
Pesquisa 52 526.258,66
Ap. Técnico 8 15.432,52
Exterior 7 115.358,59
Auxílios 35 160.887,33
Total 278 1.076.241,85
Quadro 4.11 - Distribuição dos auxílios do CNPq por área de conhecimento e por instituição, de 1992 a
1994
Institituição Botânica Farmácia Farmacol Química Bioquímica Agronomia Total Valor US$
No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro corrente
UFCE 4 2 2 1 1 10 38.026,82
UFPR 1 1 -
UFRS 2 2 4.448,98
UFPB 1 1 2 21.990,78
UFRJ 1 3 4 17.039,03
USP 1 1 2 4.717,21
UFSP 3 3 51.166,66
UFMG 1 1 2.288,37
UNICAMP 1 1 -
UFBA 2 2 4.228,74
UFSC 1 1 2.986,00
UFRRJ 2 2 1.649,34
UFPA 2 2 3.280,07
UFSCAR 1 1 6.115,44
INPA 1 1 2.949,74
TOTAL 4 1 11 17 1 1 35 160.887,33
63
Quadro 4.12 - Distribuição das bolsas concedidas pelo CNPq por área de conhecimento e por
instituição, de 1992 a 1994
Institituição Botânica Farmácia Farmacol Química Genética Bioquímica Agronomia Total Valor US$
No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro No Pro corrente
UFCE 30 3 25 1 59 150.985,98
UFPR 2 2 3.059,66
UFRS 7 10 1 18 37.354,48
UFPB 3 1 8 8 20 85.266,63
UFRJ 7 13 1 21 91.832,85
USP 1 12 13 49.394,40
UFSP 10 10 33.871,11
UFMG 2 17 19 45.694,19
UNICAMP 1 2 3 28.213,99
UFBA 3 1 1 5 26.804,34
UFSC 3 2 5 14.381,08
UFRRJ 6 6 58.427,55
UFPA 1 5 6 25.149,51
UFSCAR 3 2 5 35.028,22
UFMT 5 5 17.207,75
UFRPE 4 4 5.723,65
UFPE 1 1 2 10.481,31
UNESP 2 2 21.069,22
UF LAVRAS 2 2 1.388,13
UFF 6 6 7.114,39
UFSM 5 5 25,224,24
UNB 2 2 8.966,71
FIOCRUZ 3 3 10.839,58
U. ALFENAS 1 1 1.785,26
EMBRAPA 5 5 7.545,33
M. AGRICUL. 1 1 10.958,24
IME 1 1 12.349,60
UFAL 4 4 7.381,72
Outras instituições
Outra instituição que concedeu alguns auxílios na área de fitofármacos foi a Fundação Banco do
Brasil. No Quadro 4.13 apresenta-se informação sobre os auxílios solicitados a essa instituição.
Nota-se que a grande maioria dos pedidos não foi atendida, indicando, de um lado, pequeno
64
interesse da instituição nessa área e, de outro, que há uma demanda reprimida por estudos em
fitofármacos e produtos naturais.
65
5. ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER A PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS
A PARTIR DE PLANTAS MEDICINAIS
Partindo dos elementos discutidos nos capítulos anteriores, iremos, inicialmente, apresentar os
principais atores atuantes na P&D e produção de fitomedicamentos e, em seguida, resumir os
principais pontos favoráveis de que o Brasil dispõe para desenvolver essa área, assim como as
dificuldades existentes. Finalmente, apresentaremos uma proposta de estratégia de desenvolvimento
da produção de medicamentos a partir de plantas medicinais que contemple o aproveitamento das
oportunidades indicadas e ao mesmo tempo supere os obstáculos apontados.
É muito raro que um mesmo indivíduo realize, ele mesmo, pesquisas fitoquímicas-
farmacológicas/biológicas necessárias para a descoberta de novos fármacos. Por isso, plantas
medicinais são estudadas do ponto de vista químico por fitoquímicos e do ponto de vista
farmacológico por farmacólogos, estabelecendo uma dicotomia perigosa. Cooperações
interdepartamentais, interinstitucionais e multidisciplinares, embora necessárias, raramente são
realizadas, comprometendo o sucesso do estudo de plantas medicinais
66
Químicos, por outro lado, raramente estudam a composição química de plantas em mistura (extratos
brutos). O comum é a purificação dos extratos, levando a frações e estas a substâncias puras. No
entanto, é muito comum que o princípio ativo de uma planta medicinal seja uma mistura de
substâncias. A separação de uma amostra em substâncias puras pode levar perder o efeito
farmacológico esperado. Quando a relação existe, os fitoquímicos produzem mais frações e
substâncias puras que o farmacólogo/biólogo pode testar.
Todos estes fatores, além de outros menores, geram tensão na relação química e biologia de modo
que dificilmente as relações progridem. Tampouco fluem as relações entre grupos universitários
para a pesquisa (obrigatoriamente) multidisciplinar na área de medicamentos de plantas medicinais.
Os pontos de vista de acadêmicos de diversas especialidades muitas vezes se confrontam.
Estes grupos, por sua vez, raramente tem cooperação com a área empresarial.
Há uma desconfiança que permeia as relações entre acadêmicos e empresas, de ambos os lados. O
empresário teme colocar recursos nas mãos dos cientistas acreditando que a relação custo/benefício
seja muito alta, além de exigir sigilo com relação ao projeto. Por outro lado, os cientistas a) não
apreciam trabalhar sob o cronograma apertado dos empresários, b) dificilmente aceitam
interferências em seu trabalho, c) não estão mobilizados para os trabalhos que visam produtos (vide
Tabela - Recursos do Estado FNDCT/CNPq/FAPESP), d) não aceitam produzir trabalhos que
tenham alguma restrição à publicação. Deste modo, as relações entre empresas-universidades,
dificilmente fluem. Os recursos para as pesquisas vem massivamente do Estado e só muito
raramente de empresas (vide Quadro 7).
67
5.2 Vantagens e obstáculos para o desenvolvimento da área de produtos naturais
As vantagens detectadas são a flora, o conhecimento popular, o conhecimento científico, a
disponibilidade de tecnologia, o interesse da área empresarial e o volume de recursos aplicados nos
últimos dez anos. Em seguida, detalharemos cada um destes pontos.
A região amazônica cobre 5 milhões de km2, com 33.000 espécies de plantas superiores, sendo pelo
menos 10.000 destas medicinais, aromáticas e úteis (Brown, 1992, Mors, 1966; Di Stasi, 1989;
Brito, 1993; Barata, 1994; Gottlieb, 1980), 300 espécies de frutas comestíveis (Cavalcante, 1988)
além de uma enorme fauna marinha, insetívora e animal, muitos dos quais usados na
etnofarmacologia, mas sem qualquer registro atual. Portanto, é maior o nú mero de plantas
13
medicinais/úteis nessa região que na India e China . Mesmo as plantas tóxicas existentes na região
(Da Silva, 1979) poderão se tornar importantes templates para a descoberta de novos produtos
terapêuticos. Além dos estudos com plantas medicinais, os estudos de venenos e toxinas de origem
animal abrem um novo horizonte para a compreensão de fenômenos moleculares complexos em
nível celular. (CALIXTO. DOC.)
12
A maior diversidade biológica do país se encontra na mata atlântica, da qual, lamentavelmente, não restam mais do
que 12%. Na Amazônia, restam ainda 90% de área florestal (Brown, 1991, 1992).
13
India e China, países tradicionais nesta área, contam com 5.000 e 2.500 espécies medicinais respectivamente.
68
Quadro 5.1 - Empresas que transformam produtos naturais da Amazônia.
Empresa Área Produtos comercializadas
Hutton Molecular Medicamentos Fitofármacos, agroquímicos
(Inglaterra) e veterinários
PHYTOpharmaceuticals Medicamentos Fitofármacos
(EUA)
Shaman Pharmaceuticals Medicamentos Fitofármacos
(EUA)
Xenova (Inglaterra) Medicamentos Fitofármacos
The Body Sh op Cosméticos Óleo de castanha do Pará,
(Inglaterra) óleo de Andiroba, etc
Rainforest Crunch Alimentos Amendoas, Castanha do
(USA) Pará
Natura Cosméticos Óleo Andiroba
(São Paulo)
Boticário Cosméticos Diferentes produtos em
(Curitiba) P&D
Nutrimental Alimentos Amendoas, Castanha do
(Curitiba) Pará
Irda Matérias-primas para cosméticos e Óleos Vegetais
(Amapá) medicamentos
Brasmazon Matérias-primas para cosméticos e Diferentes Produtos
(Amapá) medicamentos
Centroflora (São Paulo) Medicamentos Matérias-primas para
fitoterápicos e cosméticos
Sanrisil (São Paulo) Medicamentos Matérias-primas para
fitoterápicos e cosméticos
Desde o descobrimento, em 1500, plantas que adquirem valor econômico tendem a ser predadas até
seu esgotamento. Isto já aconteceu com o Pau-Brasil, e atualmente com o Sassafras (Ocotea
pretiosa), Pau-Rosa (Aniba rosaeodora), Jaborandi (Pilocarpus jaborandi), Pfaffia (Pfaffia
paniculatta) e muit as outras plantas selvagens comercializadas.
3. A simplicidade da tecnologia usada para extração de plantas medicinais constitui uma vantagem
adicional para explorar os recursos vegetais. Existem centenas de pequenos fabricantes, a maior
parte dos quais sequer registrada no Ministério da Saúde, cujos produtos são colocados a venda em
praças públicas, feiras e outros pontos. Até mesmo repartições públicas se ocupam dessas
atividades. Esta prática se ampliou enormemente nos últimos anos devido ao Programa “Plantas
medicinais no serviço público”, que recomenda o cultivo e produção de fitoterápicos por parte de
diversos organismos (prefeituras, ONGs, associações de bairro).
Por outro lado, a fabricação realizada muitas vezes em condições precárias e à margem da
Vigilância Sanitária pode representar um risco adicional pela falta de controle da qualidade dos
produtos distribuídos ou vendidos por essas organizações.
7. Financiamento: O PADCT III que vai vigorar de 1997-2000 deverá privilegiar projetos
tecnológicos, multidisciplinares de aplicação da ciência, permitindo realizar consórcios entre a
academia e empresas.
70
5.3 Proposta para uma estratégia para desenvolver a produção de medicamentos a partir de
plantas medicinais
A seção acima mostrou o potencial e as dificuldades existentes no uso de plantas medicinais para a
produção de medicamentos, cosméticos, agroquímicos e intermediários químicos. Nesta seção
vamos propor uma estratégia voltada para o aproveitamento das potencialidades e superação das
dificuldades apontadas.
Este Núcleo, de caráter executivo, teria seu corpo constituído a partir de um Comitê independente
do qual participariam as comunidades científica (representantes das sociedades científicas e
cientistas independentes com forte tradição em P&D), empresarial (associações patronais e
empresários de destaque na área) e governamental (representantes das agências de financiamento,
CNPq, FINEP, FAPESP...)
71
constituídos de laboratórios pré-existentes, com competência já demonstrada em P&D e que
ganhariam atribuições estabelecidas pelo Núcleo a partir de editais de chamadas específicos para o
desenvolvimento de tecnologia para fármacos.
Essa proposta é abrangente e não se restringe apenas aos fitofármacos. Todavia, pensamos que as
vantagens apontadas acima sugerem que as oportunidades são maiores dentro dessa área. Portanto,
seria um bom ponto de partida para implementar a estratégia.
- Conferir aos produtos originados da biodiversidade brasileira um “selo verde” como garantia de
qualidade e indicação de produto original e natural. Um comitê analisaria a qualidade dos
produtos/produtores como condição para outorgar o selo.
- o cultivo de culturas anuais/ perenes de plantas medicinais/ úteis nas áreas desmatadas do país
(500.000 km2).
72
Com relação ao gerenciamento de informações
- Inventariar, catalogar e organizar as informações antropológicas, etnológicas, ecológicas e
taxonômicas já existentes em um banco de dados (Brasilert), tornando-as acessíveis à
comunidade acadêmica e empresarial.
- Realizar estudos do tipo “Quem é quem” e “Onde e quanto custa” para projetos químicos e
biológicos de produtos naturais, cujos resultados também devem constituir um banco de dados;
a partir desses estudos poder-se-á identificar as competências acadêmicas (universidades,
institutos de pequisa) para desenvolvimento de projetos científicos/tecnológicos em
medicamentos, cosméticos e agroquímicos.
14
Caso a estratégia privilegie o mercado internacional, os estudos deverão abarcar as seguintes áreas: câncer,
mutagênesis, HIV, hepatite, cardiovascular, antifungos, doenças imuno-supressoras, doenças dermatológicas, diabetes,
alergias e mal de Alzheimer, especialidades que as empresas multinacionais farmacêuticas têm priorizado (ABNI, 1991)
e analgésicos.( vide anexo .........)
73
- Criar condições nos sistemas de PG do Brasil de realizar teses com caráter multidisciplinar na
área de medicamentos de plantas, que poderão ter caráter sigiloso por certo número de anos para
impedir cópias de processos e pesquisas (garantir patenteamento)
74
6. BIBLIOGRAFIA
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75
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78
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625-630.
79
ANEXO 1 - BANCO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS
O banco de dados bibliográficos contém duzentas referências, armazenadas em forma de uma tabela
(table) que organiza e apresenta os dados segundo oito “campos”: índice, autor, título, referência,
ano, tipo, localização e assunto (nesta ordem).
O índice (“ID”) é o primeiro campo e tem a função de contador, ou seja, é o número que indica a
ordem segundo a qual a referência foi introduzida no banco de dados.
O campo “autor” apresenta o nome autor do documento bibliográfico ou, como na maioria dos
casos, o nome do periódico de onde o documento foi extraído.
80
O “ano” indica o ano da publicação do documento, enquanto que o campo “tipo” indica se o
documento é artigo, livro, brief article, book review, report, editorial, etc.
81
ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS
Este anexo apresenta os questionários utilizados para a obtenção de dados, sobretudo qualitativos,
utilizados no trabalho. A idéia foi obter, através de questionários bastante sintéticos e objetivos, um
conjunto básico de informações e uma orientação para as entrevistas, realizadas em um segundo
momento.
Foram utilizados três questionários distintos, dirigidos a cientistas, empresas e instituições atuantes
na área de produtos naturais no Brasil. Os questionários são apresentados nesta ordem:
1. questionário cientistas;
2. questionário empresas;
82
1. QUESTIONÁRIO CIENTISTAS
Informações Gerais:
1) Identificação do respondente:
Nome:
Cargo:
Endereço:
E-mail:
Telefone:
Fax:
2) Equipe atual:
1) Título do projeto:
2) Objetivo do projeto:
3) Período de vigência:
83
4) Participantes do projeto:
Qualificação Número
Antropólogos
Botânicos
Farmacólogos
Biólogos
Médicos
Fitoquímicos
Químicos
Economistas
Outros (especificar)
Tipo Número
Papers nacionais
Papers internacionais
Teses
Relatórios
Outros (especificar)
84
c) teve algum tipo de dificuldade com a participação da empresa no projeto
11) O conhecimento gerado foi útil para o desenvolvimento de tecnologia para outros produtos
farmacêuticos? Comente.
13) A equipe montada à época do projeto ainda poderia ser reunida se necessário?
85
2. QUESTIONÁRIO EMPRESAS
Informações Gerais:
1) Identificação do respondente:
Nome:
Cargo:
Endereço:
E-mail:
Telefone:
Fax:
Origem do capital:
Nº de empregados em 1994:
86
Questões:
Produtos %
sintéticos
naturais puros
naturais associados
1990
1991
1992
1993
1994
3) Qual a expectativa de participação nas vendas dos produtos naturais nos próximos cinco anos?
Brasil
Exterior
87
5) Grau de purificação das matérias-primas adquiridas para fabricação de produtos naturais:
A:
B:
C:
D:
E:
7) A empresa faz P&D? Como está estruturada a área de P&D (posição funcional, pessoal ocupado,
qualificações, orçamento anual)
8) Quais atividades de P&D têm relação com produtos naturais? Explicar (escopo, objetivos e
resultados já alcançados).
11) Quais as outras fontes de tecnologia a que a empresa recorre (licenciamento, acordos de
assistência técnica, etc)? Separar produtos naturais do restante.
88
Questões para o principal dirigente da empresa:
15) Como avalia a política governamental existente para a área de produtos naturais?
16) Que medidas deveriam ser tomadas, no seu entender, para melhor direcionar essa política?
17) Que medidas de política em outros âmbitos seriam necessárias para desenvolver a área de
produtos naturais:
c) política de saúde:
89
3. QUESTIONÁRIO INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS
Nome da instituição_________________________________________________
__________________________________________________________________
Entrevistado _______________________________________________________
Função ___________________________________________________________
Formação _________________________________________________________
Data ____/___/____
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________
90
Houve descontinuidades que levaram à paralisação das atividades nessa área? Quando e por
que?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Que recursos a instituição tem alocado para atividades com Produtos Naturais nos últimos 5
anos?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
91
Existe uma política deliberada por parte da instituição para estimular os acordos de
cooperação entre as empre sas e entre estas e os institutos públicos de pesquisa?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
___________________________________
Há exemplos de produtos hoje em comercialização que tenham sido desenvolvidos a partir das
atividades da instituição?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
___________________________________
92
Quais deveriam ser, do seu ponto de vista, as prioridades de uma política nacional para
Produtos Naturais?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
-Título do programa/projeto
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
-Instituições envolvidas
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
-Período de realização
_________________________________________________________________
-Recursos envolvidos
_________________________________________________________________
-Principais resultados
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
93
ANEXO 3 - VENDAS EM FARMÁCIA DE PRODUTOS NATURAIS
Este anexo é formado por duas tabelas, cada uma das quais é apresentada em cinco páginas. A
primeira delas apresenta dados de vendas em farmácia de medicamentos com origem em produtos
vegetais ordenados segundo o faturamento total do laboratório. A segunda apresenta os mesmos
dados ordenados segundo o percentual de vendas de medicamentos com origem em produtos
vegetais em relação ao faturamento total do laboratório.
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
94
continuação (2/5)
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
BIOSINTETICA 3.309 9,40 0 0,00 1.253 3,56 1.253 3,56 35.188
STIEFEL 665 1,98 3.538 10,55 3.036 9,05 6.574 19,60 33.544
LIBBS 47 0,15 0 0,00 0 0,00 0 0,00 32.199
NEWLAB 16.267 54,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00 29.991
FARMALAB I.Q.F. 233 0,97 217 0,90 0 0,00 217 0,90 24.054
ZAMBON 19 0,08 1 0,00 13 0,06 14 0,06 22.839
VIRTUS 3.225 15,30 2.056 9,75 1.480 7,02 3.536 16,77 21.083
DORSAY 8.984 43,83 0 0,00 0 0,00 0 0,00 20.497
UPJOHN 470 2,37 0 0,00 772 3,90 772 3,90 19.798
MARJAN 0 0,00 3.017 15,75 0 0,00 3.017 15,75 19.155
EUROFARMA 4.059 24,66 0 0,00 0 0,00 0 0,00 16.458
ALLERGAN-LOK 2.313 14,08 0 0,00 2.695 16,41 2.695 16,41 16.425
BALDACCI 0 0,00 0 0,00 3.353 20,50 3.353 20,50 16.355
MILLET-ROUX 1.091 6,81 5.121 31,97 4.265 26,63 9.386 58,60 16.018
UNIAO QUIMICA F.N 393 2,61 4 0,03 34 0,23 38 0,25 15.084
SYNTHELABO 2.199 14,97 0 0,00 0 0,00 0 0,00 14.689
DARROW 282 2,27 0 0,00 962 7,74 962 7,74 12.430
LEGRAND 2.475 21,38 0 0,00 207 1,79 207 1,79 11.575
CATARINENSE 2.620 24,14 1.024 9,43 2.315 21,33 3.339 30,76 10.854
NOVAQUIMICA 1.120 10,34 0 0,00 0 0,00 0 0,00 10.832
ENILA 699 6,83 0 0,00 2.040 19,92 2.040 19,92 10.239
HEBRON 930 9,11 145 1,42 3.823 37,45 3.968 38,87 10.209
LUITPOLD 802 8,20 2.160 22,09 226 2,31 2.386 24,40 9.778
LUPER 1.402 14,58 166 1,73 0 0,00 166 1,73 9.616
BARRENNE 0 0,00 7.379 88,15 992 11,85 8.371 100,00 8.371
NIKKHO 801 11,39 0 0,00 0 0,00 0 0,00 7.034
CANONNE 0 0,00 5.687 100,00 0 0,00 5.687 100,00 5.687
GROSS 1.431 25,69 970 17,41 10 0,18 980 17,59 5.571
UCI-FARMA 101 1,83 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5.519
HERTZ 147 2,67 94 1,71 311 5,66 405 7,37 5.498
JOHNSON+JOHNSON 3.606 71,63 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5.034
INFABRA 30 0,62 2.863 59,37 870 18,04 3.733 77,42 4.822
Q.I.F. 1.634 34,10 134 2,80 0 0,00 134 2,80 4.792
SANVAL 148 3,52 74 1,76 58 1,38 132 3,14 4.204
INST. TEUTO 0 0,00 3 0,07 44 1,08 47 1,15 4.084
BRASILEIRO
FARMOQUIMICA 828 20,56 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4.028
CLIMAX 1.468 41,29 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3.555
ARISTON 248 7,05 8 0,23 454 12,90 462 13,13 3.520
FONTOVIT 0 0,00 0 0,00 2.229 67,81 2.229 67,81 3.287
DAUDT OLIVEIRA 1.958 61,32 438 13,72 0 0,00 438 13,72 3.193
ZURITA 1.132 35,69 312 9,84 0 0,00 312 9,84 3.172
BUNKER 0 0,00 25 0,79 0 0,00 25 0,79 3.145
SANUS 0 0,00 0 0,00 16 0,55 16 0,55 2.891
HERALD'S 157 5,83 60 2,23 644 23,93 704 26,16 2.691
continua
95
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
continuação (3/5)
96
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
OSORIO MORAES 0 0,00 55 2,17 1.898 74,75 1.953 76,92 2.539
GILTON 39 1,55 1.185 47,15 275 10,94 1.460 58,10 2.513
GRANADO 38 1,54 0 0,00 46 1,86 46 1,86 2.473
CIBRAN FARMA LDT 5 0,21 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2.436
C.I.F. 280 12,68 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2.208
VITACOS-PRARMA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.899
FRESENIUS 0 0,00 0 0,00 9 0,49 9 0,49 1.821
INST. BIOCHIMICO 3 0,17 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.813
PRIMA 1.319 73,98 4 0,22 0 0,00 4 0,22 1.783
HERUS 752 45,27 2 0,12 0 0,00 2 0,12 1.661
DANSK-FLAMA 0 0,00 0 0,00 20 1,22 20 1,22 1.639
NEOVITA 1.224 85,96 4 0,28 0 0,00 4 0,28 1.424
NATURIN 220 15,57 124 8,78 238 16,84 362 25,62 1.413
AUAD 1.396 99,93 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.397
HENFER 1.377 99,57 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.383
PROFARMIG 0 0,00 835 61,90 0 0,00 835 61,90 1.349
DE MAYO 666 51,59 87 6,74 0 0,00 87 6,74 1.291
LAB N INDICADO 0 0,00 575 46,45 70 5,65 645 52,10 1.238
HONORTERAPICA 0 0,00 0 0,00 6 0,51 6 0,51 1.173
SIBRAS 0 0,00 606 53,58 0 0,00 606 53,58 1.131
BETA ATALAIA 0 0,00 541 48,35 562 50,22 1.103 98,57 1.119
HALLER 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.116
FARMION 0 0,00 229 24,70 0 0,00 229 24,70 927
J.P. 0 0,00 0 0,00 88 9,77 88 9,77 901
BERGAMO 375 43,40 0 0,00 0 0,00 0 0,00 864
DELTA 4 0,47 0 0,00 0 0,00 0 0,00 847
QUIMICA E BIOLOGIA 1 0,13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 784
GUNTHER 651 86,45 0 0,00 0 0,00 0 0,00 753
EVERSIL 148 19,71 0 0,00 0 0,00 0 0,00 751
MILLER 32 4,60 167 24,03 415 59,71 582 83,74 695
GEYER 0 0,00 0 0,00 8 1,16 8 1,16 691
SANITAS 0 0,00 190 29,73 444 69,48 634 99,22 639
BARUEL 0 0,00 226 35,87 0 0,00 226 35,87 630
BASA 0 0,00 0 0,00 65 10,33 65 10,33 629
REGIUS 77 12,69 1 0,16 0 0,00 1 0,16 607
DUCTO 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 604
MADREVITA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 567
PHARMACIA 0 0,00 0 0,00 159 31,67 159 31,67 502
SEDABEL 70 14,49 0 0,00 8 1,66 8 1,66 483
HANEMAN.VERITAS 14 3,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00 407
FLORA DA ÍNDIA 0 0,00 129 32,25 271 67,75 400 100,00 400
ELOFAR 1 0,26 0 0,00 0 0,00 0 0,00 382
MEDQUIMICA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 374
continua
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
97
continuação (4/5)
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
LAB.N.I.PR.QUIM 0 0,00 0 0,00 10 2,69 10 2,69 372
FARMAVY 95 25,82 192 52,17 0 0,00 192 52,17 368
FARMAERVAS 0 0,00 340 100,00 0 0,00 340 100,00 340
LIFAR 0 0,00 143 46,13 11 3,55 154 49,68 310
KLEIN 0 0,00 35 11,48 0 0,00 35 11,48 305
DERMOPEN 43 14,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00 302
LOPROFAR 71 24,74 47 16,38 0 0,00 47 16,38 287
NYTRAFARM 3 1,08 0 0,00 0 0,00 0 0,00 278
BRASTERAPICA 20 7,22 24 8,66 0 0,00 24 8,66 277
BREVES 238 86,23 0 0,00 0 0,00 0 0,00 276
CAZI 0 0,00 69 25,37 0 0,00 69 25,37 272
CRISTALIA 0 0,00 0 0,00 226 85,93 226 85,93 263
PETROFARMA 0 0,00 0 0,00 263 100,00 263 100,00 263
LABORSIL 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 244
SANIFER 0 0,00 0 0,00 64 31,37 64 31,37 204
BRASILEIRO DE 66 32,51 0 0,00 0 0,00 0 0,00 203
BIOLOGIA
ARAUJO PENA 0 0,00 0 0,00 200 100,00 200 100,00 200
MESQUITA 0 0,00 2 1,02 0 0,00 2 1,02 196
KINDER 30 15,71 0 0,00 0 0,00 0 0,00 191
PERNAMBUCO 0 0,00 0 0,00 48 25,40 48 25,40 189
DINIZ BRANDÃO 0 0,00 92 57,50 0 0,00 92 57,50 160
DINAFARMA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 156
MARTEL 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 153
I.M.A. 108 72,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 150
ODONTUS 13 8,90 0 0,00 0 0,00 0 0,00 146
NECKERMAN 0 0,00 132 91,03 0 0,00 132 91,03 145
ODONTOFARMA 38 27,34 0 0,00 0 0,00 0 0,00 139
BRASMEDICA 8 5,88 13 9,56 0 0,00 13 9,56 136
FISIOQUIMICA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 130
GEMBALLA 5 4,13 1 0,83 0 0,00 1 0,83 121
LOUFARCAM 4 3,42 0 0,00 0 0,00 0 0,00 117
INKAS 0 0,00 17 14,66 0 0,00 17 14,66 116
LABOLESSEL 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 112
CANGERI 0 0,00 0 0,00 9 8,41 9 8,41 107
DROGASIL 0 0,00 0 0,00 103 100,00 103 100,00 103
EDISON BEZERRA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 99
SINTERAPICO 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 97
IODO-SUMA 1 1,05 0 0,00 0 0,00 0 0,00 95
BELFAR 0 0,00 0 0,00 6 6,52 6 6,52 92
DIMECO LTDA 0 0,00 36 42,35 11 12,94 47 55,29 85
SOBRAL 19 24,68 0 0,00 0 0,00 0 0,00 77
NATURELL 0 0,00 0 0,00 59 93,65 59 93,65 63
PROFARB 7 11,48 1 1,64 0 0,00 1 1,64 61
SIMOES 0 0,00 0 0,00 17 29,82 17 29,82 57
continua
98
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
continuação (5/5)
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
HIPOLABOR 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 48
BARROS 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 44
PRECIFARMA 0 0,00 0 0,00 3 6,98 3 6,98 43
WALDEMIRO PEREIRA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 37
MAKROFARMA 0 0,00 1 2,78 20 55,56 21 58,33 36
CIMED 0 0,00 0 0,00 5 15,15 5 15,15 33
LABORATORIO FARIA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 25
LEOFARMA 13 65,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 20
QUIMIOT. BRASILEIRA 17 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 17
WINDSON 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 13
SINTOMED LTDA 8 66,67 0 0,00 0 0,00 0 0,00 12
MANTUIL 0 0,00 0 0,00 1 11,11 1 11,11 9
A LEIVAS LEITE 7 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 7
LABORMAX 0 0,00 0 0,00 5 71,43 5 71,43 7
CIBECOL 0 0,00 1 16,67 0 0,00 1 16,67 6
BRASIFA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5
ANEMIOTONICO 0 0,00 0 0,00 4 100,00 4 100,00 4
COSMOFAR 2 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
JONAS GLADINO 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
MAKROS 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
MILIAN 1 50,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
NATURABON 0 0,00 0 0,00 2 100,00 2 100,00 2
LABORBRAS 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1
PAGE 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1
A NATUREZA 0 0 0 0 0
DAVAKAN 0 0 0 0 0
QUIMIOTERAPIA 0 0 0 0 0
SILVA ARAUJO 0 0 0 0 0
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
99
MERCADO DE MEDICAMENTOS COM ORIGEM EM PRODUTOS VEGETAIS (4) - 1994
POR PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO FATURAMENTO DOS LABORATÓRIOS
(1/5)
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
BARRENNE 0 0,00 7.379 88,15 992 11,85 8.371 100,00 8.371
CANONNE 0 0,00 5.687 100,00 0 0,00 5.687 100,00 5.687
FLORA DA ÍNDIA 0 0,00 129 32,25 271 67,75 400 100,00 400
FARMAERVAS 0 0,00 340 100,00 0 0,00 340 100,00 340
PETROFARMA 0 0,00 0 0,00 263 100,00 263 100,00 263
ARAUJO PENA 0 0,00 0 0,00 200 100,00 200 100,00 200
DROGASIL 0 0,00 0 0,00 103 100,00 103 100,00 103
ANEMIOTONICO 0 0,00 0 0,00 4 100,00 4 100,00 4
NATURABON 0 0,00 0 0,00 2 100,00 2 100,00 2
SANITAS 0 0,00 190 29,73 444 69,48 634 99,22 639
BETA ATALAIA 0 0,00 541 48,35 562 50,22 1.103 98,57 1.119
NATURELL 0 0,00 0 0,00 59 93,65 59 93,65 63
NECKERMAN 0 0,00 132 91,03 0 0,00 132 91,03 145
CRISTALIA 0 0,00 0 0,00 226 85,93 226 85,93 263
MILLER 32 4,60 167 24,03 415 59,71 582 83,74 695
INFABRA 30 0,62 2.863 59,37 870 18,04 3.733 77,42 4.822
OSORIO MORAES 0 0,00 55 2,17 1.898 74,75 1.953 76,92 2.539
LABORMAX 0 0,00 0 0,00 5 71,43 5 71,43 7
FONTOVIT 0 0,00 0 0,00 2.229 67,81 2.229 67,81 3.287
PROFARMIG 0 0,00 835 61,90 0 0,00 835 61,90 1.349
MILLET-ROUX 1.091 6,81 5.121 31,97 4.265 26,63 9.386 58,60 16.018
MAKROFARMA 0 0,00 1 2,78 20 55,56 21 58,33 36
GILTON 39 1,55 1.185 47,15 275 10,94 1.460 58,10 2.513
DINIZ BRANDÃO 0 0,00 92 57,50 0 0,00 92 57,50 160
DIMECO LTDA 0 0,00 36 42,35 11 12,94 47 55,29 85
SIBRAS 0 0,00 606 53,58 0 0,00 606 53,58 1.131
FARMAVY 95 25,82 192 52,17 0 0,00 192 52,17 368
LAB N INDICADO 0 0,00 575 46,45 70 5,65 645 52,10 1.238
LIFAR 0 0,00 143 46,13 11 3,55 154 49,68 310
HEBRON 930 9,11 145 1,42 3.823 37,45 3.968 38,87 10.209
BARUEL 0 0,00 226 35,87 0 0,00 226 35,87 630
PHARMACIA 0 0,00 0 0,00 159 31,67 159 31,67 502
SANIFER 0 0,00 0 0,00 64 31,37 64 31,37 204
CATARINENSE 2.620 24,14 1.024 9,43 2.315 21,33 3.339 30,76 10.854
SIMOES 0 0,00 0 0,00 17 29,82 17 29,82 57
HERALD'S 157 5,83 60 2,23 644 23,93 704 26,16 2.691
NATURIN 220 15,57 124 8,78 238 16,84 362 25,62 1.413
PERNAMBUCO 0 0,00 0 0,00 48 25,40 48 25,40 189
CAZI 0 0,00 69 25,37 0 0,00 69 25,37 272
FARMION 0 0,00 229 24,70 0 0,00 229 24,70 927
LUITPOLD 802 8,20 2.160 22,09 226 2,31 2.386 24,40 9.778
BIOLAB/SEARLE 1.235 1,42 15.729 18,05 3.841 4,41 19.570 22,46 87.123
continua
100
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
continuação (2/5)
101
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
KNOLL 916 1,14 8.391 10,40 9.470 11,74 17.861 22,14 80.673
BYK QUIMICA E FARM 18.454 18,08 9.259 9,07 11.873 11,63 21.132 20,70 102.076
BALDACCI 0 0,00 0 0,00 3.353 20,50 3.353 20,50 16.355
ENILA 699 6,83 0 0,00 2.040 19,92 2.040 19,92 10.239
STIEFEL 665 1,98 3.538 10,55 3.036 9,05 6.574 19,60 33.544
GROSS 1.431 25,69 970 17,41 10 0,18 980 17,59 5.571
MERCK S.A. 666 0,91 1.210 1,66 11.560 15,84 12.770 17,49 72.999
VIRTUS 3.225 15,30 2.056 9,75 1.480 7,02 3.536 16,77 21.083
CIBECOL 0 0,00 1 16,67 0 0,00 1 16,67 6
ALLERGAN-LOK 2.313 14,08 0 0,00 2.695 16,41 2.695 16,41 16.425
LOPROFAR 71 24,74 47 16,38 0 0,00 47 16,38 287
MARJAN 0 0,00 3.017 15,75 0 0,00 3.017 15,75 19.155
CIMED 0 0,00 0 0,00 5 15,15 5 15,15 33
SANDOZ 3.837 3,86 0 0,00 14.671 14,77 14.671 14,77 99.358
INKAS 0 0,00 17 14,66 0 0,00 17 14,66 116
DAUDT OLIVEIRA 1.958 61,32 438 13,72 0 0,00 438 13,72 3.193
WELLCOME ZENECA 0 0,00 0 0,00 11.137 13,50 11.137 13,50 82.475
ARISTON 248 7,05 8 0,23 454 12,90 462 13,13 3.520
KLEIN 0 0,00 35 11,48 0 0,00 35 11,48 305
FRUMTOST 5.541 15,59 0 0,00 4.011 11,28 4.011 11,28 35.549
MANTUIL 0 0,00 0 0,00 1 11,11 1 11,11 9
BASA 0 0,00 0 0,00 65 10,33 65 10,33 629
ZURITA 1.132 35,69 312 9,84 0 0,00 312 9,84 3.172
J.P. 0 0,00 0 0,00 88 9,77 88 9,77 901
BRASMEDICA 8 5,88 13 9,56 0 0,00 13 9,56 136
BRASTERAPICA 20 7,22 24 8,66 0 0,00 24 8,66 277
CANGERI 0 0,00 0 0,00 9 8,41 9 8,41 107
ASTA MEDICA 0 0,00 5.766 7,59 277 0,36 6.043 7,95 75.986
DARROW 282 2,27 0 0,00 962 7,74 962 7,74 12.430
HERTZ 147 2,67 94 1,71 311 5,66 405 7,37 5.498
PRECIFARMA 0 0,00 0 0,00 3 6,98 3 6,98 43
DE MAYO 666 51,59 87 6,74 0 0,00 87 6,74 1.291
BELFAR 0 0,00 0 0,00 6 6,52 6 6,52 92
UPJOHN 470 2,37 0 0,00 772 3,90 772 3,90 19.798
MERRELL/LEPETIT 4.921 3,71 5.050 3,81 0 0,00 5.050 3,81 132.672
ALCON 0 0,00 724 1,47 1.068 2,17 1.792 3,64 49.180
BIOSINTETICA 3.309 9,40 0 0,00 1.253 3,56 1.253 3,56 35.188
SANVAL 148 3,52 74 1,76 58 1,38 132 3,14 4.204
Q.I.F. 1.634 34,10 134 2,80 0 0,00 134 2,80 4.792
LAB.N.I.PR.QUIM 0 0,00 0 0,00 10 2,69 10 2,69 372
SARSA 1.342 2,44 0 0,00 1.449 2,64 1.449 2,64 54.899
ABBOTT 4.195 6,38 1.196 1,82 534 0,81 1.730 2,63 65.777
BOEHRINGER ANGELI 20.580 15,56 0 0,00 3.195 2,42 3.195 2,42 132.284
SANOFI WINTHROP 4.364 4,25 1.120 1,09 1.005 0,98 2.125 2,07 102.669
GRANADO 38 1,54 0 0,00 46 1,86 46 1,86 2.473
continua
102
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
continuação (3/5)
103
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
LEGRAND 2.475 21,38 0 0,00 207 1,79 207 1,79 11.575
LUPER 1.402 14,58 166 1,73 0 0,00 166 1,73 9.616
SEDABEL 70 14,49 0 0,00 8 1,66 8 1,66 483
PROFARB 7 11,48 1 1,64 0 0,00 1 1,64 61
BIOGALENICA 772 0,35 0 0,00 3.424 1,55 3.424 1,55 220.445
DANSK-FLAMA 0 0,00 0 0,00 20 1,22 20 1,22 1.639
GEYER 0 0,00 0 0,00 8 1,16 8 1,16 691
INST. TEUTO 0 0,00 3 0,07 44 1,08 47 1,15 4.084
BRASILEIRO
LILLY 0 0,00 0 0,00 1.191 1,05 1.191 1,05 113.575
MESQUITA 0 0,00 2 1,02 0 0,00 2 1,02 196
BRISTOL MEYER SQUIBB 3.104 1,23 371 0,15 2.159 0,85 2.530 1,00 252.847
FARMALAB I.Q.F. 233 0,97 217 0,90 0 0,00 217 0,90 24.054
GEMBALLA 5 4,13 1 0,83 0 0,00 1 0,83 121
BUNKER 0 0,00 25 0,79 0 0,00 25 0,79 3.145
SCHERING PLOUGH 1.594 1,51 226 0,21 576 0,55 802 0,76 105.493
ROCHE 446 0,22 0 0,00 1.373 0,69 1.373 0,69 198.229
SANUS 0 0,00 0 0,00 16 0,55 16 0,55 2.891
HONORTERAPICA 0 0,00 0 0,00 6 0,51 6 0,51 1.173
EMS 1.338 3,40 187 0,48 9 0,02 196 0,50 39.352
FRESENIUS 0 0,00 0 0,00 9 0,49 9 0,49 1.821
IQC HOSBON 2.415 5,12 184 0,39 3 0,01 187 0,40 47.161
ACHE 10.196 4,29 0 0,00 881 0,37 881 0,37 237.700
NEOVITA 1.224 85,96 4 0,28 0 0,00 4 0,28 1.424
UNIAO QUIMICA F.N 393 2,61 4 0,03 34 0,23 38 0,25 15.084
PRIMA 1.319 73,98 4 0,22 0 0,00 4 0,22 1.783
REGIUS 77 12,69 1 0,16 0 0,00 1 0,16 607
HERUS 752 45,27 2 0,12 0 0,00 2 0,12 1.661
ZAMBON 19 0,08 1 0,00 13 0,06 14 0,06 22.839
WYETH 1.266 0,82 0 0,00 0 0,00 0 0,00 153.832
PRODOME 3.055 2,38 0 0,00 0 0,00 0 0,00 128.261
RHODIA 1.575 1,56 0 0,00 0 0,00 0 0,00 101.174
HOECHST 85 0,09 0 0,00 0 0,00 0 0,00 94.648
MERCK SHARP DOHME 1.471 1,66 0 0,00 0 0,00 0 0,00 88.483
CILAG FARM.LTDA Total 4.799 6,60 0 0,00 0 0,00 0 0,00 72.709
ORGANON 5.699 8,42 0 0,00 0 0,00 0 0,00 67.697
FARMASA 1.525 2,66 0 0,00 0 0,00 0 0,00 57.414
WHITEHALL 8.065 15,17 0 0,00 0 0,00 0 0,00 53.150
SINTOFARMA 4.449 11,84 0 0,00 0 0,00 0 0,00 37.590
LIBBS 47 0,15 0 0,00 0 0,00 0 0,00 32.199
NEWLAB 16.267 54,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00 29.991
DORSAY 8.984 43,83 0 0,00 0 0,00 0 0,00 20.497
EUROFARMA 4.059 24,66 0 0,00 0 0,00 0 0,00 16.458
SYNTHELABO 2.199 14,97 0 0,00 0 0,00 0 0,00 14.689
NOVAQUIMICA 1.120 10,34 0 0,00 0 0,00 0 0,00 10.832
continua
104
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
continuação (4/5)
105
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
NIKKHO 801 11,39 0 0,00 0 0,00 0 0,00 7.034
UCI-FARMA 101 1,83 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5.519
JOHNSON+JOHNSON 3.606 71,63 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5.034
FARMOQUIMICA 828 20,56 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4.028
CLIMAX 1.468 41,29 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3.555
CIBRAN FARMA LDT 5 0,21 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2.436
C.I.F. 280 12,68 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2.208
VITACOS-PRARMA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.899
INST. BIOCHIMICO 3 0,17 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.813
AUAD 1.396 99,93 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.397
HENFER 1.377 99,57 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.383
HALLER 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.116
BERGAMO 375 43,40 0 0,00 0 0,00 0 0,00 864
DELTA 4 0,47 0 0,00 0 0,00 0 0,00 847
QUIMICA E BIOLOGIA 1 0,13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 784
GUNTHER 651 86,45 0 0,00 0 0,00 0 0,00 753
EVERSIL 148 19,71 0 0,00 0 0,00 0 0,00 751
DUCTO 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 604
MADREVITA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 567
HANEMAN.VERITAS 14 3,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00 407
ELOFAR 1 0,26 0 0,00 0 0,00 0 0,00 382
MEDQUIMICA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 374
DERMOPEN 43 14,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00 302
NYTRAFARM 3 1,08 0 0,00 0 0,00 0 0,00 278
BREVES 238 86,23 0 0,00 0 0,00 0 0,00 276
LABORSIL 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 244
BRASILEIRO DE 66 32,51 0 0,00 0 0,00 0 0,00 203
BIOLOGIA
KINDER 30 15,71 0 0,00 0 0,00 0 0,00 191
DINAFARMA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 156
MARTEL 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 153
I.M.A. 108 72,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 150
ODONTUS 13 8,90 0 0,00 0 0,00 0 0,00 146
ODONTOFARMA 38 27,34 0 0,00 0 0,00 0 0,00 139
FISIOQUIMICA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 130
LOUFARCAM 4 3,42 0 0,00 0 0,00 0 0,00 117
LABOLESSEL 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 112
EDISON BEZERRA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 99
SINTERAPICO 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 97
IODO-SUMA 1 1,05 0 0,00 0 0,00 0 0,00 95
SOBRAL 19 24,68 0 0,00 0 0,00 0 0,00 77
HIPOLABOR 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 48
BARROS 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 44
continua
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
106
continuação (5/5)
LABORATORIO (1) %(1) (2) %(2) (3) %(3) (4) %(4) TOT. LAB
WALDEMIRO PEREIRA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 37
LABORATORIO FARIA 0 0,0 0 0 0,00 0 0,00 0 0,00 25
LEOFARMA 13 65,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 20
QUIMIOT. BRASILEIRA 17 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 17
WINDSON 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 13
SINTOMED LTDA 8 66,67 0 0,00 0 0,00 0 0,00 12
A LEIVAS LEITE 7 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 7
BRASIFA 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5
COSMOFAR 2 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
JONAS GLADINO 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
MAKROS 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
MILIAN 1 50,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2
LABORBRAS 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1
PAGE 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1
A NATUREZA 0 0 0 0 0
DAVAKAN 0 0 0 0 0
QUIMIOTERAPIA 0 0 0 0 0
SILVA ARAUJO 0 0 0 0 0
Total 194.707 91.015 121.458 212.473 3.831.179
Notas:
(1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza;
(2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente;
(3) Medicamento contendo P.A. não associado.
(4) = (2) + (3)
% (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.
107
ANEXO 4 - COMÉRCIO EXTERIOR DE PRODUTOS NATURAIS: EXPORTAÇÕES E
IMPORTAÇÕES
Este anexo apresenta os dados sobre importações e exportações de produtos naturais, através das
seguintes tabelas:
108
CAPÍTULO 12 - SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E FRUTOS DIVERSOS;
PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E FORRAGENS
ITEM Importações Exportações
1995 1996 (jan-out) 1995 1996
RAIZES DE ALCACUZ, 167.137 16.243 - -
FRESCAS/SECAS/MESMO CORTADAS/ETC.
RAIZES DE 56.415 109.660 225.882 75.772
"GINSENG",FRESCAS/SECAS/MESMO
CORTADAS/ETC.
ALTEIA FRESCA/SECA/MESMO 74 800 - -
CORTADA/TRITURADA/EM PO
ARNICA FRESCA/SECA/MESMO 12.695 9.817 17.713 71.786
CORTADA/TRITURADA/EM PO
BOLDO FRESCO/SECO/MESMO 166.908 146.416 3.614 5.370
CORTADO/TRITURADO/EM PO
CAMOMILA FRESCA/SECA/MESMO 548.491 486.237 4.788 -
CORTADA/TRITURADA/EM PO
CASCARA 125.271 116.641 3.580 30
SAGRADA,FRESCA/SECA/MESMO
CORTADA/TRITURADA/
CUMARU/FAVA-TONCA, 410 - 511.107 166.848
FRESCA/SECA/MESMO
CORTADA/TRITURADA/
GUARANA EM GRAO, DESIDRATADO 414 - 1.048.299 1.950.768
QQ.OUT.GUARANA 101.040 101 1.866.536 1.276.752
FRESCO/SECO,EXC.DESIDRATADO
IPECACUANHA FRESCA/SECA/MESMO 20.259 15.008 5.700 -
CORTADA/TRITURADA/EM PO
RUIBARBO FRESCO/SECO/MESMO 26.061 27.625 - -
CORTADO/TRITURADO/EM PO
ZIMBRO FRESCO/SECO/MESMO 22.517 8.447 - -
CORTADO/TRITURADO/EM PO
POS DE FOLHAS DE SENE 325.817 267.679 100 -
QQ.OUT.SENE FRESCO/SECO,MESMO 205.704 218.252 145.686 232.521
CORTADO/TRITURADO
MENTA (HORTELA-PIMENTA), 55.747 83.696 3.107 -
FRESCA/SECA/MESMO CORTADA/ETC.
OUTS.PLANTAS/PARTES, 2.204.278 2.150.999 1.919.111 2.075.010
P/PERFUMARIA/MEDICINA/ETC.
ALGAS FRESCAS/SECAS,PARA MEDICINA 362.741 169.595 2.476 403
TOTAL DO CAP. 12 4.401.979 3.827.216 5.757.699 5.855.260
109
CAPÍTULO 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS
ITEM Importações Exportações
1995 1996 (jan-out) 1995 1996
BALSAMO-DE-COPAIBA 21.957 14.189 554.245 336.246
BALSAMO-DO-PERU 51.854 72.081 - -
SUCOS E EXTRATOS, DE OPIO 86.306 58.750 - -
SUCOS E EXTRATOS, DE CASCARA 540 - - -
SAGRADA
SUCOS E EXTRATOS, DE GUARANA - - 816.631 1.213.246
(PAULINIA SORBILIA/CUPANA)
SUCOS E EXTRATOS, DE MAMAO 383.000 207.400 - -
(CARICA PAPAYA), SECO
SUCOS E EXTRATOS, DE PODOFILINA 18.489 25.422 - -
SUCOS E EXTRATOS, DE JABORANDI 693 1.140 3.573 -
SUCOS E EXTRATOS, DE GINGKO BILOBA 3.129.418 4.175.932 - -
OUTS.SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS 4.608.156 3.703.800 2.111.560 5.625.296
AGAR-AGAR,POLIMERIZADO (ALTO 4.174 22.395 - -
POLIMERO/PLASTICO/ETC.)
AGAR-AGAR,EXCETO O POLIMERIZADO 1.161.176 1.018.224 129.794 152.191
MUSGOS-DA-IRLANDA ("CARRAGHEEN") 7.629.787 7.109.105 23.008 51.420
MUCILOIDE PSYLLIUM 735 - - -
GLUCOMANANO 205.430 107.270 6.651 -
OUTS.PRODS.MUCILAGINOSOS/ESPESSA 2.160.246 1.606.670 2.050 111.766
NTES,DERIVS.DE VEGETAIS
TOTAL DO CAP. 13 19.461.961 18.122.378 3.647.512 7.490.165
110
CAPÍTULO 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS
ITEM Importações Exportações
1995 1996 (jan-out) 1995 1996
111
continuação (2/4)
112
continuação (3/4)
113
continuação (4/4)
SAIS DE CAFEINA - - - -
TEOFILINA 266.553 231.702 - 430
AMINOFILINA (TEOFILINA- 599.301 933.622 7.576 7.574
ETILENODIAMINA)
DERIVADO/SAIS DA TEOFILINA E 2.656.657 2.154.973 2.950 2.950
AMINOFILINA
MALEATO DE METILERGOMETRINA - - 146 -
MALEATO DE ERGOMETRINA 35.388 70 96 401
ERGOMETRINA (ERGONOVINA, - - - -
ARGOCLININA, SINTOMETRINA)
QQ.OUT.ERGOMETRINA E SEUS SAIS - - 91 -
ERGOTAMINA E SEUS SAIS 618.465 164.780 - -
ERGOCORNINA - - - -
MESILATO DE DIIDROERGOCORNINA 2.194.752 2.557.951 784 556
ALFAMESILATO DE 1.390.419 1.744.754 - -
DIIDROERGOCRIPTINA
BETAMESILATO DE 839.522 1.030.926 - -
DIIDROERGOCRIPTINA
QQ.OUT.SAL DE ERGOCRIPTINA 187.923 231.951 - 39.606
ERGOCRISTINA - 236.000 - -
MESILATO DE ERGOCRISTINA 170.000 19.473 - -
QQ.OUT.SAL DE ERGOCRISTINA 17.000 404.101 - -
MALEATO DE METILERGOMETRINA 444.675 241.307 - -
QQ.OUT.METILERGOMETRINA E SEUS - - - -
SAIS
OUTS.ALCALOIDES DA CRAVAGEM DO 1.939.445 4.627.591 - -
CENTEIO, DERIVADOS/SAIS
NICOTINA E SEUS SAIS 41 9.371 - -
ATROPINA 652 172 49 29
SULFATO DE ATROPINA 68.050 18.701 - -
QQ.OUT.SAL DE ATROPINA - 12 566 -
N-BUTILBROMETO DE 1.907.431 3.388.333 4.338 2.903
ESCOPOLARAMINA
QQ.OUT.ESCOPOLAMINA E SEUS SAIS 4.075.153 1.743.429 - 449
PILOCARPINA E SEUS SAIS 940 272 14.731.473 13.533.118
RESERPINA E SEUS SAIS - 4.058 13 -
TEOBROMINA E SEUS SAIS 985.305 1.965 - -
EMETINA E SEUS SAIS - 629 - -
VINCAMINA E SEUS SAIS 93.075 48.900 - -
QQ.OUT.ALCALOIDE EXTRAIDO DA - 150.000 100.100 -
PRESTONIA AMAZONICA/ETC.
QQ.OUT.ALCALOIDE EXTRAIDO DE - - 1.335 -
BANISTERIOPSIS CAAPI/ETC.
OUTS.ALCALOIDES VEGETAIS/SEUS 10.594.716 10.689.588 - 533.423
SAIS/SEUS ETERES/ESTERES/
QQ.OUT.CASUGAMICINA, SEUS - - 59 -
DERIVADOS E SEUS SAIS
TOTAL DO CAP. 29 160.700.015 147.398.934 30.789.912 34.082.718
114
CAPÍTULO 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS
ITEM Importações Exportações
1995 1996 (jan-out) 1995 1996
115
ANEXO 5 - QUADROS A.1, A.2, A.3
Este anexo é composto por três quadros: A.1, A.2, A.3. O primeiro traz uma lista das espécies
vegetais selecionadas para estudos no Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da CEME,
(1993). Na denominada Fase I do Programa (de 1983 a 1993), foram executados 95 projetos, cuja
distribuição por ano aparece no Quadro 4.1 e por região no Gráfico 4.1 do relatório final desta
pessquisa. As informações detalhadas sobre os objetivos e as intituições envolvidas em cada projeto
é apresentada no Quadro A.2. O Quadro A.3 apresenta os projetos de pesquisa em fitofármacos
financiados pelo PADCT-FNDCT, bem como seus objetivos.
(1/3)
satureoides
Continua
116
Continuação (2/3)
callicynum fortuna
Continua
117
Continuação (3/3)
118
QUADRO A.2 P ROJETOS EXECUTADOS NA FASE I (1983 A 1993) DO PROGRAMA DE PESQUISAS DE
PLANTAS MEDICINAIS DA CEME, POR ANO DE APRESENTAÇÃO
(1/7)
continua
119
continuação(2/7)
1983 UFU Verificar a toxicidade aguda (até 24 hs) e crônica (30 dias) do
chá de funcho (F. vulgaris) em voluntários normais
continua
120
continuação (3/7)
continua
121
continuação (4/7)
1985 EPM Avaliar o poder lítico bem como seu efeito sobre o manuseio
renal de elementos litogênicos
continua
122
continuação (5/7)
continua
123
continuação (6/7)
1986 UFSC Avaliar através de testes específicos “in vivo” e “in vitro”, as
propriedades anticonceptiva, antiedematogênica, antitérmica,
antiespasmódica, diurética e hipotensora de E. scaber, P. acre H.
B. R. e P. pilosa
continua
124
continuação (7/7)
continua
125
continuação ( / )
1988 UFRS Verificar atividades terapêuticas propostas pelo uso popular das
espécies através de testes farmacológicos específicos
1988 UNESP Avaliar efeitos tóxicos após administração oral e tópica em ratos
e suínos
continua
126
continuação ( / )
127
QUADRO A.3 P ROJETOS DE PESQUISA EM FITOFÁRMACOS FINANCIADOS PELO PADCT-FNDCT
(1/3)
continua
128
continuação (2/3)
continua
129
continuação (3/3)
continua
130
continuação
131