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NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - PORTARIA Nº 204 DE 17 DE FEVEREIRO

DE 2016
Prof.ª Natale Souza

Falaremos hoje sobre um dos temas mais importantes dentro da


operacionalização da Vigilância Epidemiológica – A Notificação Compulsória.
Uma ação e estratégia para monitoramento e tomada de ações frente às
doenças que contam na Lista Nacional de Notificação Compulsória – Portaria nº
204 de 2016.

Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à


saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer
cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.
Historicamente, a notificação compulsória tem sido a principal fonte da vigilância
epidemiológica, a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o
processo informação-decisão-ação.

A listagem das doenças de notificação nacional é estabelecida pelo Ministério da


Saúde entre as consideradas de maior relevância sanitária para o país.

Além das doenças ou eventos de “notificação imediata” (informação rápida – ou


seja, deve ser comunicada por e-mail, telefone, fax ou Web). A escolha dessas
doenças obedece a alguns critérios, razão pela qual essa lista é periodicamente
revisada, tanto em função da situação epidemiológica da doença, como pela
emergência de novos agentes, por alterações.

Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória são incluídos


no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN). Estados e municípios
podem adicionar à lista outras patologias de interesse regional ou local,
justificada a sua necessidade e definidos os mecanismos operacionais
correspondentes. Entende-se que só devem ser coletados dados para efetiva
utilização no aprimoramento das ações de saúde, sem sobrecarregar os serviços
com o preenchimento desnecessário de formulários.

Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à


saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer
cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.

Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação


compulsória devem obedecer aos critérios a seguir:

Magnitude Aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes


populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência,
mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.
Potencial de Representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras
disseminação fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância especial à doença ou
agravo, destacando-se: severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de
sequelas; relevância social, avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à
ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de
Transcendência indignação; e relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições
comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos
assistenciais e previdenciários, entre outros.

Vulnerabilidade Medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle


da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre indivíduos e
coletividades.
Compromissos Relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, de eliminação ou
internacionais de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo governo brasileiro com
organismos internacionais.
Ocorrência de São situações que impõe notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem
emergências de risco de disseminação de doenças, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar
saúde pública, o diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis. Mecanismos próprios de
epidemias e notificação devem ser instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do
surtos evento.
ATENÇÃO!

O caráter compulsório da notificação implica responsabilidades formais para todo cidadão e uma
obrigação inerente ao exercício da medicina, bem como de outras profissões na área de saúde.
Mesmo assim, sabe-se que a notificação nem sempre é realizada, o que ocorre por
desconhecimento de sua importância e, também, por descrédito nas ações que dela devem
resultar.

Sobre a Notificação

Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve


aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois
isso pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente.

A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora


do âmbito médico-sanitário em caso de risco para a
comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos
cidadãos.

O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito


mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina
notificação negativa, que funciona como um indicador de eficiência
do sistema de informações.

Além da notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode


definir doenças e agravos como de notificação simples. O Sistema Nacional de
Agravos de Notificação (SINAN) é o principal instrumento de coleta dos
dados de notificação compulsória.
Portaria Nº 204 de 17 fevereiro e os principais conceitos

A Portaria 204/16 é a mais recente em relação à relação de doenças de


notificação. Mas gostaria que você ficasse atento no seu artigo segundo, pois
alguns conceitos são cobrados em provas de concursos e residências e nos
artigos terceiro, quarto e quinto, pelas sinalizações importantes.

Vamos lá?

Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e


eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências.

Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos


relacionados à NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), resolve:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 1º Esta Portaria define a LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO


COMPULSÓRIA de doenças, agravos e eventos de saúde pública:

nos serviços de em todo o


saúde públicos território
e privados nacional
Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão
considerados os seguintes conceitos:

I–

Agravo Qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo,


provocado por circunstâncias nocivas, tais como:

intoxicações por
acidentes substâncias
químicas

ou lesões decorrentes de
violências interpessoais, como
abuso de drogas
agressões e maus tratos, e
lesão autoprovocada

II –
• O Ministério da Saúde e
Autoridades de
saúde • As Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito
Federal e Municípios,

o Responsáveis pela vigilância em saúde


em cada esfera de gestão do SUS

III –
Doença • Enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou
fonte, que represente ou possa representar um dano
significativo para os seres humanos;

IV –
Doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa
Epizootia
apresentar riscos à saúde pública;
V–
Evento de saúde Situação que pode constituir potencial ameaça à
pública (ESP) saúde pública, como a ocorrência de:
• Surto ou epidemia,
• Doença ou agravo de causa
desconhecida,
• Alteração no padrão clínico epidemiológico
das doenças conhecidas,
• Considerando:

o potencial de
a magnitude a gravidade
disseminação

a transcendência
a severidade ea
vulnerabilidade

bem como epizootias ou agravos


decorrentes de desastres ou acidentes

VI –
Notificação
compulsória Comunicação obrigatória à autoridade de saúde,
realizada:

pelos médicos

profissionais de saúde ou

responsáveis pelos estabelecimentos


de saúde públicos ou privados

Sobre a ocorrência de SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO


de doença, agravo ou evento de saúde pública,
descritos no anexo, podendo ser:

Imediata ou Semanal
VII –
Notificação compulsória Notificação compulsória realizada em até 24
imediata (NCI): (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento
da ocorrência de doença, agravo ou evento de
saúde pública, pelo meio de comunicação
mais rápido disponível;

Esse prazo é frequentemente cobrado em provas. DOCORE! O


prazo para a NCI é de 24 horas!

VIII –

Notificação compulsória Notificação compulsória realizada em até


semanal (NCS) 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da
ocorrência de doença ou agravo;

IX –

Notificação Comunicação semanal realizada pelo


compulsória negativa responsável pelo estabelecimento de saúde à
autoridade de saúde, informando que na semana
epidemiológica não foi identificado nenhuma
doença, agravo ou evento de saúde pública
constante da Lista de Notificação Compulsória; e

X–
Vigilância sentinela: Modelo de vigilância realizada a partir de
estabelecimento de saúde estratégico para a
vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes
etiológicos de interesse para a saúde pública,
• Com participação facultativa,
• Segundo norma técnica específica
estabelecida pela Secretaria de Vigilância
em Saúde (SVS/MS).
CAPÍTULO II
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Art. 3º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é OBRIGATÓRIA para:

os médicos

outros profissionais de saúde

ou responsáveis pelos serviços públicos e


privados de saúde que prestam assistência
ao paciente

Em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.

É muito comum questões provas afirmarem que a notificação


compulsória pode ser realizada APENAS por médicos, o que está
ERRADO. Perceba que qualquer profissional de saúde pode
realiza-la.

§ 1º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA será realizada diante:

da suspeita
confirmação
ou

De doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo,


observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS.
§ 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de
notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será
realizada pelos responsáveis por ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS OU
PRIVADOS:

além de
de cuidado
educacionais serviços de
coletivo
hemoterapia

unidades e instituições
laboratoriais de pesquisa.

§ 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de


notificação compulsória:

• Pode ser realizada à autoridade de saúde por QUALQUER


CIDADÃO que deles tenha conhecimento.

Art. 4º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA:

DEVE SER REALIZADA:

Pelo profissional de saúde ou responsável


pelo serviço assistencial que prestar o
PRIMEIRO ATENDIMENTO ao paciente

Em até 24 horas desse atendimento, pelo


meio mais rápido disponível
Parágrafo único.

A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória


IMEDIATA

• Deverá informa-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse


recebimento, às demais esferas de gestão do SUS, o
conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantes
no anexo.

Autoridade de Saúde
Profissional que realiza
informa as demais esferas
primeiro atendimento
de gestão do SUS em até 24
notifica autoridade de
horas do recebimento da
saúde em até 24 horas
notificação

Art. 5º A notificação compulsória SEMANAL:

o Será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de


atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de
doença ou agravo de notificação compulsória.

Para gabaritar as questões inerentes ao tema sugiro leitura da lista que consta
em anexo à Portaria em questão. Memorizem os conceitos do artigo segundo e
a diferença entre notificação imediata e semanal.

Espero ter ajudado!

Abraços e muita paz.


Prof.ª Natale Souza

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