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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15827
Segunda edição
04.03.2011

Válida a partir de
04.04.2011

Válvulas industriais para instalações


de exploração, produção, refino e transporte
de produtos de petróleo — Requisitos de projeto
e ensaio de protótipo
Industrial valves for installations of exploration, production, refining and
transport of petrol products — Requirements for design and prototype test
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

ICS 23.060.01; 75.200 ISBN 978-85-07-02654-9

Número de referência
ABNT NBR 15827:2011
38 páginas

© ABNT 2011
Impresso por: PETROBRAS
ABNT NBR 15827:2011
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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................3
4 Siglas e abreviaturas .........................................................................................................3
5 Requisitos gerais ...............................................................................................................4
6 Requisitos específicos ......................................................................................................9
6.1 Documentação de projeto .................................................................................................9
6.2 Memórias de cálculo ........................................................................................................10
6.3 Ensaio de protótipo ..........................................................................................................11
6.3.1 Fabricação do protótipo ..................................................................................................11
6.3.2 Seleção de materiais para os protótipos dos ensaios .................................................12
6.3.3 Procedimento dos ensaios de protótipo ........................................................................12
6.3.4 Registros dos ensaios funcionais ..................................................................................12
6.4 Abrangência dos ensaios de protótipo ..........................................................................12
6.4.1 Quanto às características construtivas .........................................................................12
6.4.2 Quanto ao diâmetro nominal ...........................................................................................12
6.4.3 Quanto à classe de pressão ............................................................................................12
6.4.4 Quanto ao tipo de extremidade .......................................................................................13
6.5 Ensaios de desempenho das válvulas ...........................................................................13
7 Procedimentos e critérios de aceitação de projeto através de ensaios
de protótipo ......................................................................................................................15
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7.1 Procedimentos de verificação da memória de cálculo .................................................15


7.1.1 Verificação das tensões...................................................................................................15
7.1.2 Capacidade de alívio interno de cavidade para válvula-esfera....................................15
7.1.3 Torques de acionamento .................................................................................................16
7.2 Procedimento de ensaios de protótipo ..........................................................................16
7.2.1 Análise dos procedimentos de ensaio ...........................................................................16
7.2.2 Análise dos procedimentos de montagem da válvula ..................................................16
7.2.3 Análise da documentação do projeto ............................................................................16
7.2.4 Análise do livro de fabricação do protótipo ..................................................................16
7.2.5 Análise da integridade física do corpo ..........................................................................17
7.2.6 Ensaios de vedação .........................................................................................................17
7.2.7 Avaliação do desempenho de torque de acionamento (Assinatura)...........................19
7.2.8 Ensaios cíclicos à temperatura ambiente ......................................................................20
7.2.9 Ensaio em temperaturas extremas .................................................................................20
7.2.10 Capacidade de alívio interno da válvula ........................................................................20
7.2.11 Desmontagem e inspeção ...............................................................................................20
Anexo A (normativo) Requisitos suplementares de projeto para válvulas industriais
tipo gaveta.......................................................................................................22
A.1 Corpo, tampa, castelo ou tampa-castelo........................................................................22

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A.2 Sistema de engaxetamento .............................................................................................23


A.3 Preme-gaxetas ou sobreposta ........................................................................................24
A.4 Haste..................................................................................................................................24
A.5 Anel de sede .....................................................................................................................24
A.6 Gaveta ...............................................................................................................................24
A.7 Bucha de contra vedação ................................................................................................25
A.8 Volante ...............................................................................................................................25
Anexo B (normativo) Requisitos suplementares de projeto de válvulas industriais
tipo retenção ...................................................................................................26
B.1 Corpo .................................................................................................................................26
B.2 Tampa ................................................................................................................................27
B.3 Anel da sede .....................................................................................................................27
B.4 Portinhola e demais internos ..........................................................................................27
B.5 Braço da portinhola e eixo ..............................................................................................28
B.6 Mola para válvula tipo wafer............................................................................................28
Anexo C (normativo) Requisitos suplementares de projeto de válvulas industriais
tipo esfera ........................................................................................................29
C.1 Corpo .................................................................................................................................29
C.2 Sedes .................................................................................................................................31
C.3 Esfera ................................................................................................................................31
C.4 Vedação do corpo ou tampa ...........................................................................................32
C.5 Vedação da haste – Sistema de engaxetamento ...........................................................32
C.6 Alavanca ............................................................................................................................33
C.7 Dispositivo antiestático ...................................................................................................33
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Anexo D (normativo) Procedimento e critérios de aceitação para obtenção da assinatura


de torque de acionamento em válvulas ........................................................34
D.1 Procedimento ...................................................................................................................34
D.1.1 Objetivo .............................................................................................................................34
D.1.2 Método de obtenção ........................................................................................................34
D.1.3 Sequência de operações .................................................................................................34
D.1.4 Ensaios de sobrecarga de torque ...................................................................................35
D.1.5 Critérios de aceitação ......................................................................................................36
D.2 Curva típica de assinatura...............................................................................................36
Anexo E (normativo) Procedimento e critérios de aceitação para a realização de ensaios
cíclicos em válvulas em temperatura ambiente ...........................................37
E.1 Características do ensaio ................................................................................................37
E.2 Objetivo .............................................................................................................................37
E.3 Método de execução ........................................................................................................37
E.3.1 Aquisição de dados .........................................................................................................37
E.3.2 Ensaios cíclicos ...............................................................................................................37
E.3.3 Critério de aceitação ........................................................................................................37
Anexo F (normativo) Procedimento e critérios de aceitação para a realização de ensaios
cíclicos em válvulas em temperaturas extremas .........................................38

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F.1 Características do ensaio ................................................................................................38


F.2 Objetivo .............................................................................................................................38
F.3 Método de execução ........................................................................................................38
F.4 Critério de aceitação ........................................................................................................38

Figuras
Figura B.1 – Desenho esquemático do contato braço da portinhola x batente ..........................28
Figura C.1 – Localização de drenos e conexões auxiliares ..........................................................30
Figura C.2 – Tipo de construção de válvula esfera ........................................................................32
Figura D.1 – Curva típica de assinatura de válvulas ......................................................................36

Tabelas
Tabela 1 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Gaveta ..............................................4
Tabela 2 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Retenção ..........................................5
Tabela 3 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Esfera ...............................................5
Tabela 4 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Globo ................................................6
Tabela 5 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Borboleta..........................................6
Tabela 6 – Uso de redutores e engrenagens ....................................................................................7
Tabela 7 – Material dos estojos e parafusos e porcas da união corpo-castelo.............................8
Tabela 8 – Limites de temperatura ...................................................................................................10
Tabela 9 – Ciclagem para válvulas-esfera, gaveta, globo, borboleta e de retenção ....................14
Tabela 10 – Vazamentos permitidos.................................................................................................19
Tabela 11 – Definição das taxas de vazamento ..............................................................................19
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Tabela A.1 – Junta de vedação da ligação corpo com o castelo ..................................................23


Tabela B.1 – Junta da ligação do corpo com a tampa ...................................................................27
Tabela C.1 – Diâmetro interno mínimo de passagem.....................................................................29
Tabela C.2 – Tipo de montagem das válvulas .................................................................................31

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15827 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-04), pela Comissão de Estudo de Válvulas em Geral (CE-04:009.17). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 21.12.2010 a 18.02.2011, com o número de Projeto
ABNT NBR 15827.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15827:2007), a qual foi tecni-
camente revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements for designs and test of prototypes for industrial valves of
gate, ball, globe, check and butterfly types in pressure classes for installations of exploration, production,
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refining and transport of petrol products.

It applies to valves with or without manual acting, with or without reducer or by actuator. Reducers
and actuators shall prove the full attendance to the valve design assumptions, including cyclic tests
described in this Standard.

This Standard is not applied to valves with operating special features, such as retractable seat double
block and bleed plug valves, sealing ball-valve and special torque conditions, triple offset butterfly-
valves or low-emission type general valve.

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Válvulas industriais para instalações de exploração, produção, refino


e transporte de produtos de petróleo — Requisitos de projeto e ensaio
de protótipo

1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos para projetos e ensaios de protótipos de válvulas industriais
tipos gaveta, esfera, globo, retenção e borboleta, nas classes de pressão utilizadas nas instalações de
exploração, produção, refino e transporte de produtos de petróleo.

1.2 Esta Norma aplica-se às válvulas com ou sem acionamento manual, com ou sem redutor, ou por
atuador. Os redutores e atuadores devem comprovar o pleno atendimento às premissas de projeto das
válvulas, incluindo os ensaios cíclicos desta Norma.

1.3 Esta Norma não se aplica às válvulas com características especiais de funcionamento, tais como
válvulas macho de sede retrátil duplo bloqueio e dreno incorporado, válvulas-esfera com selagem e
condições de torque especiais, válvulas-borboleta do tipo triexcêntrica (triple offset) ou válvulas em
geral do tipo low emission.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 10285, Válvulas industriais – Terminologia


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ABNT NBR ISO 5208, Válvulas industriais – Ensaio de pressão de válvulas

ISO 10434, Bolted bonnet steel gate valves for the petroleum, petrochemical and allied industries

ISO 10497, Testing of valves – Fire-test requirements

ISO 14313, Petroleum and natural gas industries – Pipeline transportation systems – Pipeline valves

ISO 15761, Steel gate, globe and check valves for sizes DN 100 and smaller, for the petroleum and
natural gas industries

ISO 17292, Metal ball valves for petroleum, petrochemical and allied industries

API STD 589, Fire test for evaluation of valve stem packing

API STD 594, Check valves: Wafer, Wafer-Lug, and Double Flanged Type

API STD 609, Butterfly valves: Double flanged, lug - and wafer – Type

ASME B 1.1, Unified Inch Screw Threads (UN and UNR Thread Form)

ASME B 18.2.1, Square and hex bolts and screws (inch series)

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ASME B 18.2.2, Square and hex nuts (inch series)

ASME B1.20.1, Pipe threads, general purpose

ASME B16.1, Cast iron pipe flanges and flanged fittings

ASME B16.5, Pipe flanges and flanged fittings

ASME B16.10, Face-to-face and end-to-end dimensions of valves

ASME B16.11, Forged fittings, socket-welding and threaded

ASME B16.20, Metallic gaskets for pipe flanges ring-joint, spiral-wounds and jacketed

ASME B16.25, Buttwelding ends

ASME B16.34, Valves – Flanged, threaded and welding end

ASME B16.47, Large diameter steel flanges NPS 26 through NPS 60 metric/inch standard

ASME B 31.3, Process piping

ASME Section II, Part D, Materials, properties

ASME Section VIII, Division 1

ASME Section VIII, Division 2, 2004 Edition, Rules for construction of nuclear power plant components
code for concrete reactor vessels and containments

ASTM B 584, Standard specification for copper alloy sand castings for general applications
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ASTM B 849, Standard specification for pre-treatment of iron or steel for reducing risk of hydrogen
embrittlement

ASTM B 850, Standard guide for post-coating treatments of steel for reducing the risk of hydrogen
embrittlement

AWWA C504, Rubber-seated butterfly valves

BS 1868, Specification for steel check valves (flanged and butt-welding ends) for the petroleum,
petrochemical and allied industries

BS 1873, Specification for steel globe and globe stop and check valves (flanged and butt-welding ends)
for the petroleum, petrochemical and allied industries

BS ISO 7121, Steel ball valves for general purpose industrial applications

BS EN 12266-1, Industrial valves – Testing of valves – Part 1: Pressure tests, test procedures and
acceptance criteria Mandatory requirements

BS EN 12266-2, Industrial valves – Testing of valves – Part 2: Tests, test procedures and acceptance
criteria. Supplementary requirements

MSS SP-9, Spot facing for bronze, iron and steel flanges

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MSS SP-45, Bypass and drain connections

MSS SP-91, Guidelines for manual operation of valves

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 10285 e
os seguintes.

3.1
alteração substancial
alteração de projeto que venha a afetar o desempenho do produto na condição de serviço prevista.
Isto pode incluir alterações nas tolerâncias, forma, função ou material

3.2
assinatura da válvula
curva característica do torque requerido na haste da válvula e, quando for o caso, também na caixa de
redução, medida ao longo do tempo e ao longo do curso de abertura e fechamento da válvula, manti-
das as condições controladas de pressão na válvula

3.3
válvula de uso geral
válvulas com sedes resilientes para serviços não críticos ou perigosos, como água, ar e demais flui-
dos enquadrados na categoria “D” do ASME B31.3, cuja aplicação deve ser limitada à temperatura
da Tabela 8

3.4
sem vazamento visível (SVV)
volume de vazamento menor que 1 gota (1/16 cm3) ou 1 bolha (1/16 cm3)
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4 Siglas e abreviaturas
Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes siglas e abreviaturas:

AP − Alta pressão

BP − Baixa pressão

DPE − Pistão duplo efeito

DN − Diâmetro nominal

FJA − Face junta anel

FR − Face com ressalto

JTO − TNO + aperto − válvula completamente aberta (Jam to open torque)

JTC − Aperto − TNO Válvula completamente fechada (Jam to close torque)

MP − Média pressão

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NPS − Diâmetro nominal da válvula

PMT − Pressão máxima de trabalho

RO − Extremidade com rosca

SVV − Sem vazamento visível

TMA − Torque máximo admissível

TMO − Torque máximo de operação

TNO − Torque nominal de operação

TRAC − Torque real de abertura com diferencial de pressão

TRÁS − Torque real de abertura sem diferencial de pressão

TRAQ − Torque real de abertura na quebra de movimento

TRFQ − Torque real de fechamento na quebra de movimento

TRFC − Torque real do fechamento com diferencial de pressão

TRFS − Torque real de fechamento sem diferencial de pressão

TRO − Torque real de operação

5 Requisitos gerais
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5.1 As válvulas devem ser projetadas utilizando os padrões construtivos dados nas Tabelas 1 a 5.

Tabela 1 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Gaveta

Material do corpo/Extremidades da válvula


Parâmetros Aço forjado Aço fundido ou forjado
Encaixe para solda Flange ou solda de topo
DN a 15 a 40 50 a 600 50 a 400 50 a 300 650 a 1 050
(NPS) (½ a 1 ½) (2 a 24) (2 a 16) (2 a 12) (26 a 42)

Classe 800 e 1 500 2 500 150 a 900 1 500 2 500 150 a 600

ASME B16.34,
ISO 15761 ASME B16.34 ISO 10434
Padrão ASME B16.47
e Anexo A e Anexo A e Anexo A
construtivo e Anexo A
desta Norma desta Norma desta Norma
desta Norma
a DN = diâmetro nominal, expresso em milímetros (mm).

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Tabela 2 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Retenção

Material do corpo/Extremidades da válvula


Parâmetros Aço forjado Aço fundido ou forjado
Encaixe para solda Flange ou solda de topo Wafer
DN a 15 a 40 50 a 600 50 a 400 50 a 300 50 a 1 050
(NPS) (½ a 1 ½) (2 a 24) (2 a 16) (2 a 12) (2 a 42)
Classe 800 e 1 500 150 a 900 1 500 2 500 150 a 2 500
Padrão ISO 15761 e Anexo B BS 1868 e Anexo B API STD 594 e Anexo B
construtivo desta Norma desta Norma desta Norma
a DN = diâmetro nominal, expresso em milímetros (mm).

Tabela 3 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Esfera

Material do corpo/Extremidades da válvula

Parâmetros Aço fundido ou forjado Aço forjado

Flange ou solda de topo b Roscada Encaixe para solda

DN a 50 a 900 50 a 600 50 a 400 50 a 300 15 a 40


(NPS) (2 a 36) (2 a 24) (2 a 16) (2 a 12) (½ a 1 ½)

Classe 150 a 600 900 1 500 2 500 150 800 1 500 e 2 500

ISO 17292, ASME B16.34,


Padrão
ISO 14313 e Anexo C desta Norma BS ISO 7121 e Anexo C e Anexo C
construtivo
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desta Norma desta Norma

ISO 17292, ASME B16.34,


Ensaiada ISO 14313, ISO 10497 ISO 10497 ISO 10497

a fogo e Anexo C desta Norma e Anexo C e Anexo C
desta Norma desta Norma
a DN = diâmetro nominal, expresso em milímetros (mm).
b Para diâmetros maiores do que os padronizados, a dimensão face a face deve ser acordada entre o fabricante
e o comprador. O projeto deve ser conforme ASME B16.34.

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Tabela 4 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Globo

Material do corpo/Extremidades da válvula

Parâmetros Aço forjado Aço fundido ou forjado

Encaixe para solda Solda de topo Flange Solda de topo

DN a 15 a 40 25 a 40 50 a 300 50 a 400
(NPS) (½ a 1 ½) (1 a 1 ½) (2 a 12) (2 a 16)

Classe 800 e 1 500 2 500 150 a 2 500 1 500

Padrão
ISO 15761 BS 1873
construtivo
a DN = diâmetro nominal, expresso em milímetros (mm).

Tabela 5 – Padrões construtivos das válvulas industriais – Borboleta

Material do corpo/Extremidades da válvula


Parâmetros Wafer ou Lug
Ferro fundido nodular Aço fundido

DN a 50 a 1 200 50 a 1 200
(NPS) (2 a 48) (2 a 48)
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Pressão máxima de trabalho


Classe 150
(PMT)

Padrão construtivo API STD 609 API STD 609


a DN = diâmetro nominal, expresso em milímetros (mm).

5.2 Exceto se indicado em contrário às exigências de documentação de projeto, memórias de cálculo


e ensaios de protótipo aplicam-se a todos os tipos de válvulas.

5.3 O fabricante deve definir como premissas de projeto os aspectos descritos em 5.3.1 a 5.3.5.

5.3.1 A confiabilidade para a vida útil projetada, com base no número de ciclos esperados em ope-
ração real e no número máximo de ciclos que um protótipo pode ser submetido.

5.3.2 O número mínimo de ciclos, nas condições de ensaio, a partir do qual é constatado o
primeiro vazamento pela vedação da haste, para os projetos de válvulas que utilizem vedação por
engaxetamento.

5.3.3 A periodicidade de reaperto da vedação da haste, para as válvulas que utilizem vedação por
engaxetamento, observando as taxas de vazamento (líquido e gás) através da vedação da haste,
que após o reaperto deve ser sem vazamento visível (SVV).

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5.3.4 Critérios de aceitação para vedação em função dos requisitos normativos, definidos nesta Norma.

5.3.5 Critérios de aceitação de desempenho, em função dos requisitos normativos, definidos nesta
Norma.

NOTA 1 Considerar como falha na validação do projeto qualquer não conformidade de desempenho do pro-
tótipo em relação aos requisitos estabelecidos nesta Norma.

NOTA 2 Em válvulas de acionamento manual que utilizem caixa de redução, esta é considerada parte inte-
grante do projeto da válvula e deve ter suas características identificadas e controladas conforme esta Norma.
Caso exista mudança no redutor, este pode ser qualificado em separado, para garantir sua adequação ao
projeto original, efetuando-se ensaios de torque e ciclagem previstos para a válvula.

NOTA 3 Para aplicações específicas podem ser solicitadas pelo comprador premissas complementares de
projeto que atendam a critérios de aceitação para vedação e de desempenho. Neste caso, devem ser esta-
belecidos procedimentos de ensaio de protótipo específicos com foco nessas necessidades.

5.4 O fabricante deve registrar explicitamente na documentação de projeto as restrições de projeto


ou de operação (por exemplo, posição de instalação, sentido de fluxo, regime de fluxo, pressão, tem-
peratura etc.).

5.5 Desde que não especificado em contrário, o sistema de acionamento das válvulas deve seguir
a padronização indicada na Tabela 6.

Tabela 6 – Uso de redutores e engrenagens

Tipo Classe Usar redutores para DN (NPS) das válvulas ≥

150 300 (12)


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300 250 (10)


Gaveta 600 150 (6)
900 100 (4)
1 500 e 2 500 80 (3)
150 e 300 200 (8)
Globo 600 e 900 100 (4)
1 500 e 2 500 80 (3)
150 e 300 150 (6)
Esfera com sede
600 e 900 100 (4)
resiliente
1 500 e 2 500 50 (2)
Borboleta PMT e 150 250 (10)

5.6 Estojos, parafusos e porcas devem ser conforme itens 5.6.1 a 5.6.5.

5.6.1 Os estojos, parafusos e porcas da união corpo-castelo devem ser conforme as especificações
listadas na Tabela 7.

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Tabela 7 – Material dos estojos e parafusos e porcas da união corpo-castelo

Material dos estojos


Material do corpo Material das porcas Revestimento
e parafusos

ASTM A 105
ASTM A 193 Gr B7 ASTM A 194 Gr 2H
ASTM A 216 Gr WCB

ASTM A 350 Gr LF2 CL 1


ASTM A 320 Gr L7 ou ASTM A 194 Gr 4L ou
ASTM A 352 Gr LCB
ASTM A 193 Gr B8M ou ASTM A 194 Gr 8M
ASTM A 350 Gr LF3 CL 1 Quando
ASTM A 193 Gr B8M CL2 ou ASTM A 194 Gr 8M CL2
ASTM A 352 Gr LC3 solicitado
(ver 5.6.2)

ASTM A 182 Gr F11 CL 2


ASTM A 217 Gr WC6
ASTM A 193 Gr B16 ASTM A 194 Gr 2H
ASTM A 182 Gr F5
ASTM A 217 Gr C5

ASTM A 182 Gr F304


ASTM A 351 Gr CF8
ASTM A 182 Gr F316
ASTM A 351 Gr CF8M ASTM A 193 Gr B8M ou ASTM A 194 Gr 8M ou
Não aplicável
ASTM A 182 Gr F317 ASTM A 193 Gr B8M CL2 ASTM A 194 Gr 8M CL2
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ASTM A 351 Gr CG8M


ASTM A 182 Gr F347
ASTM A 351 Gr CF8C

5.6.2 Quando solicitado pelo cliente, os estojos ou parafusos e as porcas devem ser revestidos com
zinco níquel (Zn-Ni) ASTM B 841, Classe 1, Tipo B/E, Grau 5 a 8, com alívio de tensões e de hidrogê-
nio, conforme ASTM B 849 e ASTM B 850.

5.6.3 Para os estojos e parafusos em ASTM A 320 Gr L7, quando o material do corpo da válvula for
ASTM A 350 Gr LF2 CL 1 ou ASTM A 352 Gr LCB, é aceitável o ensaio de impacto a - 45 °C, e para o
material da válvula em ASTM A 350 Gr LF3 ou ASTM A 352 Gr LC3, é aceitável o ensaio de impacto
a − 60 °C.

5.6.4 Os estojos de união do corpo à tampa devem ser conforme ASME B 1.1, UNC-2A até 25,40
mm (1”) e UN-2A a partir de 28,57 mm (1 1/8”), com porcas sextavadas padrão ASME B18.2.2, no
número mínimo de quatro. O comprimento dos estojos deve ter no mínimo um e no máximo três fios
de rosca além da porca. Para válvulas de diâmetro 40 (1 ½) e menores, é permitida a utilização de
parafusos conforme ASME B18.2.1.

5.6.5 As válvulas-esfera ensaiadas a fogo (fire tested type) devem ser certificadas com os parafusos
listados na Tabela 7. Para os casos não cobertos na Tabela 7, o fabricante pode especificar o material
dos parafusos. Neste caso, este conjunto deve ser certificado com ensaio a fogo. Como alternativa ao

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material ASTM A 193 GR B7 podem ser usados estojos e parafusos em ASTM A 193 GR B16, man-
tendo o revestimento indicado na Tabela 7.

5.7 Placa de identificação deve atender itens 5.7.1 a 5.7.5.

5.7.1 As válvulas devem conter placa de identificação conforme indicado no padrão construtivo
e atender às marcações e requisitos adicionais de 5.7.4 e 5.7.5.

5.7.2 A placa de identificação deve ser fabricada em aço inoxidável e fixada como segue:

a) em válvulas fundidas, deve ser fixada à superfície externa da aba do flange de ligação do corpo
ou da tampa ou castelo, cujos elementos de fixação devem ser em aço inoxidável austenítico;

b) em válvulas forjadas, deve ser fixada ao volante, por meio de sua porca;

c) em válvulas tipo wafer, deve ser fixada no corpo.

5.7.3 As válvulas ensaiadas a fogo devem ser identificadas na placa com a sigla ISO − FT e a espe-
cificação do material dos internos (haste, obturador e sede) e das vedações (gaxetas e juntas).

5.7.4 Além do exigido pelo padrão construtivo, a placa de identificação deve conter as seguintes
informações:

a) identificação desta Norma (ABNT NBR 15827);

b) especificação do material das gaxetas e junta de vedação;

c) temperatura máxima de utilização contínua (para válvulas em condições especiais);

d) número de série, individualizado por válvula.


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5.7.5 Para as válvulas de retenção forjadas, a placa de identificação deve ser fixada ao tampo por
meio de suas porcas ou através de rebites, desde que não afetem a espessura mínima de parede.

6 Requisitos específicos
6.1 Documentação de projeto

6.1.1 O fabricante deve apresentar os desenhos dimensionais de conjunto, em corte, com lista de
todos os componentes e especificações dos materiais.

6.1.2 O fabricante deve apresentar os desenhos de fabricação de todos os componentes com res-
pectivas revisões e procedimentos de montagem, incluindo tabela de torques de aperto dos parafusos.

6.1.3 O fabricante deve apresentar as memórias de cálculo, conforme detalhado nesta Norma.

NOTA A fim de preservar a propriedade intelectual do fabricante, os documentos citados em 6.1.1 a 6.1.3
não são anexados à documentação de projeto, porém devem estar disponíveis em fábrica para eventuais
avaliações por parte do comprador.

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6.2 Memórias de cálculo

6.2.1 O fabricante deve apresentar memória de cálculo da válvula ou do conjunto válvula-atuador


(quando aplicável), comprovando o atendimento à ASME B16.34 e respectivos padrões construtivos.
A memória de cálculo da válvula deve incluir análise das tensões e deformações resultantes, por
modelos de elementos finitos, abrangendo o cálculo dos componentes críticos, como corpo, tampa,
haste e parafusos de união, assim como o cálculo das pressões das sedes sobre o obturador.

6.2.1.1 Considerar como parâmetros de entrada as temperaturas ambientes, máxima e mínima, con-
forme Tabela 8 e na correspondente pressão máxima de trabalho, conforme ASME B16.34.

Tabela 8 – Limites de temperatura

Material Temperatura Temperatura


Tipo de válvula Tipo de vedação
do corpo mínima máxima
Aço-carbono − 29 °C 400 °C
Aço-carbono LCB − 45 °C 300 °C
Aço-liga LC3
− 60 °C 180 °C
Esfera, gaveta, (3 ½ %Ni)
globo, retenção Metal x metal
e borboleta Aço-liga
0 °C 540 °C
(5%Cr ½ %Mo)
Aço inoxidável
austenítico 0 °C 600 °C
tipo 347

Aço-liga/inox − 45 °C
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Esfera Sede resiliente 150 °C


Aço-carbono − 29 °C
Aço-carbono 0 °C 80 °C
Borboleta e retenção Sede resiliente Ferro fundido
0 °C 80 °C
nodular
NOTA A temperatura mínima para ensaio de protótipo é zero grau Celsius.

6.2.1.2 O cálculo de elementos finitos aplica-se somente à válvula, não sendo necessária a análise
para o atuador.

6.2.1.3 Os critérios de análise de tensões e tensões admissíveis devem ser conforme Código
ASME Section VIII Division 2, exceto para o sistema de acionamento, cujas tensões devem ser limita-
das a 67 % das tensões de escoamento do Código ASME Section II, Part D; e as tensões de cisalha-
mento, torção e compressão não podem exceder o limite especificado no Código ASME Section VIII,
Division 2, Part AD-132.

6.2.2 O fabricante deve demonstrar a validação do seu modelo de análise por elementos finitos.

6.2.3 O fabricante deve disponibilizar estudo completo de folgas e tolerâncias, abrangendo condições
de carregamento interno e externo do atuador e influência da temperatura conforme faixa de aplicação
da Tabela 8.

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6.2.4 O fabricante deve disponibilizar estudo completo com critério de seleção dos materiais resilientes
das sedes, em função das classes de pressão e de temperatura da válvula, apresentando relatório
com os critérios que influenciaram na definição da seleção dos materiais.

6.2.5 Para válvulas-esfera, o fabricante deve apresentar definição da tolerância de esfericidade e


o grau de acabamento superficial da esfera e área de vedação da haste, indicando a rugosidade
μm RA ou μinch RMS. No caso de as válvulas-esfera possuírem a vedação entre sede x esfera do tipo
metal x metal, apresentar também o diferencial de dureza entre sedes e esfera.

6.2.6 Para as demais válvulas, o fabricante deve apresentar o grau de acabamento das sedes,
obturadores e área de vedação das hastes μm RA ou μinch RMS, bem como durezas e diferenciais
de dureza, onde aplicáveis.

6.2.7 O fabricante deve apresentar lista dos torques requeridos no eixo da válvula, contendo os
seguintes torques: torque nominal de operação (TNO), torque máximo de operação (TMO) e torque
máximo admissível (TMA), levando-se em conta as classes de pressão e de temperatura da válvula.
Para válvulas-gaveta e válvulas-globo acionadas manualmente, o TNO deve atender à MSS SP-91;
para as válvulas-esfera, o TNO deve atender à ISO 14313; e para as válvulas-borboleta o TNO deve
atender à AWWA C504. A memória de cálculo do sistema de acionamento da válvula deve considerar
como premissa de projeto o TMO, conforme 7.1.3.

6.2.8 O projeto de válvulas de retenção, globo e borboleta deve considerar estudo de mecânica dos
fluidos, para líquidos e gases, que inclua a apresentação da curva de perdas de carga e do coeficiente
de vazão, assim como evidências do comportamento estável dentro da faixa de vazão para válvula de
retenção. A análise fluido-dinâmica pode ser realizada através de simulação computacional (CFD) ou
comprovação experimental, onde esta última pode ser realizada durante os ensaios de qualificação
com protótipo.

6.2.9 A fim de preservar a propriedade intelectual do fabricante, os documentos citados em 6.2.1


a 6.2.8 não são anexados à documentação de projeto, porém devem estar disponíveis em fábrica para
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eventuais avaliações por parte do comprador.

6.2.10 No caso de válvulas-esfera, o fabricante deve verificar a capacidade de aliviar a sobrepressão


retida na cavidade do corpo, dentro dos valores previstos no padrão construtivo correspondente indi-
cado na Tabela 3 e em C.1.7.3.

6.3 Ensaio de protótipo

6.3.1 Fabricação do protótipo

O protótipo deve ser fabricado de acordo com a documentação de projeto definida em 6.1, sem apre-
sentar qualquer desvio de fabricação com relação ao projeto.

6.3.1.1 O protótipo da válvula a ser ensaiado deve estar sem pintura e isento de qualquer banho ou
produto protetor de superfície.

6.3.1.2 Antes de iniciar quaisquer ensaios de protótipo, o projeto da válvula deve estar totalmente
documentado e não pode ser alterado (projeto congelado).

6.3.1.3 O projeto congelado que venha a ser aprovado nos ensaios de protótipo deve ser utilizado
para a fabricação dos produtos subsequentes.

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6.3.2 Seleção de materiais para os protótipos dos ensaios

O corpo deve ser em aço-carbono, com internos em aço com 13 % de cromo, na forma de fabricação
proposta nos respectivos padrões construtivos, com exceção da válvula-borboleta com corpo de ferro
nodular e internos em ASTM A351 CF8M, e a retenção wafer com corpo em aço-carbono e internos
em ASTM A351 CF8M.

6.3.3 Procedimento dos ensaios de protótipo

O procedimento dos ensaios de protótipo deve confirmar experimentalmente todas as premissas e


requisitos de projeto. Este procedimento deve englobar ensaios de vedação, de desempenho, de tem-
peratura, bem como de desgaste, para avaliar a vida útil projetada.

6.3.4 Registros dos ensaios funcionais

Através dos registros dos ensaios funcionais, obter a assinatura operacional do protótipo, à tempera-
tura ambiente, tanto de pressão como de torque no atuador, onde aplicável. Estes registros são utili-
zados como referência para futuros fornecimentos de válvulas análogas, confirmando a repetibilidade
do seu processo de fabricação.

6.4 Abrangência dos ensaios de protótipo

6.4.1 Quanto às características construtivas

Os protótipos usados para qualificar projetos utilizando estes procedimentos de verificação de desem-
penho são representativos dos modelos do produto em termos de desenho, dimensões e materiais,
conforme definido nesta Norma. Um projeto com alteração substancial requer novo estudo de projeto
ou ensaio de protótipo.

6.4.2 Quanto ao diâmetro nominal


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Os ensaios de um determinado diâmetro nominal de um modelo de válvula qualificam projetos de


um diâmetro nominal maior e um diâmetro nominal menor do que o diâmetro nominal ensaiado.
Os ensaios de qualificação de mais de um diâmetro nominal, com projeto de mesmo aspecto construtivo
e mesma classe de pressão, qualificam dois diâmetros nominais maiores e um diâmetro nominal
menor do que o protótipo ensaiado.

Recomenda-se para referência deste item a utilização dos diâmetros nominais ½, ¾, 1, 1 ½ , 2, 3, 4,


6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20 e 24. Para os diâmetros 26, 28, 30, 32, 34, 36, 38, 40, 42 e 48, os ensaios
de qualificação podem ser realizados, com a regra de abrangência acima, por ocasião da fabricação
destas válvulas, desde que previamente acordado com o comprador. Outros diâmetros não referencia-
dos são considerados excluídos da abrangência da qualificação.

Para os diâmetros cujo projeto foi aceito por abrangência, ou seja, o projeto neste diâmetro foi aceito,
mas não passou diretamente por ensaios de qualificação, uma válvula do primeiro lote em conformidade
com o projeto deve ser utilizada para a obtenção das assinaturas de referência, conforme Anexo D,
sem ciclagem e à temperatura ambiente.

6.4.3 Quanto à classe de pressão

Os ensaios de protótipo para qualificação do projeto podem ser usados para qualificar projetos de clas-
ses de pressão igual ou abaixo, onde classe 600 qualifica 150 e 300; classe 800 qualifica apenas clas-
se 800; classe 1 500 qualifica classe 900; classe 2 500 qualifica apenas classe 2 500, respeitando-se
as restrições de abrangência quanto às características construtivas e diâmetro nominal.

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6.4.4 Quanto ao tipo de extremidade

Os ensaios devem ser executados em protótipos com as extremidades flangeadas e tamponadas por
flanges cegos e são considerados extensivos para os outros tipos de extremidades. Para válvulas com
extremidade de encaixe, soldar niple com flange ou tampão nas extremidades.

6.5 Ensaios de desempenho das válvulas

Devem ser realizados ensaios de desempenho das válvulas através da realização de ciclos de abertura
e fechamento no protótipo da válvula na quantidade de ciclos apresentados na Tabela 9.

6.5.1 Os valores estabelecidos para a ciclagem são mínimos, podendo o fabricante efetuar um
número maior de ciclos para comprovar uma maior confiabilidade da sua válvula.

6.5.2 Os ciclos de abertura e fechamento devem ser monitorados por sensores de torque, garantindo
que os valores fiquem dentro dos valores estabelecidos nesta Norma, sendo que os valores de torque
devem ser obtidos utilizando água com inibidor de corrosão como fluido.

6.5.3 A cada intervalo de ciclos definidos na Tabela 9, devem ser efetuados ensaios de vedação das
sedes e, quando aplicável, na contra vedação. A monitoração da contra vedação deve ser realizada
por meio de tomadas de pressão (pórticos) individuais, previstas exclusivamente nos protótipos.

6.5.4 Para válvulas de retenção, além dos ensaios de vedação da sede, deve ser efetuado, a cada
intervalo de ciclos definidos na Tabela 9, um ensaio de fechamento brusco (slam test).

6.5.5 O ensaio de protótipo em válvulas de retenção deve ser feito em bancada fluxo-dinâmica espe-
cífica, que permita a execução do ensaio de fechamento brusco (slam test).
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Tabela 9 – Ciclagem para válvulas-esfera, gaveta, globo, borboleta e de retenção

Estimativa
Ciclagem nos ensaios de protótipo
de uso para
Diâmetro 20 anos
Número
nominal Número de Quantidade de protótipos e Ensaio

(em 10 anos de
Desempenho de ciclos

Confiabilidade
DN ciclos número de ciclos de
(Assinatura) aplicados

vida útil)
vedação
com TMO

mínimo por
Mínimo de
protótipos

protótipo
(NPS)

Total de
Máximo
Mínimo

ciclos
Ciclo

15 a 40
500 5 000 5 1 000 10 000 98 % Realizar em cada 50
(½ a 1 ½)
parada
da ciclagem
50 a 150 seis “assinaturas”
100 200 2 500 2 000 98 % 50
(2 a 6) em baixa pressão
e
200 a 300 Ver seis “assinaturas”
50 100 1 250 1 000 98 % 30
(8 a 12) Tabela 10 em alta pressão.
No início e
350 a 600 no final da
50 100 1 250 500 95 % ciclagem, colher 20
(14 a 24)
seis “assinaturas”
também em média
> 600 pressão
50 100 1 250 500 95 % 10
(>24)

Paradas durante ensaios cíclicos: ciclos onde ocorrem os ensaios de vedação e de assinatura são: 0, 200 e no de ciclo
final de cada protótipo.
As assinaturas realizadas em alta pressão podem ser deduzidas do número de ciclos previstos.
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Para válvulas de retenção não se aplica o levantamento de assinaturas de torque.


Para válvulas-globo, os valores desta Tabela e do primeiro parágrafo acima devem ser reduzidos à metade, e os
valores da Tabela 10 devem permanecer inalterados.
Para válvulas-esfera e borboleta, os ensaios de torque sob TMO devem ser realizados no início e no final da ciclagem,
utilizando dispositivo capaz de prover o travamento ao giro da esfera ou do disco sem danificar as áreas de vedação;
este dispositivo deve ser instalado no disco ou através da passagem da válvula, ou seja, atravessando o furo da esfera
e proporcionando torque de reação na esfera sem tocar nas sedes, de forma a não comprometer sua funcionalidade.
Ao término da ciclagem de cada protótipo, o protótipo deve ser submetido à inspeção, conforme 7.2.11.
O mesmo protótipo pode ser reutilizado, desde que seus componentes não apresentem deformações
permanentes (dimensional e visual) e atendam 100 % às condições originais do projeto (estado = novo).

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7 Procedimentos e critérios de aceitação de projeto através de ensaios de


protótipo
7.1 Procedimentos de verificação da memória de cálculo

As etapas descritas em 7.1.1 a 7.1.3 devem ser executadas antes do início dos ensaios de protótipo.

7.1.1 Verificação das tensões

Verificar se as tensões aplicadas no material do corpo estão abaixo do seu limite admissível e se as
deformações resultantes dos esforços estão de acordo com as tolerâncias dimensionais previstas
no projeto.

7.1.1.1 As verificações de tensões se aplicam ao conjunto da válvula, incluindo os dispositivos de


fixação e uniões das partes do corpo.

7.1.1.2 Devem ser atendidos os critérios de aceitação constantes na ASME B16.34 e padrão cons-
trutivo da válvula.

7.1.1.3 Devem ser atendidas as tolerâncias dimensionais de projeto.

7.1.1.4 Deve também ser atendido o prescrito em 6.2.1 e 6.2.3.

7.1.2 Capacidade de alívio interno de cavidade para válvula-esfera

Comprovar a capacidade de aliviar sobrepressão na cavidade do corpo, dentro dos valores previstos
no padrão construtivo e de acordo com a forma construtiva da válvula.

7.1.2.1 Critério de aceitação para válvulas tipo Trunnion


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Conforme padrão construtivo aplicável, sendo que as extremidades devem estar a 100 % da pressão
máxima de trabalho (PMT).

7.1.2.2 Critério de aceitação para válvulas com esfera flutuante

Utilizar um método de ensaio conforme descrito a seguir, de forma que se comprove que a pressão
retida não ultrapasse um diferencial de pressão de 5 % da PMT ou 0,5 MPa (5 bar), o que for maior,
mesmo que as extremidades estejam a 100 % da PMT:

a) instalar flange com medidor de pressão (manômetro ou transmissor de pressão) no lado jusante
e outro medidor de pressão no lado da alimentação (montante);

b) com a válvula semiaberta, aplicar pelo lado montante 133 % da PMT;

c) fechar a válvula com esta pressão, de forma que ela fique retida na cavidade, a montante e jusante;

d) em seguida, aliviar a pressão lentamente do lado montante e do lado jusante, até que ambas
atinjam a pressão de 100 % da PMT;

e) monitorar a evolução das pressões; se as pressões não se estabilizarem após 10 min, aliviar
novamente a pressão para 100 % da PMT em ambas as extremidades;

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f) após as etapas de a) a e), abrir a válvula e observar se ocorre alteração nos medidores de pressão;

g) para que a válvula seja aprovada, não pode ser registrada elevação da pressão, além da tolerân-
cia previamente especificada, no momento em que a válvula foi aberta, conforme f);

h) caso a elevação da pressão, no momento da abertura, ultrapasse o especificado, fica evidenciado


que a válvula não atende ao requisito do alívio de pressão na cavidade.

7.1.2.3 Critério de aceitação para válvulas pistão duplo efeito (DPE)

Para as válvulas-esfera com duas sedes de pistão duplo efeito (DPE), isto é, que necessitem de uma
válvula de alívio externa para aliviar a pressão interna da cavidade, a pressão de abertura dessa
válvula de alívio deve ser compatível com seu sistema de interligação para drenagem do fluido (dre-
no aberto ou para o processo) e com seu aspecto construtivo (por valor absoluto ou por diferencial
de pressão).

7.1.3 Torques de acionamento

Verificar se os torques de acionamento estão de acordo com os previstos no padrão construtivo


correspondente.

Critério de aceitação geral:

a) o TRO deve ser menor que 90 % do TNO;

b) o TMO deve ser de no mínimo 2 vezes o TNO;

c) o TMA deve ser no mínimo 20 % acima do TMO.

7.2 Procedimento de ensaios de protótipo


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As condições prescritas em 7.2.1 a 7.2.3 devem ser cumpridas antes do início dos ensaios de protótipo.

7.2.1 Análise dos procedimentos de ensaio

7.2.1.1 Verificar a coerência entre o procedimento e os ensaios a serem efetuados.

7.2.1.2 Esta análise utiliza como parâmetros os padrões construtivos, as normas de ensaio e esta
Norma.

7.2.2 Análise dos procedimentos de montagem da válvula

Certificar-se de que o procedimento utilizado para a montagem do protótipo seja o mesmo utilizado
na linha de produção.

7.2.3 Análise da documentação do projeto

Documentos de engenharia citados em 6.1.2.

7.2.4 Análise do livro de fabricação do protótipo

Comprovar que o protótipo da válvula foi fabricado e montado conforme projeto baseado nas premis-
sas constantes em 6.3.3 e 6.3.4.

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7.2.5 Análise da integridade física do corpo

7.2.5.1 Deve ser verificada a existência de não conformidades no corpo, como trincas e porosidades,
detectáveis por vazamentos.

7.2.5.2 O procedimento deve estar de acordo com os respectivos padrões construtivos e de ensaios,
acrescido das seguintes recomendações:

a) tamponar as extremidades da válvula com flanges cegos fixados com todos os parafusos, não se
admitindo o uso de qualquer outro dispositivo de ensaio para a fixação da válvula;

b) manter o corpo pressurizado com a pressão definida na norma de ensaio; o tempo de ensaio deve
ser o tempo indicado pela norma construtiva correspondente.

7.2.5.3 Como critério de aceitação, a válvula não pode apresentar vazamento em nenhuma das
operações citadas em 7.2.5.

7.2.6 Ensaios de vedação

7.2.6.1 Estes ensaios são para:

a) detectar possíveis vazamentos, de passagem, assim como através dos demais elementos de
vedação;

b) detectar vazamentos nas sedes e contra vedação (quando aplicável) em baixas, médias e altas
pressões;

c) verificar se carregamentos quase estáticos alteram o resultado dos ensaios;

d) verificar a estabilidade e repetibilidade da estanqueidade ao longo de diferentes carregamentos,


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tanto no obturador principal da válvula como no sistema de contra vedação, quando aplicável;

e) identificar e quantificar as taxas de vazamento, de forma diferenciada, para líquido e para gás,
para baixa, média e alta pressão.

7.2.6.2 O procedimento de ensaio deve estar de acordo com os respectivos padrões construtivos
e de ensaios, acrescido das seguintes recomendações:

a) observar o vazamento diretamente através da remoção do flange ou bujão ou remotamente;

b) pressurizar a válvula “fechada” com água limpa, sem ou com inibidor de corrosão com viscosi-
dade não superior 2,7 cSt @ 20 °C, injetando fluido de forma controlada, gradativa e crescente,
iniciando a pressurização a partir da pressão zero até atingir a pressão de ensaio, segundo a sua
norma de fabricação;

c) realizar ensaios de vedação a baixa, média e alta pressão, nesta ordem, conforme definido
a seguir:

sedes com vedação resiliente (100 % resiliente ou com inserto resiliente em porta-sede
metálico);

BP: de 0,517MPa a 0,689 MPa (75 psi a 100 psi);

AP: 110 % da PMT;

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MP: raiz quadrada da (baixa pressão x alta pressão), MP = BP × AP , arredondando para o valor
inteiro;

sedes com vedação metal-metal;

BP: 0,413 MPa a 0,689 MPa (60 psi a 100 psi);

AP: 110 % da PMT;

MP: 50 % da PMT;

d) o tempo de ensaio deve ser o tempo indicado pela norma construtiva correspondente, multiplicado
por três;

e) para cada patamar de pressão crescente, a válvula deve ser despressurizada;

f) em válvulas com vedação resiliente na interface sede-obturador, logo após o ensaio de alta pres-
são, a válvula deve ser acionada sem pressão e deve ser repetido o ensaio em baixa pressão;

g) em válvulas bidirecionais, os ensaios de vedação devem ser executados nas duas sedes e na
contra vedação, onde aplicável;

h) o fabricante tem que demonstrar que o método de identificação de vazamentos é capaz de quan-
tificar o eventual vazamento de acordo com a resolução requerida para o critério de aceitação
adotado para cada caso;

i) os ensaios de média e alta pressão devem ser repetidos com o uso do gás nitrogênio ou ar
comprimido;

j) os ensaios com gás em baixa pressão podem ser realizados com ar comprimido seco, isento
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de óleo e filtrado;

k) sistema de contra vedação (onde aplicável), as taxas de vazamento do sistema de contra vedação
devem ser monitoradas sem influência do engaxetamento;

l) o dispositivo de medição de vazamento de gás por contagem de bolhas deve ser constituído por
um tubo de 6 mm de diâmetro externo por 1 mm de espessura de parede, submerso em água
a uma profundidade de 5 mm a 10 mm, de forma perpendicular à superfície da água;

m) a coleta da gota de vazamento deve estar com o nível de altura equivalente à altura da área
de vazamento (com diferença máxima da metade da distância do face a face da válvula).

7.2.6.3 Como critério de aceitação, a válvula não pode apresentar vazamento acima do estabelecido
na Tabela 10, para os ensaios de vedação com gás e líquido. As taxas de vazamento estão definidas
na Tabela 11.

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Tabela 10 – Vazamentos permitidos

Tipos de sedes e válvulas


Resiliente
ou com
Número Metal x metal
inserto
de ciclos
resiliente
(n)
Gaveta Esfera,
Globo,
Esfera borboleta,
Vedação Contra vedação a retenção
retenção
0 < n ≤ 50 1/2 x Taxa C Taxa B 1/2 x Taxa C 1/2 x Taxa C Taxa A
50 < n ≤ 200 2 x Taxa C 1/2 x Taxa C Taxa C 2 x Taxa C Taxa A
200 < n ≤ 500 Taxa D Taxa C Taxa C Taxa D Taxa A
500 < n ≤ 1 000 2 x Taxa D 2 x Taxa D Taxa D 2 x Taxa D Taxa B
1 000 < n ≤ 2 000 4 x Taxa D 4 x Taxa D Taxa E 4 x Taxa D 2 x Taxa B
2 000 < n ≤ 5 000 Taxa E Taxa E Taxa F Taxa E Taxa C
Ensaio de
5 x Taxa D Taxa C Taxa C Taxa D Taxa A
temperatura
Quando for realizado ensaio simultâneo em duas sedes, como o duplo bloqueio e dreno (double block and bleed
− DBB) em uma válvula-esfera, a taxa de vazamento aceitável deve ser o dobro da indicada nesta Tabela.
a Onde existir contra vedação ou sistema metálico de vedação da haste, a taxa de vazamento aceitável, neste
sistema de contra vedação, é calculada com base no diâmetro nominal da haste, medido na região do enga-
xetamento principal.
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Tabela 11 – Definição das taxas de vazamento

Classificação
das taxas Taxa A Taxa B Taxa C Taxa D Taxa E Taxa F
(mm3/s)

Em ensaio com N2 SVV 0,3 x DN 3,0 x DN 30 x DN 300 x DN 3 000 x DN

Em ensaio com água SVV 0,01 x DN 0,03 x DN 0,1 x DN 0,3 x DN 1,0 x DN

Equivalência na
Taxa A Taxa B Taxa C Taxa D − −
ABNT NBR ISO 5208
Equivalência na
Rate A Rate B Rate C Rate D Rate E Rate F
BS EN 12266
DN = diâmetro nominal, expresso em milímetros (mm).

7.2.7 Avaliação do desempenho de torque de acionamento (Assinatura)

Sempre que forem realizados ensaios de vedação (7.2.6), necessariamente também devem ser reali-
zados ensaios de desempenho do torque de acionamento (assinatura). A metodologia a ser seguida
está descrita no Anexo D.

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7.2.8 Ensaios cíclicos à temperatura ambiente

O projeto da válvula deve ser ciclado, conforme Tabela 9, realizando-se interrupções da ciclagem
quando, em cada protótipo, o número de ciclos atingir os valores listados na Tabela 9. A cada paralisa-
ção, devem ser realizados ensaios de vedação e de assinatura de torque. A metodologia a ser seguida
está descrita no Anexo E.

7.2.9 Ensaio em temperaturas extremas

Deve ser executado integralmente no primeiro protótipo, após os 200 ciclos do ensaio cíclico à tempe-
ratura ambiente, conforme definido na Tabela 9. A metodologia a ser seguida está descrita no Anexo F.
Após o ensaio em temperaturas extremas, o ensaio cíclico à temperatura ambiente deve ser retomado.

7.2.10 Capacidade de alívio interno da válvula

Quando aplicável, deve ser verificada a capacidade de alívio de sobrepressão na cavidade do corpo,
dentro dos valores previstos no padrão construtivo e de acordo com a forma construtiva da válvula.
O critério de aceitação deve ser conforme padrão construtivo aplicável, sendo que as extremidades
devem estar na pressão máxima de trabalho.

7.2.11 Desmontagem e inspeção

Após a conclusão de todos os ensaios de validação de protótipo, a válvula deve ser totalmente des-
montada somente na presença do responsável pela homologação, realizando-se:

a) documentação fotográfica completa da desmontagem, com fotos de conjunto e de detalhes; todas


as áreas de vedação e seus elementos de vedação devem ser 100 % fotografados;

b) verificação metrológica final (dimensional, rugosidade etc.) dos principais componentes, incluindo
todas as regiões de vedação e/ou sujeitas a desgaste;
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c) ensaios não destrutivos aplicáveis, para verificar integridade das superfícies de vedação, quanto
aos defeitos citados em 7.2.11.2.

7.2.11.1 Como critério de aceitação, a válvula não pode apresentar sinais de comportamento anormal
ou indesejado nos seus componentes internos.

7.2.11.2 São exemplos de falhas de projeto inaceitáveis:

a) marcas de roçadura (galling) entre superfícies metálicas;

b) dano por extrusão de vedações;

c) descompressão explosiva de vedações;

d) desplacamento de revestimentos metálicos (carbureto de tungstênio, níquel químico, cromo


duro etc.);

e) perda da rugosidade original através da corrosão no obturador, nas sedes ou nos alojamentos
de vedações;

f) trincas, cisalhamentos, rupturas, empenamentos, torções e outras deformações plásticas não


previstas no projeto.

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7.2.11.3 Exemplos de desgastes ou deteriorações aceitáveis:

a) desgaste ou eliminação do revestimento antiatrito (por exemplo, PTFE) em roscas;

b) desgaste uniforme nas superfícies de transmissão de potência (roscas), sem impedir a funciona-
lidade;

c) desgaste uniforme das vedações dinâmicas;

d) desgaste uniforme das sedes e/ou obturador.


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Anexo A
(normativo)

Requisitos suplementares de projeto para válvulas industriais tipo gaveta

Este Anexo estabelece os requisitos suplementares de projeto para válvulas industriais tipo gaveta
em complemento aos requisitos gerais conforme item 5 desta Norma.

A.1 Corpo, tampa, castelo ou tampa-castelo


A.1.1 Para dimensão face a face, utilizar as seguintes normas:

a) válvulas flangeadas e para solda de topo, utilizar a ASME B16.10;

b) para dimensões face a face acima dos diâmetros padronizados pela Tabela 1, é necessário acordo
entre comprador e fabricante;

c) as dimensões face a face de válvulas roscadas e encaixe para solda devem estar de acordo com
os padrões do fabricante.

A.1.2 As extremidades devem atender às seguintes normas:

a) extremidades flangeadas em aço ASME B16.5 para diâmetros até DN 600 (NPS 24), ASME B16.47
série A para diâmetros de DN 650 a 900 (NPS 26 a 36), ASME B16.47 série B para diâmetros
de DN 950 a 1 500 (NPS 38 e maiores); para flanges classes 600 e 900 as dimensões dos flanges
de DN 950 a 1 500 (NPS 38 e maiores) devem ser iguais às da ASME B16.47 série A;
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b) extremidades roscadas: conforme ASME B1.20.1 NPT;

c) extremidades para solda de topo: conforme ASME B16.25;

d) extremidades com encaixe para solda: conforme ASME B16.11.

A.1.3 As válvulas forjadas de DN 15 a 40 (NPS ½ a 1 ½) podem ter o flange de ligação corpo/tampa


quadrado, com junta de vedação circular.

A.1.4 As guias do corpo e da gaveta devem ser projetadas para minimizar o desgaste da sede de
vedação e manter o alinhamento entre a gaveta e a haste, em qualquer orientação em que a válvula
for instalada. A folga total entre as guias deve ser no máximo de:

a) válvulas de diâmetros até DN 40 (NPS 1 1/2) − 1 mm;

b) válvulas de diâmetros de DN 50 a 65 (NPS 2 a 2 1/2) − 2 mm;

c) válvulas de diâmetros de DN 80 a 200 (NPS 3 a 8) − 4 mm;

d) válvulas de diâmetros de DN 250 a 400 (NPS 10 a 16) − 6 mm;

e) válvulas de diâmetros acima de DN 400 (NPS 16) − 8 mm.

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A.1.5 Devem ser previstos ressaltos sem furo no corpo e na tampa (castelo ou tampa-castelo) das
válvulas fundidas nas posições A, B, E, F, G e H, conforme Figura 3 da ISO 10434:2004.

A.1.6 A junta de vedação da ligação corpo/castelo ou tampa deve ser conforme Tabela A.1

Tabela A.1 – Junta de vedação da ligação corpo com o castelo

Grafite flexível com


Classe Espiralada a FJA inserção metálica para
juntas não circulares
150 X − X
300 X − −
600 X X −
800 X − −
900 X X −
1 500 X X −
2 500 − X −
a Quando utilizada junta espiralada, esta deve ser com espirais de aço inoxidável tipo 304
ou 316 (quando o material do corpo da válvula é mais nobre que o aço inoxidável tipo 304)
com enchimento de grafite flexível, padrão da ASME B16.20. O rebaixo deve manter a junta
confinada e a altura do alojamento da junta deve ser equivalente à espessura do anel cen-
tralizador do ASME B16.20, na condição de máximo aperto.

A.1.7 Requer-se o aperto controlado dos flanges do castelo, devendo o fabricante informar os
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valores dos respectivos torques na documentação do projeto.

A.1.8 Acabamento da face dos flanges conforme ASME B16.5 ou ASME B16.47.

A.1.9 Exceto se especificado em contrário, válvulas flangeadas devem ter os flanges integrais ao
corpo. Quando forem admitidas construções soldadas, estas somente podem ser utilizadas na válvula
forjada com solda com penetração total e inspeção por radiografia total (100 %).

A.2 Sistema de engaxetamento


A.2.1 As gaxetas devem ser de grafite flexível reforçadas com fios de INCONEL® 1, com no mínimo
cinco anéis, não sendo preciso o uso de buchas de carbono nas extremidades.

A.2.2 Especificação padronizada para as gaxetas:

a) confeccionadas com anéis pré-moldados ou de material trançado;

1 INCONEL® é o nome comercial do tipo adequado à fabricação de liga metálica de boa resistência à corro-
são, tensão de ruptura e estabilidade térmica. Esta informação é dada para facilitar aos usuários na utilização
desta Norma e não constitui um endosso por parte da ABNT ao produto citado. Pode ser utilizado produto equi-
valente, desde que conduza a resultado comprovadamente igual.

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b) de grafite flexível expandido, com no mínimo 99 % de pureza, com reforço de fio de INCONEL®,
de alta resistência;

c) de seção quadrada;

d) isenta de qualquer ligante ou aglomerante ou aditivo.

A.2.3 Os anéis de gaxeta devem ser montados observando-se o material, dimensões e emendas
defasadas de 90 °.

A.2.4 A cada dois anéis colocados, deve-se dar um pré-aperto.

A.3 Preme-gaxetas ou sobreposta


A.3.1 A sobreposta deve ser sempre com parafusos ou estojos, não se aceitando a opção roscada.

A.3.2 O flange do preme-gaxeta e o preme-gaxeta podem ser uma única peça ou duas peças,
devendo ser de material não inferior ao do corpo, podendo ser flange e preme-gaxeta unidos por
solda, fabricados a partir de uma única peça ou peças independentes, rotuladas para facilitar o aperto
uniforme das gaxetas. O diâmetro da parte superior do furo passante deve ser maior, de modo a não
permitir que um aperto desigual prenda ou danifique a haste.

A.4 Haste
A.4.1 Para válvulas forjadas conforme ISO 15761, fundidas conforme a ISO 10434 (até DN600/
NPS 24), e conforme ASME B16.34 (acima de DN600/NP24, o comprimento da haste deve atender
aos requisitos da ISO 10343.
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A.4.2 Para as válvulas fundidas, o material da bucha da haste deve ser em bronze ASTM B584
Gr C86400, no mínimo, quanto à resistência mecânica. Para as válvulas forjadas, adicionalmente,
pode ser aceito material da bucha em aço inoxidável 13 % Cr.

A.5 Anel de sede


A.5.1 Os anéis da sede de vedação podem ser roscados ao corpo, selados ao corpo ou depositados
diretamente ao corpo. São permitidos anéis da sede de vedação fabricados de material de qualidade
não inferior ao do corpo, desde que haja revestimento ou depósito de solda no material especificado
para os internos para a superfície de vedação com espessura mínima conforme Norma construtiva.

A.5.2 A superfície de vedação deve ser no mínimo retificada (32 RMS), de modo que permita
a vedação com desgaste normal da superfície de contato.

A.5.3 Para o roscamento dos anéis pode ser utilizado um óleo lubrificante leve, não sendo permitido
o uso de compostos selantes.

A.6 Gaveta
A.6.1 A gaveta deve ser do material especificado para os internos (trim), admitindo-se o uso de
material de qualidade não inferior ao do corpo, desde que revestido com depósito de solda com a

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mesma composição do material especificado para os internos, na superfície de vedação (depósito


com espessura mínima conforme Norma construtiva);

A.6.2 A superfície de vedação deve ser no mínimo retificada (32 RMS), de modo que permita
vedação com desgaste normal das superfícies de contato.

A.6.3 A gaveta pode ser tipo cunha inteiriça ou cunha flexível em peça única, não sendo permitida
solda de união.

A.7 Bucha de contra vedação


Para válvulas de DN 50 (NPS 2) e maiores, no roscamento da bucha pode ser utilizado um óleo lubri-
ficante leve, não sendo permitido o uso de compostos selantes.

A.8 Volante
A.8.1 Os volantes devem ser raiados, com ressaltos externos para facilitar o encaixe da chave de
válvula e devem permitir a utilização de chave confeccionada a partir de barra redonda de 10 mm 3/8”
de diâmetro, nas válvulas menores que DN 25 (NPS 1).

A.8.2 Desde que não especificado em contrário, o sistema de acionamento das válvulas deve
seguir a padronização indicada na Tabela 6.

A.8.3 Quando a válvula for acionada manualmente por volante, este deve ser dimensionado de tal
forma que, estando a válvula submetida à máxima pressão diferencial da classe, atenda aos requisi-
tos estabelecidos da MSS SP-91.
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Anexo B
(normativo)

Requisitos suplementares de projeto de válvulas industriais tipo retenção

Este Anexo estabelece os requisitos suplementares de projeto para válvulas industriais tipo retenção,
em complemento aos requisitos gerais conforme Seção 5.

B.1 Corpo
B.1.1 Para dimensão face a face, utilizar as seguintes normas:

a) válvulas flangeadas e para solda de topo, utilizar a ASME B16.10;

b) válvulas acima de DN 600 (NPS 24), conforme o padrão construtivo;

c) válvulas tipo wafer, conforme o padrão construtivo.

B.1.2 Quanto ao tipo de extremidades, as válvulas classificam-se em:

a) extremidades flangeadas conforme ASME B16.5 para diâmetros até DN 600 (NPS 24),
ASME B16.47 série A para diâmetros de DN 650 a 900 (NPS 26 a 36), ASME B16.47 série B para
diâmetros de DN 950 a 1 500 (NPS 38 e maiores); para flanges classes 600 e 900 as dimensões
dos flanges de DN 950 a 1 500 (NPS 38 e maiores) devem ser iguais às da ASME B16.47 série A;

b) extremidades flangeadas em ferro fundido conforme ASME B16.1;


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c) extremidades roscadas conforme ASME B1.20.1 NPT;

d) extremidades para solda de topo conforme ASME B16.25;

e) extremidades com encaixe para solda conforme ASME B16.11.

B.1.3 Devem ser previstos ressaltos no corpo das válvulas, conforme MSS SP-45, exceto para
válvulas tipo wafer, que devem atender à API 594.

B.1.4 Deve ser instalado olhal de içamento em válvula tipo wafer com peso superior a 20 kg,
em um ressalto no corpo da válvula.

B.1.5 O bujão de tamponamento do eixo deve ser com rosca paralela e vedada com junta metálica
até classe 300. Para classe 600 e acima, o bujão deve ser selado por solda. Para válvula conforme
API 594 Tipo A, é aceitável a vedação com bujões roscados.

B.1.6 O bujão deve ser maciço e no mesmo grupo de material do corpo.

B.1.7 A região de assentamento das porcas deve atender à MSS SP-9.

B.1.8 Exceto se especificado em contrário, válvulas flangeadas devem ter os flanges integrais ao
corpo. Quando forem admitidas construções soldadas, estas somente podem ser utilizadas na válvula
forjada com solda com penetração total e inspeção por radiografia total (100 %).

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B.2 Tampa
B.2.1 O tipo de ligação corpo/tampa deve ser conforme Tabela B.1.

Tabela B.1 – Junta da ligação do corpo com a tampa

Junta não metálica plana


Classe Espiralada a FJA
com fibra de aramida
150 X − −
300 X − −
600 X X −
800 X − −
900 X X −
1 500 X X −
2 500 − X −
a Quando utilizada junta espiralada, esta deve ser com espirais de aço inoxidável tipo 304 ou
316 (quando o material do corpo da válvula é mais nobre que o aço inoxidável tipo 304),
com enchimento de grafite flexível, padrão da ASME B16.20. O rebaixo deve manter a junta
confinada e a altura do alojamento da junta deve ser equivalente à espessura do anel cen-
tralizador do ASME B16.20, na condição de máximo aperto.

B.2.2 O fabricante deve informar os valores dos respectivos torques na ligação corpo/tampa nos
certificados de conformidade.

B.2.3 O eixo da portinhola não pode ser fixado na tampa.


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B.3 Anel da sede


B.3.1 Os anéis da sede de vedação podem ser roscados ao corpo, selados ao corpo ou deposita-
dos diretamente no corpo. Permitem-se anéis da sede de vedação fabricados de material de qualidade
não inferior à do corpo, desde que haja revestimento por depósito de solda no material especificado
para os internos, para a superfície de vedação com espessura mínima conforme norma construtiva.

B.3.2 A superfície de vedação deve ser no mínimo retificada (32 RMS), de modo que permita
a vedação com desgaste normal da superfície de contato.

B.3.3 Para o roscamento dos anéis pode ser utilizado um óleo lubrificante leve, não sendo permitido
o uso de compostos selantes.

B.3.4 Os anéis devem ter as bordas chanfradas, para evitar que danifiquem a superfície.

B.4 Portinhola e demais internos


B.4.1 A portinhola deve ser do material especificado para os internos (Trim), admitindo-se o uso de
material de qualidade não inferior à do corpo, desde que revestido com depósito de solda no material
especificado para os internos, na superfície de vedação (depósito com espessura mínima conforme
norma construtiva).

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B.4.2 Para os demais componentes internos, eixo da portinhola, parafusos, porcas, arruelas e pinos
de travamento, seus materiais devem possuir resistência à corrosão igual ou superior à do material
especificado para os internos.

B.4.3 O material do braço da portinhola pode ser diferente do material dos internos, porém de
qualidade não inferior ao material do corpo.

B.4.4 A superfície de vedação deve ser no mínimo retificada (32 RMS).

B.5 Braço da portinhola e eixo


B.5.1 O braço da portinhola e o eixo devem ser projetados e montados no corpo, de modo a per-
mitir o movimento livre da portinhola sem interferências.

B.5.2 Com a portinhola totalmente aberta, o batente deve ser o braço, conforme Figura B.1.
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Figura B.1 – Desenho esquemático do contato braço da portinhola x batente

B.5.3 Para válvula de retenção tipo portinhola, conforme BS 1868, a folga dos internos deve ser
no máximo 0,3 mm até DN 150 (NPS 6) e 0,5 mm para diâmetros superiores.

B.6 Mola para válvula tipo wafer


A mola deve ser de aço inoxidável e com resistência mecânica adequada.

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Anexo C
(normativo)

Requisitos suplementares de projeto de válvulas industriais tipo esfera

Este Anexo estabelece os requisitos suplementares de projeto para válvulas industriais tipo esfera
em complemento aos requisitos gerais conforme Seção 5.

C.1 Corpo
C.1.1 O corpo das válvulas deve ser conforme indicado em C.1.1 a C.1.7.

C.1.1.1 Válvulas até DN 40 (NPS 1 1/2), da classe 800, construídas conforme ISO 17292, devem
ser de passagem plena, conforme Tabela C.1.

Tabela C.1 – Diâmetro interno mínimo de passagem

Passagem
DN (NPS)
mm
15 (1/2) 12,5
20 (3/4) 17
25 (1) 24
40 (1 1/2) 37
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C.1.1.2 Válvulas de DN 50 (NPS 2) e maiores, conforme ISO 14313, devem ter o corpo tipo longo
com passagem plena.

C.1.1.3 Para curva de pressão x temperatura, da classe 800, consultar a ISO 15761.

C.1.2 Devem ser previstos ressaltos no corpo das válvulas, a fim de permitir a instalação de conexões
auxiliares de drenagem ou contorno, de acordo com a MSS SP-45. Para válvulas de esfera flutuante,
com DN 50 (NPS 2) e maiores, deve ser previsto ressalto no corpo na posição “G”. Para válvulas de
montagem Trunnion, com DN 100 (NPS 4) e maiores, devem ser previstos ressaltos nas posições “A”,
“B”, “E”, “F” e “J”. Nos casos em que a geometria do corpo impedir as posições E(A) ou B(F), optar por
um dos pares, ou seja, E e B ou A e F (ver Figura C.1).

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(S)
(R) N
M

H
(P)
L

A
(E)
B
(F)

C
K D
G J

NOTA ( ) indica lado oposto.

Figura C.1 – Localização de drenos e conexões auxiliares

C.1.2.1 No caso de montagem Trunnion, o corpo deve conter obrigatoriamente um furo roscado
com bujão para dreno na posição “J”, conforme MSS SP-45. Não é permitida a montagem do bujão
utilizando fita ou pasta de politetrafluoretileno (PTFE − Teflon 2) , exceto para válvulas de uso geral.

C.1.2.2 O bujão deve ser maciço e no mesmo grupo de material do corpo.

C.1.3 Os corpos podem ser inteiriços com tampa aparafusada, ou em duas ou três partes apara-
fusadas. Não é aceitável que os flanges de junção do corpo possuam o plano das faces coincidentes
com a linha de centro da haste.

C.1.4 As extremidades devem atender às seguintes normas:


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a) extremidades flangeadas conforme ASME B16.5 para diâmetros até DN 600 (NPS 24),
ASME B16.47 série A para diâmetros de DN 650 a 900 (NPS 26 a 36), ASME B16.47 série B para
diâmetros de DN 950 a 1500 (NPS 38 e maiores); para flanges classes 600 e 900 as dimensões
dos flanges de DN 950 a 1500 (NPS 38 e maiores) devem ser iguais às da ASME B16.47 série A;

b) extremidades para solda de topo conforme ASME B16.25;

c) extremidades roscadas conforme ASME B1.20.1 (NPT);

d) extremidades de encaixe para solda para classes 800, conforme ISO 17292; para classes 1 500
e 2 500, conforme ASME B16.34.

C.1.4.1 As válvulas com sede resiliente e extremidades de encaixe para solda devem ser fornecidas
com niples de extremidades planas, SCH 160 para os aços-carbono e liga e SCH 80S para os aços
inoxidáveis, com extensão de 100 mm, podendo ser integral ao corpo ou tampa (na válvula tripartida)
ou soldadas nas duas extremidades. O procedimento de soldagem das soldas de encaixe deve ser
com processo TIG, com o mínimo de duas camadas, com perfil côncavo suave. O material do niple
deve ser de qualidade compatível com a do material do corpo da válvula.

C.1.4.2 Para válvulas ensaiadas a fogo não são aceitas as extremidades roscadas. O acabamento
para extremidades flangeadas, do tipo FR e FJA, deve ser conforme ASME B16.5 ou ASME B16.47,
para diâmetros padronizados.

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C.1.5 A dimensão face a face deve ser conforme ISO 14313 ou ISO 17292.

C.1.6 O tipo de montagem das válvulas de uso geral e ensaiadas a fogo (fire tested type) deve ser
conforme Tabela C.2.

Tabela C.2 – Tipo de montagem das válvulas

Diâmetro 150 300 600 800 900 1 500 2 500


15 (1/2) a 40 (1 1/2) − Flutuante Trunnion
50 (2) a 100 (4) Flutuante Trunnion
150 (6) e acima Trunnion

C.1.7 A retenção de pressão, para cada tipo de válvula, deve ser conforme C.1.7.1 a C.1.7.4.

C.1.7.1 As válvulas com montagem Trunnion devem ser do tipo efeito de pistão simples (single
piston effect), exceto quando especificado em contrário.

C.1.7.2 Nas válvulas com montagem Trunnion do tipo pistão duplo efeito (double piston effect),
deve ser prevista a instalação de dispositivo de alívio de pressão automático.

NOTA 1 O sistema deve ser fornecido com válvula de bloqueio antes do dispositivo de alívio, para permitir
acesso para manutenção.

NOTA 2 Caso necessário, por acordo prévio, pode ser utilizado outro sistema de alívio.

C.1.7.3 As válvulas flutuantes de DN 50 (NPS 2) e superiores, bem como as do tipo Trunnion,


devem ser projetadas de forma a aliviar a pressão contida na cavidade do corpo em até 1,33 da
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pressão máxima da classe da válvula, sem perder suas características de vedação.

C.1.7.4 As válvulas não podem ter sentido preferencial de vedação, a não ser que especificado
em contrário na requisição de compra.

C.2 Sedes
C.2.1 O material da sede resiliente deve ser adequado para serviço com hidrocarbonetos líquidos
ou gasosos, álcool e água produzida com os seguintes contaminantes: CO2, H2S e cloretos, com
temperatura de trabalho determinada conforme Tabela 8, e permitir limpeza com vapor até 180 °C.

C.2.2 Não são aceitas válvulas com anéis de regulagem para as sedes.

C.2.3 Para válvulas ensaiadas a fogo, os anéis de vedação devem ser de material resiliente e dis-
por de vedação secundária metálica, conforme padrões construtivos correspondentes.

C.3 Esfera
C.3.1 As esferas, desde que não especificado em contrário, devem possuir passagem plena e cilín-
drica. Podem ser dos tipos sólida, com cavidade selada ou com cavidade vazada, conforme Figura C.2.

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CAVIDADE CAVIDADE
SÓLIDA VAZADA
SELADA

Figura C.2 – Tipo de construção de válvula esfera

C.3.2 A esfera deve ser do material especificado para os internos.

C.4 Vedação do corpo ou tampa


C.4.1 A vedação do corpo ou da tampa para as válvulas ensaiadas a fogo (fire tested type) deve
atender às condições de ensaio da ISO 10497, devendo ser com juntas de vedação do tipo espiralada,
em aço inoxidável austenítico, com enchimento de grafite flexível.

C.4.2 A vedação do corpo ou da tampa para as válvulas de uso geral pode ser conforme C.4.1
(junta espiralada) ou através de anéis resilientes, atendendo ao padrão construtivo correspondente e,
adicionalmente, deve ser provida de uma vedação complementar em um anel de grafite, para evitar
o vazamento pelo corpo em caso de falha dos anéis resilientes. Este tipo de vedação pode ser aceito
para válvulas ensaiadas a fogo, desde que atendidas as condições de ensaio da ISO 10497.

C.4.3 O material dos componentes citados em C.4.1 e C.4.2 deve ser adequado para serviço com
hidrocarbonetos líquidos ou gasosos e álcool, com temperatura de trabalho conforme Tabela 8, e per-
mitir limpeza com vapor até 180 °C.
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C.5 Vedação da haste – Sistema de engaxetamento


C.5.1 A vedação da haste das válvulas ensaiadas a fogo (fire tested type) deve atender às condi-
ções de ensaio da ISO 10497, devendo possuir preme-gaxetas e gaxetas em grafite flexível com fios
de INCONEL®.

C.5.2 Para válvulas ensaiadas a fogo e para uso geral, as gaxetas devem ser de grafite flexível,
reforçadas com fios de INCONEL®, com no mínimo três anéis.

C.5.3 Especificação padronizada para as gaxetas:

a) confeccionadas com anéis pré-moldados ou de material trançado;

b) de grafite flexível expandido, com no mínimo 99 % de pureza, com reforço de fio de INCONEL®,
de alta resistência;

c) de seção quadrada;

d) isentas de qualquer ligante ou aglomerante ou aditivo;

C.5.4 Os anéis de gaxeta devem ser montados observando-se o material, as dimensões e


as emendas defasadas de 90°.

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C.5.5 No mínimo a cada dois anéis colocados, deve-se dar um pré-aperto.

C.5.6 O projeto deve prever a possibilidade de ajuste de aperto das gaxetas sem necessidade
de remoção do acionamento, inclusive em válvulas com engrenagens de redução.

C.6 Alavanca
C.6.1 Desde que não especificado em contrário, o uso de redutores deve ser conforme Tabela 6.

C.6.2 Quando a válvula for acionada manualmente por alavanca, esta deve ser dimensionada de tal
forma que, estando a válvula submetida à máxima pressão diferencial da classe, o esforço despendido
pelo homem seja de no máximo 360 N.

C.7 Dispositivo antiestático


As válvulas-esfera de uso geral e ensaiadas a fogo devem ser providas de dispositivo antiestático em
toda a faixa de diâmetro. Esses dispositivos devem possuir certificado de ensaio conforme requerido
pelos respectivos padrões construtivos.
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Anexo D
(normativo)

Procedimento e critérios de aceitação para obtenção da assinatura


de torque de acionamento em válvulas

D.1 Procedimento

D.1.1 Objetivo

Avaliar o desempenho de acionamento, verificando se os torques de acionamento estão de acordo


com os previstos em normas e nas especificações de projeto, realizando ensaios funcionais em baixa,
média e alta pressões.

D.1.2 Método de obtenção

D.1.2.1 Para aquisição de dados, deve ser preparado um sistema de registro contínuo das seguin-
tes variáveis ao longo dos acionamentos:

a) pressões da válvula: montante, jusante, corpo e demais pórticos de monitoração de pressão;

b) torque de acionamento;

c) deslocamento angular.
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D.1.2.2 A monitoração de torque deve ser, preferencialmente, realizada por célula de carga de torque.

D.1.2.3 A monitoração da posição angular pode utilizar um encode, potenciômetro ou outro sensor
eletrônico similar.

D.1.2.4 A monitoração de pressão das linhas de ensaio deve utilizar transmissores de pressão com
precisão melhor que 0,6 % do fundo de escala, o qual deve atingir 150 % da PMT da válvula. Se a
precisão for melhor que 0,3 %, toda a faixa de pressões de ensaio (alta e baixa pressões) pode ser
monitorada com o mesmo transmissor.

D.1.3 Sequência de operações

D.1.3.1 Fechar a válvula aplicando 100 % do TNO.

D.1.3.2 Pressurizar e manter o montante da válvula com 100 % PMT, ± 2 % com água.

D.1.3.3 Iniciar a abertura da válvula, girando sua haste de forma lenta e gradual, sem golpes ou
trancos, registrando o torque real de abertura na quebra de movimento (TRAQ) (break torque). Anotar
separadamente este valor.

D.1.3.4 Registrar o valor máximo do torque real de abertura com diferencial de pressão (TRAC).
Anotar separadamente este valor.

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D.1.3.5 Registrar o valor máximo do torque real de abertura sem diferencial de pressão (TRAS).
Garantir que a válvula se mantenha pressurizada, conforme descrito em D.1.3.2. Anotar separadamente
este valor.

D.1.3.6 Aplicar no fim de curso de abertura o torque definido pelo projeto, por pelo menos 5 s.

D.1.3.7 Gerar e manter um pequeno vazamento na linha de jusante da válvula, através de válvula-
agulha específica, de modo que se possa detectar o fechamento da válvula pela observação da queda
de pressão na linha de jusante. A pressurização do montante deve ser capaz de compensar este
pequeno vazamento.

D.1.3.8 Iniciar o fechamento da válvula, girando sua haste de forma lenta e gradual, sem golpes
ou trancos, registrando o torque real de fechamento na quebra de movimento (TRFQ) (break torque).
Anotar separadamente este valor.

D.1.3.9 Registrar o valor máximo do torque real de fechamento sem diferencial de pressão (TRFS).
Garantir que a válvula se mantenha pressurizada, conforme descrito em D.1.3.2. Anotar separadamente
este valor.

D.1.3.10 O fim da comunicação é observado quando a pressão a jusante e a montante não são mais
iguais. Esta desigualdade se deve ao fechamento da válvula com sua jusante sob vazamento (gerado
pela válvula-agulha). Neste instante, a jusante deve ser total e rapidamente despressurizada. Quando
a pressão a jusante for menor que 5 % da PMT (monitoração contínua), registrar o valor máximo do
TRFC. Anotar separadamente este valor.

D.1.3.11 Aplicar no fim de curso de fechamento o torque de 100 % do TNO, por no mínimo 5 s.

D.1.3.12 Repetir o ensaio de acionamento (abertura e fechamento), conforme descrito em D.1.3.2


a D.1.3.13, até totalizar seis ensaios com 100 % da PMT. Os valores de curso e torque obtidos
correspondem às “assinaturas” da válvula sob AP diferencial.
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D.1.3.13 Alterar a pressão de ensaio da válvula para 5 % da PMT.

D.1.3.14 Repetir o ensaio de acionamento (abertura e fechamento), conforme descrito em D.1.3.2 a


D.1.3.13, até totalizar seis ensaios com 5 % da PMT. Os valores de curso e torque obtidos correspondem
às “assinaturas” da válvula sob BP diferencial.

D.1.3.15 Apresentar as assinaturas da válvula, tanto em AP como em BP, em meio digital ou na


forma gráfica.

D.1.3.16 Avaliar a evolução dos valores de torque (TRAQ, TRAC, TRAS, TRFQ, TRFS e TRFC) ao
longo dos ensaios de protótipo e/ou quando forem executados os ensaios de sobrecarga de torque
(TMO e TMA).

D.1.3.17 O TRO para cada acionamento é o maior dos valores de torque encontrados durante
a assinatura.

D.1.4 Ensaios de sobrecarga de torque

Durante o ensaio de ciclagem, a válvula deve ser submetida ao TNO a cada fim de curso. A válvula
também deve ser submetida a ensaios intermediários de vedação e ensaios de sobrecarga de torque,
sob TMO. O número de ciclos sob TMO deve ser conforme a coluna "Número de ciclos aplicados com
TMO" da Tabela 9, podendo ser de até cinco ciclos de sobrecarga consecutivos, com duração de pelo

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menos 10 s cada. Ao fim dos ensaios, a válvula também deve demonstrar que é capaz de suportar
o TMA, sem danos à válvula.

D.1.5 Critérios de aceitação

D.1.5.1 Para válvulas que podem receber atuadores remotamente operados (hidráulico, elétrico,
pneumático etc.), o maior valor de TRO deve ser menor que 90 % do TNO.

D.1.5.2 Para válvulas que só se destinam a aplicações não críticas e com atuação direta pela haste
da válvula ou por caixa de redução com volante, o maior valor de TRO deve ser menor que 100 %
do TNO.

D.1.5.3 As válvulas submetidas aos ensaios de sobrecarga de torque não podem apresentar indí-
cios de danos ou queda de desempenho. Esta verificação pode ser constatada através da realização
de ensaios de assinatura imediatamente antes e após os ensaios de sobrecarga. Os torques TRAQ,
TRAC, TRAS, TRFQ, TRFS, TRFC da válvula devem ser estatisticamente iguais.

D.2 Curva típica de assinatura


A Figura D.1 apresenta uma curva típica de assinatura de abertura e fechamento de válvulas, indicando
os pontos notáveis (TRAQ, TRAC, TRAS, TNO, TRFC, TRFS, TRFQ, CRACK-OPEN e PINCH-OFF).

ABERTURA

am@ + TNO (JTO)

TRAC TRAS PINCH-OFF


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TORQUE

CRACK-OPEN TRFS

TRFC
TRAQ
TRFQ
am@ + TNO (JTC)

CURSO FECHAMENTO

Figura D.1 – Curva típica de assinatura de válvulas

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Anexo E
(normativo)

Procedimento e critérios de aceitação para a realização de ensaios


cíclicos em válvulas em temperatura ambiente

E.1 Características do ensaio


Ensaio similar ao ensaio de “assinatura” descrito no Anexo D, mas permitindo uma maior velocidade
de acionamento/ciclagem, desde que preservadas as principais características do ensaio:

a) controlar a pressão a montante e mantê-la em 100 % ± 2 % da PMT;

b) gerar e manter pequeno vazamento a jusante da válvula;

c) iniciar novo ciclo somente se a pressão a jusante da válvula for menor que 5 % da PMT;

d) aplicar no fim de curso de abertura o torque definido pelo projeto e aplicar 100 % do TNO no fim
de curso de fechamento, ambos por no mínimo 5 s, exceto para válvula-esfera e válvula-borboleta;

e) registrar os ciclos por sistema digital de aquisição de dados (ou por registrador gráfico durante
a transição), com taxa de pelo menos 2 Hz.

E.2 Objetivo
Verificar se a premissa de projeto apresentada pelo fabricante é compatível com a vida útil projetada,
com base no número de ciclos esperados em operação real e no número máximo de ciclos que um
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protótipo pode ser ciclado.

E.3 Método de execução


Os ensaios cíclicos devem ser executados com a válvula submetida a uma pressão diferencial de
100 % da PMT.

E.3.1 Aquisição de dados


Deve ser adotado o procedimento descrito nesta subseção, exceto onde alterado por E.1 alínea e).

E.3.2 Ensaios cíclicos


E.3.2.1 Realizar o ensaio cíclico conforme descrito neste Anexo, aplicando o número de ciclos
constante na Tabela 9, em função do diâmetro nominal e tipo da válvula.

E.3.2.2 Nos ciclos destacados na Tabela 9, executar ensaios intermediários de vedação, de desem-
penho (assinatura) e de sobrecarga (TMO), conforme descrito neste Anexo.

E.3.3 Critério de aceitação

Aplicar os valores indicados nas Tabelas 9 e 10 para determinação do critério de aceitação, em função
do diâmetro nominal, do tipo de válvula e da ciclagem.

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Anexo F
(normativo)

Procedimento e critérios de aceitação para a realização de ensaios


cíclicos em válvulas em temperaturas extremas

F.1 Características do ensaio


O ensaio é similar ao ensaio cíclico na temperatura ambiente, desde que preservadas as principais
características do ensaio:

a) controlar a pressão a montante e mantê-la em 100 % ± 2 % da PMT;

b) gerar e manter pequeno vazamento a jusante da válvula;

c) iniciar novo ciclo somente se a pressão a jusante da válvula for menor que 5 % da PMT;

d) aplicar no fim de curso de abertura o torque definido pelo projeto e aplicar 100 % do TNO no fim
de curso de fechamento, ambos por no mínimo 5 s;

e) registrar os ciclos por sistema digital de aquisição de dados (ou por registrador gráfico durante
a transição), com taxa de pelo menos 2 Hz;

f) o fluido de ensaio pode ser nitrogênio ou água com etilenoglicol.

F.2 Objetivo
Verificar a funcionalidade da válvula nos extremos de temperatura, para a classe especificada.
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F.3 Método de execução


F.3.1 Realizar a ciclagem correspondente a 1 % do número total de ciclos para o projeto, como
definido na Tabela 9, ou 20 ciclos, o que for maior, na temperatura máxima (Tmáx) da classe do projeto.

F.3.2 Realizar todos os ensaios de vedação e de desempenho na Tmáx.

F.3.3 Executar pelo menos cinco acionamentos sob TMO com a válvula na Tmáx. Repetir os
ensaios de assinatura para atestar que não houve variação de desempenho.

F.3.4 Realizar a ciclagem correspondente a 1 % do número total de ciclos para o projeto, como
definido na Tabela 9, ou 20 ciclos, o que for maior, na temperatura mínima (Tmín) da classe do projeto.

F.3.5 Realizar todos os ensaios de vedação e de desempenho na Tmín.

F.3.6 Executar pelo menos cinco acionamentos sob TMO com a válvula na Tmín. Repetir os ensaios
de assinatura para atestar que não houve variação de desempenho.

F.4 Critério de aceitação


Aplicar os valores indicados nas Tabelas 9 e 10 para determinação do critério de aceitação, em função
do diâmetro nominal, do tipo de válvula e da ciclagem.

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