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A Psicopedagogia e sua Singularidade

* Benilde Ferreira de Assunção Farias

Na semana em que se comemora o Dia do Psicopedagogo fiquei envolvida em


algumas atividades que me estimularam a escrever este texto. Ele tem por objetivo refletir
sobre a psicopedagogia e sua singularidade. Entende-se a psicopedagogia como categoria
profissional que desenvolve seus estudos, concretizando seu corpo teórico na compreensão
mais precisa do processo de aquisição do conhecimento pelo ser humano. Por outro lado, a
psicopedagogia é vista, também, como uma área do conhecimento interdisciplinar, pois se
ocupa da pedagogia, da psicologia, da neuropsicologia, da sociologia, da lingüística e da
antropologia para ler e explicar o fenômeno da aprendizagem: seus padrões evolutivos
normais e patológicos.
As duas dimensões da psicopedagogia - categoria profissional e área do
conhecimento- se intercomplementam e só fazem sentindo se o alicerce da prática
psicopedagógica concretizar-se na escuta e no olhar clínico do seu próprio aprender e do
aprender do outro. Esta é, portanto, a singularidade da psicopedagogia. Singularidade da
psicopedagogia está direcionada para atitude do profissional competente no que faz, no que
sabe e no que é pessoalmente, isto é o que chamamos de competência.
Segundo Júlia Eugênia (2008), a competência do psicopedagogo está na difícil tarefa
de por em articulação teoria e prática por meio dos saberes:
- epistemológicos: especificidades dos conhecimentos;
- científicos: encontrar respostas pessoais aos conhecimentos em questão.
- pedagógicos: a forma e a maneira de transmitir conhecimentos;
Ser competente em sua área de atuação não é só quem possui uma aptidão, mas
quem tem suficiência, propriedade e adequação na tarefa que executa.
Eugênio Mussak (2005) refere-se à competência como resultado de uma ação. Uma
pessoa é competente quando atinge os resultados esperados, por ela mesma e pelos demais.
A pessoa competente “sabe” fazer, “pode” fazer e “quer” fazer. O referido autor diz “isto é o
que dá o poder da competência”.
Nos últimos anos, um novo paradigma está substituindo o termo “competência”. A
sociedade, hoje, espera muito mais dos profissionais: criação de novos cenários, produtos e
serviços... O novo paradigma profissional é a metacompetência: do prefixo metá, que quer
dizer “o que está além”, “o que vem depois”. Por definição metacompetência significa algo
mais que competência. Significa colocar “alma” naquilo que faz. O metacompetente
preocupa-se com detalhes, antecipa-se às dificuldades, acrescenta valor à sua rotina. É
neste aspecto que destaco a singularidade da psicopedagogia.
Escolher a Psicopedagogia com uma área profissional, fazer-se psicopedagogo é
assumir a responsabilidade por uma formação contínua e cada vez mais aprofundada nas
questões humanas, é estar aberto para as mudanças, é acreditar que é capaz de operar
mudanças, mesmo em situações adversas.
Portanto, ao comemorarmos o dia do Psicopedagogo, (12/11) sejamos capazes de
operar mudanças, primeiro em nos mesmos, para depois intervir com aqueles que dela
precisam.

BIBLIOGRAFIA

 Júlia Eugênia. Apostila de Curso. (2008)


 MAYER, Canísio. Na Dinâmica da Vida. Petrópolis: Vozes, 2004
 MONERO, Carlos. SOLE, Isabel. Assessoramento Psicopedagógico. Porto Alegre:
Artmed,2000
 MUSSAK, Eugênio. Revista Vencer. 2004

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Psicopedagoga Clínica, Sócio-Terapeuta Ramain Thiers, Terapeuta do Desenvolvimento e da
Aprendizagem e Mediadora do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI).
E-mail: capp_atende@yahoo.com.br
Endereço: Rua Santa Luzia, 1453 Centro - Teresina - PI

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