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TRANSPORTE DE MATERIAL POR

MOVIMENTOS ATÔMICOS

5. Mecanismos de movimento atômico

DIFUSÃO

- Mecanismo da difusão
- Fatores que influem na difusão
- Difusão no estado estacionário
- Difusão no estado não-estacionário

1
DIFUSÃO
EXEMPLOS PRÁTICOS DE PROCESSOS
BASEADOS EM DIFUSÃO

Dopagem em materiais semicondutores para


controlar a condutividade
Cementação e nitretação dos aços para
endurecimento superficial
Outros tratamentos térmicos como
recristalização, alívio de tensões,
normalização,...
Sinterização
Alguns processos de soldagem 2
DIFUSÃO
CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os átomos em um cristal só ficam estáticos no zero


absoluto
Com o aumento da temperatura as vibrações
térmicas dispersam ao acaso os átomos para
posições de menor energia
Movimentos atômicos podem ocorrer pela ação de
campos elétrico e magnético, se as cargas dos
átomos interagirem com o campo.
Nem todos os átomos tem a mesma energia, poucos
tem energia suficiente para difundirem 3
Demonstração do Fenômeno
da DIFUSÃO
Antes do Depois do
aquecimento aquecimento

Cu Ni Cu Cu+Ni Ni
Solução
sólida

4
TIPOS DE DIFUSÃO

Interdifusão ou difusão de impurezas (é o


mais comum) ocorre quando átomos de um
metal difunde em outro. Nesse caso há
variação na concentração

Autodifusão ocorre em cristais puros.


Nesse caso não há variação na concentração

5
MECANISMOS DE DIFUSÃO
Vacâncias (um át. da rede move-se p/
uma vacância)
Intersticiais (ocorre com átomos
pequenos e promovem distorção na rede)

A difusão dos intersticiais ocorre mais rapidamente que a


difusão de vacâncias, pois os átomos intersticiais são
menores e então tem maior mobilidade.
Além disso, há mais posições intersticiais que vacâncias
na rede, logo, a probabilidade de movimento intersticial é
maior que a difusão de vacâncias.
6
MECANISMOS DE DIFUSÃO
Contorno de grão (importante para
crescimento de grãos)
Discordâncias (o movimento das
discordâncias produz deformação)
Fenômenos superficiais (importante
para sinterização)

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A DIFUSÃO SÓ OCORRE SE
HOUVER GRADIENTES DE:

Concentração
Potencial
Pressão

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ENERGIA DE ATIVAÇÃO
O interesse está nos átomos com energia
suficiente para se mover
Boltzmann n = f (e -Q/KT)
Ntotal
n= número de com energia suficiente para
difundir
N= Número total de átomos
Q= energia de ativação (erg/át)
K= Constante de Boltzmann= 1,38x10-6 erg/át 9
ENERGIA DE ATIVAÇÃO

Vacâncias e
intersticiais
Contorno de grão

Superfície

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VELOCIDADE DE DIFUSÃO
EQUAÇÃO DE ARRHENIUS

V = c (e -Q/RT)
c= constante
Q= energia de ativação (cal/mol) é
proporcional ao número de sítios disponíveis para o
movimento atômico
R= Constante dos Gases= 1,987 cal/mol.k
T= Temp. em Kelvin
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VELOCIDADE DE DIFUSÃO EM
TERMOS DE FLUXO DE DIFUSÃO

J= M/A.t
em kg/m2.s ou at/m2.s
M= massa (ou número de
átomos)
A= área
t= tempo

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DIFUSÃO NO ESTADO
ESTACIONÁRIO

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais


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e Metalurgia da PUC-Rio
DIFUSÃO NO ESTADO
ESTACIONÁRIO

PRIMEIRA LEI DE FICK expressa a


velocidade de difusão em função da
diferença da concentração
(Independente do tempo)
J= -D dC
dx
J= at/m2.s=M/A.t D= coef. De difusão cm2/s
dC/dx= gradiente de concentração em função da distância
at/cm3 14
COEFICIENTE DE DIFUSÃO
(D)
Dá indicação da velocidade de difusão
Depende:
 da natureza dos átomos em questão

 do tipo de estrutura cristalina

 da temperatura

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COEFICIENTE DE DIFUSÃO
(D)
O Coef. De difusão pode ser calculado a
partir da equação:

D = Do (e -Q/RT)

onde Do é uma constante calculada para um


determinado sistema (átomos e estrutura)

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COEFICIENTE DE DIFUSÃO
(D)

17
COEFICIENTE DE DIFUSÃO
(D)

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais


e Metalurgia da PUC-Rio 18
EFEITOS DA ESTRUTURA
NA DIFUSÃO
FATORES QUE FAVORECEM A FATORES QUE DIFICULTAM A
DIFUSÃO DIFUSÃO

Baixo empacotamento Alto empacotamento


atômico atômico
Baixo ponto de fusão Alto ponto de fusão
Ligações fracas (Van Ligações fortes (iônica
der Walls) e covalentes
Baixa densidade Alta densidade
Raio atômico pequeno Raio atômico grande
Presença de Alta qualidade
imperfeições
cristalina 19
SEGUNDA LEI DE FICK
(dependente do tempo e unidimensional)

C=  D  C
t x x

20
SEGUNDA LEI DE FICK
(dependente do tempo e unidimensional)
 C= -D  2C
t  x2
Suposições (condições de contorno)
Antes da difusão todos os átomos do soluto estão
uniformemente distribuídos
O coeficiente de difusão permanece constante (não
muda com a concentração)
O valor de x na superfície é zero e aumenta a medida
que avança-se em profundidade no sólido
t=o imediatamente antes da difusão
21
SEGUNDA LEI DE FICK
(dependente do tempo e unidimensional)

22
SEGUNDA LEI DE FICK
uma possível solução para difusão planar

Cx-Co= 1 - f err x
Cs-Co 2 (D.t)1/2

f err x É a função de erro


gaussiana
2 (Dt)1/2
Cs= Concentração dos átomos se difundindo na superfície
Co= Concentração inicial
Cx= Concentração numa distância x
D= Coeficiente de difusão
23
t= tempo
DIFUSÃO

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DIFUSÃO

Fonte: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais 25


e Metalurgia da PUC-Rio
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os estágios finais de homogeneização
são lentos
A velocidade de difusão diminui com a
diminuição do gradiente de
concentração
O gradiente de difusão varia com o
tempo gerando acúmulo ou
esgotamento de soluto
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DIFUSÃO
Exemplo: Cementação

27
PROPRIEDADES
MECÂNICAS DOS METAIS
28
PROPRIEDADES
MECÂNICAS
POR QUÊ ESTUDAR?
• A determinação e/ou conhecimento das
propriedades mecânicas é muito importante para a
escolha do material para uma determinada
aplicação, bem como para o projeto e fabricação do
componente.
• As propriedades mecânicas definem o
comportamento do material quando sujeitos à
esforços mecânicos, pois estas estão relacionadas à
capacidade do material de resistir ou transmitir estes
esforços aplicados sem romper e sem se deformar
de forma incontrolável.
29
Principais propriedades
mecânicas
Resistência à tração
Elasticidade
Ductilidade
Fluência
Fadiga
Dureza
Tenacidade,....

Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do


material de resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las
30
TIPOS DE TENSÕES QUE UMA
ESTRUTURA ESTA SUJEITA

Tração
Compressão
Cisalhamento
Torção

31
Como determinar as
propriedades mecânicas?
A determinação das propriedades mecânicas é feita
através de ensaios mecânicos.
Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra
representativa do material) para o ensaio mecânico,
já que por razões técnicas e econômicas não é
praticável realizar o ensaio na própria peça, que
seria o ideal.
Geralmente, usa-se normas técnicas para o
procedimento das medidas e confecção do corpo de
prova para garantir que os resultados sejam
comparáveis.

32
NORMAS TÉCNICAS
As normas técnicas mais comuns são
elaboradas pelas:

• ASTM (American Society for Testing and


Materials)
• ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas)

33
TESTES MAIS COMUNS PARA SE
DETERMINAR AS PROPRIEDADES
MECÂNICAS DOS METAIS
Resistência à tração (+ comum, determina a
elongação)
Resistência à compressão
Resistência à torção
Resistência ao choque
Resistência ao desgaste
Resistência à fadiga
Dureza
Etc...
34
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
É medida submetendo-se o material à
uma carga ou força de tração,
paulatinamente crescente, que promove
uma deformação progressiva de aumento
de comprimento
NBR-6152 para metais
35
ESQUEMA DE MÁQUINA
PARA ENSAIO DE TRAÇÃO
PARTES BÁSICAS

• Sistema de aplicação de carga


• dispositivo para prender o corpo de prova
• Sensores que permitam medir a tensão
aplicada e a deformação promovida
(extensiômetro)

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RESITÊNCIA À TRAÇÃO
TENSÃO () X Deformação ()

 = F/Ao
Área inicial da seção reta transversal
Força ou carga

Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a deformação (variação


dimensional).

A deformação pode ser Deformação()= lf-lo/lo= l/lo


expressa:
•O número de milímetrosa de deformação por
milímetros de comprimento
lo= comprimento inicial
• O comprimento deformado como uma
percentagem do comprimento original lf= comprimento final
37
Comportamento dos metais quando
submetidos à tração

Resistência à tração

Dentro de certos limites,


a deformação é proporcional

à tensão (a lei de Hooke é

obedecida)

Lei de Hooke:  = E 
38
A deformação pode ser:

Elástica
Plástica

39
Deformação Elástica e Plástica

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA


• Prescede à deformação plástica
• É reversível • É provocada por tensões que
• Desaparece quando a tensão é ultrapassam o limite de elasticidade
removida • É irreversível porque é resultado do
• É praticamente proporcional à deslocamento permanente dos átomos e
tensão aplicada (obedece a lei de portanto não desaparece quando a
Hooke) tensão é removida

Elástica Plástica

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Módulo de elasticidade ou
Módulo de Young
E= / 

• É o quociente entre a tensão


aplicada e a deformação elástica
resultante.
P A lei de Hooke só é válida
até este ponto
•Está relacionado com a rigidez do
material ou à resist. à deformação
elástica Tg = E
•Está relacionado diretamente 
com as forças das ligações
interatômicas
Lei de Hooke: =E 41
Módulo de Elasticidade para
alguns metais
Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material
ou menor é a sua deformação elástica quando aplicada uma dada
tensão
MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 106 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 207 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59
42
Comportamento não-linear
Alguns metais como
ferro fundido cinzento,
concreto e muitos
polímeros apresentam
um comportamento
não linear na parte
elástica da curva
tensão x deformação

43
Considerações gerais sobre
módulo de elasticidade
Como consequência do módulo de
elasticidade estar diretamente relacionado
com as forças interatômicas:
• Os materiais cerâmicos tem alto módulo de
elasticidade, enquanto os materiais
poliméricos tem baixo
• Com o aumento da temperatura o módulo
de elasticidade diminui
* Considerando o mesmo material sendo este
monocristalino, o módulo de elasticidade depende apenas 44
da orientação cristalina
O COEFICIENTE DE POISSON PARA
ELONGAÇÃO OU COMPRESSÃO
• Qualquer
elongação ou
compressão de
uma estrutura
cristalina em uma
direção, causada
por uma força
uniaxial, produz
um ajustamento
nas dimensões
perpendiculares à z
direção da força

x 45
O COEFICIENTE DE POISSON PARA
TENSÕES DE CISALHAMENTO
• Tensões de Módulo de Cisalhamento ou de
rigidez
cisalhamento
produzem
deslocamento de
um plano de
átomos em
relação ao plano
adjacente
•A deformação
elástica de
cisalhamento é
dada ( ):

= tg
46
Forças de compressão,
cisalhamento e torção

• O comportamento elástico também é


observado quando forças
compressivas, tensões de
cisalhamento ou de torção são
impostas ao material

47
O FENÔMENO DE
ESCOAMENTO
Esse fenômeno é nitidamente
observado em alguns metais de
natureza dúctil, como aços baixo teor
de carbono.
Caracteriza-se por um grande
alongamento sem acréscimo de carga.

48
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Tensão de escoamento Escoamento
y= tensão de escoamento (corresponde a
tensão máxima relacionada com o
fenômeno de escoamento)

• De acordo com a curva “a”, onde não observa-se


nitidamente o fenômeno de escoamento

•Alguns aços e outros materiais exibem o


comportamento da curva “b”, ou seja, o limite de
escoamento é bem definido (o material escoa- deforma-
se plasticamente-sem praticamente aumento da
tensão). Neste caso, geralmente a tensão de
escoamento corresponde à tensão máxima verificada
durante a fase de escoamento

Não ocorre escoamento49


propriamente dito
Limite de Escoamento

quando não observa-se


nitidamente o fenômeno
de escoamento, a tensão de
escoamento corresponde
à tensão necessária para promover
uma deformação permanente de
0,2% ou outro valor especificado
(obtido pelo método gráfico
indicado na fig. Ao lado)

Fonte figura: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais


50
e Metalurgia da PUC-Rio
51
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Resistência à Tração

Corresponde à tensão
máxima aplicada ao material
antes da ruptura

É calculada dividindo-se a
carga máxima suportada
pelo material pela área de
seção reta inicial

52
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação

Tensão de Ruptura

Corresponde à tensão que


promove a ruptura do material
O limite de ruptura é
geralmente inferior ao limite de
resistência em virtude de que
a área da seção reta para um
material dúctil reduz-se antes
da ruptura

53
Outras informações que podem ser obtidas das curvas tensãoxdeformação
Ductilidade em termos de alongamento

Corresponde ao
alongamento total do
material devido à
deformação plástica
%alongamento= ductilidade

(lf-lo/lo)x100
onde lo e lf correspondem ao
comprimento inicial e final (após a
ruptura), respectivamente

54
Ductilidade expressa como
alongamento
 Como a deformação
final é localizada, o
valor da elongação
só tem significado se
indicado o
comprimento de
medida
 Ex: Alongamento:
30% em 50mm

55
Ductilidade expressa como
estricção
 Corresponde à redução na área da seção reta
do corpo, imediatamente antes da ruptura
 Os materiais dúcteis sofrem grande redução
na área da seção reta antes da ruptura
Estricção= área inicial-área final
área inicial

56
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação
Resiliência
Corresponde à capacidade do
material de absorver energia
quando este é deformado
elasticamente esc
A propriedade associada é dada
pelo módulo de resiliência (Ur)

Ur= esc2/2E
Materiais resilientes são aqueles
que têm alto limite de elasticidade
e baixo módulo de elasticidade
(como os materiais utilizados para
molas) 57
Outras informações que podem ser obtidas
das curvas tensãoxdeformação

Tenacidade

 Corresponde à capacidade do material


de absorver energia até sua ruptura
tenacidade

58
Algumas propriedades mecânicas
para alguns metais

59
VARIAÇÃO DA PROPRIEDADES
MECÂNICAS COM A TEMPERATURA

60
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
REAIS OU VERDADEIRAS
 A curva de tensão x deformação
convencional, estudada
anteriormente, não apresenta
uma informação real das
características tensão e
deformação porque se baseia
somente nas características
dimensionais originais do corpo
de prova ou amostra e que na
verdade são continuamente
alteradas durante o ensaio.

61
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
VERDADEIRAS
TENSÃO REAL (r)

• r = F/Ai DEFORMAÇÃO REAL (r)

onde Ai é a área da • d  r = dl/l


seção transversal •  r = ln li/lo
instantânea (m2)
Se não há variação de volume
Ai.li = Ao.lo
•  r = ln Ai/Ao
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RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E
DEFORMAÇÕES VERDADEIRAS E
CONVENCIONAIS
RELAÇÃO ENTRE RELAÇÃO ENTRE
TENSÃO REAL E DEFORMAÇÃO REAL E
CONVENCIONAL CONVENCIONAL

• r =  (1+ ) •  r = ln (1+ )

Estas equações são válidas para situações até


a formação do pescoço
63
Outras propriedades
mecânicas importantes

 Resistência ao impacto
 Dureza
 Fluência
 Fratura
 Fadiga

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