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Maria Helena Moreira Alves eas gto NO BRASIL 1964 - 1984 S&S: ei] @EDUSC INTRODUCAO DEPENDENCIA FE ESTADO DE SEGURANCA NACIONAL £E objetivo fundamental deste livre examinar no contexto do regime militar brasileiro, as relagoes entre o Estado ¢ 2 oposirio, determinadas pelos complexos mecan vigentes no pats desde 1964, Tais processes de mudans amo, nium context mais _amplor devem ser considerados em relagio 20 papel especifica que a econo mia brasileira tem desempenhado no sisterna econdmico mundial. crescen- “te penetragao do capital internacional apos meados da década de 1950 confi~ gurou uma alianga entre 6 capital multinacional, o capital nacional associa~ do-dependente ¢ 0 capital de Extado. No final daquela década o Brasil vivia ‘um processo de desenvolvimento caracterizado por situagto de dependencis tpaseada num “tripé econdmico”! que seria reforcado apos 0 golpe militar de de 1 : 1 0 *iipé econémico™ € uma alanga entre o capital privado nacional © capital nvernacional eo capital de Estado. Ver andlse das estruturas do desenvolvimento ‘pitas dependente em Peter Evans, Deperatons Development The AMbance of Matiationah, State and Local Capitol i Beas (Princetore Princeton University Press, 1979), Para matores informacoes sobte a predomininsia do capital ameri tao. no Brasil sex, por exemmplo, 9 estndo realizado para o Relitorio 4 Sobeamissto de Relacdes Exietiores do'Senado dos Estados Unidos: §: Newfsrnet ‘eWillland F Mucekex, Muivaionel Corporaions in Brazil and Mexia: Struct 2 i nlp exame do conceito de “desenvolvimento dependente” permis ‘nelhor a inmportincia desse contexto para os reventes processos de social no Brasil. Em seu sentido economico fundamental, “desenvol- ddesigna a expansio da capacidace produtiva de uma sociedade, Con- doe manera mais ampla; 0 etmo relere-s« todo o expectro de muklan- N proeedimentos tecnobigicos, ‘socials, politivos © culturais que acompa- ern diversosgraus) faciitam ess1 expansio. Um sistema econdmico ominaido "autinomo” quando & capes. de gerar seu proprio cxesci- # implica acima de tudo a faculdade de criar novas tecnologias, ex- de bens de capital e controlar seu sistema finaneciro e bancirio. ependentes, em contrast, funcionam na periferia do sistema adas dos pontos de concentracio dos recursos para o crescimen- No caso mais extremo, a economia dependente esti restrita 30 necedora ce maléris-primas as economias inustrias avangadas.E do-ela nio esti totalmente limitada a esta fungao,o mercado inter- inge drasticamente suas possbilidades de desenvolver a cipacida- industrial € financeita necessdria a0 crescimento autogerado, aindustialzayao pesilerica manifesia-se essencialmente como um rsido da expansio das cconcmias avangadas. © Alidusiriaizaio pertericatasen-se em produtes que no centro sto eonsu- © ids em ras, mas ceniiguras mas sociedad dependents, spo eonasmn de _ ts, Nis econo depenteres aids ume 2 vont éa ay mesmo tempe: que arava acon deren de prodttvidde emt _Benealiar et ehdénca ae coajaio da cone: enguart «produce oe ve © | eile, aparclhos de tleviso, gyladeitac eens emethanterbases-t em tecnologia | moderna, conskesirel pane ts produtus almentares, aed € de outs bens que “constiiner 6 consumo bisicn das masta baei-ce anda em tecnologia relagBex “deprocgt0 mals raciionals Ossatirios de tsnics, greats tabalhadores cy [pecinzados.embora nto set diretantente determinidos pels produtvidide, so _Incomparyelmente mais abo gue ws de eanyponescs oo iabalhadores expres ddosem sto‘ traficianais. Dest mndo, a industrializagdo na periferia aumentaa © Sears of Economic and nonsbeononic Power (Waskinglon: Unlcd! States | Goverment Proning Ofice 1975) er tne o esa de None Buna, Preergu do» Eoudes Unides ne Bras: das suis de historia (i de Jains: Goiacan Braseira, 197331 Rnippers Wack. Uae States Petron of Frail (leicester: Manchester University Pres, 1977): Onny Duarte Pereira, Us afin &sigadace nail (Rio de Jencvo:Civiizaca Beasiia, 1957). ns Ale J dsparidade de ena cate os ansalaiades, acentwando 0 sae ser side chamada, sna América Latina, de "heterogenetdade esrutural” Frise-se que uma situagao de dependéncis naosignifica nevessariamen- te subdesenvolvimento permanente ¢ estagnagao econémiga, O que ea efeti ‘yamente implica, na melhor das hipéteses, é um processo de desenvolvimen- “to disiorcido: mantém-se sem solugo consideniveis problemas sociais come 4s desigualdades regionais, graves disparidades na distribuis3o da renda, altos indices de desemprego ¢ niveis de vida aberrantemente baixos par a maioria do populagio. ‘A situasio de dependéncia impde portanto um complexn relaciona~ mento entre o desenvolvimento capitalsta local a expansio de todo um sis- tema capitalista mundial, digo resultando que o controle sobre o processo per manece nas miios de protagonistase instituicbes internas @ externas & nagao, FEntendemos que es seagBet ents Forgas externas ¢ nemas formam win todo complexo cujes vinealos estruturai no se baselam apenas cm formasextermas de ‘aploraso ¢eoersto, enralauddo-se tarém em cnincidéacias de intersies entre is chsses dominantes locais inlernaciongis e send, por outro lado, questionados por grupos ¢ cline lacaisdominadas |. Felaro quea penetracio imperilisto € esultado da 260 de forces cial externas (empresas maltinaciomss, reenologia 4 ‘estrangeira, sistemas Ganceirosinternaciomais, embaitadas, Estados exércilos es trangitos ec). O que austertamos € simplemente gue sister de domtgto ressunge como uma fora “intern através das priticas socias de gripos ¢ lasses locas que tentam fazer prevalecerinteresses estrangeiros no expecifcamente por 2 Fernando Henrique Candaso ¢ Enzo Faleo, Dependency aad Developevent im Latin ‘Amicrica (Berkeley: University of California Press, 1979) p. XXIL Para, ovtras ‘ise do models dependdente de desenvolvimento captulsta ver. Bodenbeimes, “Dependency and imperalism: The Roots of Latin Anierian Underdeveloprnent’, ‘em K.T. Fann D Hodges (Ba); Readings in U.S. imperialism (ston: Porter Sargent, 1971), p. 133-182; 5. Bodenbimer, The Ideology of Developmentalism: ‘The American Pardigrs-Surropate for Latin American Studies, Sage Profssionad apes in Corporatve Puiiss 2, 01-015, 1971; Fernando Henrique Cardoso, Teoria de Depenlencia 0 Andie Carcrem dle Stuaciones de Dependenca? (Cidade do ‘México; Asoclacion i Becatios Del Instituto de Inveaigaciones Sociales de by UNAM, DT-1} Theotonio dos Santos, "The Structure of Dependence” em K. T. Fann € D. Hodges (Ed), Rewdings 4» US Inperalizer (Hoston: Porter Sargent, 1971), p, 225-236. Uns itl referencia em ingés sobre dependéncia € Ronald 1. ‘Chik e Joel C- Eielscin (Ed), Latin Arica The Stl With Deperndeney eral Beyond (New York: Tobn Wiley & Sons, 1974) B

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