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TRABALHO DE ECONOMIA: ANÁLISE ECONÔMICA

DO DIREITO

Faculdade Nova Roma


Alunas: Ana Caroline Oliveira e Dóris P. Q. Cavalcanti de Moraes
Direito – 2º Período – Noite
Prof. Marcos Barreto

Novembro/2018
Texto de subsídio

Até 1960, AED era sinônimo de análise econômica do Direito da Concorrência,


“Anti-trust Law”, havendo algum trabalho pioneiro e exploratório no domínio da
regulação de mercados e intervenção do Estado. Esta área de investigação
continua hoje muito popular e intimamente associada à Economia Industrial. No
entanto, o termo “Law and Economics”, após os artigos de Ronald Coase e Guido
Calabresi em 1960, alicerçou o seu domínio nas áreas de propriedade, contratos,
responsabilidade (danos), criminal, processual, família e constitucional. A disciplina
ganha rigor metodológico, sobretudo, por meio dos trabalhos desenvolvidos nas
universidades norte-americanas, notadamente em Chicago, Yale e Berkeley, cujos
expoentes como Richard Posner, Henry Manne, Gary Becker (os já citados autores
também) dentre outros, contribuíram para o desenvolvimento da disciplina. Neste
contexto, a AED procura dar respostas a duas perguntas:

A) Como o comportamento dos indivíduos e das instituições é afetado pelas normas


legais?

B) Em termos de medidas de bem-estar social definidas de forma rigorosa, quais


são as melhores normas e como se podem comparar diferentes normas legais?
RESPOSTAS:

A) Como o comportamento dos indivíduos e das instituições é afetado pelas


normas legais?
Grande número de estudos sobre ética e responsabilidade social tem seguido a
vertente normativa que toma como dado o pressuposto de que atitudes éticas e
trazem sempre vantagens para as organizações, além de colocarem acima de
disputa a necessidade de atitudes altruístas. Se, por um lado, tal pressuposto reflete
o desejo de construir um ambiente empresarial cooperativo, por outro, pode
mascarar estratégias oclusas, colocando em risco aqueles que seguirem
prescrições normativas sem sentido crítico.
O comportamento ético representa um valor da sociedade moderna; no entanto
existe falhas no comportamento ético dos indivíduos, das organizações e das
sociedades. Todos os desvios possíveis e conhecidos do comportamento humano
podem estar presentes nas organizações, sejam elas empresas, sejam
organizações não-governamentais, seja o próprio Estado. As organizações estão
sujeitas aos custos advindos das quebras contratuais de agentes que cooperam
para o seu funcionamento. A Economia dos Custos de Transação, como parte da
Economia das Organizações, propõe que as estruturas organizacionais sejam
desenvolvidas para lidar com o problema. Da mesma maneira, as instituições,
devem desenvolver-se como regras formalizadas em leis e códigos informais de
conduta, que reduzirão os custos transacionais na sociedade.
A economia geralmente fornece uma teoria comportamental para prever como as
pessoas respondem as leis. Essa teoria supera a intuição assim como a ciência
supera o senso comum. A resposta das pessoas é sempre relevante para fazer,
revisar, revogar e interpretar leis.
Um famoso ensaio em direito e economia descreve a lei como uma catedral - uma
grande, antiga, edifício complexo, bonito, misterioso e sagrado. A ciência
comportamental assemelha-se a argamassa entre as pedras da catedral, que
suportam a estrutura em todos os lugares.
Uma previsão pode ser neutra ou carregada em relação aos valores sociais. Um
estudo encontra que multas mais altas por excesso de velocidade na rodovia
presumivelmente causarão menos acidentes. É isto bom ou ruim para o equilíbrio?
A descoberta não sugere uma resposta. Em contraste, suponha que um estudo
comprova que o custo adicional da cobrança de multas mais altas excede o
benefício de menos acidentes, portanto, uma multa maior é "ineficiente", que uma
multa maior seria ruim.
B) Em termos de medidas de bem-estar social definidas de forma rigorosa,
quais são as melhores normas e como se podem comparar diferentes normas
legais?
A análise econômica do direito – AED é uma maneira de se entender e aplicar o
Direito que vem crescendo ao longo das últimas décadas e que teve sua origem nos
países de tradição jurídica do common law, e que verifica-se se é possível o
transplante da AED para países de tradição jurídica baseada na civil law.
Para responder a essa questão vale um parêntese para diferenciar os sistemas
common law e civil law.
O sistema common law, também chamado de anglo-americano é aquele onde seus
países associados possuem a jurisprudência como principal fonte do direito, a
exemplo de EUA, Inglaterra, Canadá, África do Sul, Jamaica, etc., enquanto que o
sistema civil law, também conhecido como romano-germânico é aquele onde seus
países associados possuem a lei como principal fonte do direito, a exemplo do
Brasil, Uruguai, Argentina, França, Itália, etc.
Quanto às medidas de bem-estar social definidas de forma rigorosa, quais são as
melhores normas e como se podem comparar diferentes normas legais, cito:
Muitos estudiosos do assunto militam no sentido de que o common
law é um sistema que produz leis mais eficientes. Alguns autores
argumentam, ainda, que as diferenças entre as duas tradições não
são tantas, e que, portanto, a transposição da AED é possível.
Contudo, tal transposição deve ser vista com cautela, pois, embora a
globalização tenha encurtado distâncias e diminuído diferenças, é
inegável que ainda existem países diferentes entre si no que se
refere a ideologias políticas, nível de atuação do Estado na vida
social e graus de desenvolvimento sócio-econômico. Não levar em
conta estas diferenças quando da aplicação da AED ao sistema
jurídico brasileiro, o que pode exigir adaptações e mutações da
Análise conforme originalmente concebida, pode inviabilizar a
aplicação da AED em países de tradição civil law, tal qual o Brasil.1

1Lucas Noura de Moraes Rêgo Guimarães, 2009. Trabalho publicado nos Anais do XVIII Congresso Nacional do
CONPEDI, realizado em São Paulo – SP nos dias 04, 05, 06 e 07 de novembro.

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