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Processo: 5542158.54.2018.8.09.

0006

Usuário: - Data: 10/12/2018 17:44:12


ANÁPOLIS - VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL
Tutela Cautelar Antecedente
Valor: R$ 5.000,00 | Classificador: Cart. Cont. - Ag. Devolução Mandado
ESTADO DE GOIÁS

PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE ANÁPOLIS

VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL, DE REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL

Processo: 5542158.54.2018.8.09.0006

Promovente: Município De Anápolis

Promovido: João Teixeira De Farias

MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, pessoa jurídica de direito público interno, devidamente representado


nos autos, ajuizou esta ação demolitória com pedido de tutela de urgência face de JOÃO TEIXEIRA DE FARIA.

Como fundamento de sua pretensão, afirma que o réu está promovendo a construção de uma
edificação em lote situado à Rua Everton Batista, Quadra S, Lote 07, Bairro Batista, nesta cidade.

Diz que a obra foi embargada administrativamente pela equipe de fiscalização urbana, em
25/10/2018, porque estava sendo edificada sem expedição de alvará de licença e elaboração dos projetos
previamente aprovados.

Ressalta que o réu foi notificado para comparecer na Prefeitura Municipal e promover sua
regularização.

Afirma que, em 01/11/2018, os servidores da Gerência Municipal de Fiscalização retornaram ao


local e constataram que a obra foi irregularmente reiniciada, apresentando, ainda, invasão do recuo frontal e
lateral.

Requer, ao final, a concessão de tutela de urgência ordenando a interdição da obra irregular e a


impossibilidade de ocupação até final julgamento da demanda.

Pleiteia, ao final, o julgamento de procedência para ordenar a demolição da edificação irregular.

Em seguida, vieram-me os autos conclusos.

É o relatório.

Decido.

O pedido da tutela de urgência deve ser deferido.

De início, infere-se claramente dos autos que a obra teria sido edificada a revelia da expedição do
imprescindível alvará de construção e do indispensável projeto arquitetônico previamente aprovado pelo
Município, tratando-se, assim, de uma edificação completamente irregular.

Não bastasse, existem indicativos de que a construção avançou indevidamente sobre os recuos
frontais e laterais, convolando clara violação da norma urbanística atualmente vigente.

O requerido, de sua parte, desobedeceu o embargo administrativo e, passando ao largo da

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 20/11/2018 23:37:38
Assinado por CARLOS EDUARDO RODRIGUES DE SOUSA
Validação pelo código: 10403568504812972, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Processo: 5542158.54.2018.8.09.0006

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ANÁPOLIS - VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL
Tutela Cautelar Antecedente
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legislação municipal, continua realizando novas intervenções na construção para terminá-la.

A inadequação construtiva, portanto, revela-se suficientemente provada, ficando evidenciada a


pertinência do pedido de interdição e desocupação do edifício.

No que tange ao perigo de sobrevir no curso do processo dano irreparável, ou, prejuízo de difícil
reparação, afigura-se inegável que a ocupação e o uso do prédio construído a revelia de projeto arquitetônico
aprovado pode ensejar prejuízos para os edifícios vizinhos, havendo, inclusive, risco para a própria estrutura do
edifício e para as pessoas incautas que frequentam o local.

Na mesma direção, converge a lição dos Tribunais:

AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA. MUNICÍPIO DE CAPÃO DA CANOA.


INFRINGÊNCIA À LEGISLAÇÃO MUNICIPAL... OBRA CONCLUÍDA NO CURSO DA
DEMANDA. AUSÊNCIA DE APROVAÇÃO DO PROJETO E LICENCIAMENTO. O
simples fato de a obra ter sido concluída no curso da lide não afasta a necessidade
da tutela jurisdicional, sobretudo porquanto não cumprida a liminar de paralisação
imediata da obra. A ausência de autorização/licença/alvará para construção é
suficiente para a procedência da ação de nunciação de obra nova. APELAÇÃO
DESPROVIDA. (TJRS - Apelação Cível Nº 70061632345, Décima Nona Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em 07/05/2015).
Grifei.

"É irrreprovável a decisão que concede liminar determinando a paralisação da obra


até a decisão final do processo ou a regularização de tal obra perante o município
se a construção é irregular por não possuir alvará e autorização do município para
sua realização" (TJMG - AI nº 1.0079.11.056333-9/001, 7ª CCív/TJMG, rel. Des.
Peixoto Henriques). Grifei.

Diante do exposto, defiro o pedido de tutela de urgência para determinar a interdição integral da
edificação situada à Rua Everton Batista, Quadra S, Lote 07, Bairro Batista, nesta cidade, ordenando ao
requerido JOÃO TEIXEIRA DE FARIA que paralise a se abstenha de ocupar o imóvel ou ceder sua ocupação
a terceiros, sob pena de pagamento da multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por dia de descumprimento.

Expeça-se mandado para interdição judicial da obra, devendo o Oficial de Justiça promover ainda a
desocupação do imóvel caso esteja ocupado e cientificar o requerido ou ocupantes presentes para que se
abstenham de reutilizar o prédio, sob pena do pagamento da multa diária fixada, lavrando-se, ao final, auto
circunstanciado com descrição do estado em que se encontra a edificação.

Por ocasião da interdição e eventual desocupação do prédio, deverá o Oficial de Justiça cientificar o
proprietário réu acerca da interdição e citá-lo para comparecer na audiência de conciliação que fica designada
para o dia 05/02/2019, às 15:00 horas, ficando ciente de que o prazo de 05 (cinco) dias para contestar a lide
começará a correr naquela data, caso não seja encontrada uma solução negociada para o caso.

Intime-se o Município acerca da prolação da presente decisão, e, ainda, acerca da audiência


conciliatória designada para que possa comparecer.

Por fim, intime-se a parte autora para, no prazo de cinco dias, promover o recolhimento das custas
de locomoção necessárias para cumprimento desta diligência.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 20/11/2018 23:37:38
Assinado por CARLOS EDUARDO RODRIGUES DE SOUSA
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Processo: 5542158.54.2018.8.09.0006

Usuário: - Data: 10/12/2018 17:44:12


ANÁPOLIS - VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL
Tutela Cautelar Antecedente
Valor: R$ 5.000,00 | Classificador: Cart. Cont. - Ag. Devolução Mandado
Anápolis, 20 de novembro de 2018.

CARLOS EDUARDO RODRIGUES DE SOUSA

Juiz de Direito

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 20/11/2018 23:37:38
Assinado por CARLOS EDUARDO RODRIGUES DE SOUSA
Validação pelo código: 10403568504812972, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica

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