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0006
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE ANÁPOLIS
Processo: 5542158.54.2018.8.09.0006
Como fundamento de sua pretensão, afirma que o réu está promovendo a construção de uma
edificação em lote situado à Rua Everton Batista, Quadra S, Lote 07, Bairro Batista, nesta cidade.
Diz que a obra foi embargada administrativamente pela equipe de fiscalização urbana, em
25/10/2018, porque estava sendo edificada sem expedição de alvará de licença e elaboração dos projetos
previamente aprovados.
Ressalta que o réu foi notificado para comparecer na Prefeitura Municipal e promover sua
regularização.
É o relatório.
Decido.
De início, infere-se claramente dos autos que a obra teria sido edificada a revelia da expedição do
imprescindível alvará de construção e do indispensável projeto arquitetônico previamente aprovado pelo
Município, tratando-se, assim, de uma edificação completamente irregular.
Não bastasse, existem indicativos de que a construção avançou indevidamente sobre os recuos
frontais e laterais, convolando clara violação da norma urbanística atualmente vigente.
No que tange ao perigo de sobrevir no curso do processo dano irreparável, ou, prejuízo de difícil
reparação, afigura-se inegável que a ocupação e o uso do prédio construído a revelia de projeto arquitetônico
aprovado pode ensejar prejuízos para os edifícios vizinhos, havendo, inclusive, risco para a própria estrutura do
edifício e para as pessoas incautas que frequentam o local.
Diante do exposto, defiro o pedido de tutela de urgência para determinar a interdição integral da
edificação situada à Rua Everton Batista, Quadra S, Lote 07, Bairro Batista, nesta cidade, ordenando ao
requerido JOÃO TEIXEIRA DE FARIA que paralise a se abstenha de ocupar o imóvel ou ceder sua ocupação
a terceiros, sob pena de pagamento da multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por dia de descumprimento.
Expeça-se mandado para interdição judicial da obra, devendo o Oficial de Justiça promover ainda a
desocupação do imóvel caso esteja ocupado e cientificar o requerido ou ocupantes presentes para que se
abstenham de reutilizar o prédio, sob pena do pagamento da multa diária fixada, lavrando-se, ao final, auto
circunstanciado com descrição do estado em que se encontra a edificação.
Por ocasião da interdição e eventual desocupação do prédio, deverá o Oficial de Justiça cientificar o
proprietário réu acerca da interdição e citá-lo para comparecer na audiência de conciliação que fica designada
para o dia 05/02/2019, às 15:00 horas, ficando ciente de que o prazo de 05 (cinco) dias para contestar a lide
começará a correr naquela data, caso não seja encontrada uma solução negociada para o caso.
Por fim, intime-se a parte autora para, no prazo de cinco dias, promover o recolhimento das custas
de locomoção necessárias para cumprimento desta diligência.
Juiz de Direito