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T É C N I CAS D E C O L E TA

D E DA D O S E M D E S I G N
A D R I A N A C A R O L I N N E , B I A N C A S O U Z A E I R A I L S O N FAT E I C H A
IRAILSON FATEICHA
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ADRIANA CAROLINNE
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BIANCA SOUZA

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www.behance.net/biaarts
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ww.behance.net/biaarts
- “Se você já sabe o que
quer, normalmente não faz
sentido procurar”.

BROWN, Tim
Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar
o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
4 10 técnicas de coleta de dados

Escrito por: Adriana Carolinne

As 10 técnicas de coleta de dados que desenvolveram a identidade


mais comuns no processo de visual do E-book. Bianca ainda ainda
investigação em Design e que mais foi minha parceira na produção e
despertam dúvidas, devido, muitas organização do conteúdo a seguir.
vezes, a equívocos do senso comum Esperamos que as técnicas de
sobre suas aplicabilidades. São coleta de dados apresentadas aqui
técnicas que contribuem para a ajudem você a exercer a profissão
compreensão profunda do contexto de maneira consciente, empática
estudado, pois permitem observar e assertiva. Aproveite o conteúdo
o que as pessoas fazem, ouvir o que e compartilhe com os amigos
as pessoas dizem e experimentar o designers, profissionais e estudantes,
que as pessoas vivem, enriquecendo e com simpatizantes da área. Esse
seu ponto de vista sobre a E-book é apenas o começo, nos
problemática investigada. comprometemos a produzir muito
mais em breve!
A elaboração desse material teve a
importante contribuição dos designers
Bianca Souza e Irailson Fateicha,
5 10 técnicas de coleta de dados

No início de um projeto de Design, todos nós pensamos


de forma restrita. Isso acontece porque nessa fase nossa
compreensão sobre o contexto da problemática estudada
- Mas de que tipo de
ainda é superficial. Esse ponto de vista limitado justifica
a necessidade de “tomarmos pé da situação” antes de
pesquisa estamos falando
centrarmos em questões específicas ou propormos
soluções. Por isso, não há projeto de Design sem
quando tratamos de um
pesquisa. Ela nos permite compreender profundamente o
contexto do problema e conhecer a perspectiva de outros
projeto de Design?
atores. Isso amplia nosso ponto de vista e nos permite
elaborar uma solução mais assertiva.
6 10 técnicas de coleta de dados

O Design dá significado às Na abordagem qualitativa, a


coisas, por isso o designer deve etnografia desempenha papel
compreender os fenômenos fundamental, sendo um método
sociais, as relações entre as relevante para a pesquisa em
pessoas, entre as pessoas Design. Oriunda da Antropologia,
e as coisas, os ambientes e a etnografia significa literalmente
as instituições. a descrição de um povo. Ela
“Esse tipo de pesquisa visa a abordar o mundo ‘lá fora’ surgiu no início do século XX e se
(e não em contextos especializados de pesquisa, como os Devido a essa necessidade, sustenta na observação in loco
laboratórios) e entender, descrever e, às vezes, explicar os a pesquisa qualitativa se do contexto social, sem fazer
fenômenos sociais. [...] métodos qualitativos permitem ao
pesquisador desenvolver modelos, tipologias, teorias (mais apresenta como uma abordagem juízo de valor, com o objetivo
ou menos generalizáveis) como formas de descrever e ex- interessante para a pesquisa de estudar as experiências
plicar questões sociais.” (ANGROSSINO, 2009 , p. 8) em Design. humanas, as diferentes formas
de sociabilidade, ritos, cultura,
crenças e costumes de um
determinado grupo social.
7 10 técnicas de coleta de dados

Na etnografia,
A compreensão da realidade se dá a partir da experiência direta com atores sociais,
a partir da compreensão do ponto de vista do outro. Portanto, o trabalho de campo
é sua base.

A pesquisa qualitativa etnográfica não tem o objetivo de comprovar resultados,


mas de acompanhar e estudar um processo social, a fim de propor soluções
que impactem a realidade positivamente. Por isso, atualmente ela é utilizada
por diversos campos de conhecimento das ciências sociais, como a Sociologia, a
História e a Comunicação Social, para uma compreensão profunda e realística das
experiências humanas.
8 10 técnicas de coleta de dados

As 10 técnicas
As 10 técnicas de coleta de dados apresentadas adiante estão alinhadas aos
princípios da abordagem qualitativa etnográfica. Elas aumentarão seu leque de
opções na hora de planejar a pesquisa em Design. Então faça desse E-book um
material de consulta, recorrendo a ele sempre que for fazer uma investigação de
contexto. Tenha em vista que uma boa pesquisa resulta da triangulação – uso de
técnicas múltiplas de coleta de dados. Portanto, nenhuma das técnicas a seguir
oportuniza conclusões relevantes se aplicada sozinha.

Mais sobre a abordagem qualitativa etnográfica:


ANGROSSINO, Michel. Etnografia e Observação Participante Porto Alegre: Artmed, 2009
9 10 técnicas de coleta de dados

1 A pesquisa em Design busca


compreender significados, motivações,
3 Quase sempre, observar o
comportamento das pessoas pode
valores e crenças, e isso não diz nos dar informações mais relevantes
respeito às questões quantitativas. do que ouvi-las falar sobre suas
necessidades e insatisfações.

2 Planejar e executar pesquisa em Design 4 Quanto mais pontos de vista você


requer prática e técnicas. tiver sobre o contexto do
Então aprenda as técnicas e, sempre problema, mais rico será seu
que executá-las, faça uma autoavaliação, entendimento sobre ele.
buscando aperfeiçoar sua atuação
como pesquisador.
10 10 técnicas de coleta de dados

ENTREVISTA
Entrevista é uma conversação dirigida, guiada por um roteiro. Essa técnica permite
a coleta de dados de caráter qualitativo em profundidade, como valores, crenças e
opiniões. Desta forma, ela vai além da superficialidade das questões de múltipla
escolha de um questionário, sendo muito utilizada como complemento à Observação
Direta, Sombra e Um dia na vida.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Permite a coleta de dados em Demanda que já se saiba algo sobre o
profundidade; possibilita a abertura grupo pesquisado; pode ser influenciada
de novas rotas de investigação; pela presença do entrevistador;
oportuniza a investigação exploratória demanda custos com treinamento de
sobre um assunto. pessoal para realizar a entrevista e
com deslocamento; exige
disponibilidade do entrevistado.
11 10 técnicas de coleta de dados

1 Defina quem será entrevistado considerando os objetivos de pesquisa. Opte por


pessoas já conhecidas ou apresentadas por outras pessoas, pois a proximidade social
deixa o entrevistado mais à vontade e seguro para colaborar. Sobre a quantidade
de pessoas a serem entrevistadas, a amostragem deve refletir a heterogeneidade do
grupo que está sendo estudado.

2 Considerando os objetivos de pesquisa, defina o tipo de roteiro que vai guiar


a conversação.

3 Agende o encontro com o entrevistado em local, dia e horário que sejam


confortáveis para ele.

4 Informe a duração prevista para a conversa e o objetivo da entrevista logo no


primeiro contato.

5 Durante a entrevista, evite interferir demais na conversa expondo suas ideias,


afinal, você está ali para ouvir o entrevistado. Sua presença é ativa, mas no sentido
de dirigir a conversa para coletar informações relevantes.

REGISTRO DE COLETA
Com um gravador de som e documento final de transcrição. Lembre-
posteriormente transcreva a conversa se de que há uma coisa chamada
usando as palavras que o informante direito de imagem e voz, então deixe
usou. Como os sinais não verbais registrado na gravação da entrevista
também são informações, faça discretas a sua declaração e a do entrevistado
notas do que for preciso durante a explicando e autorizando o uso da voz/
entrevista. Depois incorpore isso ao imagem para tais finalidades.
12 10 técnicas de coleta de dados

ROTEIRO
Apesar de as nomenclaturas variarem Caso precise de dados mais abrangentes
com os autores, é de comum acordo ou da opinião do entrevistado sobre
entre eles que existem diferentes tipos um assunto, opte pelos roteiros mais
de entrevista e, consequentemente, abertos. Se for elaborar perguntas,
diferentes modelos de roteiro. fuja de questões absurdas, arbitrárias,
Basicamente, existem três roteiros ambíguas, deslocadas ou tendenciosas.
e a escolha deve levar em conta os Organize as perguntas ou pautas
objetivos da conversa. Se você precisa levando em conta uma lógica, para dar
de dados muito específicos, melhor continuidade à conversação.
optar pelo roteiro mais estruturado.

01. ENTREVISTA PAUTAS


O roteiro tem um ou mais assuntos e você vai formulando questões enquanto a
conversa se desenrola, dirigindo o entrevistado para temas pertinentes que forem
surgindo. É comumente usada com finalidade exploratória, para obter o maior
número possível de informações sobre determinado tema.
Ex. 1: Produção de papel reciclado
Ex. 2: Chegada à universidade
13 10 técnicas de coleta de dados

02. ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA


O roteiro tem questões gerais, previamente formuladas, que vão dirigir a conversa
para o que interessa. Essas questões não estão engessadas em uma lista, como
uma enquete, mas servem como guia para a conversa. Dessa forma, você pode
ir formulando questões investigativas durante a entrevista a fim de pedir mais
informações, esclarecimentos, opinião, narrativas de experiências etc.
Ex. 1: Você poderia me explicar quais são as etapas da produção de papel reciclado?
Ex. 2: Como foi o seu primeiro dia na universidade?

03. ENTREVISTA ESTRUTURADA


O roteiro tem questões específicas, previamente formuladas, e o entrevistado não
pode adaptá-las, inverter sua ordem ou elaborar novas perguntas. Assim, é possível
comparar as respostas de diferentes entrevistados.
Ex. 1: Quais equipamentos são utilizados para produzir papel reciclado?
Ex. 2: Qual foi o maior desafio durante seu primeiro dia na universidade?
14 10 técnicas de coleta de dados

GRUPO FOCAL
Grupo Focal propõe uma discussão em grupo sobre um assunto de interesse comum.
Essa técnica permite a coleta de dados de caráter qualitativo em profundidade a
partir de diferentes pontos de vista ao mesmo tempo. Dessa forma, ela é muito
utilizada como complemento à Entrevista e à Observação Direta.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Permite a observação de diferentes Pode ser influenciada pela presença
pontos de vista de uma vez só; é um do pesquisador; demanda custos com
processo rico, pois os participantes treinamento de pessoal para conduzir
levam em conta os pontos de vista dos a discussão, com deslocamento e local;
outros para formular suas respostas e exige disponibilidade dos participantes.
comentários; permite a coleta de dados
em profundidade.
15 10 técnicas de coleta de dados

1 Defina quem participará do grupo focal considerando os objetivos de pesquisa.


Os participantes podem se conhecer previamente ou não.

2 Considerando os objetivos de pesquisa, defina o assunto de discussão.

3 Agende o debate com os participantes em local, dia e horário que sejam


confortáveis para o grupo.

4 Informe a duração prevista para a discussão e o seu objetivo logo no


primeiro contato.

5 Caso seja interessante já ir preparando as pessoas para a discussão, fazendo-


as refletir sobre algum assunto ou situação, você pode utilizar o Caderno de
Sensibilização dias antes da discussão.

6 Durante a discussão, aja como mediador, dirigindo a conversa para coletar


informações relevantes, focalizando ou aprofundando o debate. Após recepcionar
os participantes, se apresente, apresente o tema a ser discutido e convide os
participantes a se apresentar.

REGISTRO DE COLETA
Registre a discussão com um gravador de imagem e voz, então elabore uma
de vídeo, mas cuidado para não declaração autorizando o uso da voz/
intimidar os participantes. Caso imagem para tais finalidades e peça que
necessário, faça discretas notas durante todos os participantes assinem.
a discussão, para consultar depois,
quando for assistir à gravação. Lembre-
se de que há uma coisa chamada direito
16 10 técnicas de coleta de dados

CADERNO DE
SENSIBILIZAÇÃO
Caderno de Sensibilização é uma autodocumentação, ou seja, um registro sobre
algum assunto feito pelas próprias pessoas que integram o grupo pesquisado.
Essa técnica permite a coleta de dados de caráter qualitativo em profundidade,
sem a interferência direta do pesquisador. É muito utilizada em casos em que não
é possível acessar o grupo de pessoas ou quando o assunto abordado é muito
delicado. Não precisa necessariamente ter o formato de um caderno, sendo um
material com orientações ou provocações e suportes para documentação.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Implica pouca ou nenhuma Demanda custo de produção e envio;
interferência do pesquisador durante exige tempo para registro e devolução;
o registro, evitando influências no pode gerar registros inconclusivos
resultado; permite a coleta de dados ou superficiais, já que não há um
em profundidade, pois o registro é mediador para estimular e/ou provocar
produzido pelo próprio pesquisado. o pesquisado.
17 10 técnicas de coleta de dados

1 Considerando os objetivos de pesquisa, defina quem receberá o caderno


de sensibilização.

2 Defina o assunto a ser pautado considerando os objetivos de pesquisa.

3 Elabore o material com orientações ou provocações e os suportes


para documentação.

4 Agende o envio do material para os participantes e a devolução.

5 Informe o objetivo da coleta de dados logo no primeiro contato.

REGISTRO DE COLETA

O registro é feito pelo próprio pesquisado no material de suporte fornecido por você.
18 10 técnicas de coleta de dados

SESSÃO
GENERATIVA
Sessão generativa propõe uma reunião com pessoas do grupo pesquisado para
realização de atividades, que podem sugerir a autodocumentação. Essa técnica
permite a coleta de dados de caráter qualitativo em profundidade a partir de
diferentes pontos de vista ao mesmo tempo. Dessa forma, ela é muito utilizada como
complemento à Entrevista e ao Grupo Focal.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Permite a coleta de dados que não estão Pode ser influenciada pela presença
no nível da consciência das pessoas; do pesquisador; demanda custos com
permite a observação de diferentes treinamento de pessoal para conduzir a
posturas de uma vez só; é um processo sessão, com deslocamento e local; exige
rico, pois os participantes levam em disponibilidade dos participantes.
conta os pontos de vista dos outros para
tomar decisões.
19 10 técnicas de coleta de dados

1 Defina quem participará da sessão generativa considerando os objetivos de


pesquisa. Os participantes podem se conhecer previamente ou não.

2 Defina o assunto a ser pautado considerando os objetivos de pesquisa.

3 Elabore as atividades a serem desenvolvidas, material com orientações ou


provocações e suportes para documentação.

4 Agende a sessão com os participantes em local, dia e horário que sejam


confortáveis para o grupo.

5 Informe a duração prevista para a sessão e o seu objetivo logo no


primeiro contato.

6 Caso seja interessante já ir preparando as pessoas para o encontro, fazendo-


as refletir sobre algum assunto ou situação, você pode utilizar o Caderno de
Sensibilização dias antes da sessão.

7 Durante o encontro, aja como mediador, propondo as atividades e dando as


orientações necessárias. Após recepcionar os participantes, se apresente, apresente
o assunto a ser tratado no encontro e convide os participantes a se apresentar.

REGISTRO DE COLETA
Registre a sessão com um gravador de e voz, então elabore uma declaração
vídeo, mas cuidado para não intimidar autorizando o uso da voz/imagem
os participantes. Caso necessário, faça para tais finalidades e peça que todos
discretas notas durante a discussão, os participantes assinem. Guarde os
para consultar depois, quando for produtos das atividades desenvolvidas,
assistir à gravação. Lembre-se de que há pois eles também são registros, feitos
uma coisa chamada direito de imagem pelo próprio pesquisado.
20 10 técnicas de coleta de dados

1 Defina a amostragem necessária para que seus dados expressem uma


informação relevante a respeito de um contexto.

2 Escolha qual das técnicas será aplicada: formulário ou questionário. Para isso,
reflita sobre os recursos disponíveis e os objetivos da pesquisa: qual é o seu nível
de acesso ao público pesquisado? Qual é o tamanho da amostragem e o tempo
de execução da coleta? Qual é o tamanho da equipe que pode ir a campo? Hoje
há diversas aplicações disponíveis gratuitamente para divulgação e aplicação de
questionários online, as quais aumentam a abrangência e diminuem o custo do
processo. Muitas, inclusive, já tratam os dados de caráter quantitativo, apresentando
cruzamentos e médias.

3 Considerando os objetivos de pesquisa, elabore as perguntas do questionário ou


formulário. Escolha com cuidado os termos usados. Trace um perfil do público a ser
entrevistado a partir dos dados que você já tem: ele conhece termos técnicos? Ele
demanda uma escrita mais formal? Atente para construir os enunciados das questões
de maneira clara e direta, seja criterioso ao fazer desmembramento de questões
e ao definir o ordenamento. Se sua lista de perguntas for muito extensa, divida-a
em blocos por afinidade e dê subtítulos. Isso ameniza a sensação de cansaço do
pesquisado quando estiver respondendo. Tenha cuidado com as questões subjetivas.

REGISTRO DE COLETA

No caso do questionário, o registro é feito pelo próprio pesquisado no material de


suporte fornecido por você. Já o registro dos dados coletados com os formulários são
os próprios instrumentos, preenchidos pelo pesquisador.

Aplicações para questionários:


https://www.google.com/forms/about/
https://www.123contactform.com/pt/
21 10 técnicas de coleta de dados

SOMBRA
Sombra é a observação de uma pessoa em uma determinada situação, com base em
um roteiro que destaca aspectos relevantes a serem observados, sem participação ou
interferência. Essa técnica permite que o pesquisador perceba as atividades e inter
relacionamentos das pessoas em situações reais.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Proporciona a observação da pessoa Pode ser influenciada pela presença
que está sendo pesquisada em um do pesquisador; demanda custos
contexto real; permite a percepção de com treinamento de pessoal e com
comportamentos, opiniões e crenças deslocamento; exige permissão
não racionalizadas pelo pesquisado. da pessoa pesquisa.
22 10 técnicas de coleta de dados

1 Considerando os objetivos de pesquisa, defina quem será observado, em qual


situação e por quanto tempo.

2 A partir dos objetivos de pesquisa, faça um roteiro com aspectos relevantes


a serem observados a respeito do comportamento do pesquisado na situação
em questão.

3 Durante o período de tempo estabelecido, seja a sombra da pessoa estudada.


Acompanhe sua vivência, observando seu comportamento, levando em conta o
roteiro de observação. Não interaja com ela e não interfira em sua experiência.

REGISTRO DE COLETA
Quando finalizar o processo de vídeo. Nesse caso, lembre-se de elaborar
coleta, faça um registro do que foi uma declaração autorizando o
observado. Cuide para registrar os uso da voz/imagem da pessoa estudada.
eventos em sequência e mantenha Enquanto segue o sujeito, você pode
todas as descrições de pessoas, objetos fazer discretas notas, e depois organizá-
e cenários em nível objetivo. Caso las no registro final.
possível, faça registros em foto e/ou
23 10 técnicas de coleta de dados

UM DIA NA VIDA
Um dia na vida, também conhecida como observação participante, propõe que o
pesquisador calce os sapatos de outra pessoa. Ele deixa de ser um observador
externo da situação e passa a fazer parte ativa dela, adotando temporariamente o
estilo de vida do grupo que está sendo pesquisado. O período de imersão na vivência
não necessariamente é de um dia, dependendo da complexidade e objetivos do
projeto. Essa técnica gera empatia e permite que o pesquisador elabore um ponto de
vista próprio sobre o contexto investigado.

VANTAGENS DESVANTAGENS
É uma ferramenta de pesquisa geradora Demanda custos para viver a
de empatia, quebra preceitos, além de experiência; pode oferecer riscos para
fazer com que o pesquisador tire suas o pesquisador; requer disponibilidade
próprias conclusões referente ao tema a do pesquisador; existem experiências
partir de sua perspectiva. que o pesquisador não pode vivenciar
plenamente, como ser um cirurgião, por
exemplo (nesses casos, a ferramenta
que mais aproxima o pesquisador da
vivência é a Sombra).
24 10 técnicas de coleta de dados

1 Considerando os objetivos de pesquisa, defina qual vivência deve ser


experimentada. Essa decisão ajudará a perceber qual o tempo necessário de imersão
para a vivência plena da experiência.

2 Reflita se na sua pesquisa, viver a experiência sozinho atenderá aos objetivos.


Por exemplo, se a experiência for cortar o cabelo em um determinado salão, vivê-la
sozinho pode ser suficiente. Mas e se a experiência for ser um dos funcionários do
salão? Aí os demais funcionários devem aceitá-lo como novo cabelereiro para que
você vivencie plenamente a experiência.

3 Durante o período de tempo estabelecido, aceite a realidade do grupo estudado e


adote seu estilo de vida. Se deixe levar pela maré.

REGISTRO DE COLETA

Reconstrua suas observações durante a vivência o mais cedo possível e organize-


as em um único registro. Cuide para registrar os eventos em sequência e mantenha
todas as descrições de pessoas, objetos e cenários em nível objetivo.
25 10 técnicas de coleta de dados

OBSERVAÇÃO
DIRETA
Observação direta é a observação de uma determinada situação, sem participação ou
interferência, a partir de um roteiro. Essa técnica permite que o pesquisador perceba
as atividades e inter-relacionamentos das pessoas em situações reais.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Permite a coleta de dados que não estão Pode ser influenciada pela presença
no nível da consciência das pessoas. do pesquisador; demanda custos
com deslocamento e manutenção da
equipe de pesquisadores no local; exige
disponibilidade dos pesquisadores.
26 10 técnicas de coleta de dados

1 Considerando os objetivos de pesquisa, defina a situação que deve ser observada.

2 Elabore o roteiro de observação destacando como a observação deve acontecer,


quais atores devem ser observados e quais aspectos da situação são relevantes.

3 Durante o período de tempo estabelecido, observe a situação levando em conta


o roteiro de observação. Não interaja com as pessoas observadas e não interfira na
situação.

REGISTRO DE COLETA
Faça notas enquanto observa a situação Caso possível, faça registros em foto e/
estudada e depois as organize em um ou vídeo. Lembre-se de elaborar uma
único registro. Cuide para registrar os declaração autorizando o uso da voz/
eventos em sequência e mantenha todas imagem para tais finalidades e pedir que
as descrições de pessoas, objetos e todos os participantes assinem
cenários em nível objetivo. caso a observação não aconteça em
local público.
27 10 técnicas de coleta de dados

PESQUISA
DESKTOP
Desktop é a análise de materiais arquivados ou resultantes de estudo de outro
pesquisador. Esse tipo de coleta refina a aplicação das próximas técnicas, otimizando
tempo e dinheiro no processo de pesquisa, por isso a Pesquisa Desk é comumente
utilizada durante a fase de pesquisa preliminar.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Auxilia na estruturação de outras técni- A produção de conhecimento e
cas de coleta. informação é cada vez maior na era
digital, exigindo que o pesquisador
tenha foco na pesquisa e produza filtros.
28 10 técnicas de coleta de dados

1 Com o problema de pesquisa definido, identifique os temas pautados por ele e


reflita sobre os tipos de fontes que você pode acessar para compreender melhor
os temas: noticiários, produções acadêmicas, periódicos, sites especializados,
documentos oficiais etc.

2 É improvável que você encontre tudo o que precisa em apenas um tipo de fonte.
Após ter clareza das fontes que você terá que acessar, coloque a mão na massa!

3 Trabalhe com fontes credíveis de informações, que têm reconhecimento social.

REGISTRO DE COLETA
Durante a consulta dos materiais, arquivos digitais consultados, assim fica
faça notas a respeito das informações mais fácil retornar para eles se houver
acessadas. Lembre-se de registrar a necessidade.
fonte de maneira completa, segundo a
ABNT. Fotografe o que puder e salve os
29 10 técnicas de coleta de dados

ENCENAÇÃO
Encenação propõe a reprodução da situação estudada com o objetivo de refletir
sobre ela. Essa técnica proporciona o levantamento de dados iniciais sobre
uma situação. A representação faz os pesquisadores identificarem lacunas de
conhecimento e informação, processo que pode orientar a aplicação de outras
técnicas de coleta de dados.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Auxilia na estruturação de outras Requer foco para não perder horas
técnicas de coleta; otimiza tempo e discutindo questões irrelevantes para
dinheiro; proporciona ao pesquisador a pesquisa; se utilizada no início da
se colocar no lugar de diferentes pesquisa, pode proporcionar uma
personagens da situação pesquisada, análise parcial da situação, visto
ampliando seu ponto de vista. que os pesquisadores ainda podem
desconhecer aspectos importantes do
contexto.
30 10 técnicas de coleta de dados

1 Considerando os objetivos de pesquisa, defina a situação que deve ser encenada.

2 Identifique quais atores fazem parte dessa cena, divida os papéis entre a equipe
de pesquisadores, mas deixe um deles como o mediador e outros dois como observa-
dores.

3 O mediador é o diretor da cena, podendo pausá-la, repeti-la, orientar reações dos


personagens etc.

4 Os observadores devem atentar para dados que a encenação está revelando e dis-
cussões que ela está gerando, fazendo anotações sobre isso para posterior análise.

REGISTRO DE COLETA

O registro é feito pelos observadores da encenação e deve manter os eventos em


sequência. As descrições de pessoas, objetos e cenários devem ser feitas em nível
objetivo. Caso possível, faça registros em foto e/ou vídeo.
31 10 técnicas de coleta de dados

A 10ª técnica
A nossa 10º técnica segue uma perspectiva metodológica diferente
daquela que abordamos até o momento. Questionários e
Formulários são técnicas de um universo quantitativo de pesquisa.
Elas são utilizadas para obtenção de estatísticas.

Achamos importante apresentá-las aqui visto que, no esforço de se


aproximar do fenômeno estudado, pode ser interessante tratar os
dados qualitativamente, mas também quantitativamente, em uma
relação dialógica e complementar.
32 10 técnicas de coleta de dados

FORMULÁRIO E
QUESTIONÁRIO
Formulários e questionários são listas de questões objetivas e/ou subjetivas para
serem respondidas pelo grupo de pessoas que está sendo pesquisado. A diferença
entre as duas técnicas é que, no formulário, o pesquisador faz as perguntas
ao pesquisado, que responde oralmente, e anota suas respostas. Já no questionário,
o próprio pesquisado lê as perguntas elaboradas e registra suas respostas.
Ambos permitem a coleta de dados de caráter qualitativo de maneira superficial
e dados quantitativos.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Demanda custos baixos com Pode restringir a pesquisa a pessoas que
treinamento de pessoal; possibilita dominam a leitura e escrita; pode gerar
flexibilidade de tempo para o respostas inconclusivas ou superficiais,
pesquisado; permite alta abrangência, já que não há um entrevistador para
especialmente com o uso da internet; estimular o pesquisado e conduzir o
oferece anonimato nas respostas; processo; não permite coleta de dados
possibilita coleta de dados quantitativos. em profundidade.
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