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3.

4 AS MUDANÇAS SOCIO ECONÔMICAS


Nesse período de primeira república ou república velha, um dos aspectos mais
relevantes foi à alta taxa de imigração para o Brasil, em busca de oportunidade de trabalho e
ascensão social. Coloca como fator para essa imigração a crise mundial de 1929, com isso os
grupos sociais vindos, evidenciados no texto são os japoneses, sírio-libaneses (grupo de
comerciantes), judeus, italianos (em grande parte foram mão de obra para a lavoura de café),
os principais portugueses e entre outros.
“[...] Nos primeiros anos da imigração em massa, os imigrantes foram submetidos a
uma dura existência, resultante das condições gerais de tratamento dos trabalhadores no país,
onde eles equivaliam a escravos.” P. 158.
Outro fator preponderante foi à continuação da principal atividade econômica ser a
agricultura, sendo uma pequena parte destinada a indústria. No entanto, compreende-se que as
transformações aconteceram de forma acelerada e com força crescente na indústria e em
outras partes de desenvolvimento urbano, o autor coloca o Estado de São Paulo como palco
dessas mudanças, assim como o café continuava o centro da economia.
Sobre as relações de trabalho e o problema da mão de obra, foi resolvido com a
imigração e um sistema de colonato, que substituiu as parcerias. Nesse sistema de colonato
“O fazendeiro fornecia moradia e cediam pequenas parcelas de terra onde os colonos podiam
produzir gêneros alimentícios. O colonato era distinto da parceria porque, entre outras
características, não existia divisão de lucros da venda do café.” P. 159.
Nesse sentido, ocorreu uma diminuição nos problemas entre os colonos e os
fazendeiros, mantendo estabilidade nas relações trabalhistas. No entanto, continuaram
ocorrendo conflitos, greves e revoltas nessa relação de trabalho, pois os colonos não eram
escravos, outro fator em decorrência foi à expansão do cultivo de outros produtos agrícolas
como o arroz, feijão e milho por conta das demandas nas cidades.
Diante disso, são evidenciados o crescimento demográficos nos Estados, citando os
principais (como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belém), e também o crescimento
industrial, em decorrência de dois fatores: o setor cafeeiro e os imigrantes. Dessa forma, o
autor atribui forte relevância do café nas transformações ocorridas na sociedade desse período
como transações em moeda, criação de mercado para produtos manufaturados, estradas de
ferro, comércio de exportação e importação, promoveu também a imigração, e entre outros
elementos impulsionadores do desenvolvimento econômico.
“Os principais ramos industriais da época foram o têxtil em primeiro lugar e a seguir a
alimentação, incluindo bebidas e vestuário.” P. 162. Por mais que tenham melhorado a
produção, pois grande parte do consumo, tenha sido dos tecidos nacionais com matéria prima
principal algodão, ainda tinha-se a necessidade de uma indústria de base que se fabrica
cimento, ferro, aço, etc. Com isso, o surto industrial dependia de importações. Ao comentar
essas características o autor menciona a primeira guerra mundial. A participação do Estado
em incentivo da industrialização, segundo o autor foi reduzido, em decorrência de fatos
isolados.
Com relação ao Rio Grande do Sul e a Amazônia o autor aponta uma diversificação
nas atividades econômicas, como o primeiro Estado no setor agrícola arroz, milho, feijão e
fumo, juntamente com a instalação de frigoríficos que deram certo por um tempo, mas essas
atividades eram voltadas para o consumo interno nessa região. Já a Amazônia, o seu principal
produto extraído foi à borracha, que trouxe melhoras nas condições de vida de quem vivia nas
capitais, diferente dos extratores seringueiros que não melhoram suas condições de vida, no
entanto após alguns anos de elevado crescimento urbano, surgiu à concorrência internacional
para a borracha, ocorrendo uma crise.
Durante a primeira república aconteceram forte mudanças nas relações e estruturas,
inclusive no vínculo internacional que tinha, pois supriu algumas necessidades básicas
(desenvolvimento urbano, industrialização, transportes, na modernização do país), em que a
sociedade brasileira (comerciantes, trabalhadores, grupos sociais) precisava. Desse modo,
nesse tópico o autor concluiu que foi de extrema importância o capital estrangeiro para a
formulação de novas relações, e mudança significativas estruturais, sem esquecer-se da
prioridade de investimentos que foi o café.
3.5 OS MOVIMENTOS SOCIAIS
O autor afirma ter tipo três grupos com interesses distintos na organização de
movimentos sociais. “Os que combinaram conteúdo religioso com carência social; os que
combinaram conteúdo religioso com reinvindicação social; os que expressaram reivindicações
sociais sem conteúdo religioso.” P. 166.
Para cada grupo foi identificado um exemplo, o primeiro era o movimento de
Canudos, o seguinte foi o Contestado (reivindicaram pela posse da terra, e santificaram a
figura de José Maria que tinha falecido nos primeiros choques com a mílicias), trabalhadores
rurais que foram expulsos, por conta da construção de uma ferrovia. O terceiro e último grupo
realizaram “... greves por salários e por melhores condições de trabalho ocorridas nas
fazendas de café de São Paulo.” P. 167.
“O crescimento das cidades e a diversificação de suas atividades foram os requisitos
mínimos de constituição de um movimento da classe trabalhadora.” P. 167. Existiram as
diversificações entre os movimentos operários nos diferentes estados, e o autor evidencia dois
como palco mais importante desses acontecimentos, Rio de Janeiro e São Paulo, e no segundo
prevaleceu um anarcossindicalismo por parte dos patrões o que gerou as revoltas e rebeliões.
No Rio de Janeiro os movimentos de protestos mais visíveis, foram os da revolta da vacina
em 1904.
“Os trabalhadores não pretendiam revolucionar a sociedade, mas melhorar suas
condições de vida e conquistar um mínimo de direitos.” P. 169. Com esse contexto de greves
acontecidas, foi pensada em uma legislação ou código para os trabalhadores, que foi recusada
pelos patrões industriais, nesse sentido, o Estado procurava intervir nas relações trabalhistas
sem muito sucesso. No entanto, conseguiu implantar duas leis que foram significativas para
época (lei de quinze dias de férias e a que limitava o trabalho dos menores).
O autor atenta no fim deste tópico para a quebra do pensamento anarquista, em
conjunto com o nascimento do Partido Comunista do Brasil, isto é com alguns agrupamentos
de esquerda. Desse modo, encontra-se um cenário político tenso em relação às questões
trabalhistas e os direitos requeridos pelos mesmos, dando abertura para se construir mais a
frente às leis trabalhistas, com intenções políticas.
3.6 O PROCESSO POLÍTICO NOS ANOS 1920
A partir desse momento ocorreram mudanças de pensamento, pós-primeira Guerra
Mundial, devido a se perceber um liberalismo autêntico reivindicando eleições limpas e
respeito aos direitos individuais, eles queriam uma reforma social. Em vista disso,
aconteceram vários jogos políticos, tocas de poder e conflitos em relação à autonomia dos
Estados, isto é, entre as oligarquias.
Alguns desses protagonistas foram: Epitácio Pessoa, Artur Bernades (antimilitar), Nilo
Peçanha e entre outros que participaram das disputas nesse período.
De acordo com os acontecimentos em torno da eleição de Artur Bernades, devido os
militares ser opositores ao governo, impulsiona-se o movimento tenentista, defensores do
florianismo. Assim o autor segue dando detalhes em relação a diversas revoltas, envolvendo
os militares no Rio de Janeiro e São Paulo, com isso “em abril de 1925 e decidiram percorrer
o Brasil para propagar a ideia de revolução e levantar a população contra as oligarquias.” P.
173.
Originando a Coluna Miguel Costa Luís Carlos Prestes, procurando abranger as
populações a favor de seus ideais, percorreram cerca de 24 mil quilômetros de fevereiro até
março de 1927, no entanto, esse movimento teve efeito simbólico, sobre a população
insatisfeita com a elite. Outro episódio de revolta ocorrido foi através da Marinha, conhecida
como revolta da Chibata em 22 de novembro de 1910, queriam com os maus tratos e
violências ao qual eram submetidos.
Após citar a revolta acima o autor retorna ao caso dos militares, relatando sobre a sua
educação, que mudou de formar soldados-cidadãos para formar soldados profissionais, e outro
fator importante também era rigidez do plano de carreira para ascender no exército militar,
por conta desses aspectos geraram conflitos pelo poder e a autonomia. Durante o governo de
Arthur Bernades, também tinha como característica da insatisfação popular o quadro
financeiro que estava complicado, assim como as relações.
O sucessor do governador acima citado foi Washington Luís, que tinha planos
econômicos de estabilidade da moeda, como a conversibilidade do papel-moeda em
circulação. No entanto, após um confronto armado em São Paulo, ocorreu uma separação de
interesses surgindo um novo partido com ideais diferentes, que tinham como objetivo uma
reforma política do voto secreto e obrigatório, independência dos três poderes e atribuição ao
judiciário da fiscalização eleitoral, “foi então que , em 1926, surgiu o Partido Democrático
(PD), com um programa liberal.” P. 177. Não se pode esquecer que os grupos políticos
formados detinham intenções, que vinham de seus próprios interesses.

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