Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Aula 11
Conhecendo e defendendo nossa fé
Texto básico: 1 Pedro 3.15
Leitura Diária
Objetivos
Ao final desta aula, o aluno deverá:
Introdução
agnósticos ou céticos que não poupam suas críticas contra Deus e a Igreja, como
é o caso de filósofos como Nietzche, Voltaire, David Hume e outros.
Em nossos dias, pelas mais diversas razões, a fé cristã tem sido alvo de muitas
críticas. Por isso mesmo, precisamos estar bem preparados para dar respostas
a estas críticas, muitas delas superficiais, levianas e infundadas.
A apologética tem sua origem no grego “apologia”, e significa defesa da fé. Trata-
se de um ramo da teologia cristã que procura explicar as verdades da fé cristã,
de maneira mais lógica e racional.2 Provavelmente você já teve a experiência de
ser questionado por alguém sobre alguma dessas questões: Se Deus existe
porque existe o mal? Não acredito na Bíblia porque ela é papel que aceita tudo?
A História está repleta de mitos. Logo, a história cristã é um mito tal como as
outras. Apenas para citar algumas.
Precisamos entender que boa parte destes ataques são sinceros e deve-se em
razão da própria complexidade do cristianismo. Complexidade esta que muita
gente, especialmente, os não-cristãos, não tem a mínima ideia do que significa.
Cristãos bem preparados têm a resposta a estas e outras críticas que possam
surgir.
2CRAIG, L. William. A Veracidade da Fé Cristã. São Paulo, Ed. Vida Nova. 2004. p.11
3McGRATH, Alister. Apologética Cristã no Século XXI: Ciência e Arte Com Integridade. São Paulo: Vida,
2008, p. 9.
4MACHEN, J. Greshan. Christianity and Culture, in: Princeton Theolgical Review 11 (1913), p. 7
Conhecendo e defendendo nossa fé 3
Como dito no início da lição, nossos jovens são, a todo tempo, intelectualmente
atacados pelos seus colegas nas universidades e escolas. O relativismo tão
comum dos nossos dias, aliado às cosmovisões não-cristãs, desafiam
constantemente nossos jovens no Campus Universitário. Se eles não tiverem
bons argumentos em favor da fé cristã, correm o risco de se perderem. Nossas
igrejas não podem continuar achando que apenas ensinar algumas histórias da
Bíblia e pensamentos devocionais já são suficientes para manterem nossos
jovens fortes. Não mesmo. É necessário ensinar doutrina sólida. João escreveu:
“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em
vós, e tendes vencido o Maligno” (1João 2.14c). Esta guerra demanda preparo
espiritual na Palavra de Deus e na oração.
Eles precisam ser treinados para a guerra. “Não podemos enviá-los para o
ensino médio e para a universidade armados de espadas de borracha e
armaduras de plástico. O tempo de brincar já passou”.5 O cristão deve ter
coragem e firmeza para defender o evangelho. Isto porque, cristãos genuínos
amam a verdade e refutam o erro.
Escrevendo à igreja de Filipos, Paulo disse que os irmãos deviam "lutar juntos
pela fé evangélica" (Fp 1.27). Essa fé mencionada aqui por Paulo era o conjunto
de verdades que os crentes haviam recebido dos apóstolos e que deviam
preservar. A mesma ideia teve Judas, quando escreveu aos seus leitores,
exortando-os a batalharem "diligentemente pela fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos" (v. 3). De maneira insistente, somos instruídos de que é
nossa responsabilidade defender a fé. Notem que nessas duas passagens
aparecem os termos “lutar” e “batalhar”. Isso mostra que estamos numa guerra.
Em I Pedro 3.15, está escrito: “Estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em
vós”. A expressão usada por Pedro “para responder” é o termo para defesa,
apologia.
John Stott é muito convincente ao afirmar que a pregação evangelística não deve
se sustentar em “um apelo emocional e anti-intelectual por "decisões", quando
os ouvintes têm apenas uma confusa noção sobre o que é o evangelho.6 Ele
oferece alguns exemplos da importância do uso da apologética na proclamação
do evangelho. Dentre eles, a experiência do apóstolo Paulo, e afirma o seguinte:
Ao ler estas passagens, não resta nenhuma dúvida de que defender a fé não era
algo estranho ao contexto bíblico.
3. A IMPORTÂNCIA DA APOLOGÉTICA
6STOTT, John. Crer é também Pensar. São Paulo: 1984. ABU. pp. 19, 46
7STOTT, John. Op Cit., p. 46
Conhecendo e defendendo nossa fé 5
Talvez já tenha ficado claro, mas como um último ponto nessa nossa lição,
vamos pensar na importância do uso da apologética. Podemos afirmar que há
pelo menos três funções para ela:
Muitos cristãos têm medo de falar de sua fé para outras pessoas. Talvez medo
de não saberem responder a alguma questão que venham fazer. Daí a
necessidade da apologética que é a de preparar o cristão para compartilhar sua
fé de maneira segura e convicta. Nada inspira mais confiança e coragem do que
saber que se tem boas razões para acreditar no que se acredita e boas respostas
para as perguntas e objeções comuns que podem ser levantadas.9 Bom
treinamento em apologética é uma das chaves para um evangelismo eficaz e
sem medo.
8MITTELBERG, Mark. Uma apologética para a apologética apud GEISLER, Norman; MEISTER, Chad:
Razões para crer: apresentando argumentos a favor da fé cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 20.
9SPROUL, R. C. Razão para Crer: Uma resposta às objeções comuns ao cristianismo. São Paulo, SP.:
Muitos têm uma ideia errada do cristianismo. Estão enredados (presos na rede)
a vãs sutilezas e vãs filosofias do mundo (Cl 2.4). Para Paulo, fora de Cristo, não
existe nenhuma outra fonte de conhecimento. Diz ele que em Cristo, “todos os
tesouros do conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3). A função da apologética,
então, consiste em saber explicar em que consiste a fé cristã e procurar eliminar
os obstáculos levantados contra o cristianismo.
A evangelização tem lugar de forma mais eficaz e poderosa cada vez que
falamos aos nossos amigos sobre nossa fé e esperança, e intentamos
compartilhar com eles o que para nós significa ser cristão.12
Conclusão: