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O documento descreve a anatomia e função da amígdala cortical no cérebro, responsável pelas emoções. A amígdala pode assumir o controle do cérebro durante emergências emocionais, gerando respostas rápidas antes mesmo da razão. Memórias emocionais da infância tendem a influenciar respostas adultas através da amígdala. É importante haver equilíbrio entre a razão do neocórtex e as emoções para tomada de decisões.
O documento descreve a anatomia e função da amígdala cortical no cérebro, responsável pelas emoções. A amígdala pode assumir o controle do cérebro durante emergências emocionais, gerando respostas rápidas antes mesmo da razão. Memórias emocionais da infância tendem a influenciar respostas adultas através da amígdala. É importante haver equilíbrio entre a razão do neocórtex e as emoções para tomada de decisões.
O documento descreve a anatomia e função da amígdala cortical no cérebro, responsável pelas emoções. A amígdala pode assumir o controle do cérebro durante emergências emocionais, gerando respostas rápidas antes mesmo da razão. Memórias emocionais da infância tendem a influenciar respostas adultas através da amígdala. É importante haver equilíbrio entre a razão do neocórtex e as emoções para tomada de decisões.
O sequestro emocional ocorre quando há intensas explosões
emocionais, sendo aflitivas ou não. Tendem a acontecer com muita frequência, não sendo um evento isolado. Os sequestros emocionais decorrem da tomada desse poder neural, originado na amígdala cortical.
O neurocientista John LeDoux, foi um dos primeiros a desvendar a
importância da amígdala cortical, antes desconhecido no mapeamento cerebral, sua pesquisa indica o poder da amígdala, constatando que a interação da amígdala com o neocortex está no centro da inteligencia emocional.
Nos seres humanos há duas amígdalas corticais que ficam localizadas
uma de cada lado do cérebro as quais são responsáveis pela área emocional. Se retiradas do cérebro, os indivíduos seriam incapazes de sentir qualquer coisa, não haveria significado emocional e seria impossível constituir relações interpessoais e afetivas, portanto, fica claro que qualquer paixão depende dessas amígdalas. Por exemplo, a relação de uma mãe e um filho sem a amígdala cortical, seria de extremo vazio e com mínima interação. O filho reconheceria a face da mãe, só que não se importaria com ela. Diferente da mãe, que ficaria desnorteada nessa situação.
O papel da amígdala cortical é crucial. Quando instigada por uma
sensação de medo por exemplo, envia um sinal de emergência para todo resto do cérebro, ativando mecanismos musculares, cardiovasculares, digestivos e até faciais. LeDoux em sua pesquisa, explicitou que a amígdala cortical possui uma posição privilegiada no cérebro, tendo assim, possibilidade de assumir o controle deste durante uma emergência emocional.
Em sua pesquisa, LeDoux informa que as mensagens sensoriais dos
olhos e ouvidos chegam primeiramente no tálamo. Com apenas uma sinapse viajam até a amígdala e secundariamente até o neocortex (cérebro pensante), possibilitando que a amígdala responda primeiro e independente, já que o neocortex elabora com complexidade e com mais demora sua resposta, ou seja, enquanto a ação é movida e realizada pela amígdala, o neocortex ainda está elaborando sua resposta mais elaborada e refinada. Uma situação hipotética como exemplo: Você está atravessando a rua e na direção contrária uma senhora vem caminhando. Se a senhora cair no chão, sua primeira reação será ir até ela para poder ajuda-la, sem pensar em consequências, como a de um carro passar e atropelar os dois.
Algumas reações e lembranças emocionais podem se formar sem a
participação consciente, já que a amígdala as abriga. São ações que fazemos sem as vezes com prender por que as fazemos. As primeiras percepções chegam a amígdala, inconscientemente já categorizado se gostamos ou não delas. É dito que as nossas emoções possuem uma mente própria, opinando sobre determinadas coisas de modo diferente do que o consciente opina. Essas divergências são chamadas de memórias emocionais.
O hipocampo cuja principal função é registrar o contexto, era
considerado o centro do sistema límbico, porém, com as descobertas de LeDoux, isso foi desmistificado. Enquanto o hipocampo faz esses registros, a amígdala atribui significados emocionais a eles. O cérebro utiliza de um mecanismo simples para guardar as memórias emocionais: os mesmos sistemas neuroquímicos que emitem um sinal de alarme em situações de medo, por exemplo, são responsáveis por gravar a memória em momentos de intensa emoção, quanto mais forte for mais intensa será o registro, sendo a amígdala, o ponto principal para onde essas informações são veiculadas. (Foto 1: Sistema límbico).
Uma desvantagem nessas mensagens de urgência enviadas a
amígdala, é que por ela ser um deposito de memória emocional, as situações que nos ocorrem, são muitas vezes comparadas a outros fatos de nossa vida. A nossa ação e resposta perante aquela determinada situação podem ser obsoletas.
De acordo com o pensamento psicanalítico, a infância é um período de
extrema importância para a formação do individuo, visto que as situações ocorridas nessa fase ficarão marcadas, mesmo que inconsciente na vida da pessoa, por isso muitas das lembranças emocionais que temos são dessa fase, principalmente aquelas de situações traumáticas. Isso porque na infância, o neocórtex e o hipocampo ainda não se desenvolveram totalmente, cabendo ao hipocampo e amígdala trabalharem juntos no quesito da memória, porém operando de forma independente. Enquanto o hipocampo registra a informação, a amígdala atribui significado.
Já na fase adulta, o individuo tende a preocupar-se mais com as
situações na sua vida, principalmente aquelas que podem ferir fisicamente. As reações instantâneas em momentos de urgência, são decorrentes da rota do olho ou ouvido ao tálamo e à amígdala, o que de certa forma é totalmente benéfico, porém, essas reações rápidas podem ser desvantajosas quando ligadas a área emocional. Por exemplo, em uma ida ao cinema, uma moça saiu da sala para comprar pipoca, em sua volta ela avistou um homem idêntico ao seu ex namorado que a traia, na hora, ela derrubou a pipoca e ficou pasma. Essa reação é sequente da comparação com fatos do passado e com a resposta rápida. LeDoux, chamava essas emoções de “emoção precognitiva”
Na estrutura cerebral temos o córtex pré-frontal, que no nosso caso de
estudo, funciona como um repressor de emoções como medo e braveza, trazendo uma resposta mais centrada e analítica à determinada ocorrência. As lobos pré-frontais regem, coordenam e organizam nossas reações emocionais, quando uma emoção é disparada os lobos decidem qual a melhor reação a se ter naquela ocasião. Como com amígdala, sem os lobos pré-frontais vasta parte emocional não existiria, pois não seria possível discernir se algo merece ou não uma reação emocional.
(Foto 2: Região pré-frontal).
Na década de 40, acreditava-se que a lobotomia pré-frontal, que
consiste num procedimento cirúrgico onde a ligação dos lobos com o resto do cérebro era cortada. Para a época, o procedimento era realizado em casos de perturbação emocional grave, onde o paciente acabava perdendo suas emoções. (Foto 3: Procedimento de uma lobotomia).
Os sequestros emocionais ocorrem de duas maneiras: com o disparo da
amígdala e com a não-ativação dos processos neocorticas -responsáveis pelo equilíbrio da resposta emocional- cabendo ao neocórtex agir como administrador emocional, uma vez que é responsável por avaliar as reações antes de efetivamente realiza-las.
É evidente que as emoções possuem uma complexidade e importância
imensa. Para muitos neurocientistas, as decisões são mal tomadas, pois não se pensa emocionalmente sobre elas, sendo os sentimentos indispensáveis para as decisões racionais, cabe ao cérebro pensante (neócortex) ser um administrador das emoções, com excessão dos momentos que o cérebro emocional toma controle, ocorrendo os sequestros. É de extrema relevância que haja o equilíbrio entre razão e emoção, sendo preciso entender como usar a emoção com inteligência.
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