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A Lei das Águas (Lei nº 9.433) surgiu em um contexto em que a água se torna
cada vez mais escassa, com a preocupação de que a sua distribuição seja
equitativa.
Desde o início do século passado, o Brasil vem lançando políticas que procuram
consolidar uma forma de valorização de seus recursos hídricos.
Voltado para a priorização da energia elétrica em 1934 foi criado o Código de
Águas, dando um pontapé para um trabalho de alterações de opinião concernente
ao uso e a propriedade da água.
O Código de Águas Brasileiro, foi instituído com a finalidade de estabelecer o
regime jurídico das águas no Brasil, dispondo sobre sua categorização e emprego,
bem como sobre o aproveitamento do potencial hidráulico, fixando as respectivas
limitações administrativas de interesse público.
RECURSOS HÍDRICOS.
CONHECENDO ANA.
. Natureza Jurídica
A ANA é uma autarquia federal sob regime especial. Quer dizer que tem maior autonomia
administrativa e financeira quando comparada às demais autarquias, já que possui alguma
peculiaridade no regime jurídico quando comparado ao regime geral (comum).
Autarquia, segundo o Art 5º, inciso I, do Decreto 200/1967: é “o serviço autônomo, criado por
lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita própria, para executar atividades típicas
da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.”
Função:
A Ana tem como principal função regular o uso das águas dos rios e lagos de
domínio da União, coordenar a gestão compartilhada e integrada e implementar o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, garantindo o seu uso
sustentável, evitando a poluição e o desperdício, e assegurando água de boa
qualidade e em quantidade suficiente para a atual e as gerações futuras.
Segundo o art. 1º desta mesma lei, a água é um recurso natural limitado, dotado
de valor econômico, e é um bem de domínio público; a gestão dos recursos
hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público,
dos usuários e das comunidades.
Compete à ANA promover a gestão, em sintonia com os órgãos e entidades que
integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, dos
instrumentos previstos na Lei 9.433/97, dentre eles, a outorga preventiva e de
direito de uso de recursos hídricos, a cobrança pelo uso da água e a fiscalização
desses usos, e ainda, buscar soluções adequadas para dois graves problemas do
país: as secas prolongadas (especialmente no Nordeste) e a poluição dos rios.
Reza o art. 9o da Lei 9984/2000, a ANA é dirigida por uma Diretoria Colegiada,
composta por cinco membros, nomeados pelo Presidente da República, com
mandatos não coincidentes de quatro anos, admitida uma única recondução
consecutiva, e contará com uma Procuradoria. E ainda segundo o § 1o do mesmo
art., o Diretor-Presidente da ANA será escolhido pelo Presidente da República
entre os membros da Diretoria Colegiada, e investido na função por quatro anos ou
pelo prazo que restar de seu mandato.
Funcionalmente, a Agência está estruturada em Áreas Temáticas, coordenadas
pelos Diretores e pelo Diretor-Presidente. A execução das ações orçamentárias
fica sob a responsabilidade das Unidades Organizacionais (Superintendências),
que se vinculam às respectivas Áreas Temáticas.
A seguir, a estrutura organizacional da Agência Nacional de Águas, demonstrada
pelo organograma na
1.4. Vinculação
A Agência Nacional de Águas é vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, como
se infere do disposto no art. 3.º da Lei n.º 9.984/2000:
Art. 3o Fica criada a Agência Nacional de Águas - ANA, autarquia sob regime
especial, com autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente, com a finalidade de implementar, em sua esfera de atribuições, a
Política Nacional de Recursos Hídricos, integrando o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.
O Decreto-lei n.º 200/67 cita a necessidade de vincular as entidades componentes
da administração indireta aos Ministérios com os quais as suas respectivas
competências se relacionam.